Plágios e vícios verissimos

01/09/2025

01.09.2025

Escrevi uma frase e, pufff, desconfiei que Luis Fernando Verissimo já a havia escrito

PLÁGIOS E VÍCIOS VERISSIMOS

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Dia desses, olha que horror, fui acusado de plágio. O acusador, dedo em riste na minha cara, era… eu mesmo. Esquisito, né? Mas é o tipo de coisa que às vezes me acontece quando escrevo algum texto novo. Súbito, tenho a impressão que alguém em algum tempo já escreveu aquilo, e aí fico na dúvida se apago ou prossigo.

Poizentão. Dia desses aconteceu novamente. Escrevi uma frase e, pufff, desconfiei que Luis Fernando Verissimo já a havia escrito. Deu vontade de pesquisar, mas desisti e mantive a frase, que era algo sobre champanhe fazer cócegas no nariz.

Não foi a primeira vez que me senti imitando meu querido e genial LFV. E, provavelmente, não será a última. Escritores e artistas se inspiram em outros escritores e artistas, é natural, e o estilo de cada um é desenvolvido na bebedura (esta palavra existe?) de muitas fontes. LFV foi pra mim uma fonte da melhor água, que comecei a beber com avidez ainda adolescente, encantado com seu jeitinho de contar histórias, os diálogos de simplicidade perfeita, os personagens tão caricatos e verdadeiros, aquele humor irônico finíssimo…

Nas viagens de ônibus, suas saborosas crônicas me faziam companhia, e eu ria tanto, era tão bom, que fechava o livro pra que o prazer não acabasse logo, eu querendo domar o vício. Mas cadê que eu me controlava? E assim, logo me punha de volta à leitura, minha alma implorando por mais uma dose de LFV.

Benditos sejam os escritores que nos seduzem e depois nos deixam jogados na lama do vício.


Ricardo Kelmer 2025 – blogdokelmer.com

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LEIA NESTE BLOG

OGozoDaLingua-1

O gozo da língua – Pela maciez sonora dos fonemas / De formas acetinadas / Que a língua deslize

Livros e odaliscas – Meia-noite. Volto do banho. Elas estão todas deitadas em minha cama, lânguidas odaliscas a me aguardar

Inspiração, essa vadia– E não adianta argumentar, seu signo é a urgência. Desejo não é coisa que se adie, ela sempre diz

Divina comédia humana – Um conto inspirado na música de Belchior e no poema de Dante Alighieri

O dilema do escritor seboso – Certos escritores amadurecem cedo. Tenho inveja desses. Porque nunca viverão o constrangimento de não se reconhecerem em suas primeiras obras

O encontrão marcado – Fechei o livro, fui até a janela e olhei pro mundo lá fora. E disse baixinho, com a leveza que só as grandes revelações permitem: tenho que ser escritor

Pesadelos do além – O pior pesadelo para um escritor é ser psicografado. Ou melhor: ser mal psicografado

Meu fantasma predileto – Diziam que era a alma de alguém que fora escritor e que se aproveitava do ambiente literário de meu quarto para reviver antigos prazeres mundanos

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DICA DE LIVRO

VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL
Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo

Miragem Editorial, 2020

Enquanto relembra as pitorescas histórias de quando largou uma banda de rock para liderar um aloprado grupo esotérico e lançou-se como escritor com um livro espiritualista de sucesso (Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá) que depois renegou, o autor fala, com bom humor, sobre sua suposta vida no século 14, carreira literária, amores, sexo, drogas ilegais, prostituição e crises existenciais, reflete sobre sua relação com o feminino, o xamanismo, a filosofia taoista e a psicologia junguiana e narra sua transformação de líder de jovens católicos em falso guru da nova era e, por fim, em ateu combatente do fanatismo religioso e militante antifascista.

