Foi o blindado, mãe. Ele não me viu com a roupa de escola?
DUAS BANDEIRAS
. Quarta-feira, 20 de junho. Na favela da Maré, na cidade do Rio de Janeiro, um adolescente de 14 anos chamado Marcos Vinícius seguia caminhando para a escola quando foi alvejado por tiros que, segundo o próprio garoto e outras testemunhas, partiram das forças do Estado (Polícia Civil e Militar e Exército) que ocupavam a favela.
“Mãe, eu vi quem atirou em mim. Foi o blindado, mãe. Ele não me viu com a roupa de escola?” – o garoto falou para a mãe, Bruna da Silva, pouco antes de morrer.
Sexta-feira, 22 de junho. No estádio russo em que as seleções de Brasil e Costa Rica jogavam pela Copa do Mundo, o jogador Neymar, ao fim do jogo, foi até o meio do campo, ajoelhou-se e, sozinho, com as mãos no rosto, chorou para o mundo inteiro ver. Talvez tenha chorado por todas as vítimas de um Estado que diariamente violenta os direitos dos mais pobres, executa vereadoras que lutam contra a injustiça social e assassina adolescentes que cometem o crime de ir para a escola.
Ou não. Talvez tenha chorado por outros motivos. Talvez tenha apenas fingido que chorou, como aqueles jogadores que fingem que sofreram falta.
Não sei. O que sei é que na Rússia, com um gol no fim do jogo, Neymar fez a sua justiça com os próprios pés, e as bandeiras verde-e-amarelo se agitaram de orgulho por seu herói. O que sei é que no velório de seu filho, tendo nas mãos o uniforme ensanguentado que ele vestia quando foi baleado, Bruna da Silva falou, entristecida, mas firme: “Essa é a bandeira do meu filho, é com ela que eu vou fazer justiça”.
A camiseta É GOOOOOOLLLPPPEEE NO BRASIL!!!, que foi criada por mim em abr2017 e comercializada pelo bloco Simpatizo Fácil, de Fortaleza, ganhou projeção nacional e surgiram imitações de vários tipos. A frase É GOOOOOOLLLPPPEEE NO BRASIL!!! virou o grito oficial dos que denunciam o golpe que sangrou a democracia brasileira. Conheça sua história, as imitações e curiosidades:
Sobre lutas, sonhos e a grande farsa – Para quem ainda não percebeu, é isso mesmo o que todos somos, meros atores no grande teatro da existência
Golpe de mestre à brasileira – O processo seria custoso e traumático, e provocaria séria desestabilização na democracia, mas melhor isso que suportar mais um governo de esquerda no Brasil
O socialista crucificado – Se esses cristãos vivessem naquela época, teriam batido panela contra o bandido Jesus e aplaudido sua crucificação
O protesto da babá negra – Talvez ela saiba que quando um governo tem como objetivo a equidade social e a redistribuição da riqueza do país, automaticamente atrai o ódio das elites econômicas, que lutarão para manter seus privilégios
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Tá difícil entrar no clima da Copa no país do golpe
A COPA SEM ESPÍRITO
. A Copa do Mundo 2018 vai começar, e aqui, no Brasil do golpe, nadinha do espírito da Copa aparecer.
A seleção está jogando um bom futebol, mas o maremoto de lama da corruptíssima CBF respingam forte sobre a canarinha. E a camiseta verde e amarela, coitada, ficou tristemente associada às manifestações Fora Dilma e aos movimentos de direita, que fingiam protestar contra a corrupção mas só queriam mesmo tirar o PT do poder, ainda que a situação do país piorasse, como de fato piorou.
Para completar, esses craques-ostentação, milionários, cheios de pose e preocupados mais com o corte do cabelo do que com as nossas urgentes questões sociais, não nos representam nem cativam. Ô saudade do Sócrates!
Eu, pela primeira vez, estou desmotivado para torcer pela seleção. Espero que ela consiga me empolgar. Verei os jogos, sim, mas com minha camiseta É Goooooolllpppeee no Brasil!. E seria ótimo se nos estádios russos aparecessem manifestações da torcida brasileira a denunciar esse golpe nefasto que sangrou nossa democracia. Esse gol eu comemoraria. Com certa tristeza, mas comemoraria.
A camiseta É GOOOOOOLLLPPPEEE NO BRASIL!!!, que foi criada por mim em abr2017 e comercializada pelo bloco Simpatizo Fácil, de Fortaleza, ganhou projeção nacional e surgiram imitações de vários tipos. A frase É GOOOOOOLLLPPPEEE NO BRASIL!!! virou o grito oficial dos que denunciam o golpe que sangrou a democracia brasileira. Conheça sua história, as imitações e curiosidades:
Sobre lutas, sonhos e a grande farsa – Para quem ainda não percebeu, é isso mesmo o que todos somos, meros atores no grande teatro da existência
Golpe de mestre à brasileira – O processo seria custoso e traumático, e provocaria séria desestabilização na democracia, mas melhor isso que suportar mais um governo de esquerda no Brasil
O socialista crucificado – Se esses cristãos vivessem naquela época, teriam batido panela contra o bandido Jesus e aplaudido sua crucificação
O protesto da babá negra – Talvez ela saiba que quando um governo tem como objetivo a equidade social e a redistribuição da riqueza do país, automaticamente atrai o ódio das elites econômicas, que lutarão para manter seus privilégios
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A poligamia no futebol é algo comum, e até natural, pois vem do sentimento primevo de amor por esse esporte tão fascinante
EU, MINHA PAIXÃO E MEUS CASOS
. Sabe, eu tenho uma grande paixão. É antiga e está sempre comigo, mesmo na distância, e ela é um sentido em minha vida. Mas como não sou monogâmico, tenho também dois casos, que não chegam a ser paixão, mas faço questão de mantê-los. Além disso, cultivo certas simpatias por aí nesse mundão. Não escondo nada de ninguém e assim vamos vivendo. Não, não são pessoas. Tô falando de futebol.
Ah, a paixão por um clube de futebol… Que coisa louca, isso. Dizem que é o único amor que não se troca por outro de jeito algum, nem sob tortura. Sim, há quem, quando criança, trocou de bandeira e nunca mais voltou, mas criança não conta.
Os monogâmicos futebolísticos não entendem situações como a minha, mas a poligamia no futebol é algo comum, e até natural, pois vem desse sentimento primevo de amor por esse esporte tão fascinante. Antes da popularização nacional da televisão, nos anos 1970, a imensa maioria torcia apenas pelo time de sua cidade ou de seu estado, e era feliz ou infeliz na exclusividade dessa paixão. Mas aí vieram as transmissões dos jogos dos grandes clubes do Sul e Sudeste, e mesmo para quem já tinha sua paixão, ficou difícil ficar alheio àquela sedução toda. Os adultos até que resistiram mais, porém boa parte das crianças e adolescentes, se não foram de todo fisgados pelos clubes mais ricos do país, ao menos assumiram o caso extraconjugal. Hoje, algo parecido ocorre em relação aos grandes clubes europeus.
Eu fui uma dessas crianças. Aos 10 anos, em 1974, me apaixonei perdidamente pelo azul, vermelho e branco do Fortaleza Esporte Clube, e a partir daí o mundo encantado do futebol se abriu para mim, trazendo um novo e gostoso sabor de viver. Nessa época, os campeonatos estaduais tinham mais importância que hoje, e para um menino como eu, que acompanhava pelo rádio em detalhes a todos os campeonatos do país, foi inevitável surgirem simpatias aqui e ali. Com as frequentes transmissões da tevê, gostei do Corinthians-SP e do Fluminense-RJ, e curtia seus títulos e lamentava suas derrotas, mas o envolvimento mantinha-se num nível superficial. Só o Fortaleza é que, de fato, me trazia as vibrantes e fortes emoções, que me fazia chorar de raiva e enlouquecer no indizível prazer de ser campeão.
E assim estamos nós quatro até hoje, na alegria e na tristeza. Não, não há traição, nem rola ciúme, pois todos entendemos que meu coração é do Leão do Pici, e que o maravilhamento transbordante pelo futebol me permite outros bem-quereres. Mas, e quando, num domingo qualquer, preciso optar por um dos outros dois? Aí eu me abstenho, melhor assim.
Você agora pode achar que eu seria mais feliz se ficasse apenas com um deles dois, pois são bem mais ricos e poderosos. Verdade, são mesmo. Mas, caso não tenha percebido, esta crônica é sobre paixão, e não sobre negociações. Sim, sei que na vida também há os amores interesseiros, sei bem. Mas no mundo encantado do futebol, a paixão por um clube é paixão pura de coração. Para o resto da vida.
O time bicampeão de 1974, que me fez ser tricolor. O artilheiro do campeonato foi Beijoca, com 26 gols.
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O HINO – O primeiro hino do Fortaleza foi composto em 1959, por José Jatahy. Em 1967 é composto o hino oficial pelo poeta Jackson de Carvalho, sendo sua gravação em outubro do mesmo ano, tendo como arranjador o maestro Manuel Ferreira e como intérprete o cantor Manoel Paiva. Em entrevista à revista Veja, o cantor e compositor Chico Buarque afirma que considera o hino do Fortaleza o segundo hino mais belo do futebol brasileiro, sendo o primeiro o do seu clube, o Fluminense.
Fortaleza, clube de glória e tradição Fortaleza, quantas vezes campeão Fortaleza, querido idolatrado Estás sempre guardado Dentro do meu coração.
Altivo, tua vida sempre foi um marco Tua glória é lutar e vencer também Salve o Tricolor de Aço No campo, provaste mesmo que não tens rival Tua turma valente é sensacional Salve o Tricolor de aço
Soberbo, tua fibra representa um norte Combativo, aguerrido, vibrante e forte Sem demonstrar cansaço Receba um sincero abraço da torcida tão leal Meu Tricolor de Aço
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Hino do Fortaleza em nove versões 00m00 – Original 1967 02m40 – Lírica com Ayla Maria e Raimundo Arraes 04m59 – Fagner 08m44 – Reggae com banda Okolofé 12m10 – Voz e violão com Calé Alencar 14m22 – Forró com Neo Pi Neo 16m58 – Rock 20m09 – Oficial regravação 2002 22m35 – Em francês
O improvável, o impossível e o inacreditável Numa hora dessa, como ainda ter forças pra superar um rival que virou o jogo no fim com um jogador a menos, que já conseguiu o impossível?
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Fortaleza campeão cearense 2015
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Gol de Gabriel Pereira Fortaleza 1×0 Ceará (22.01.17)
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LEIA NESTE BLOG
Futebol artigo feminino – Cá pra nós, já reparou como brasileira fica ainda mais linda em dia de jogo da seleção?
O menino e o feminino misterioso – Esse instante numinoso em que o Feminino Sagrado mostrou-se pra mim, sob a meia-luz de seu imenso mistério
Religião no esporte é gol contra – Se nada for feito, a religião invadirá os campos e quadras e o esporte virará uma cruzada entre os jogadores e seus deuses
Discutindo a Copa e a relação – Se você deseja minimizar os efeitos sobre sua relação, é bom saber algumas coisas sobre essa rival invencível
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COMENTÁRIOS .
01- Que beleza! Sou do tempo de ir ao Pici pra ver os treinos. Raul Meneleu Mascarenhas, Fortaleza-CE – jan2017
02- Fortaleaaaaaaaaaaaaaa. Vilma de Oliveira, Fortaleza-CE – jan2017
Numa hora dessa, como ainda ter forças pra superar um rival que virou o jogo no fim com um jogador a menos, que já conseguiu o impossível?
O IMPROVÁVEL, O IMPOSSÍVEL E O INACREDITÁVEL
. Três de maio de 2015. Acompanharei o jogo pelo rádio, sozinho em meu apartamento aqui em São Paulo. Jogamos pelo empate, mas não tenho ilusões, sei que será difícil pra caramba. Por isso trato logo de imaginar um roteiro bem sofrido: meu time fará 1×0, no segundo tempo o rival empatará e, no fim do jogo, pênalti pra eles… que o nosso goleiro defenderá. Isso mesmo, dor e angústia até o fim. Pronto, estou preparado. Mas não. Ninguém poderia estar preparado pro que aconteceria.
