As crianças transexuais

27abr2009

Putz, que espécie louca, a humana. O que ainda haverá para descobrir sobre nós?

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AS CRIANÇAS TRANSEXUAIS

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Costumamos entender a infância como uma etapa idílica da vida, onde apenas brincamos e somos felizes, sem preocupações  é o paraíso. Na infância, estamos protegidos das crises existenciais que assolam os adultos e não perdemos noites de sono matutando, por exemplo, sobre quem realmente somos ou não somos.

Eu pensava assim, mas mudei de opinião após assistir a um incrível documentário chamado My Secret Self (Meu Eu Secreto). Ele conta a história de três famílias dos Estados Unidos que têm em comum casos de crianças que nasceram meninos, mas se sentem verdadeiramente meninas, ou o contrário – e sofrem bastante por isso. Elas são as crianças transgêneros, ou transexuais. Para elas, infelizmente, a infância será uma fase da qual elas não terão qualquer prazer em recordar.

O documentário mostra casos de crianças de três anos de idade (sim, três anos) que realmente se sentem meninos em corpos femininos ou meninas em corpos masculinos, e por mais que os pais tentem convencê-las do contrário e considerem tudo uma fase que passará, essas crianças crescem infelizes e insatisfeitas com seus corpos, e algumas se mutilam e tentam se matar por não suportarem a incompreensão alheia e o sofrimento por não poderem ser quem na verdade são.

Que coisa estranha, né? Parece mentira. No início, achei que estava diante de um desses documentários bizarros e apelativos, mas infelizmente o problema existe e o que vi me tocou profundamente. Para começar, eu jamais imaginei que crianças tão novas fossem capazes de tal consciência de si e que pudessem viver um drama tão terrível. Sempre achei que a disforia de gênero, como o problema é chamado, ocorresse apenas mais tarde, na puberdade ou na adolescência. E, depois, conhecer essas crianças, escutá-las e saber o que elas vivem, e ver o drama da família e amigos, putz, isso muda qualquer conceito tolo que se possa ter em relação à questão da transexualidade.

O objetivo do documentário é justamente esse: fazer com que o mundo saiba da existência desses casos para que a desinformação e o preconceito diminuam. Os cientistas afirmam que a disforia de gênero é um tipo de desentendimento entre mente e corpo que surge ainda no útero, durante a formação do feto, e que se manifestará no comportamento em algum momento após o surgimento da noção do eu. Certamente, crianças transexuais sempre existiram, mas, por ser algo raro e constrangedor, os casos eram abafados. Putz, que espécie louca, a humana. O que ainda haverá para descobrir sobre nós?

Felizmente, hoje o problema já é estudado e debatido por cientistas, psicólogos e educadores, e existem grupos de apoio às crianças e suas famílias. Atualmente, há tratamentos hormonais que modificam o corpo, e em alguns casos há cirurgias eficazes para troca de sexo. Porém, até que essas crianças cresçam, façam o tratamento e consigam conviver melhor com o problema, muito sofrimento, preconceito e violência serão vividos, por elas e suas famílias.

Um estudo da Universidade de São Francisco mostra que em crianças transexuais rejeitadas pela família, são quatro vezes maior as chances de suicídio e abuso de drogas. E duas vezes maior o risco de contrair HIV. É aqui que mora a questão principal desse problema: o apoio a essas crianças. Não será fácil lidar com um filho que, na verdade, se sente uma filha. Não será fácil ver sua filha vestir-se e comportar-se como o homem que ela se sente. Mas bem pior é ter que encarar todos os dias o sofrimento nos olhos de uma criança que, apesar da idade, sente que está condenada à infelicidade pelo resto de sua vida. Se isso acontecesse em sua família, você apoiaria seu filho? Rejeitaria sua filha?

Não há pior sofrimento do que não podermos ser quem de fato somos. Viver uma vida falsa é mais que uma prisão, é um pesadelo, uma tortura diária. Talvez seja isso mesmo o mais importante de tudo: a liberdade de sermos quem realmente somos. Infelizmente, a Natureza escolhe algumas pessoas e as obriga a viver o drama da transgeneridade. Isso parece uma crueldade sem sentido, mas fica ainda mais sem sentido quando é uma criança que sofre esse drama. Vê-las tão novinhas perguntando a seus pais por que a vida fez isso com elas é de partir o coração, e infelizmente não há resposta para esta pergunta.