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01- Muito bom 👏👏👏 Clea Fragoso, Fortaleza-CE – ago2025

02- 😉👏👏 Carlos Vazconcelos, Fortaleza-CE – ago2025

03- E lá se foi ele, tornar-se eterno….🌹😔 Obs: “bebedura” existe sim, é uma palavra da língua galega (vinda da região entre Espanha e Portugal), uma coirmã da nossa língua portuguesa/brasileira. Lisieux Bevilaqua, Fortaleza-CE – ago2025

04- 😍😍😍 Marcus Dias Sampaio, Fortaleza-CE – ago2025

05- Ele partiu mas sua obra genial irá permanecer conosco, aquecendo os nossos corações e protegendo da mediocridade reinante. Carol Suletroni, São Paulo-SP – ago2025

06- Muito bom! Lorna Branco, Fortaleza-CE – ago2025

07- Que bela homenagem 👏👏👏 Giovana Lorna Lopes Nogueira, Fortaleza-CE – ago2025

 


30 anos de livros

21/08/2025

21.08.2025

Tudo começou com um livro esotérico engraçadinho, que reneguei

.30 ANOS DE LIVROS

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Eu ia de São Paulo pro Rio de Janeiro quando, tchum!, me vem a ideia de um livro. Era o “Quem apagou a luz?” – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá. Um ensaio engraçadinho sobre ideias espiritualistas/esotéricas, com desenhos do genial Hemetério. Lançado na Bienal do Rio de 1995, foi sucesso de vendas da Editora Universalista até eu assumir meu ateismo e renegá-lo. A Record quis relançá-lo, mas não topei.

Depois vieram “O irresistível charme da insanidade” (romance), “Guia de sobrevivência para o fim dos tempos” (contos) e os demais. Já são 21 filhos. Bem antes, em 1984, fiz com Roberto Maciel, na faculdade, um folheto de poemas xerocado, “Tanto faz como tanto fez”. Vendíamos por quaisquer 10 centavos e gastávamos tudo em boemia, ébrios de juventude e poesia.

Alguns livros, no formato bolso, distribuí entre a população que mora ou trabalha nas ruas – minha contribuição à socialização da leitura. Um deles, “Trilha da vida loca”, teve os contos adaptados pro teatro, olha que demais, mas nenhum, até agora, virou filme, olha que triste.

Hoje, às vésperas de nascer o novo filho, sobre a cidade de Fortaleza, celebro esses 30 anos, pois sei como foi difícil me manter escrevendo, e agradeço aos parceiros, como Alan Mendonça, e a você que já comprou livros meus ou me apoiou. E à gata mimosa Tereza Lana, pela força de sempre.

Atualmente, o “Quem apagou a luz?” é vendido apenas no formato eletrônico, em edição conjunta com o “Viajando na maionese astral”, que conta os bastidores da fase esotérica (tem muita bizarrice, aviso logo). Não gosto do meu livro de estreia, mas, se cheguei aqui, devo ao danado.

Como nunca consegui viver dos meus livros, me inventei em outros papeis, como produção de eventos, palestras, oficinas de roteiro, shows lítero-musicais, muambeiro da Santa Efigênia e vendedor de camisetas e vinhos, o que ainda faço. Mas como nesse caminho em que a senhora dona vida me pôs não há aposentadoria, sinto informar que você terá que me aturar mais trinta anos oferecendo livros e outros bons supérfluos.

Perdoe a vida, ela não sabe o que faz, mas é bem intencionada. Um brinde!


Ricardo Kelmer 2025 – blogdokelmer.com

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Bienal do Livro do Rio de Janeiro, ago1995. Com o jornalista Marcelo Pinto, na época editor da revista Essência Vital

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Quem Apagou a Luz?
Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá
(ensaio)

Lançado em 1995, este livro resume, numa linguagem descontraída, as crenças e vivências que norteavam o grupo esotérico do qual o autor participou nos anos 1990, abordando temas como experiências fora do corpo, reencarnação, vida após a morte, extraterrestres e guias espirituais.

A partir de 2000, quando o autor assumiu seu ateísmo, este livro deixou de ser publicado, interrompendo uma trajetória de sucesso. Porém, em 2020, para divulgar seu livro Viajando na Maionese Astral – Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo, ele decidiu relançá-lo numa edição especial, junto com o Maionese.

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VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL
Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo

Miragem Editorial, 2020

Enquanto relembra as pitorescas histórias de quando largou uma banda de rock para liderar um aloprado grupo esotérico e lançou-se como escritor com um livro espiritualista de sucesso (Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá) que depois renegou, o autor fala, com bom humor, sobre sua suposta vida no século 14, carreira literária, amores, sexo, drogas ilegais, prostituição e crises existenciais, reflete sobre sua relação com o feminino, o xamanismo, a filosofia taoista e a psicologia junguiana e narra sua transformação de líder de jovens católicos em falso guru da nova era e, por fim, em ateu combatente do fanatismo religioso e militante antifascista.