O ano começou ruim pro Fortaleza Esporte Clube. O último título tricolor fora o tetracampeonato estadual de 2010. Agora, porém, o clube amargava cinco anos na Série C do Brasileiro, um pesadelo horroroso, enquanto o maior rival, Ceará, mais organizado e com mais dinheiro em caixa, se preparava pra um provável pentacampeonato. Restava ao Leão superar as próprias limitações e realizar o improvável. E, principalmente, evocar a tal “mística daquelas camisas”, uma força misteriosa e inexplicável que amedronta até o maior rival e que sempre esteve presente nas grandes conquistas do clube, mas que andava meio sumida.
Acesso a internet e ligo o rádio. Estou tão nervoso que nem lembro de beber algo pra relaxar, isso é incrível, e meu intestino, coitado, nem vou comentar. Mas a camisa tricolor está lá, hasteada no alto do armário, como a estrela-guia da esperança. No primeiro jogo das finais, um domingo antes, surpreendemos e vencemos por 2×1, revertendo a vantagem do Ceará, e agora jogamos pelo empate. Uau, estamos perto de realizar o que era improvável… A conquista da Copa do Nordeste pelo rival, quatro dias antes, o faz chegar pra esse segundo jogo com o merecido status de melhor time da região. É, não vai ser fácil. Mas estou preparado. Tsc, tsc… Ô ilusão.
O golaço de Daniel Sobralense me alivia. Agora eles têm que virar o jogo pra nos tomar o título. Mas continuo desconfiado, não pode ser assim tão facinho… Começa o segundo tempo e o jogo segue difícil, chances dos dois lados. Então eles têm um jogador expulso. Oba, ficou mais fácil. Sim, mas a desconfiança não me deixa relaxar. Chegamos aos 36 minutos. Agora só o impossível pra nos tirar o título.
E eles empatam. Aos 37 do segundo tempo. Que merda. Agora virão uns treze minutos de desespero. Segue o jogo. Mas o tempo não passa. Minhas mãos suam, o coração vai sair do peito, tenho certeza. E aos 45 eles viram o jogo. Não pode ser… Eles alcançaram o impossível. É o pior dos pesadelos pro meu Leão.
Prevejo os dias seguintes, as gozações, vai ser insuportável. Penso em desligar o rádio, me poupar dessa tortura. Mas isso seria covardia, não posso abandonar o time agora. Olho pra camisa lá no alto e me agarro ao último fiozinho de esperança. Mas numa hora dessa, como ainda ter forças pra superar um rival que virou o jogo no fim com um jogador a menos, que já conseguiu o impossível?
Quando o narrador grita o gol inacreditável de Cassiano, aos 47 minutos, demoro a crer, espero um tempo, vão anular o gol… Mas é verdade. É mágico, é inacreditável, mas é real, empatamos! O jogo termina, um jogo épico que entrará pra história. Quem poderia imaginar roteiro tão fantástico? Eu sou campeão, que maravilha! Mas ainda estou tão perplexo… Eu sei que é verdade, mas acho que não consigo acreditar que realmente aconteceu…
É um grande guerreiro aquele que realiza o improvável. É um gigante quem alcança o impossível. Mas como chamar quem consegue o inacreditável? Pode chamar de Fortaleza, é este o seu nome. Parabéns a nós tricolores. A mística daquelas camisas está de volta. .
01- Após o gol de Assisinho, aos 45 do segundo tempo, pondo o Ceará à frente do placar, enquanto seus companheiros pareciam sem forças para reagir, o lateral direito Tinga foi buscar a bola dentro do gol e a levou até o centro do gramado, posicionando-a para que o jogo recomeçasse logo. Na saída de bola, Daniel Sobralense tocou para Cassiano, que recuou para o volante Correa, e, enquanto vários jogadores avançavam para a área, ele tocou na esquerda para Wanderson (eleito o melhor lateral esquerdo do campeonato), que avançou, driblou Robinho com um giro de corpo, atraiu a marcação de mais dois adversários e fez um lançamento preciso na direita para Tinga, que cabeceou no meio para Cassiano, que entrara dez minutos antes, tocar para o gol. Tinga, que também participou do gol de Éverton, no primeiro jogo, cruzando para ele cabecear, era um dos jogadores mais questionados pela torcida, mas subiu de rendimento nas finais.
02- O goleiro Deola e o volante Dudu Cearense foram as contratações mais caras. O primeiro alternou boas atuações com falhas preocupantes, e o segundo demorou a entrar no ritmo, lesionou-se e decepcionou os que nele tanto acreditavam. Felizmente, os volantes Vinicius Hess e Auremir, ao lado de Correa, o grande maestro do time, tiveram bom rendimento e se entrosaram bem com os zagueiros e laterais, fazendo do sistema defensivo o ponto forte do time. O meio de campo melhorou com a subida de rendimento de Éverton e a chegada de Daniel Sobralense. Quanto ao ataque, nenhum dos jogadores se destacou, e esse foi o setor de pior rendimento.
03- Foram frequentes os problemas de contusão durante o campeonato, principalmente na primeira metade do certame, o que dificultou bastante o trabalho do técnico Nedo Xavier, demitido após derrota para o Ceará na segunda fase. Sem poder contar com jogadores como Romarinho e Radar, que quase não jogaram, o técnico Marcelo Chamusca também teve problemas com as contusões. Daniel Sobralense, por exemplo, precisou por duas vezes interromper sua sequência de jogos, voltando a atuar nas finais, sem muito ritmo de jogo. Seu talento, porém, compensou tudo.
04- O ressurgimento do caso David Madrigal no meio do campeonato e a polêmica decisão do TJDF-CE de excluir o Fortaleza do campeonato e rebaixá-lo para a segunda divisão, pegou a todos de surpresa. O clube agiu rápido e conseguiu o efeito suspensivo, o que lhe garantiu jogar as semifinais e as finais. O caso, porém, em vez de dificultar ainda mais a vida dos tricolores, pareceu injetar um novo ânimo no Pici e serviu para unir mais a torcida em torno do time. A solicitação de árbitro de fora para as finais, feita pelo Fortaleza, foi mais uma jogada inteligente, reforçando a ideia de que o clube, além do rival Ceará, lutava também contra a Federação e os interesses obscuros do TJDF-CE.
05- A invasão do campo por parte da torcida do Fortaleza, após o apito final, poderia ter sido evitada com a presença de mais policiais no campo, afinal era uma atitude perfeitamente previsível. A comemoração tricolor provocou a ira da torcida do Ceará, que soltou rojões sobre os torcedores tricolores no campo e invadiu o gramado para brigar. Erraram as duas torcidas. Falharam as autoridades da segurança. Perdeu o futebol e perderam os dois clubes, que tiveram de pagar pelo prejuízo dos assentos quebrado e certamente sofrerão penalidades nos tribunais.
06- FICHA TÉCNICA
– Local: Arena Castelão, Fortaleza-CE
– Data: 3 de maio de 2015, domingo, 16 horas
– Árbitro: Péricles Bassols-RJ
– Cartões amarelos: Charles, Uillian Correia, Ricardinho (Ceará); Daniel Sobralense, Deola, Pio e Lúcio Maranhão (Fortaleza)
– Cartões vermelhos: Uillian Correia (Ceará); Maranhão (Fortaleza)
– Público pagante: 50.002
– Público não-pagante: 1.000
– Renda: R$ 1.169.467,00
– ESCALAÇÕES:
FORTALEZA: Deola, Tinga, Adalberto, Lima e Wanderson; Pio (Maranhão), Auremir, Correa e Everton (Vinícius Hess); Daniel Sobralense e Lúcio Maranhão (Cassiano). Técnico: Marcelo Chamusca. BANCO: Erivélton, Genilson, Max Oliveira, Hudson, Radar, Vinícius Hess, Cassiano, Samuel, Maranhão, Márcio Diogo, Dudu Cearense e Cássio.
CEARÁ: Luis Carlos, Samuel Xavier, Gilvan, Charles e Fernandinho (Tiago Cametá); João Marcos (Robinho), Uillian Correia, Ricardinho e Marinho; Magno Alves e William (Assisinho). Técnico: Silas. BANCO: Tiago Campanaro, Sandro, Everton, Jean Cléber, Marcos Aurelio, Wellington Carvalho, Robinho, Eloir, Assisinho, Carlão e Wescley.
00m00 – Original 1967 com Manoel Paiva
02m40 – Lírica com Ayla Maria e Raimundo Arraes
04m59 – Raimundo Fagner
08m44 – Reggae com banda Okolofé
12m10 – Voz e violão com Calé Alencar
14m22 – Forró com Neo Pi Neo
16m58 – Versão rock (Alexandre Carvalho. Instrumental: André Carvalho)
20m09 – Original regravação 2002
22m35 – Em francês (Voz: Giselle Café)
24m43 – Versão de Nonato Luiz (violão, com batucada nas cordas do violão)
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A mística daquelas camisas (crônica) – Eu era um menino de nove anos quando a magia daquelas camisas invadiu minha vida. Os radialistas falavam sobre a tal mística das camisas do Fortaleza Esporte Clube, mas eu ainda não podia entender o que era. No entanto, o azul-vermelho-e-branco já seduzia meus olhos de criança, e me fascinavam as histórias sobre as vitórias impossíveis.
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O hino – O primeiro hino do Fortaleza foi composto em 1959, por José Jatahy. Em 1967 é composto o hino oficial pelo poeta Jackson de Carvalho, sendo sua gravação em outubro do mesmo ano, tendo como arranjador o maestro Manuel Ferreira e como intérprete o cantor Manoel Paiva. Em entrevista à revista Veja, o cantor e compositor Chico Buarque afirma que considera o hino do Fortaleza o segundo hino mais belo do futebol brasileiro, sendo o primeiro o do seu clube, o Fluminense.
Fortaleza, clube de glória e tradição Fortaleza, quantas vezes campeão Fortaleza, querido idolatrado Estás sempre guardado dentro do meu coração
Altivo, tua vida sempre foi um marco Tua glória é lutar e vencer também Salve o Tricolor de Aço No campo, provaste mesmo que não tens rival Tua turma é valente, é sensacional Salve o Tricolor de aço
Soberbo, tua fibra representa um norte Combativo, aguerrido, vibrante e forte Sem demonstrar cansaço Receba um sincero abraço da torcida tão leal Meu Tricolor de Aço
Futebol artigo feminino – Cá pra nós, já reparou como brasileira fica ainda mais linda em dia de jogo da seleção?
Religião no esporte é gol contra – Se nada for feito, a religião invadirá os campos e quadras e o esporte virará uma cruzada entre os jogadores e seus deuses
Discutindo a Copa e a relação – Se você deseja minimizar os efeitos sobre sua relação, é bom saber algumas coisas sobre essa rival invencível
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COMENTÁRIOS .