Há, porém, o amor e a solidariedade. Há o respeito ao diferente. Não resolverá o problema, claro, mas é o que podem oferecer os que foram poupados de tal sofrimento.

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Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com

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sexualidadetransgenero03aDocumentário: Meu Eu Secreto
(Tempo total: 41 min)

Transexualidade na Wikipedia

Como violentar crianças em 30 segundos

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CRIANÇAS TRANSEXUAIS NA TV

A série policial de TV Law & Order: Special Victims Unit tem um episódio chamado Transitions (Transições) que trata do tema da transexualidade infantil. O roteiro soube driblar o perigo de didatismo que envolve um assunto como esse e a história ficou excelente, dinâmica, com boas viradas e, no fim, humana, demasiado humana. O episódio foi exibido pela primeira vez nos Estados Unidos e no Brasil em 2009 e depois foi reprisado.

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TEXTOS AFINS

Entrevista: Fundador de grupo de ‘cura de homossexuais’ que se assumiu gay – Entrevista com Sergio Viula para o Jornal da Paraíba, 25.10.11

Criança transexual não deve ser reprimida e precisa de apoio familiar – UOL, 03.09.14

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Comentarios01COMENTÁRIOS
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01- Essa história foi de lascar o cano, seu Ricardo Kelmer! E ainda existem pessoas q acham q já viram de tudo de bom e de ruim nessa vida… Pois então q tentem ver novamente, nas próximas encarnações… Perdeu-se o mundo ou perdemo-nos uns aos outros? Vale! Wander Nunes Frota, Fortaleza – abr2009

02- Realmente meu amigo a sexualidade já nsce com o ser humano e vemos crianças que já nos primeiros meses de vida ,manifestam uma sexualidade forte.Tambem a afetividade vem do desejo sexual primario com os pais ,agora algumas crianças ou trazem em suas mentes sensações de personalidades ligadas a encarnações anteriores recentes, ou os pais passam idêntidades que distorcem o processo de aceitação da condição homem, mulher. Suas crônicas são interessantes e extrapolam o campo da sexualidade ,levando ao campo da vida após a morte ou seja reminiscências de vidas passadas.Bjssssssssssssssssss. Léa Simonetti, São Paulo-SP – abr2009

03- Incrível!!!! Bj. Monica Burkle Ward, Recife-PE – abr2009

04- Voce traz reflexoes interessantes sobre a nova forma de ver a infancia. Isso me lembra o tempo em que nascer canhota era um problema que tinha de ser trabalhado. O que fazer entao, dessa nova situacao posta por esse documentario? Vou baixa-lo na internet. Valeu pela beleza do texto e pelo alerta a esse dilema atual. Estou copiando para a Patricia, com quem conversei agora a pouco e pro Naspolini, um expert em primeira infancia. José Paulo Araújo, UNICEF Botswana – abr2009

05- Caro amigo Ricardo Kelmer, boa tarde, tudo bem? É com grande satisfação que respondo e agradeço pela bela reportagem em que “As Crianças Transexuais” ainda é um grande mito para a Nossa Sociedade Atual do Século XXI. Bruno Schuler, Fortaleza-CE – abr2009

06- Muito boa essa informação Kelmer. Acho de extrema importância que as pessoas tenham noção desse tipo de acontecimento, e principalmente que possam se preparar para um caso desses em suas vidas. E como você fala no texto: não resolve o problema, mas a aceitação, o amor e o respeito melhoraria bem mais a vida dessas crianças. Vânia Vieira, Fortaleza-CE – nov2010

07- puta kelmer,boa sacada essa publicação conheço um caso desses e a pessoa sofreu e sofre ate hoje com a ignorância do ser humano por algo que se quer foi uma escolha. houve rejeição dentro de sua própria familia, hoje já é adulto e uma pessoa incrivel e lida muito bem com o assunto por que descobriu que ele é o que é e não tem que se envergonhar de algo que emana de si mesmo é a individualidade do ser que deve se deve respeito e realmente ,o que ainda haverá para descobrir sobre nós? Elton Liel, São Paulo-SP – nov2010

08- muito bom o documentário e também sua resenha sobre ele, é importante conhecer dramas reais para entender o quão é horrível e absurdo o nosso preconceito. Cibele Baptista, Barretos-SP – mar2013

33 Responses to As crianças transexuais

  1. Ricardo, ainda não assisti o documentário, o que farei logo em seguida deste comentário, mas antes disso, quero expressar minha admiração pela sua pessoa e pelo profissional das letras que cumpre com o verdadeiro ofício de trazer à tona assuntos, nem sempre agradáveis, mas comuns a humaninade (e seu “irresistível charme”), contudo, necessários a promoção de um melhor convívio entre todos.