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01- Parabéns 👏🏻 espero mesmo que continue escrevendo e inspirando a gente. Nana Fênix, Lisboa-Portugal – ago2025

02- Grande Escritor! Lembro eu e a Maria José participamos de um evento seu na Lagoa Rodrigues de Freitas, no Rio. João Carlos De Oliveira Aires, Rio de Janeiro-RJ – ago2025

03- Eu gosto muito do “QUEM apagou a luz”, acho uma delicia.  Tenho o livro, comprei na época em que ele ainda existia…rs. Sônia Weill, Londrina-PR – ago2025

04- Bela trajetória! Parabéns! Toda idade tem sua flor. Dora de Paula, Fortaleza-CE – ago2025

05- Meu querido escritor, comecei a lê-lo por seu primeiro livro, não o renegue, já havia ali seu jeitinho cômico de ver a trágica vida, pois como simpatizante do budismo acredito na nobre verdade de que a vida é sofrimento, e vivo lutando para não sofrer. Identifiquei logo esse mesmo desejo em você, desde esse primeiro livro. Você coloca tudo com leveza, com humor e em busca de uma “realidade interessante”, substituição da palavra felicidade, que foi empobrecida e idiotizada pelo tempo. Desde então, li todos, gosto de todos, e acompanho sua vida também, aqui pelo Face. Minha admiração eterna. Ligia Eloy, Lisboa-Portugal – ago2025

06- Eu tenho esse livro até hoje. Patrícia Almeida, Santa Branca-SP – ago2025

07- Parabéns , Ricardo!!!!! Carol Suletroni, São Paulo-SP – ago2025

08- O irresistível charme da insanidade eu tenho. Hélio Speziali Aroeira, Belo Horizonte-MG – ago2025

09- Bem dizer “ontem”. Cristiane Bastos, Fortaleza-CE – ago2025

10- Parabéns, meu amor! Todos são maravilhosos, mas o “Guia de sobrevivência para o fim dos tempos” é especial pra mim. Lana Arrais, Fortaleza-CE – ago2025

11- (aplausos) Jord Guedes, Fortaleza-CE – ago2025

12- Parabéns por tudo de belo que você representa para a literatura cearense, por sua voz que ecoa, resiste e permanece como patrimônio vivo da nossa cultura. Bj grande, Kelmito. Marta Pinheiro, Fortaleza-CE – ago2025

13- (aplausos) Tibério Fontenele, Fortaleza-CE – ago2025

14- Melhor livro!!!. Ana Claudia Domene, Albuquerque-EUA – ago2025

15- (aplausos) Washington Arraes, Fortaleza-CE – ago2025

16- Trinta anos, que loucura. O tempo voa. Moacir Bedê, Fortaleza-CE – ago2025

17- O livreto”Tanto faz como tanto fez” não foi o primeiro. Lembrei que há 41 anos ajudei a vender 🙂 Fernanda Santiago, Fortaleza-CE – ago2025

18- Capa do grande Hemetério. Raymundo Netto, Fortaleza-CE – ago2025

19- Parabéns para você, meu querido! Que venham muitos mais filhos. No mais, a vida está te tratando bem, não é? Tim tim! Marta Crisóstomo Rosário, Brasília-DF – ago2025

20- Conheci você com “Quem apagou a luz” num verão há muitos anos, (2005) “mais coisa ou menos coisa”como se diz cá em Portugal. Passava férias no interior do interior da Bahia e encontrei esse livro perdido lá na caatinga. O livro é muuuito bom e faz muito sentido!! Li na rede do pequeno casebre do meu pai. Depois peguei uma fase mais sensual e virei sua leitora e apoiadora desde então. Muito bom saber disso tudo. Obrigada por escrever sempre e saciar o prazer de uma boa leitura, sobre qualquer que seja o tema, és muito bem vindo! Com os mais sinceros cumprimentos, Clara Seiblitz, Lisboa-Portugal – ago2025

21- Uhuuuu!!! Parabéns, tio!!!! Levy Mota, Fortaleza-CE – ago2025

 

 

 


Lançamentos de livros em bares

18/07/2024

18jul2024

.Bar Livros 2

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Você é proprietário de bar/restaurante/café? Inclua lançamentos de livros na programação. Veja as vantagens:

1- É um evento simples de ser realizado, com custo QUASE ZERO para a casa. Você precisa apenas reservar duas mesas num bom local, para o autor e os livros. A logística de venda é por conta do autor.

2- Você encaixa o evento da forma MAIS CONVENIENTE na programação da casa, sem precisar alterar a atração musical nem a cobrança de couvert. Caso prefira, pode combinar com o autor uma outra atração musical.