01- Maravilha de crônica Kelmer! Viva o Tricolor de Aço! Bj saudoso. Madalena Bonfim, Fortaleza-CE – mai2015
02- A cronica estava linda demais e o futubol realmente surpreendeu! Michelle SJ, Fortaleza-CE – mai2015
03- Curti a crônica, não a “A mística daquelas camisas está de volta.” Rsrs. Parabéns, tricolor Kelmer. André Domene Ortiz, Fortaleza-CE – mai2015
04- Ai dentro. Carniça. Marcella Costa, Fortaleza-CE – mai2015
05- Beleza pura a crônica. Eugênio Oliveira, Fortaleza-CE – mai2015
08- Parabens pela linda crônica,parabens pela vitória do Foraleza. Vilma Galvão, Fortaleza-CE – mai2015
09- bom demais, tricolor. bjo. Xico Sá, Rio de Janeiro-RJ – mai2015
10- Adorei a crônica. Saudações tricolores, tem que ser sofrido sim, porque torcer fortaleza é para os fortes, não é mesmo? Valeu! Ana Nathalia Simões, Fortaleza-CE – mai2015
11- Traduziu nossa angustia e ao mesmo tempo nossa grande conquista!!!! Parabéns a todos os tricolores!!! Eduardo Maranhão, Fortaleza-CE – mai2015
13- É isso, Ricardo Kelmer. Aproveito e coloco aqui sua observação:”A confusão e a violência entre torcedores arruaceiros entristecem o futebol, sim, mas o futebol em si é belo e emocionante. É justo separar uma coisa da outra, pois a imensa maioria dos torcedores é de bem e vai pro estádio apenas pra torcer por seu time.” Rosângela Aguiar, Fortaleza-CE – mai2015
14- O campeão voltou! Eugênio Oliveira, Fortaleza-CE – mai2015
20- Para os campeões ! Carlos Sampaio, Fortaleza-CE – mai2015
21- Parabéns Ricardo Kelmer. Emocionante seu texto. Senti exatamente o mesmo… Ao ler seu fantástico texto senti toda emoção de domingo mais uma vez. Esse é o nosso leão. Impossível, improvável e inacreditável! Hugo de Freitas, Fortaleza-CE – mai2015
22- O texto retrata o sentimento dos tricolores, que apesar de torcedores, sabem bem separar paixão e razão, e tinham consciência do melhor momento do rival. O receio, a desconfiança no que o time poderia fazer estavam presentes nesses tricolores e, ao que parece, o sentimento foi esse mesmo durante os 90 minutos. Marcos André, Fortaleza-CE – mai2015
23- Realmente retrata quase tudo que passei! Parabéns! Joao Batista Mota, Fortaleza-CE – mai2015
24- perfeito! AAIii meu coração!!! É verdade, meu Deus!!! Andrea Mesquita Lima, Fortaleza-CE – mai2015
25- Eu também demorei a acreditar, nem vi direito pois já estava me sentindo derrotada. Mas valeu! Bom demais!! Te amo Leão!!! Cristiane Bastos, Taíba-CE – mai2015
26- Parabéns, grande Ricardo Kelmer. Eu senti tudo isso, só que às avessas, hehehe. Augusto Caminha, Fortaleza-CE – mai2015
27- Outra foi aquela que chegamos no segundo tempo de Fortaleza e Ceará aos 35m e o Fortaleza perdia de 3×0, não é q empatou.. Andre Soares Pontes, Fortaleza-CE – mai2015
28- Emocionante! Quase me transportei pro passado naquele dia! Emoções mil, eu vivi extasiado! José Milton Fontenelle, Fortaleza-CE – mai2015
29- Como eu estou com 60 anos, essa linda crônica fez-me lembrar do inesquecível Blanchard Girão, o criador da “mística daquelas camisas”. Francisco Celio Cavalcante Marinho, Fortaleza-CE – mai2015
Ciclistas adotam uniforme polêmico e usam a energia de seus orgasmos para vencer corridas
AS CICLISTAS ORGÁSTICAS DA COLÔMBIA
. A equipe feminina de ciclismo colombiana RDI tem provocado polêmica por utilizar uma energia extra nas competições: o orgasmo. Orientadas pelo treinador Miro García, fisioterapeuta com especialização em Sexologia Desportiva, as seis atletas ganharam um uniforme desenhado especialmente para elas que deixa a genitália descoberta e permite o contato direto da vulva com o assento da bicicleta. O objetivo é excitar sexualmente a atleta durante a prova e utilizar a energia dos orgasmos obtidos para pedalar com mais rapidez.
Segundo o treinador, a média de cada atleta da RDI é de oito orgasmos por prova, sendo que a recordista é Cristina Rossy, que numa das etapas do Tour de l’Ardéche, na França, obteve vinte e sete orgasmos, e venceu a prova com folga. Desde que a nova técnica foi implantada, a velocidade média da equipe aumentou em 22%, o que a fez vencer todas as seis competições oficiais em que participou.
Apesar de reclamações de algumas equipes adversárias, que acusam a RDI de doping e falta de ética, a União Ciclística Internacional, que administra as competições, não vê motivo legal para impedir o uso do uniforme. Por outro lado, algumas equipes já demonstram interesse em experimentar a mesma técnica da equipe colombiana. As atletas da RDI afirmam que, se antes elas corriam atrás das adversárias, agora a equipe está sendo perseguida, tanto na pista como pelos moralistas de plantão. Segundo elas, ter orgasmos durante as práticas ciclísticas é comum entre muitas mulheres, e o que elas estão fazendo é tão somente direcionar a energia natural do corpo para pedalar mais rápido. Para não perder a conta dos orgasmos, as atletas os registram num pequeno aparelho instalado no guidom da bicicleta, que envia os dados em tempo real para o celular do treinador.
A polêmica já saiu do meio esportivo. Alguns grupos feministas demonstraram apoio à equipe, defendendo a livre sexualidade da mulher, enquanto outros condenaram o uniforme, alegando que se trata de exploração comercial do corpo feminino. A Liga das Senhoras Católicas do Cáucaso entrou com recurso para impedir que a equipe usasse o uniforme na Volta da Chechênia, o que não foi aceito pela Justiça. A prova foi vencida pela RDI, que dedicou a vitória a todas as chechenas.
Segundo García, o objetivo a longo prazo é capacitar as atletas a terem uma média de vinte orgasmos por prova, o que, segundo ele, daria condições à equipe de competir nas provas masculinas com chance de vitória. Indagado sobre se a técnica poderia transformar o ciclismo esportivo numa disputa de orgasmos, García diz que não está preocupado com isso, e que a tendência é que o orgasmo feminino seja reconhecido como um recurso legítimo das mulheres para a melhoria da saúde, da prática esportiva e também no trabalho. Ele apoia-se nas pesquisas do Centro de Saúde Sexual da Universidade de Indiana, nos EUA, que mostra que grande parte das mulheres já tiveram orgasmo induzido pelo exercício físico, e cita o caso da empresa alemã Hosth, que incentiva as funcionárias a se masturbarem no trabalho, e com a energia gerada pelos orgasmos passou a economizar 8% de energia elétrica, além de melhorar o ambiente profissional.
Cristina Rossy, a recordista de orgasmos da equipe, é uma entusiasta das ideias do treinador. Ela afirma, otimista: “O orgasmo feminino pode ser a solução do problema dos recursos energéticos do planeta, mas para isso as mulheres têm que se sentir livres para terem mais e melhores orgasmos, em qualquer lugar, a qualquer hora, sozinhas, em grupo ou com quem elas quiserem”. Sobre seu notável desempenho, Cristina, que desenhou o uniforme, explica que quando terminam as provas, ela e suas colegas estão eufóricas e bem-dispostas, e têm vontade de falar muito e discutir tudo relacionado à prova com o treinador. “Essa é a parte chata”, diz o treinador, divertindo-se, “pois tenho que escutar seis mulheres eletrizadas falando ao mesmo tempo durante horas”.
(fonte: Corriere di Napoli) .
Ricardo Kelmer 2014 – blogdokelmer.com
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COMENTÁRIOS .
01- Sensacional! Kkkk isso é sério? Rayan Lins, João Pessoa-PB – set2014
02- em tempos de polêmicas e ciclovias……ah se essaodair pega em Sampa city kkk. Paula Martins, São Paulo-SP – set2014
03- E eu pensando que já tinha visto de tudo! Dri Flores, São Paulo-SP – set2014
04- Que vergonha bota logo nua descarado este treinador nao vale nada. Maria Nilce Meireles, Jericoacoara-CE – set2014
05- Se esta moda pega,kkk. Debora Morais, Fortaleza-CE – set2014
06- “É possível ter orgasmos dançando?” nunca ouvi dizer, mas acredito que não. A dança exige uma energia diferente da sexual. embora seja vista como sensual, eh pra quem esta olhando e nao pra quem esta dançando. Sobre a postagem, acho que falam muito de sexo, usam sexo pra se promover, pra aparecer, pra ter fama….mas fazer sexo mesmo que eh bom, ta dificil neh….a maioria nao faz nada, so fala sobre. Como ja andaram dizendo por aí…qualquer gato vira-latas tem a vida sexual mais sadia que a nossa. Orgasmo deveria ser natural como dormir e não assunto de FB. Sandra Xavier Amarantha, Poá-SP – set2014
07- Fantástico! Daniel Perroni Ratto, São Paulo-SP – set2014
08- Olhem aí, mulheril, em tempos de falta de homens! José Milton Fontenelle, Fortaleza-CE – set2014
10- Que criatividade Ricardo Kelmer vc tem! Seu menino, mais menino, só sendo um menino mesmo menino… Rute de Paula Tavares, João Pessoa-PB – set2014
11- achei o uniforme um desastre visual…se eu fosse homem broxava….kkkkkkkkkkk. Eu Ni CE, São Paulo-SP – set2014
12- e as pernas bambas? kkkkk. Ivonesete Zete, Fortaleza-CE – set2014
13- Uiuiui!! Aiaiai!! Kkkk, gente!! Tem que formar um grupo pra fazer chover em Sampa!! Jane Arruda de Siqueira, São Paulo-SP – set2014
14- O texto eh criatividade sua Ricardo Kelmer??? Michele SJ, Fortaleza-CE – set2014
15- hahahahaha … Muito bom o texto …. “A Liga das Senhoras Católicas do Cáucaso entrou com recurso para impedir que a equipe usasse o uniforme na Volta da Chechênia, o que não foi aceito pela Justiça. A prova foi vencida pela RDI, que dedicou a vitória a todas as chechenas”. Francisco Coelho, Rio de Janeiro-RJ – set2014
16- dilícia heim. Paulo Nunes, São Paulo-SP – set2014
Uma resposta brasileira ao hino provocativo da torcida argentina na Copa do Brasil
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ARGENTINA, DIZ-ME COMO É TRISTE
Eu, particularmente, não ficaria triste se a Argentina fosse campeã da Copa do Brasil, afinal temos muitas afinidades com los hermanos. Mas já que não foi, também não podemos perder a piada, né?
Aliás, temos que agradecer à torcida argentina pela alegria que trouxeram, tornando a Copa do Mundo ainda mais divertida. Eles adaptaram uma cantiga usada pelas torcidas de clubes argentinos, cuja melodia foi inspirada na música Bad Moon Rising, da banda de rock estadunidense Creedence Clearwater Revival, e ela virou um hino de provocação bem-humorada aos brasileiros. Brasil, decime que se siente… Bastava dois argentinos se encontrarem, nem que fosse na imagem refletida do espelho, e já começavam a cantar. Se houvesse uma câmera de TV por perto, berravam tão alto que era impossível ouvir o repórter.
Era tudo com bom humor, sim, mas é interessante constatar que enquanto os argentinos, de modo geral, preferiam provocar os brasileiros, os outros estrangeiros se comportavam de modo mais simpático e amistoso, sem provocações. Talvez o comportamento dos hermanos não tenha sido exatamente cordial com os anfitriões, mas isso são coisas da rivalidade esportiva, tem-se que dar um desconto.
No fim das contas, brasileiros e argentinos terminamos a Copa chorando. Nós, pela humilhante surra tomada dos alemães e pelo choque de realidade quanto à qualidade do nosso futebol, e eles por terem chegado tão pertinho da taça. Algo me diz que a nossa dor é maior.
Bem, nessas horas só o humor pode nos salvar. Assim sendo, segue minha humilde contribuição à nossa folclórica e divertida rivalidade futebolística. Criei uma versão brasileira da cantiga dos hermanos.
