Minha Doce Vida Perdida, meu segundo romance

10ago2023

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Foram 18 anos de escritas e reescritas. Primeiramente, a história foi um conto, escrito em 1997. Depois, ela foi reescrita e virou roteiro de longa-metragem. Por fim, virou romance. Meu livro Minha Doce Vida Perdida percorreu um longo caminho até se concretizar, e enquanto isso, eu envelhecia, e isso influenciou o processo, amadurecendo a história.

Em março, lancei o livro no formato eletrônico (PDF e Amazon), e em agosto iniciei os lançamentos presenciais do livro físico, em Fortaleza. Entre o lançamento do eletrônico e do físico, fiz a pré-venda, que teve um ótimo resultado. A quem participou da pré-venda, fiz uma determinada pergunta de caráter metafísico, e as incríveis respostas que recebi foram inseridas no livro físico e nas edições seguintes do livro eletrônico. Qual foi a pergunta? Leia a entrevista a seguir. Nela, conto mais sobre o livro.

Na juventude, ao chegar em casa de madrugada, vindo da sagrada boemia, às vezes me vinha esta ideia: Como eu reagiria se encontrasse, agora em meu quarto, alguém desconhecido, um fantasma, um extraterrestre, um ser bem estranho? A ideia, que me divertia, evoluiu: E se eu encontrasse a mim mesmo, uma versão de mim do futuro? Foi assim que nasceu o conto O Strip-tease, publicado em 1997 no livro Guia de Sobrevivência para o Fim dos Tempos, que é todo feito de diálogos diretos.

O primeiro romance, O Irresistível Charme da Insanidade, precisou de 15 anos para chegar à sua forma definitiva. Este agora, 18 anos. Será que terei tempo de escrever um terceiro?

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Ricardo Kelmer 2023 – blogdokelmer.com

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Em meio a problemas no casamento, Téssio é transportado para o passado e lá encontra a si mesmo e a sua mulher Ariane, aos vinte anos de idade. Envolvidos numa conflituosa relação a três, eles precisarão lidar com novos e antigos sentimentos enquanto Téssio tenta retornar à sua vida oficial.

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ENTREVISTA
Jornal O Povo (Fortaleza), ago2023
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01) Em seu novo livro, você explora o tema das realidades paralelas, também conhecido por multiverso e que atualmente está presente em vários filmes e séries. Qual é o diferencial de seu romance? Por que esse tema atrai tanto o público?

RK: Sim, usei um tema que já foi muito usado, mas a meu modo particular e misturando a outro tema, o do duplo. Em meu romance, o protagonista, além de voltar a seu passado, encontra lá a si próprio, e também a sua esposa, aos 20 anos de idade. No entanto, essa versão de seu passado não é exatamente igual ao que ele viveu e isso o envolverá num problemático triângulo amoroso. É um drama de ficção científica contado com bom humor, uma comédia romântica. Acho que esse tema do multiverso é atraente porque todos nós temos a mesma curiosidade: como seria minha vida se algo houvesse ocorrido diferente?

02) Até chegar ao formato de romance, “Minha Doce Vida Perdida” teve outros formatos. Como foi esse processo, e o que fez com que você continuasse voltando para a trama de Téssio e Ariane?

RK: A primeira versão desse romance é o conto “O Strip-tease”, que está no livro “Guia de Sobrevivência para o Fim dos Tempos”, de 1997. Em 2005, quando morava no Rio de Janeiro, fiz um curso com o roteirista Luiz Carlos Maciel e reescrevi a história, adaptando para o formato de roteiro de longa-metragem. Depois, fiz o caminho inverso e adaptei a história roteirizada para um romance, mas mantive parte da estrutura narrativa do audiovisual, priorizando as cenas. Se alguém tiver interesse em filmar, o roteiro está com meio caminho andado.

03) O livro tem inspiração no mito do labirinto do Minotauro. De que maneira a lenda guia os caminhos de “Minha Doce Vida Perdida”?

RK: Na história, Téssio se perde nos labirintos das realidades paralelas, e enquanto tenta retornar à sua vida oficial, precisa lidar com o princípio feminino, representado por sua esposa Ariane, a filha Dorinha e outras personagens mulheres. Além disso, os nomes dos personagens são inspirados na mitologia grega. Os mitos são fontes inesgotáveis de inspiração artística. E, além de estruturarem as sociedades, eles contêm verdades que podem guiar o indivíduo em sua jornada pelas fases da vida.

04) O encontro das distintas realidades de Téssio causam questionamentos no personagem. A escrita do livro também gerou reflexões sobre sua relação com o tempo?

RK: A questão da natureza do tempo me fascina. Quanto mais nos aprofundamos nele, menos o entendemos e mais ele nos instiga. Em meu caso particular, sinto a chegada da velhice e, ao rever o passado, é inevitável o diálogo com o eu que fui, mas também com o eu que poderia ter sido. Esse diálogo às vezes é doloroso, mas pode ser benéfico e terapêutico. Então, tive a ideia de usar essa questão na pré-venda do livro, fazendo uma pergunta a todos que o adquiriram: “Se você, hoje, sabendo tudo que sabe, tivesse a oportunidade de dizer algo para você com 20 anos, o que diria?” Recebi respostas incríveis, cheias de sabedoria, pérolas filosóficas. Sabe o que fiz com elas? Inseri no livro físico. Isso significa que o livro foi escrito, também, pelos próprios leitores. Não é interessante?

05) As crônicas e contos prevalecem em seus livros e nas publicações do blog. Como acontece seu processo de escrita em romances como “Minha Doce Vida Perdida” e “O Irresistível Charme da Insanidade”?

RK: Você nem imagina o quanto sofro para escrever romances. O primeiro demorou 15 anos para chegar à forma definitiva, e o segundo, 18 anos. Criar contos e crônicas é mais prazeroso, mas é impossível ficar em paz com uma história insistindo dia e noite para ser contada. Não sei se terei disposição para encarar a feitura de um novo romance, até porque logo a inteligência artificial criará textos literários com boa qualidade e em menos tempo que os humanos, e com a vantagem de não precisar vender livros para pagar o almoço. Talvez seja melhor unir-se ao inimigo, né?

06) Você tem 20 livros publicados, desde 1995, e viveu as mudanças na sociedade, como o livro eletrônico e as redes sociais. Qual é a sua estratégia para vender e se manter escrevendo?

RK: Primeiro, escrevo por questão de saúde: se não escrever, enlouqueço de vez. E aprendi que é preciso se adaptar e reconhecer as oportunidades. No caso desse livro, usei a meu favor a tecnologia e as redes sociais, e fiz uma campanha de pré-lançamento que envolveu a venda antecipada do livro físico e também a venda do livro eletrônico (em PDF e no site da Amazon). Consegui sensibilizar apenas uma parte de meus leitores e amigos, é verdade, mas foi o suficiente, e fiz questão que todos eles, independente de quem comprou ou não, recebessem o livro eletrônico com dedicatória personalizada ‒ mil pessoas, aproximadamente. Fiz isso porque, além da questão financeira, acredito na democratização da leitura, e também porque meu maior prazer, como escritor, é ser lido.

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