    Parabéns

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  2. Kelmer muito bom esse assunto,entendi sempre que isso era uma simples opção sexual das pessoas q viriam tomar mais adiante mais esses casos diferem muito pq elas já nascem com o instinto e tod forma de sentir ! Muitissimo interessante e parabéns por divulgar isso. Pois qualquer um pode se deparar com esses casos. Bjs. Ra*

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  3. Lia disse:

    Já não consigo entender prá início de conversa , rejeição dos pais sob espécie alguma!O amor de pais e filhos é incondicional- pelo menos deveria… O que se quer para os filhos? O que queremos para nós? Viemos ou estamos nesse mundo pra que??? Ser feliz. E ponto!
    Imagino o sofrimento das crianças, da famíla mas o substrato é o amor e isso deve sempre prevalecer. O que importa o que os outros pensam? Já não basta o sofrimento dessas crianças não se aceitarem?
    Não vi ainda o documentário e nem sei se quero ver mas…acho que devo.
    É preciso mesmo que se traga à tona nosso desconhecimento para que não façamos mais gente sofrer e possamos ajudar em algo. Contanto que não se faça mal aos outros ou a si proprio, nada é nada demais… Será? Beijo

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  4. Como eu sempre digo, a vida é uma dolorosa dor e com constantes momentos felizes. Transexuais, gays, bisexuais, eis a era do séc. XXI Até que ponto as pessoas vão parar? Como de uns séculos/décadas pra cá surgiu esse apetite sexual? A sociedade ainda rejeita, mas o ser humano se adapta a tudo.

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  5. clarisse disse:

    rk, coisa doida, né? a vida é uma caixinha de fósforos. ops, de surpresas. acho massa quando vc cutuca umas coisas assim, sobre essa nossa espécie louca. adoro ler vc. e vou já assistir ao documentário. antes, porém, gostaria de indicar um filme sobre o assunto, é maravilhoso, comovente, poético, interessantíssimo: “ma vie en rose”, de alain berliner. beijos, obrigada!

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  6. clarisse disse:

    olhos cheios d’água, coração apertadinho: acabei de ver o documentario. snif. bicho gente é coisa doida por demais, né? é fantástico ver que sabemos nos superar para os dois lados: nas intransigências e na capacidade de amar, tb. uau.

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  7. Chris disse:

    È uma realidade triste. Conheço a Roberta Close e sei da estória dela de rejeições, vexames, surras homéricas do pai e irmãos. Ela foi uma estória conhecida , pois ficou famosa. Porém qtos anônimos não tão belos devem passar pelo mesmo? è uma realidade triste. Tem que haver mais pesquisa e esclarecimentos à população.

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  8. Homer disse:

    Boa Tarde Sr. Kelmer,

    É com grande prazer que escrevo ao sr. após ter encontrado o seu texto publicado no jornal O Povo sobre o documentário My Secret Self. Eu como homem transexual, hoje já longe da infância, fico feliz ao ver, e ler, um texto tão bem escrito, e que apresenta de maneira clara o que ocorre com transexuais desde sua tenra idade.

    É muito legal também perceber que o sr. mesmo pode mudar de opinião, ou rever alguns conceitos sobre o assunto, com a ajuda do documentário. E melhor ainda, partilhar isso com as outras pessoas.

    Dificilmente pessoas que tem visibilidade, e além, poder de persuasão, falam sobre o assunto. A maior parte da mídia trata a situação de forma esdrúxula, apresentando indivíduos que na sua maioria dão a impressão de que transexuais apenas querem aparecer, ou não falam coisa com coisa.

    Não é bem assim. Da mesma forma que existem pessoas sérias e idôneas, e outras nem tanto, em todos os frascos, o mesmo ocorre com transexuais.

    O documentário que o sr. teve a oportunidade de assistir narra na realidade a infância da maioria dos transexuais, sejam eles mtfs (male to females) ou ftms (female to males). Mas a duras penas crescemos, e com persisitência e paciência, conseguimos nos tornar cidadãos socialmente inclusos, sem que a maioria sequer desconfie do nosso passado.

    Fica aqui minha gratidão e meus parabéns pelo seu texto, esperando que outros façam assim como o sr, passando informação coerente, concreta e de qualidade.