Argentina, diz-me como é triste Voltar a pé e a chorar Não te deram o sonhado tri Nem teu Messi, nem teu Papa
Manuel Neuer te parou, Mario Götze te estufou Lavezzi rezou com pouca fé Em 78 o Peru deixou, em 86 a mão roubou Maradona pede a bênção ao Pelé
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Aqui, a cantiga-hino dos argentinos na Copa do Brasil:
Brasil decime que se siente Tener en casa a tu papá Te juro que aunque pasen los años Nunca nos vamos a olvidar
Que el Diego los gambeteó, que Cani los vacunó Están llorando desde Italia hasta hoy A Messi vas a ver, la Copa va a traer Maradona es más grande que Pelé
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Ricardo Kelmer 2014 – blogdokelmer.com
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APRESENTAÇÃO NO EITA SARAU (São Paulo, jul2014)
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TORCIDA ARGENTINA EM COPACABANA
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Rockeiro Kelmer (Argentina, diz-me como é triste)
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Rockeiro Kelmer (Argentina, diz-me como é triste)
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COMENTÁRIOS .
01- Perder a piada jamais! Dri Flores, São Paulo-SP – jul2014
02- É muito boa. “Festa é o que nos resta”. Marcelo Gavini, São Paulo-SP – jul2014
03- rsrsrs. Sidneia Fonseca, São Paulo-SP – jul2014
04- Tu é um artista mesmo.. hahahahhaha. Caroline Queiroz, Florianópolis-SC – ago2014
05- escuta, Kelmer… tô lendo seu livro de contos… gostei especialmente do ‘pequeno incidente em hukat’… é um ótimo roteiro pra cinema… abs!Shirlene Holanda, São Paulo-SP – ago2014
06- Arrasouuuu, tio prof! Paula Izabela, Juazeiro do Norte-CE – ago2014
No futuro, há duas versões dessa história, ambas aguardando em silêncio o momento em que uma delas, apenas uma, acontecerá
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A TRAGÉDIA DE NEYMAR E O FUTURO QUE VOCÊ MERECE .
A trágica saída antecipada de Neymar da Copa do Mundo causou uma comoção nacional, e também no mundo inteiro. Os brasileiros sabiam que não tinham o melhor time, mas contavam com a genialidade do garoto craque para fazer a diferença. Agora, sem Neymar, o que acontecerá com a seleção anfitriã da Copa? No futuro, há duas versões dessa história, ambas aguardando em silêncio o momento em que uma delas, apenas uma, acontecerá. Qual delas?
Na versão com final triste para os brasileiros, a seleção não consegue superar seus problemas e é derrotada. Porém, ela é poupada das críticas, afinal a derrota é plenamente justificável, pois se o time não estava muito bem com Neymar, sem ele é que não melhoraria mesmo. A torcida, conformada, compreende.
Mas há a versão com final feliz. Nela, a tragédia de Neymar faz com que, de repente, a torcida se livre de qualquer tentação ao pessimismo, perdoe as deficiências do time e se concentre tão somente em incentivar sua seleção. Nesta versão do futuro, os jogadores não se acovardam ante à comodidade de uma compreensível derrota. A ausência de Neymar, feito a morte, tem o paradoxal poder de torná-lo ainda mais presente, e assim, com apoio total e o espírito do craque maior a inspirar seus companheiros, o time supera o trauma e o Brasil conquista o hexa. A seleção dedica o título ao seu jovem guerreiro abatido, e Neymar, de uma maneira que nunca desejaria, é o herói simbólico da sofrida e mitológica conquista.
No horizonte das possibilidades, as duas versões do futuro enigmaticamente nos aguardam. Se você torce pela versão com final feliz, faça agora um exercício de imaginação e ponha-se nesse futuro. Nele, lá está você, vibrando de felicidade pela gloriosa vitória. Mas, espere um pouco… Você está feliz, sim, mas em seu íntimo, você se pergunta se realmente, realmente mesmo, merece essa felicidade, pois você foi um dos que, após a perda de Neymar, acovardou-se e não acreditou que a história teria final feliz. Você não cumpriu com sua parte na construção do futuro. Ou não? Ou você foi um dos que acreditaram?
É assim o futuro, sempre aberto a uma ou outra versão. Mas podemos, ainda no presente, saber se realmente merecemos, ou não, a versão feliz. .
Ricardo Kelmer 2014 – blogdokelmer.com
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O PIOR DOS FUTUROS (RK, 09.07.14)
E o futuro aconteceu. E ele era tão improvável que foi impossível visualizá-lo no horizonte das possibilidades. O time brasileiro não apenas não conseguiu superar seus problemas: ele mostrou, claramente, que não estava preparado para vencer. A vida continua, mesmo após um 7×1, e jogadores e comissão técnica ainda podem conquistar muitas vitórias, mas a ferida jamais cicatrizará, e todos eles infelizmente terão que conviver até o último dos seus dias com essa mancha tenebrosa em seus currículos.
A torcida fez a parte dela, intensificando o apoio ao time mesmo com a perda de seu grande craque. A torcida sabia que seria muito difícil, mas não se acovardou. O time também não. A explicação exata sobre que aconteceu é algo que sempre será difícil de explicar. Falarão de esquema tático, preparação psicológica, ausência de Neymar e Tiago Silva… Seja o que for, tudo que resta agora à seleção brasileira é terminar a Copa de forma honrosa, conquistando o terceiro lugar. Quem acredita?
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Destino e intuição – A intuição pode nos conectar não apenas com o passado, onde estão as causas do que agora vivemos, mas também com o futuro, onde viveremos a consequência de nossa decisão no tempo presente
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COMENTÁRIOS .
01- Mt bom o texto. Cintia Lisboa, São Paulo-SP – jul2014
02- Um baita dum texto diga-se de passagem” do glorioso Ricardo Kelmer. Vale pra Copa e também pro resto dos seus dias. Marcelo Gavini, São Paulo-SP – jul2014
03- Boa Kelmer!!! Meu querido Kelmer, eu não lembro de nenhuma copa que o atimismo fosse total, Neymar é um craque diferenciado, porem eu acredito que são profissionais que ganham milhões pra estarem ali, com Neymar ou não eles vão ter que honrar sua profissão e buscar a vitória. Eu acredito que podemos ganhar sem Neymar, mesmo sabendo que é um atleta diferenciado. Paulo Ricardy Dos Santos, Campina Grande-PB – jul2014
05- Não me acho covarde se não participei de todo o trajeto da Copa…o momento que me mobilizou mesmo foi o da covardia que fizeram com o Neymar..mas se ele não voltar eu sinto muito, mas outros jogadores terão a chance de ser mais valorizados, porque um time de futebol não é feito com um jogador, como a mídia e o Sr. Galvão Bueno quer nos fazer crer…Sempre foi assim , elegem um ídolo e a mídia o coloca no topo…os outros são mero coadjuvantes e não recebem também os louros da vitória nas Copas…Teve uma Copa que o Brasil ganhou a Copa sem Pelé e o povo gostou tanto que fizeram uma marchinha com o fato que no final dizia assim…E,e,e eh! E e e éh. Brasil ganhou a Copa sem Pelé e quem foi visualizado foi o Garrincha, que teve sua gde chance (minha mãe que contava isso). Abssssssss Vera Helena, Vitória-ES – jul2014
06- Achei tbém mto covarde a atitude do jogador da Colômbia, mas agora o Neymar virou ídolo mesmo….ele criou um mito, um mártir, um ídolo da Copa 2014. Vera Helena, Vitória-ES – jul2014
07- Adorei, Ricardo Kelmer, e, claro q ficarei com o final feliz, pois na hora q Neymar se machucou tive a sensaçao de uma quase morte dele…E é isso q acredito q vai acontecer com os jogadores. Eles mais do q nunca vao lutar com unhas e dentes por ele e pelo hexa, pois o brasileiro reage melhor quando está em desvantagem do q quando está ganhando… A nossa vitória seria a melhor resposta p darmos ao mundo, sobretudo, ao jogador da Colombia… Luciana Brasileiro de Holanda, Campina Grande-PB – jul2014
08- Meu nobre e querido Primo.. muita sabedoria e discernimento em suas palavras… Como sempre… Versões Kelméricas me inspiraram!!!!!!!!!!! TAMO JUNTO!!!!!!!!!!!!!! Rafa Moreira, Fortaleza-CE – jul2014
Eu, ainda menino, sem entender bem o que acontecia, já estava preso, para a vida inteira, à tal mística daquelas camisas
A MÍSTICA DAQUELAS CAMISAS
. Eu era um menino de nove anos quando a magia daquelas camisas invadiu minha vida. Os radialistas falavam sobre a tal mística das camisas do Fortaleza Esporte Clube, mas eu ainda não podia entender o que era. No entanto, o azul-vermelho-e-branco já seduzia meus olhos de criança, e me fascinavam as histórias sobre as vitórias impossíveis. Corria o campeonato de 1974 e o aguerrido Leão do Pici mais uma vez realizava o improvável: vencia três vezes seguidas seu grande rival local e conquistava o bicampeonato estadual.
Pronto, eu estava fisgado, já não havia como voltar. Quando eu via o time entrando em campo, meu coração de criança batia tão forte, minha alma era tomada por um frisson tão grande… Naqueles momentos eu pressentia que algo muito importante estava acontecendo em minha vida. Hoje eu sei: através do Tricolor de Aço, a maravilhosa paixão pelo futebol entrava definitivamente em minha vida e eu, ainda menino, sem entender bem o que acontecia, já estava preso, para a vida inteira, à tal mística daquelas camisas.
O romantismo charmoso do uniforme, a torcida reconhecidamente mais vibrante e criativa, a garra histórica do time… Tudo me fascinava e eu não disfarçava o imenso orgulho que sentia. Torcer por um clube de futebol é levar sempre na alma o frescor da esperança, e no coração a chama de uma paixão imortal. Nesses longos anos de futebol, vivi todos os clichês dessa paixão: pulei de alegria, vibrei com cada gol, engoli o grito na garganta, ergui a bandeira para que todo o estádio visse, fui a carreatas, xinguei o centroavante, quebrei o radinho, chorei de tristeza e de felicidade…
Hoje, após tantos anos e emoções tantas, meu coração ainda se aperta quando vejo aquelas camisas entrarem em campo. Eu cresci, conheci outros lugares, vivi muita coisa. Aprendi o jogo duro da vida, treinei meu coração para suportar emoções e até esconder sentimentos. E sei que os tempos são outros, o futebol mudou e parece não mais haver espaço para certos romantismos… Mas não tem jeito. Posso até ficar algum tempo afastado ‒ porém, quando os primeiros jogadores surgem na saída do túnel a velha magia retorna com toda a força, invade minha alma e é como se fosse a primeira vez: a pele se arrepia… os olhos marejam… e em meu peito volta a bater o coração daquele menino que olhava para tudo encantado. O mesmo coração tricolor que bate no peito de tantos meninos e meninas que hoje, encantados, são também seduzidos por ela, a mística daquelas camisas. .
O time bicampeão de 1974, que me fez ser tricolor. O artilheiro do campeonato foi Beijoca, com 26 gols.
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O HINO – O primeiro hino do Fortaleza foi composto em 1959, por José Jatahy. Em 1967 é composto o hino oficial pelo poeta Jackson de Carvalho, sendo sua gravação em outubro do mesmo ano, tendo como arranjador o maestro Manuel Ferreira e como intérprete o cantor Manoel Paiva. Em entrevista à revista Veja, o cantor e compositor Chico Buarque afirma que considera o hino do Fortaleza o segundo hino mais belo do futebol brasileiro, sendo o primeiro o do seu clube, o Fluminense.