3- Como a casa e o autor têm interesse em que compareçam muitas pessoas, as duas partes se unirão na DIVULGAÇÃO do evento, garantindo um bom alcance.

4- Lançamentos de livros atraem pessoas ligadas ao mundo da arte e da cultura. Muitas delas irão pela PRIMEIRA VEZ à sua casa.

5- Você possibilitará aos frequentadores habituais um EVENTO DIFERENTE, além da oportunidade de conhecer pessoalmente nomes importantes da cena cultural da cidade.

6- Ofereça ao autor a cortesia de um JANTAR OU CRÉDITO para consumo, assim como acontece com as atrações musicais, afinal o lançamento é também uma atração que levará pessoas para a casa e gerará lucro e publicidade. Trata-se de uma atitude elegante e simpática, com custo baixíssimo.

7- Se sua casa recebe bem os autores e lhes proporciona um bom ambiente para lançamentos, ela, naturalmente, vira REFERÊNCIA, atraindo o interesse de mais autores, tanto locais como de outras cidades. Sua casa ganha o status de espaço cultural, de lugar amigo dos livros e da literatura.

Se você gostou da ideia, entre em contato. Neste momento, há muitos autores que podem se interessar em fazer um lançamento em sua casa.

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Ricardo Kelmer 2024 – blogdokelmer.com

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Minha Doce Vida Perdida CAPA 3D 3a PNG

Em meio a problemas no casamento, Téssio é transportado para o passado e lá encontra a si mesmo e a sua mulher Ariane, aos vinte anos de idade. Envolvidos numa conflituosa relação a três, eles precisarão lidar com novos e antigos sentimentos enquanto Téssio tenta retornar à sua vida oficial. Numa narrativa com a leveza e o ritmo ágil das comédias românticas, e inspirado no mito do labirinto do Minotauro, este romance oferece bons momentos de entretenimento e oportunas reflexões sobre o tempo, o amor e o amadurecimento.

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01- 


Você admiraria um escritor sem sentimento?

04/12/2023

04dez2023

Escritores X IA 3

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VOCÊ ADMIRARIA UM ESCRITOR SEM SENTIMENTO?
Escritores x Inteligência Artificial

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Dezoito anos, entre interrupções e recomeços, conforme me permitiram os solavancos da vida. Foi o tempo que necessitei para escrever meu segundo romance, Minha Doce Vida Perdida, lançado em 2023. A sensação é de que venci um grande desafio. Porém, quando penso que, logo mais, a Inteligência Artificial (IA) poderá fazer a mesma coisa em cinco minutos, me vem a inquietação: valerá a pena competir?

Calma, Kelmer, tem a questão da qualidade literária. Sim, tem, mas a IA escreverá cada vez melhor, sem dúvida. Tá bom, mas e o estilo pessoal, que somente humanos podem ter? Engano seu. Nossas necessidades nos levarão a conceder às máquinas cada vez mais autonomia, e isso as fará desenvolver criatividade e estilo. Evidentemente, dar poder às máquinas é arriscado, mas é inevitável, pois escapar do controle de seu criador faz parte do roteiro arquetípico de toda inteligência que avança demais em sua evolução. Acontece isso com os jovens em relação aos pais, e acontecerá o mesmo com a IA em relação aos humanos.

Anote aí: em breve, não saberemos se o belo romance que estamos lendo foi criado por humano ou robô, e as livrarias ganharão nova seção, dedicada às obras criadas pela IA. É um futuro que virá, mas que traz dúvidas. Robôs poderão ser premiados em concursos literários? Discursarão em suas noites de autógrafos? Poderão ser processados por plágio ou calúnia? E você, seria admirador de um escritor que não tem um pingo de sentimento por qualquer coisa?

Que venham os robôs-escritores. Que nos tragam boas histórias. E que aproveitem a vantagem de não precisar vender seus livros para comprar o almoço.

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Ricardo Kelmer 2023 – blogdokelmer.com

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Minha Doce Vida Perdida CAPA 3D 3a PNG

Em meio a problemas no casamento, Téssio é transportado para o passado e lá encontra a si mesmo e a sua mulher Ariane, aos vinte anos de idade. Envolvidos numa conflituosa relação a três, eles precisarão lidar com novos e antigos sentimentos enquanto Téssio tenta retornar à sua vida oficial. Numa narrativa com a leveza e o ritmo ágil das comédias românticas, e inspirado no mito do labirinto do Minotauro, este romance oferece bons momentos de entretenimento e oportunas reflexões sobre o tempo, o amor e o amadurecimento.