    Como o sr. pode perceber este comentário tem nome fictício, pelo óbvio, me reservo o direito a minha privacidade, mas aproveito também para divulgar meu blog o Transhomem Brasil, feito na intenção de ajudar, em particular a homens transexuais, ou seja aqueles que transicionam do sexo feminino para o masculino, mas igualmente extensivo ao inverso, e a “leigos” também que desejem saber um pouco mais dessa realidade.

    Quem quiser fazer uma visita, mandar uma dúvida, fazer um comentário, será sempre bem-vindo.

    Um abraço.

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  9. Giovana disse:

    Oi, Ricardo!

    Quando eu estava na quarta série, havia um menino (tinha seus 10 anos) que tinha traços homossexuais muito fortes (seria uma simples OPÇÃO?). Lembro-me de ele sofrer considerável discriminação e algum isolamento na escola, porém a mesma nada fazia a respeito a não ser reprimir os alunos autores do preconceito, ficando “por isso mesmo”.

    Claro que repressão, apenas, não resolve o problema. É preciso uma reeducação e uma conscientização geral do que vem a ser “o outro”, do que vem a ser o “eu” e como lidar com as diferenças mais marcantes. Talvez, pessoas que discriminam outras até mesmo por pormenores ou não conseguem aceitar decisões e modos de ser de outros, estejam em uma crise de auto-estima tão grande que tentam ocultar isso através da arrogância e da falsa sensação de ser superior.

    Ou seja, a sociedade precisa curar-se de seu próprio mal para conseguir aceitar aqueles que simplesmente fogem deste mal. E estes é que pagam o preço, como estas crianças que temos como exemplo.

    Eu não posso mudar o mundo. Mas posso ser a mudança que eu quero nele. Por isso, procuro respeitar a todos do jeito que são e compreender suas atitudes e necessidades. Não é fácil, muitas vezes, mas é uma luta diária! Principalmente contra o ego destrutivo…

    Beijo!

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  10. Bruno Pacheco disse:

    Ricardo, meus parabéns cara! É um dos melhores textos que eu já li abordando sobre esse assunto. Sabe, sou estudante de psicologia e a muito tempo estudo sobre isso, estou até escrevendo um livro sobre esse assunto. O fato é qe sempre me questionei muito pelo fato de algumas pessoas dizerem que a sexualidade é algo inato da pessoa, algo que nasce nela e já se manisfesta na própria criança, não acreditava muito nisso, ou melhor dizendo, sempre fiquei com um pé atrás quanto a esse modo de pensar. Mas agora confesso que fiquei maravalhado com o seu texto, e o fato de você ter citado esse documentário(que até então eu não conhecia e que já estou providenciando para ver) mudou o meu modo de ver as coisas. Parabéns mesmo cara! Isso fez uma revolução no meu modo de pensar e me abriu novas portas para as minhas pesquisas sobre esse assunto. Espero que mais pessoas possam seguir o seu exemplo e fazer trabalhos que pelo ao menos se comparem ao seu, e eu então terei certeza de que a sociedade começará a evoluir!

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    • ricardokelmer disse:

      > Fico feliz por ter ajudado, Bruno. Depois volta aqui e divulga teu livro pros nossos leitores.

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    • Lunna disse:

      Bruno se você precisar de algo pra ajudar em seu livro estou aqui, posso te ajudar sendo transexual, casada há 3 anos…existem mtas coisas que me pergunto, e outras que ate tenho respostas vivenciando tudo na pele e com a vida ensinanado e as vezes sinto necessidade de xplicar e esclarecer para as pessoas mas não encontro meios preciso fazer algo por nós ou melhor por miM! Desde já grata…meu msn lu_gfasoli@hotmai.com esse é meu msn

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  11. ***** disse:

    EAW CARA SE PODE DEIXA MAIS SOBRE ESSES ASSUNTOS EU IA AGRADEÇE MUITISSIMO SERIO MSM PARABENS PELA SIMPLISIDADE DAS PALAVRAS!!!!!!!!

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    • ricardokelmer disse:

      > Obrigado, meu camarada. A questão da sexualidade também diz respeito à liberdade de sermos o que realmente somos. Esse é um dos temas fundamentais em todo o meu trabalho: a liberdade. Pode deixar que estarei sempre escrevendo a respeito.