Fortaleza, clube de glória e tradição Fortaleza, quantas vezes campeão Fortaleza, querido idolatrado Estás sempre guardado Dentro do meu coração
Altivo, tua vida sempre foi um marco Tua glória é lutar e vencer também Salve o Tricolor de Aço No campo, provaste mesmo que não tens rival Tua turma valente é sensacional Salve o Tricolor de aço
Soberbo, tua fibra representa um norte Combativo, aguerrido, vibrante e forte Sem demonstrar cansaço Receba um sincero abraço da torcida tão leal Meu Tricolor de Aço
HINO DO FORTALEZA, POR NONATO LUIZ (no fim, a surpresa…)
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Se você deseja minimizar os efeitos sobre sua relação, é bom saber algumas coisas sobre essa rival invencível
DISCUTINDO A COPA E A RELAÇÃO
. Querida leitora Katiane. Em sua singela cartinha, você conta como o futebol atrapalha a relação com seu namorado, e me pede conselhos. Bem, tenho uma boa e uma má notícia. A boa é que o campeonato brasileiro foi interrompido por um mês. Durante trinta dias, seu homem esquecerá dos problemas do time dele, a ameaça de rebaixamento. E a má notícia é que ele agora terá três jogos por dia pra ver, todos imperdíveis. Poizé, é tempo de Copa do Mundo. E se você não é chegada em futebol e deseja minimizar os efeitos sobre sua relação, é bom saber umas coisas sobre essa rival invencível.
Primeiro. A Copa do Mundo é o produto-mor da FIFA. É como a entrega do Oscar pro cinema, entende? A FIFA é a entidade criada no começo do século 20 pra organizar a brincadeira que se espalhava pelo mundo inteiro. Aliás, se espalhou tanto que hoje a FIFA tem mais países associados que a ONU, e o futebol movimenta trezentos bilhões de dólares por ano. Esta é a lição número um: futebol é uma brincadeira muito, muito séria. Por isso, nada de zombar do brinquedo dele.
Por favor, Katiane, não caia na besteira de argumentar que Trindade e Tobago versus Luxemburgo é um jogo que ele poderia perfeitamente deixar de ver. Não vai adiantar. Por quê? Tá, vamos lá. Cada país possui milhares de jogadores de futebol. Os melhores são contratados pelo clube da cidade e os melhores entre eles são contratados pelos melhores clubes do país. E os craques mais craques dessa elite são convocados pra seleção do país. No fim do funil, dos milhões de jogadores no mundo, só quinhentos vão à Copa. Ter esses caras num torneio só é como, de quatro em quatro anos, por um mês, ter na pia do banheiro os xampus e condicionadores e hidratantes mais caros do planeta. Em outras palavras: não dá pra desperdiçar nada.
Outra coisa: chegar à final da Copa é uma honra pra qualquer seleção, sim, menos pro Brasil. Pro brasileiro, só serve se for campeão. Por isso, você não conseguiu consolá-lo após a final contra a França em 98, lembra? Vou explicar melhor. Vamos supor que o grande amor de sua vida (se for o seu namorado, melhor ainda) finalmente tome vergonha na cara e te chame praquela conversa pela qual você tanto ansiava. Ele te convida pra um jantar à luz de velas na cobertura do restaurante daquele hotel cinco estrelas. Uau! Você fica noites sem dormir direito, fala pra todas as amigas e elas não disfarçam a inveja. Você se endivida toda, mas consegue alugar aquele longo caríssimo. O jantar é maravilhoso, o vinho francês divino, o harpista húngaro oferece uma música a você, e a lua, ah, a lua… Pois bem. O Brasil ser vice equivale a, depois disso tudo, esse cara dizer que não vai mais se separar da mulher. Entendeu agora?
Vamos aos lembretes importantes. Na Copa do Mundo homem já acorda com TPJ. Tensão pré-jogo. Que depois evolui para TDJ, tensão durante o jogo. E depois? Aí depende. Se o Brasil vence, ele tem a euforia típica da vitória, vai tomar todas, chegar em casa em coma e ainda vomitar no guarda-roupa, sobre os seus vestidos. Se o Brasil perde, ele tem a fossa típica da derrota, vai tomar todas, chegar em casa em coma e ainda vomitar no guarda-roupa, sobre os seus vestidos. Conclusão: melhor aguentar tudo isso com vitória, né? Então torça muito junto com ele.
Pra terminar, controle seus arroubos de romantismo, Katiane. Copa do Mundo é um encontro de guerreiros suados, destemidos e sanguinários. Beijinhos, abracinhos e denguinhos na hora do jogo definitivamente não combinam. Tudo bem, na hora do gol, vá lá. Mas olhe, não fique melindrada se ele abraça todos os amigos e esquece de você. Isso não quer dizer que ele não te ama mais, não seja dramática. Quer dizer apenas que, na verdade, ele é gay enrustido e sabe aproveitar bem essas ocasiões… Brincadeirinha, brincadeirinha! Viu? Podia ser pior.
Aguente, minha amiga. É só um mês. Depois ele volta inteirinho pra você, tá? Pra você e pro campeonato brasileiro.
Giselle, a espiã nua que eliminou o Brasil – Giselle, aquele rostinho lindo, aquele sorriso meigo, na verdade era uma fria e sedutora agente secreta a serviço da seleção francesa
Futebol artigo feminino – Cá pra nós, já reparou como brasileira fica ainda mais linda em dia de jogo da seleção
Mulheres que adoram – Dar prazer a uma mulher, fazê-la dizer adoro mil vezes por dia…
Insights e calcinhas – Uma calcinha rasgada pode mudar a vida de uma mulher? Ruth descobriu que sim
O íncubo – Íncubos eram demônios que invadiam o sono das mulheres para copular com elas – uma difundida crença medieval. Mas… e se ainda existirem?
Religião no esporte é gol contra – Se nada for feito, a religião invadirá os campos e quadras e o esporte virará uma cruzada entre os jogadores e seus deuses
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COMENTÁRIOS .
01- Ricardo, não sou muito de ler colunas, nem mesmo o noolhar… entrei no sitio só pra saber a hora da abertura da Copa.. Cai no seu espaço, e adorei o Manual de Conduta de companheiras durante a Copa. Será amplamente distribuido e lido em voz alta no dia dos namorados, que será talvez o dia mais tenso. Por muito pouco não caiu em dia de jogo da seleção.. pq ai seria fim de caso. hehe Abraço, e congratulações, Fábio Marques, Fortaleza-CE – jun2006
02- oi ricardo, li tua cronica sobre a copa, coopere, hein? Não tem jeito,né??? já sei, esse negócio é totalmente autobiográfico e vc ja escreveu para tua namorada não ficar te pentelhando, ne??? Bom, quanto a mim, junto com o Ed Mota, detesto futebol, a fifa, campeonato brasileiro e tudo o mais. Mas, já descobri o lance..a íltima vez que eu torci pelo brasil foi na copa de 82, ele era o favorito, lembra???ahahahahhah, pois vou torcer de novo, já comprei até blusa amarela a tudo..Vai ser a minha vingança,ahahahahhah. Gabrielle Sales, Alemanha – jun2006
03- AINDA BEM QUE EM CASA SOMOS 2 FANATICOS, PORTANTO , SEM PROBLEMAS, SO NAO PODE EH JOGAR BRASIL X EQUADOR, AI SIM VAI TER CONFUSAO. ELE EH EQUATORIANO… MAS O BOM EH Q JA COMEMORAMOS NESSA SEXTA.BOA COPA KELMER. Ana Lucia Castelo, Nova York-EUA – jun2006
05- Faaala Kelmer, Cara…muito bom esse texto hahaha…passei pra minha lista… Marquim Fonteles, Parnaíba-PI – jun2006
06- hahahahahaha ótimo! BRASIUIUIUIUIUIUIUIUIUIUIUIUIU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Ana Claudia Calomeni, Rio de Janeiro-RJ – jun2006
07- Parabéns Kelmer! Texto divertido e inteligente… Roberto Reial, São Paulo-SP – jun2006
08- MUITO BOM. Marly Rodrigues, São Paulo-SP – jun2006
09- KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Na verdade eu odeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeio tudo isso, nem assisto. Meu namorado assiste,mas eu não dou a menor importância. Sou nacionalista roxa, mas acho que o Brasil ser campeão ao não, não é algo para se orgulhar, ficaria muito mais feliz e orgulhosa se usassem metade desse dinheiro inútil para amenizar um pouco os nossos inúmeros problemas sociais… Muito bem bolado o que vc escreveu(como sempre)… acho que é bem por aí sim, os homens se envolvem mesmo nessa época de copa, acho que dizem pra televisão tudo que gostariam de dizer pra sogra nos últimos 4 anos… e essa teoria do “Gay enrrustido” é boa viu, acho que é bem verdade! kkkkkkkkkkkkkkk Gizelle Christina Saraiva, Natal-RN – jun2006
10- Tudo bem, Ricardo, eu também adoro a Copa do Mundo e também fiquei engasgada com a derrota contra a França em 98. Mas por favor, os campeonatos dos times eu não vou conseguir suportar nunca. Sou Brasileira, mas não espere que eu seja a Ronaldinho de saias. Fátima Braga, Recife-PE – jun2006
11- Sensacional, Kelmer! Abraço. Ronald de Paula, Fortaleza-CE – jun2006
12- Fantástico este teu texto! Rsss…… Parabéns! Um abraço. Ana Cristina Mokdeci, Juiz de Fora-MG – jun2006
13- Ricardo gosto muito do q/ escreve. Obrigada por sempre me enviar “novidades kelméricas”. Valeu as dicas da cronica sobre a copa, vou seguir a risca. Fico aquí torcendo pelo Brasil e p/ talentos como vc serem reconhecidos. Um abraço. Perpétua, Gov. Valadares-MG – jun2006
14- Por fim, acabei lendo o “Discutindo a Copa e a relação”… gostei! Afinal, deve ser isso mesmo q acontece com a maioria, né…hehehe O tapa na bundinha então…auhauhauhauhauh Gostei de teu jeito de escrever…tem bom humor… Beth Mieza, São Paulo-SP – jun2005
15- li tua cronica meu caro, e posso dizer que tudo é a mais pura verdade , mas so no resto do ano, pois copa é copa. eu vejo todo o campionato italiano pra vc ter ideia da minha abnegaçao. um bj baby. Michele Diamanti, Taranto-Itália – jun2006
16- Faaala Kelmer, Cara…muito bom esse texto hahaha…passei pra minha lista… Marcos Fonteles, Parnaíba-PI – jun2006
18- Bons conselhos, mas faltou o melhor: aproveite que o bofe está com todos os olhos grudados no Mundial e vá fazer um treino com bola no CTM (Centro de Treinamento do Motel), com aquele homem bonito, charmoso e inteligente que não está nem um pouco interessado em 22 machos correndo num campinho, porque prefere MULHER. Luc Lic, São Paulo-SP – jun2014
19- Das duas uma: ou vc curte futebol p ficar azilada que nem ele, ou procura outro bofe viciado em outra coisa q vc goste:como vídeo game…Pq p mim , futebol…Dá não ó…kkkkk. Ilana Dubiela, Fortaleza-CE – jun2014
20- Ainda tem o fato do dia dos namorados ter caído na abertura dessa bendita copa. –‘ Amanda Lima, Fortaleza-CE – jun2014
21- Perfeita a colocação Rick. Mas tem homem que não liga para Futebol. E ai você tem duas opções ou não esquenta com a Copa do Mundo (curte junto) ou aproveita algum Boy Magia que não liga para uma bola. E bate um balão com ele. Rsrsrs. Laurinha Oliv, Fortaleza-CE – jun2014
22- Primo, a analogia das relações é genial. Gostei demais! Um abração do Leite. Leite Jr, Fortaleza-CE – jun2014
23- Ola Ricardo!!!! Parabéns, adorei SUCESSO!!!!!!!!!!!!!!! Luck, Campos do Jordão-SP – jun2014
Cá pra nós, já reparou como brasileira fica ainda mais linda em dia de jogo da seleção?
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FUTEBOL ARTIGO FEMININO
. Enquanto os fogos estouram pelas ruas do bairro e o gato vai se esconder embaixo da cama, visto minha camisa amarela feito um antigo guerreiro em seu solene ritual de preparação pra batalha. Boné da sorte, oquei. Cueca da sorte, oquei. É jogo de Copa do Mundo. Tô pronto.
Lotado, o bar que escolhi pra ver o jogo. Mas milagrosamente consigo uma cadeira pertinho do telão e bem ao lado de uma mesa com, não acredito, duas, quatro, seis, sete mulheres! Uau… O jogo promete.
Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo, taí o que você queria, bola rolando. Ah, a emoção do futebol, a beleza plástica, a poesia… E a tática? É muito eficiente, já reparou? O jeans superjusto preenche com eficiência os espaços, reforça a retaguarda e aperta bem a marcação. A triangulação é perfeita e dá pra acompanhar bem a linha divisória da graminha… Ops. Mas esta crônica não é sobre futebol? Desculpe a falha, voltemos ao jogo.
Sai, goleiro, saaaaai!!! Ufa… Bolas aéreas são sempre um susto. Elas surgem de repente, insinuantes, e aí tem que pegar firme, com as duas mãos, segurar e não soltar mais, senão vão ficar cruzando sensualmente a área dos nossos olhos. Não pode dar decote, digo, rebote. Putz, tá difícil de prestar atenção no jogo, parece que todas as mulheres lindas decidiram ver o jogo aqui. Ver o jogo e não deixar a gente ver. Precisava desses decotes tão violentos? Isso é antijogo.
Nosso futebol-arte é reconhecido no mundo inteiro. O verde-amarelo brilha não apenas no uniforme, mas no brinco, na bandana, bracelete, sandalinha… Ops, cuidado, o short curtinho deixa o atacante enfiado atrás da zaga. E com a camiseta justinha na intermediária, o piercing, coitado, fica sozinho no ataque…
Ah, assim não dá! Impossível se concentrar no jogo. Quer saber de uma coisa? Vamos logo virar a câmera pra ela, pra torcedora brasileira, o produto mais belo e poético que o futebol gerou. Mais bonito até que aquele gol que Pelé não fez. Não fez porque uma brasileira gatíssima, não sei se você sabe, levantou-se na arquibancada e desconcentrou o Rei justamente quando ele ia tocar pro gol. Culpa dela.
Cá pra nós, já reparou como brasileira fica ainda mais linda em dia de jogo da seleção? O desenho tático fica evidente nos modelitos. Ela improvisa bem, mexe daqui, substitui dali e o conjunto não perde a harmonia. E quando avança toda jeitosa pra ir ao banheiro? Impedimento escandaloso! Mas ninguém marca e a jogada segue, ainda bem. E quando comete falta no entendimento futebolístico? Ninguém adverte. Pra quê? Importante é manter o rendimento. Brasileira só joga pra ganhar. E de goleada.
Outro dia, vi uma matéria mostrando que na Copa ela usa calcinha com motivos patrióticos. Aiai, ainda tem isso… São verdinhas, amarelinhas, e algumas têm uns avisos bem mimosos, já viu? Você toca daqui, recebe dali, vai avançando, invade a área e de repente tá lá escrito: Vai que é tua, gatão! Ou então: Pimba na gorduchinha! Com um incentivo desse, não é possível que você vá pipocar, né?
Pobre da unha dela, as bandeirinhas pintadas com tanto esmero já foram todas roídas. Ela fica nervosa, dá gritinho, se descabela com o gol perdido, pede mais garra, mais chute e mais chope. No meio da tensão geral, o adversário atacando, o maior perigo… ela tá lá tranquila retocando o batom, pra confundir o inimigo. E quando finalmente a rede adversária balança, uau, que delícia, ela grita, saltita, samba, abraça, fica ainda mais linda e cheia de graça, no doce balanço do gol.
A vida é mais gostosa com futebol. E futebol é ainda melhor com elas.
Modelito básico pra ir na padaria na Copa do Mundo
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COMENTÁRIOS .
01- Caríssimo Ricardo, Quem bate um bolão, no final das contas, é você. Parabéns mais uma vez. Um abraço. Marilia Boos Gomes, Rio de Janeiro-RJ – jun2006
02- Rica, não tem nada mais adorável que homem que gosta de mulher assim, desse tantão … essa crônica está ótima!beijo. Beatriz Nogueira, Brasília-DF – jun2006
03- putz! o tesão – não o telão…- está a toda aí, hein, mermão? TE SEGURA, NÃO VÁ DAR UMA NA TRAVE, HEIN? Beijos. Clarice Mota, Aracaju-SE – jun2006
04- Esse tá bom demais!!!! bjs. Marcinha Sucupira, Fortaleza-CE- jun2006
05- Ricardo, Excelente sua crônica Futebol Artigo Feminino. Adorei. É leve, descontraída, cheia de bom humor e muito bem escrita. Márcia Milani, São Carlos-SP – jun2006
06- Como nao tenho tido muito tempo pra ler nenhum livro ou algo que ultrapasse 2 paginas, eh um prazer enorme ler suas cronicas. Mande sempre e obrigada! Boa Copa! * eh muito ruim ta longe do Brasil principalmente em epoca de copa, mas sabe de uma coisa, a gente acaba comemorando mais. Meu marido eh Equatoriano, se o Equador ganha eu comemoro. Moro perto de um bairro Portugues, se Portugal ganha eu comemoro. O marido da minha cunhada eh ingles, se Inglaterra ganha eu comemoro. E assim vai. Meus visinhos sao Italianos, todo jogo da Italia vamos pra la e vibramos juntos. Ate que esses times enfrentem o Brasil, vou seguir comemorando… … e nada como comemorar em verde e amarelo! Ana Lúcia Castelo, Nova York-EUA – jun2006
08- Adorei “Futebol artigo feminino”, você é demais! Obrigado pelo envio, beijos. Majô Pasquinelli, São Paulo-SP – jun2006
09- oi ricardo, li tua cronica sobre a copa, coopere, hein? Não tem jeito,né??? já sei, esse negócio é totalmente autobiográfico e vc ja escreveu para tua namorada não ficar te pentelhando, ne??? Bom, quanto a mim, junto com o Ed Mota, detesto futebol, a fifa, campeonato brasileiro e tudo o mais. Mas, já descobri o lance..a íltima vez que eu torci pelo brasil foi na copa de 82, ele era o favorito, lembra???ahahahahhah, pois vou torcer de novo, já comprei até blusa amarela a tudo..Vai ser a minha vingança,ahahahahhah. Gabrielle Sales, Alemanha – jun2006
10- li tua cronica meu caro, e posso dizer que tudo é a mais pura verdade , mas so no resto do ano, pois copa é copa. eu vejo todo o campionato italiano pra vc ter ideia da minha abnegaçao. um bj baby. Michele Diamanti, Taranto-Itália – jun2006
11- Ricardo gosto muito do q/ escreve. Obrigada por sempre me enviar “novidades kelméricas”. Valeu as dicas da cronica sobre a copa, vou seguir a risca. Fico aquí torcendo pelo Brasil e p/ talentos como vc serem reconhecidos. Um abraço. Perpétua Marques, Governador Valadares-MG – jun2006
12- Eh Ricardinho,voltou mais “em forma”…melhoras e saudade,bjo californiano! Izabel Castro, São Paulo-SP – jun2014
13- Prefiro vôlei e tênis feminino; têm mais atrativos. Luc Lic, São Paulo-SP – jun2014
14- Gostei da praga que você rogou à fumante. kkkkkk! Maria Givanilde, Fortaleza-CE – jun2014
15- Esse Kelmer …. Figuraçaa! Jane Eyre Queiroz, Fortaleza – jun2014
16- Kelmer!!!!! Vindo de vc, um queridíssimo, é uma grande honra!!! hahaha Obrigada! Dri Flores, São Paulo-SP – jun2014
17- Grande RK, a crônica Futebol artigo feminino é eropoética e desportiva – um espetáculo! Agora temos muito mais motivos para torcer nas cores pátrias. Leite Jr., Fortaleza-CE – jul2014
01-11.06 11h……….África do Sul 1×1 México 02-11.06 15h30…..Uruguai 0x0 França 03-16.06 15h30…..África do Sul 0x3 Uruguai 04- 17.06 15h30…..França 0x2 México 05-22.06 11h……….México 0x1 Uruguai 06- 22.06 11h……….França 1×2 África do Sul
GRUPO B
07-12.06 11h……….Argentina 1×0 Nigéria 08-12.06 08h30…..Coreia do Sul 2×0 Grécia 09-17.06 11h……….Grécia 2×1 Nigéria 10-17.06 08h30…..Argentina 4×1 Coreia do Sul 11-22.06 15h30……Nigéria 2×2 Coreia do Sul 12-22.06 15h30……Grécia 0x2 Argentina
GRUPO C
13-12.06 15h30…..Inglaterra 1×1 Estados Unidos 14-13.06 08h30…..Argélia 0x1 Eslovênia 15-18.06 11h……….Eslovênia 2×2 Estados Unidos 16-18.06 15h30…..Inglaterra 0x0 Argélia 17-23.06 11h……….Eslovênia 0x1 Inglaterra 18-23.06 11h……….Estados Unidos 1×0 Argélia
37- 15.06 11h……….Costa do Marfim 0x0 Portugal 38- 15.06 15h30…..Brasil 2×1 Coreia do Norte 39-20.06 15h30…. Brasil 3×1 Costa do Marfim 40-21.06 08h30…..Portugal 7×0 Coreia do Norte 41-25.06 11h……….Portugal 0x0 Brasil 42-25.06 11h……….Coreia do Norte 0x3 Costa do Marfim
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. Seu destino, estava escrito, seria ser um herói, nada menos que isso. Estava escrito: ser o melhor dos guerreiros, herói de todos os reinos.
Mesmo assim ele teve que lutar como todos os outros, enfrentar sua própria guerra. Teve de viver, dentro de si mesmo e por toda a vida, o mais difícil dos desafios: a autossuperação. Teve de várias vezes visitar a beira do abismo e caminhar sobre o fio que separa os mundos, morrer e renascer e morrer de novo e novamente renascer, até que finalmente estivesse preparado para cumprir o destino que lhe fora reservado. Sim, o destino fora marcado em sua alma, mas ele sabia que teria de suar e sangrar bastante para realizá-lo.
Poderia ter recusado? Não. Recusasse e o peso de tal abdicação lhe seria tão insuportável que o único remédio seria a morte. Por isso a morte espreitava sua vida, a linda princesa de seus sonhos, ela e seu vestido branco. E ele logo aprendeu a não se assustar à toa. Por isso é que, aos que os deuses marcam o destino, nada resta senão cumpri-lo.
E ele o cumpriu com a nobreza dos grandes cavaleiros. Tomou para si a bandeira da superação e a fixou no alto de sua lança. E a conduziu velozmente pelos reinos da Terra, erguendo-a bem alto para que nós todos, guerreiros de todos os reinos, nunca esquecêssemos que, da mesma forma que ele, também podemos vencer nossos limites pessoais. O grande inimigo não é do outro reino. Não, ele mora dentro de nós e se esconde por trás do medo de falhar. Ele falhou, muitas vezes, você lembra, mas cada falha logo se transformou em aprendizado, e adiante era mais uma arma poderosa com que ele abatia o inimigo.
Um dia, ela surgiu especialmente bonita, ela e seu vestido branco, a princesa de seus sonhos. Surgiu à sua frente, bem à beira do abismo, sorridente e compreensiva. Ele não sentiu medo. Por um segundo, ainda pensou em voltar, despedir-se, dizer algo para a família, os amigos, a namorada. Mas não. Tudo já havia sido dito, sua própria vida o dissera.
– Esta noite sonhei contigo – ele falou, um pouco triste, mas tranquilo. – Estavas tão linda que tive a certeza que virias me buscar.
Ela então tomou sua mão e juntos caminharam pela última vez pelo fio do abismo, ele admirando o vento nos cabelos dela, o porte digno que tanto inspirara sua vida. Mais adiante, onde o caminho faz uma curva para a esquerda, ele sumiu. Dizem que se transformou em vento e que nas manhãs de domingo visita os reinos da Terra para soprar em nossa lembrança.
Comigo ficou sua bandeira, que muitas vezes me é tão pesada que penso em desistir, que não sou digno, que definitivamente não nasci para herói. Mas então lembro dele, lembro dos momentos em que parava e ficava em silêncio, buscando em sua própria mente o caminho mágico da vitória, e então ergo a bandeira novamente, por ele, por mim, por nós todos, heróis de nossas próprias guerras.