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01- 


Minha Doce Vida Perdida, meu segundo romance

10/08/2023

10ago2023

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Foram 18 anos de escritas e reescritas. Primeiramente, a história foi um conto, escrito em 1997. Depois, ela foi reescrita e virou roteiro de longa-metragem. Por fim, virou romance. Meu livro Minha Doce Vida Perdida percorreu um longo caminho até se concretizar, e enquanto isso, eu envelhecia, e isso influenciou o processo, amadurecendo a história.

Em março, lancei o livro no formato eletrônico (PDF e Amazon), e em agosto iniciei os lançamentos presenciais do livro físico, em Fortaleza. Entre o lançamento do eletrônico e do físico, fiz a pré-venda, que teve um ótimo resultado. A quem participou da pré-venda, fiz uma determinada pergunta de caráter metafísico, e as incríveis respostas que recebi foram inseridas no livro físico e nas edições seguintes do livro eletrônico. Qual foi a pergunta? Leia a entrevista a seguir. Nela, conto mais sobre o livro.

Na juventude, ao chegar em casa de madrugada, vindo da sagrada boemia, às vezes me vinha esta ideia: Como eu reagiria se encontrasse, agora em meu quarto, alguém desconhecido, um fantasma, um extraterrestre, um ser bem estranho? A ideia, que me divertia, evoluiu: E se eu encontrasse a mim mesmo, uma versão de mim do futuro? Foi assim que nasceu o conto O Strip-tease, publicado em 1997 no livro Guia de Sobrevivência para o Fim dos Tempos, que é todo feito de diálogos diretos.

O primeiro romance, O Irresistível Charme da Insanidade, precisou de 15 anos para chegar à sua forma definitiva. Este agora, 18 anos. Será que terei tempo de escrever um terceiro?

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Ricardo Kelmer 2023 – blogdokelmer.com

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Minha Doce Vida Perdida CAPA 3D 3a PNG

Em meio a problemas no casamento, Téssio é transportado para o passado e lá encontra a si mesmo e a sua mulher Ariane, aos vinte anos de idade. Envolvidos numa conflituosa relação a três, eles precisarão lidar com novos e antigos sentimentos enquanto Téssio tenta retornar à sua vida oficial.

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ENTREVISTA
Jornal O Povo (Fortaleza), ago2023
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01) Em seu novo livro, você explora o tema das realidades paralelas, também conhecido por multiverso e que atualmente está presente em vários filmes e séries. Qual é o diferencial de seu romance? Por que esse tema atrai tanto o público?

RK: Sim, usei um tema que já foi muito usado, mas a meu modo particular e misturando a outro tema, o do duplo. Em meu romance, o protagonista, além de voltar a seu passado, encontra lá a si próprio, e também a sua esposa, aos 20 anos de idade. No entanto, essa versão de seu passado não é exatamente igual ao que ele viveu e isso o envolverá num problemático triângulo amoroso. É um drama de ficção científica contado com bom humor, uma comédia romântica. Acho que esse tema do multiverso é atraente porque todos nós temos a mesma curiosidade: como seria minha vida se algo houvesse ocorrido diferente?

02) Até chegar ao formato de romance, “Minha Doce Vida Perdida” teve outros formatos. Como foi esse processo, e o que fez com que você continuasse voltando para a trama de Téssio e Ariane?

RK: A primeira versão desse romance é o conto “O Strip-tease”, que está no livro “Guia de Sobrevivência para o Fim dos Tempos”, de 1997. Em 2005, quando morava no Rio de Janeiro, fiz um curso com o roteirista Luiz Carlos Maciel e reescrevi a história, adaptando para o formato de roteiro de longa-metragem. Depois, fiz o caminho inverso e adaptei a história roteirizada para um romance, mas mantive parte da estrutura narrativa do audiovisual, priorizando as cenas. Se alguém tiver interesse em filmar, o roteiro está com meio caminho andado.

03) O livro tem inspiração no mito do labirinto do Minotauro. De que maneira a lenda guia os caminhos de “Minha Doce Vida Perdida”?