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  12. Lunna disse:

    Olá Kelmer, pela primeira vez entro em seu blogger, e já me deparo co uma reportagem mto interessante, e nada é por acaso mesmo pois sou transexual do genêro masculino para o feminino, me identiquei em mtas coisas nesses vídeos porém com algumas diferenças. Mas desde infância via que tinha algo “errado”, mas agora vamos atras de uma questão cirurgica é aonde quero chegar para me sentri completa e de bem comigo, tenho 22 anos, sou haistylist e Maquiadora sou casada há mais de 3 anos sou 80% feliz, falta uma reparação cirurgica pra ficar 100%… Abraços. Lunna

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  13. Érika disse:

    Gente ,transexuais criados como meninas e operados cedo isso sempre aconteceu , mas sempre foi TABU no mundo todo , eu morando fora do Brasil, a mais de 20 anos vim descobrir isso, ja ai no Brasil isso nunca foi falado, quantas pessoas estâo apodrecendo nas esquinas , morendo antes de chegarem aos 30 anos ! tudo por causa da incompreensâo e desinformaçâo, aqui na europa tem casos de transexuais de homem para mulher e virse-versa que foram criados como meninas des de criancinhas, hoje estâo com mais de 70 anos , tem artistas, medicos, advogados pessoas de um alto nivel que foram tratados cedo, para poder terem chegado onde estâo, “Se eu tivesse sido compeendida cedo, hoje eu poderia ter escrito melhor para vocês”.

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  14. katia cristina antonio disse:

    ola, bom ainda estou meia confusa com esse assunto.mas é muito interessaante,eu achava que esse problema so aparecia depois de uma certa idade mas nao é bem assim. realmente é um erro de genetica, é uma mente,alma,cerebro feminina num corpo masculino, como os bebes que nascem com duas cabeças ou sem pernas etc… é uma menina que nasceu num corpo errado,uma ma formaçao.

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    • ricardokelmer disse:

      > Poizé, Katia, parece ser mesmo um erro genético, uma falha da Natureza. Ou, caso prefiramos crer que a Natureza não falha, podemos entender a questão da transexualidade infantil como algo que, embora raro, seja absolutamente inerente à natureza humana, uma raridade que serve pra ilustrar ainda mais a diversidade humana. Mesmo que compreendamos a coisa assim, com esse olhar mais frio, ainda incomoda muito saber que, por conta da diversidade humana, crianças sejam obrigadas a sofrer tanto. Bem, talvez no futuro nossa sociedade aprenda a aceitar a sexualidade humana em todas as suas formas, mesmo as mais estranhas. Nesse dia nossas crianças transexuais sofrerão menos.

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  15. antonio disse:

    o que realmente interessa é a felicidade, os seres humanos que são infelizes, querem ditar regras do que é permitido socialmente e não passam de pessoas tristes e mal resolvidas com elas mesmas, gays, bissexuais, transgenêros, heteros, negros, judeus, religiosos, ateus, antes de mais nada seres humanos que pagam seus impostos e tem direito ainda jovens de escolher o que lhes tras felicidade real e não viver num mundo repleto de mentiras em que as pessoas tristes querem fazer dos outros suas cópias doentes.

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  16. Sharon Amaro disse:

    É pessoal é assim mesmo eu sou Sharon Amaro sou transexual já sabia da minha condição desde muito cedo aos treze anos queria fazer de tudo para pode concertar isso mais anos atrás as informação que temos hoje era escaça era muito difícil,mais hoje graças as pessoas estão meio que devagar mais está evoluindo as informação lugares que nos atende e ampara já existe espero mais ainda que daqui para frente a ignorância e pré-conceito suma e que sejamos todos mais compreendidos. Ah visitem participem em meu blog la falo tudo sobre transexualidade link do blog;http://diariodastransexuais.blogspot.com/

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  17. Jeferson dos Santos disse:

    As pessoas não são obrigadas a aceitar um homem vestido de mulher mas tem que respeitar a opção dele,gosto não se descute e se quer respeito ensine a respeitar.Eu já vesti roupas de menina pra ir a escola e não acho que isso é um crime.Nesse dia sofri bullyng.Confesso que hoje com 20 anos me considero dos dois sexos masculino e femino.Oque importa é ser feliz do jeito que for.

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    • ricardokelmer disse:

      > Concordo com você, jeferson. De fato, ninguém é obrigado a concordar com tudo ou aceitar a todos. Porém, em nome da convivência social, temos que respeitar o direito de cada um ser do jeito que é.

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