As crianças ouvem histórias dele, admiram-se de seus feitos e em seus olhos parece rebrilhar o aço de sua lança. Pedem para contar de novo de como ele venceu quando era impossível. Mas ele não sabia que era impossível, explico, por isso que foi lá e venceu. Elas escutam com seus olhinhos brilhando e depois as ponho para dormir. Cubro-as bem porque faz frio, elas que são o futuro e que mais tarde lutarão por nós. E depois vou deitar, cansado de minha luta, a bandeira que carrego encostada à parede, esperando pela nova batalha de amanhã. Vou deitar e sonhar com uma linda princesa, a princesa que a mim um dia também virá buscar, quando chegar a minha hora.
Quando ela surgir, espero ir-me da mesma forma que ele foi: com a dignidade e o orgulho dos que cumpriram seu destino.
Um mito a 300 km por hora– O arquétipo da jornada do herói na trajetória de Ayrton Senna É inquietante pensar assim, mas tudo soa como uma… predestinação. Quando lembramos que Ayrton era um dos que mais lutavam pela segurança dos pilotos, que ele morreu numa cidade de nome Ímola, no dia do trabalhador e ao vivo para o mundo inteiro, tudo isso reveste sua morte de um significado mitológico de sacrifício, uma autoimolação
Instituto Ayrton Senna – Impulsionados pelo desejo do tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna, sua missão é levar educação de qualidade para as redes públicas de ensino no Brasil. Atua em parceria com gestores públicos, educadores, pesquisadores e outras organizações para construir soluções concretas para os problemas da educação básica
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em italiano
L´EROE E LA PRINCIPESSA
Ricardo Kelmer
Per Ayrton Senna, eroe del Regno della Terra
Il suo destino era scritto, sarebbe stato un eroe, niente meno che questo. Era scritto: essere il migliore dei guerrieri, eroe di tutti i regni. Anche così dovette lottare con tutti gli altri, affrontare la sua propria guerra. Dovette vivere, dentro se stesso e per tutta la vita, la più difficile delle battaglie: l’autoseparazione. Dovette varie volte arrivare sull’orlo dell’abisso e camminare sul filo che separa i mondi, morire e rinascere e morire di nuovo e un’altra volta rinascere fino che finalmente fosse preparato per compiere il destino che gli fu riservato. Il destino era marcato nella sua anima ma lui sapeva che avrebbe dovuto sudare e sanguinare abbastanza per realizzarlo.
Avrebbe potuto rifiutare? No. Se lo avesse rifiutato il peso di tale abdicazione gli sarebbe stato tanto insopportabile che l’unico rimedio sarebbe stata la morte. Per questo la morte scrutava la sua vita, la bella principessa dei suoi sogni, lei e il suo vestito bianco. E lui presto apprese a non spaventarsi a caso. Per questo a coloro che gli dei marcano il destino, non resta altro che compierlo.
E lui lo ha compiuto con la nobiltà dei grandi cavalieri. Ha preso per sé la bandiera dell’auto superazione e l’ha fissata nell’alto della sua lancia. E l’ha condotta velocemente per i regni della terra, ergendola ben in alto perchè tutti noi, guerrieri di tutti i regni, mai dimenticassimo che, nello stesso suo modo, potessimo vincere anche noi i nostri limiti personali. Il grande nemico non è dell’altro regno. No, lui vive dentro di noi e si nasconde dietro alla paura di fallire. Lui ha fallito, molte volte, tu ti ricordi, ma ogni fallimento si trasformò presto in apprendistato e in futuro era una arma poderosa in più con la quale lui abbatteva il nemico.
Un giorno lei sorse particolarmente bella, lei e il suo vestito bianco, la principessa dei suoi sogni. Apparse davanti a lui, proprio all’orlo dell’abisso sorridente e comprensiva. Lui non sentì paura. Per un secondo pensò anche di tornare, disperdersi, dire qualcosa agli amici, all’innamorata. Ma no. Tutto era già stato detto, la sua stessa vita l’aveva detto.
– Questa notte ho sognato con te – disse, un pò triste ma tranquillo. – Eri tanto bella che avevo la certezza che saresti venuta a cercarmi.
Lei intanto prese la sua mano e assieme camminarono per l’ultima volta per il filo del precipizio, e ammirando il vento nei capelli di lei, il comportamento degno che tanto ispirava la sua vita. Ma davanti, dove il cammino fa una curva a sinistra, lui uscì. Dicono che si trasformò in vento e che nelle mattine della domenica visita i regni della terra per soffiare in nostro ricordo. Con me è rimasta la sua bandiera, che molte volte mi è così pesante che penso di desistere, che non sono degno, che definitivamente non sono nato per essere eroe. Ma allora mi ricordo di lui, mi ricordo dei momenti in cui si fermava e restava in silenzio, cercando nella sua stessa mente il cammino magico della vittoria, e allora la ergo nuovamente, per lui, per me, per noi tutti, eroi delle nostre stesse guerre.
I bambini ascoltano le sue storie, si stupiscono delle sue vicende e nei loro occhi sembra brillare l’acciaio della sua lancia. Chiedono per raccontare di nuovo di come abbia vinto quando era impossibile. Ma lui non sapeva che era impossibile, spiego, per questo che è stato là e ha vinto. Loro ascoltano con i loro occhietti brillanti e dopo li metto a dormire. Li copro bene perché fa freddo, loro che sono il futuro e che più tardi lotteranno per noi. E dopo vado a riposare, stanco della mia lotta, la bandiera che carico accostata alla parete, aspettando per la nuova battaglia di domani. Andrò a sdraiarmi e a sognare di una bella principessa, la principessa che verrà anche a me a cercare un giorno, quando arriverà la mia ora.
Quando lei apparirà, spero di andarmene allo stesso modo in cui è andato lui: con la dignità e l’orgoglio di chi ha compiuto il suo destino. .
AYRTON SENNA E O PODER DO MITO Ricardo Kelmer 2014
Algumas pessoas não se conformam que Ayrton Senna seja considerado um herói, e falam que ele ganhava muito dinheiro, levava vida boa e coisa e tal. Alegam que herói é o trabalhador anônimo, que sua para ganhar salário mínimo, heróis são os bombeiros e professores. É um raciocínio equivocado.
Cada um entende o termo herói ao seu próprio modo. Porém, numa visão mitológica, Ayrton Senna encarna perfeitamente o termo, sim, pois sua vida é um ótimo exemplo do mito da “jornada do herói”. O herói é um arquétipo, presente na psique da espécie humana, e a jornada do herói é o mito da autorrealização, que todos vivemos em nossas vidas, com mais ou menos intensidade. Mitologicamente falando, qualquer um, anônimo ou famoso, que se realize profundamente em sua vida é um herói, pois para alcançar esse ponto é necessário uma longa e difícil jornada, feita de provações, sofrimento e superação – e nem todos conseguem levá-la até o fim.
Porém, quando a autorrealização do indivíduo influencia positivamente a vida de muitos outros, entramos num nível mais abrangente do mito, onde a vida do herói torna-se a vida de todos. Nesse nível, até mesmo a morte do herói traz grandes benefícios à sociedade. Ayrton Senna exemplifica bem esse nível mais abrangente. Além de tudo que sua vida pode inspirar (coragem, talento, sacrifício, superação…), sua morte oferece dois ótimos e indiscutíveis legados: as medidas de seguranças implantadas na Fórmula 1 (após o GP de San Marino de 1994, nenhum outro piloto morreu numa corrida) e o Instituto Ayrton Senna, um sonho do piloto brasileiro que sua morte, ironicamente, ajudou a tornar realidade, e hoje é uma referência mundial no trato com a infância carente.
Pode-se não gostar de Ayrton Senna, claro, afinal ele também tinha seus defeitos, e ninguém agrada a todos. Mas a força do mito está acima dos gostares: quando um arquétipo se manifesta fortemente através da vida de alguém, como o fez com Ayrton, o mito relacionado ao arquétipo é contado e recontado, e é impossível ficar alheio ao seu poder.
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COMENTÁRIOS .
01- Caro Ricardo, Recebi sua crônica através da Cinthya França, e fiquei extremamente emocionada com ela. Sua crônica em homenagem ao Ayrton é belíssima e profunda, sem dúvida uma das melhores e mais belas coisas escritas sobre o Ayrton e o seu significado. Gostaria aliás de consultá-lo sobre a possibilidade de publicá-la em nosso site, pois será um verdadeiro presente para os fãs do Ayrton, principalmente no ano em que estamos homenageando o Ayrton e resgatando os seus valores. Você nos daria sua autorização? Também gostaria que você nos enviasse o seu endereço de correspondência, pois pretendo enviar-lhe uma lembrança do Ayrton. Fico no aguardo de seu retorno. Saudações cordiais. Viviane Senna, Instituto Ayrton Senna, São Paulo-SP – abr2004
02- você foi lá na Fanor, deu uma palestra sobre mito, por sinal, só fui entender melhor quando li o texto da princesa e do Airton Senna, pois tinha a idéia de que mito era tipo uma explicação para aquilo que não sabia, do mesmo jeito que usamos a palavra coisa quando não achamos a palavra certa… Dá para entender? Um exemplo: ah… chove porque (ops…??!!!) os deuses estão chorando!! Mas depois que li, vi a jornada do herói, poxa vi o quanto a palestra foi boa e que perdi muita coisa, poderia ter deixado de ser besta e ter tirado essa dúvida na hora, mas fiquei com vergonha (tudo bem, aprendi a lição). Bom… quando terminei de ler, fiquei assim, chocada, maravilhada, então entrei no site e passei a ler outros e estou adorando!! Sua escrita, sua forma de escrever, muito bacana, me atrai muito, parece que está do meu lado contando, muito bacana isso!! Bom… ganhou uma fã. Quando vim para cá novamente, tenta sempre passar lá na Fanor, ou me avise, pode ser?? Obrigada!!! Kelly Cristina, Fortaleza-CE – jul2007
03- O herói e a princesa… simplesmente, lindo! Cinthya França Oliveira, Fortaleza-CE – ago2011
04- O lado sensível dos machos: adoooro! Márcia Matos, Fortaleza-CE – ago2011
05- Valeu, Kelmer. Ayrton Senna is alive! Francisco Fontenele Veras Neto, Lourinhã-Portugal – mai2012
06- Kelmer; ele é o “Arquétipo das pistas”! Gid Trigueiro, São Paulo-SP – abr2014
07- Lindo , que saudades eternas!!! Luciana Helena Miranda – mai2015
08- Amo! Maria Eliane Cândido de Almeida, Triunfo-PE – mai2015
Malíngua e suas maledicências… Agora ela anda dizendo poraí que Michael Phelps não é mais aquele imbatível nadador depois que parou de fumar maconha.
Bem, se a queda de rendimento do Michael tem a ver com a falta de maconha, isso eu não sei. Nem sei também se maconha melhora rendimento de nadador. Mas uma coisa é fato: a dona da cantina do centro de treinamento anda meio borocoxô. Diz que o faturamento baixou pra caramba. Também, pudera. Imagina a larica que dava num galalau daquele tamanho depois de fumar um e nadar dez mil metros…
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Ricardo Kelmer – blogdokelmer.wordpress.com
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> A ilustração é do Junior Lopes, um cartunista que quando era pequeno caiu dentro de um tonel de tacacá e ficou eternamente viajandão. Sacaqui o trabalho do maluco: juniorlopesillustrator.blogspot.com
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UM MITO A 300 KM POR HORA
O arquétipo do herói na trajetória de Ayrton Senna.
UM MITO A 300 KM POR HORA
O arquétipo do herói na trajetória de Ayrton Senna.
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Há os heróis que morrem anônimos, sim, e são a maioria. Mas há os que atingem celebridade. A humanidade precisa desses para conhecer seus exemplos e por eles se guiar. São modelos de vida. A história pessoal do piloto brasileiro Ayrton Senna é mais uma reedição de um antiquíssimo modelo arquetípico, o mito da jornada do herói. As histórias variam mas a essência é a mesma: o herói é alguém que larga a segurança de seu mundo cotidiano e parte em busca de algo difícil e precioso, enfrentando incertezas, sofrimentos, perigos e arriscando a própria vida para, no fim, retornar transformado e vitorioso, para guiar seu povo, casar-se ou substituir um velho rei injusto ou doente, e mesmo a sua morte tem o poder de levar benfeitorias à sua gente.
A infância de Ayrton Senna foi tranquila, mas desde cedo uma inquietação especial lhe tomava o espírito e se fazia clara em seus olhos. Nas redações do primário já se via como um piloto. Era o sonho de sua vida tomando forma. A mãe conta que de tão veloz, o menino era atrapalhado. Velocidade: era essa a delícia de sua vida. Delícia e desafio.
Foi campeão desde o começo da carreira, no kart. Subiu cada degrau armado da convicção que só possui quem enfrenta seu próprio destino de peito aberto. Abandonou família, namoradas, amigos, o seu país, e foi viver sozinho na Europa, preparado para as adversidades que viriam. Ele só queria uma oportunidade para provar que podia realizar seu grande sonho: ser o maior piloto de todos os tempos. Sim, sua família tinha condições de ajudá-lo, mas a solidão da alma não tem preço, e o herói que segue seu destino precisa cruzar o deserto. De fato, no Brasil ele certamente teria uma vida muito mais fácil. Na Europa ele não era ninguém, aliás, era um brasileiro, o que às vezes é ainda pior. Ayrton, porém, suportou tudo em nome de seu sonho. Bastava só uma oportunidade. E ela surgiu. E ele não a largou mais.
Introspectivo, místico e passional, Ayrton fazia das corridas metáforas e aprendizados para sua vida. Contra muitos perigos ele precisou lutar: sua própria obstinação excessiva que muitas vezes atrapalhava, a inveja, a mesquinhez e a rivalidade explosiva do mundo da Fórmula Um, arquirrivais talentosos… Lutou também contra as incessantes investidas da mídia que buscavam tirar dele a privacidade que tanto prezava. Mas ele conseguiu. A bandeira que Ayrton fazia tremular nas manhãs de domingo devolvia ao seu povo o orgulho perdido e a esperança de que, sim, da mesma forma que aquele abusado Silva de capacete verde-amarelo, outros Silvas também podiam vencer. Ayrton Senna da Silva tornou-se o maior piloto de todos os tempos. Não somente seu país, mas seus colegas de profissão e o planeta inteiro reconhecem seu valor e festejam seus feitos inesquecíveis.
Muito antes de morrer, naquela fatídica curva para a esquerda do circuito italiano de Ímola, já fixara morada definitiva em seu olhar uma expressão incomum, uma angústia indefinida, uma dor da alma. Ayrton parecia sempre sozinho. Por quê? Ninguém sabia responder, e ele não se manifestava a respeito. Seria alguma mulher? Algum problema na família? Talvez nada disso. Talvez ele já intuísse sobre o que o aguardava. Talvez vivesse um dilema: em que exatamente a sua vida, suas vitórias e seu dinheiro estariam contribuindo positivamente para a humanidade? Certamente ele pensou nisso algumas vezes, pois antes daquele trágico domingo de 1994 já havia manifestado à sua irmã Viviane seu outro sonho: usar o dinheiro e o prestígio que ganhara para mudar o destino das crianças pobres do Brasil. Ele já pensava que quando parasse de correr poderia se dedicar a esse novo desafio, ainda maior que o primeiro. O sonho do campeão foi relizado, e hoje o Instituto Ayrton Senna é uma referência mundial no trato com a infância carente. Que maravilha seria se outros campeões fizessem o mesmo!
A trajetória da vida de Ayrton possui o tal esqueleto que sustenta o mito da jornada do herói. Há outros detalhes significativos em sua vida, mas o mais importante é que ele foi um homem que vislumbrou seu destino, apostou todas as fichas em seus sonhos, encarou os perigos, lutou contra todas as dificuldades e por fim atingiu a sua máxima realização pessoal, que era ser o piloto maior, o insuperável. Enfrentou terríveis monstros internos, destronou outros reis das pistas, envolveu-se com princesas e plebeias, e sua morte, a princesa maior, ironicamente, apressou a realização de seu outro sonho, que era cuidar das crianças de seu país. Nesse ponto sua história deixa o âmbito pessoal, as glórias esportivas e se mistura ao universo do social. Pronto, é o mito que se completa: o herói morre, mas sua morte traz benefícios ao seu povo.
É inquietante pensar assim, mas tudo soa como uma… predestinação. Quando lembramos que Ayrton era um dos que mais lutavam pela segurança dos pilotos, que ele morreu numa cidade de nome Ímola, no dia do trabalhador e ao vivo para o mundo inteiro, tudo isso reveste sua morte de um significado mitológico de sacrifício, uma autoimolação. Na véspera de seu acidente, o piloto austríaco Roland Ratzenberger falecera durante os treinos, e Ayrton, bastante abalado, cogitou não participar da prova. Em seu carro foi encontrada uma bandeira austríaca que Ayrton, caso chegasse ao pódio, empunharia em homenagem ao colega. Após o acidente de Ayrton, medidas severas de segurança foram enfim tomadas, e a partir daí não haveria mais nenhum acidente fatal na Fórmula 1. Isso faz com que a imagem de Ayrton, morrendo tragicamente no chão daquele autódromo, vista-se ainda mais de um manto simbólico, como se sua morte tivesse a força de deter as futuras mortes que certamente continuariam acontecendo caso não fossem tomadas as medidas de segurança pelas quais ele tanto lutava. Infelizmente ele não pôde usufruí-las.
Ayrton Senna é um ídolo nacional e mundial, sim. Mas é muito mais que isso: ele é um herói. Primeiro porque aceitou, lutou e realizou seu destino, sua lenda pessoal, sua missão − coisa que poucos têm a coragem de fazer. E é um herói também porque transformou e continua transformando, para melhor, a vida de milhares de crianças neste país tão grande quanto injusto, oferecendo-lhes algo precioso que elas certamente jamais teriam, algo que ele teve: uma oportunidade. Para essas crianças, jamais haverá um herói maior. .
Ricardo Kelmer 2000 – blogdokelmer.com
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O herói e a princesa – O destino estava marcado em sua alma, sim, mas ele sabia que teria de suar e sangrar bastante para realizá-lo
Instituto Ayrton Senna – Impulsionados pelo desejo do tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna, sua missão é levar educação de qualidade para as redes públicas de ensino no Brasil. Atua em parceria com gestores públicos, educadores, pesquisadores e outras organizações para construir soluções concretas para os problemas da educação básica.
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DICA DE LIVRO
Matrix e o Despertar do Herói – A jornada mítica de autorrealização em Matrix e em nossas vidas
Usando a mitologia e a psicologia do inconsciente numa linguagem descontraída, Kelmer nos revela a estrutura mitológica do enredo do filme Matrix, mostrando-o como uma reedição moderna do antigo mito da jornada do herói, e o compara ao processo individual de autorrealização, do qual fazem parte as crises do despertar, o autoconhecer-se, os conflitos internos, as autossabotagens, a experiência do amor, a morte e o renascer.
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COMENTÁRIOS
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01- Bela Homenagem. Marcos Felix, Ceilândia-DF – mai2016
02- Amei. Tânia Mary, João Pessoa-PB – mai2016
03- Adorei o conto! Gratidão! Felipe Silva, Salvador-BA – mai2016
04- Ricardo, me ensine a escrever igual a você: bem humorado, irreverente, sem agressividades e fluente? Qdo eu crescer quero ser como você!!!!! Dalton Roque, Curitiba-PR – mai2016
Escritor, ateu, socialista, antifascista. Amante da arte, devoto do feminino, ébrio de blues. Fortaleza Esporte Clube. Simpatizo Amor de Bar. Fortaleza-CE.
VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL
Um grupo de amigos que viveu na Dinamarca do sec. 14 se reencontra no sec. 20 no Brasil para salvar o mundo de malignas entidades do além. Resumo de filme? Não, aconteceu com o autor. Líder desse grupo aloprado, Kelmer largou uma banda de rock e lançou-se como escritor com um livro espiritualista de sucesso, que depois renegou: Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá. As pitorescas histórias desse grupo são contadas com bom humor, entre reflexões sobre carreira literária, amores, sexo, crises existenciais, prostituição e drogas ilegais. Kelmer conta também sobre sua relação com o feminino, o xamanismo, a filosofia taoista e a psicologia junguiana e narra sua transformação de líder de jovens católicos em falso guru da nova era e, por fim, em ateu combatente do fanatismo religioso e militante antifascista.
PENSÃO DAS CRÔNICAS DADIVOSAS
Nesta seleção de textos, escritos entre 2007 e 2017, Ricardo Kelmer exercita seu ofício de cronista das coisas do mundo, ora com seu humor debochado, ora com sobriedade e apreensão, para comentar arte, literatura, comportamento, sexo, política, religião, ateísmo, futebol, gatos e, como não poderia deixar de ser, o feminino, essa grande paixão do autor, presente em boa parte desta obra.
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INDECÊNCIAS PARA O FIM DE TARDE
Contos eróticos. As indecências destas histórias querem isso mesmo: lambuzar, agredir, provocar e surpreender a sua imaginação.
Agenda
jul22 – Região do Cariri (CE)
Lançamento do livro Para Belchior com Amor, 3a edição (Assaré, Crato, Juazeiro do Norte, Nova Olinda e Campos Sales)
ago a dez22 – Várias cidades
Lançamento do livro Para Belchior com Amor, 3a edição (Fortaleza e outras cidades)
O IRRESISTÍVEL CHARME DA INSANIDADE
Romance. Dois casais, nos séculos 16 e 21, vivem duas ardentes e misteriosas histórias de amor, e suas vidas se cruzam através dos tempos em momentos decisivos. Ou será o mesmo casal?
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GUIA DE SOBREVIVÊNCIA PARA O FIM DOS TEMPOS
Contos. O que fazer quando de repente o inexplicável invade nossa realidade e velhas verdades se tornam inúteis? Para onde ir quando o mundo acaba?
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PARA BELCHIOR COM AMOR
Organizada pelos escritores Ricardo Kelmer e Alan Mendonça, esta terceira edição foi enriquecida com ilustrações e novos autores, com mais contos, crônicas e cartas inspirados em canções de Belchior. O livro traz 24 textos de 23 autores cearenses, e conta com a participação especial da cantora Vannick Belchior, filha caçula do rapaz latino-americano de Sobral, que escreveu uma bela carta para seu pai.
Usando a mitologia e a psicologia do inconsciente numa linguagem descontraída, Kelmer nos revela a estrutura mitológica do enredo do filme Matrix, mostrando-o como uma reedição moderna do antigo mito da jornada do herói, e o compara ao processo individual de autorrealização, do qual fazem parte as crises do despertar, o autoconhecer-se, os conflitos internos, as autossabotagens, a experiência do amor, a morte e o renascer.
Ciganas, lolitas, santas, prostitutas, espiãs, sacerdotisas pagãs, entidades do além, mulheres selvagens... Em cada um dos 36 contos e crônicas deste livro, encontramos o brilho numinoso dos arquétipos femininos que fazem da mulher um ícone eterno de beleza, sensualidade, mistério… e inspiração.
Os pais que decidem fumar um com o filho, ETs preocupados com a maconha terráquea, a loja que vende as mais loucas ideias… RK reuniu em dez contos alguns dos aspectos mais engraçados e pitorescos do universo dos usuários de maconha, a planta mais polêmica do planeta. Inclui glossário de termos e expressões canábicos. O Ministério da Saúde adverte: o consumo exagerado deste livro após o almoço dá um bode desgraçado…