RK: Na história, Téssio se perde nos labirintos das realidades paralelas, e enquanto tenta retornar à sua vida oficial, precisa lidar com o princípio feminino, representado por sua esposa Ariane, a filha Dorinha e outras personagens mulheres. Além disso, os nomes dos personagens são inspirados na mitologia grega. Os mitos são fontes inesgotáveis de inspiração artística. E, além de estruturarem as sociedades, eles contêm verdades que podem guiar o indivíduo em sua jornada pelas fases da vida.

04) O encontro das distintas realidades de Téssio causam questionamentos no personagem. A escrita do livro também gerou reflexões sobre sua relação com o tempo?

RK: A questão da natureza do tempo me fascina. Quanto mais nos aprofundamos nele, menos o entendemos e mais ele nos instiga. Em meu caso particular, sinto a chegada da velhice e, ao rever o passado, é inevitável o diálogo com o eu que fui, mas também com o eu que poderia ter sido. Esse diálogo às vezes é doloroso, mas pode ser benéfico e terapêutico. Então, tive a ideia de usar essa questão na pré-venda do livro, fazendo uma pergunta a todos que o adquiriram: “Se você, hoje, sabendo tudo que sabe, tivesse a oportunidade de dizer algo para você com 20 anos, o que diria?” Recebi respostas incríveis, cheias de sabedoria, pérolas filosóficas. Sabe o que fiz com elas? Inseri no livro físico. Isso significa que o livro foi escrito, também, pelos próprios leitores. Não é interessante?

05) As crônicas e contos prevalecem em seus livros e nas publicações do blog. Como acontece seu processo de escrita em romances como “Minha Doce Vida Perdida” e “O Irresistível Charme da Insanidade”?

RK: Você nem imagina o quanto sofro para escrever romances. O primeiro demorou 15 anos para chegar à forma definitiva, e o segundo, 18 anos. Criar contos e crônicas é mais prazeroso, mas é impossível ficar em paz com uma história insistindo dia e noite para ser contada. Não sei se terei disposição para encarar a feitura de um novo romance, até porque logo a inteligência artificial criará textos literários com boa qualidade e em menos tempo que os humanos, e com a vantagem de não precisar vender livros para pagar o almoço. Talvez seja melhor unir-se ao inimigo, né?

06) Você tem 20 livros publicados, desde 1995, e viveu as mudanças na sociedade, como o livro eletrônico e as redes sociais. Qual é a sua estratégia para vender e se manter escrevendo?

RK: Primeiro, escrevo por questão de saúde: se não escrever, enlouqueço de vez. E aprendi que é preciso se adaptar e reconhecer as oportunidades. No caso desse livro, usei a meu favor a tecnologia e as redes sociais, e fiz uma campanha de pré-lançamento que envolveu a venda antecipada do livro físico e também a venda do livro eletrônico (em PDF e no site da Amazon). Consegui sensibilizar apenas uma parte de meus leitores e amigos, é verdade, mas foi o suficiente, e fiz questão que todos eles, independente de quem comprou ou não, recebessem o livro eletrônico com dedicatória personalizada ‒ mil pessoas, aproximadamente. Fiz isso porque, além da questão financeira, acredito na democratização da leitura, e também porque meu maior prazer, como escritor, é ser lido.

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01- 


Livrarias nunca deveriam morrer

13/03/2023

13mar2023

Livraria Cultura 1

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LIVRARIAS NUNCA DEVERIAM MORRER
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Ela era bonita e charmosa, e acomodava suas preciosidades em quatro lojas do Conjunto Nacional. Só depois é que mudaria para aquele imenso espaço que fora do Cine Astor. Mas já tinha status de templo cultural da cidade. Falo da Livraria Cultura, em São Paulo. Foi lá, em 1995, que fiz o lançamento de meu livro da fase espiritualista Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá, em dobradinha com a amiga Ana Claudia Domene, que lançava seu romance Aaran.

Quase um ano antes, eu deixara Fortaleza e fora tentar a vida no Rio de Janeiro, e agora, veja só, estava assinando dedicatórias em meu livro de estreia. Meu primeiro lançamento em livrarias. Na Livraria Cultura. Uau!

Entre 2006 e 2016, eu morando em São Paulo, sempre arrumava um pretexto para uma passadinha básica na Livraria Cultura… e acabava ficando lá por horas, esquecido do mundo. A primeira coisa que eu fazia era conferir se meus livros não haviam escapado da ordem alfabética nas estantes. E costumava também pegar um livro qualquer para ler, mas ficava atento, olhando de soslaio, para flagrar o mágico momento em que algum leitor seria fisgado por um livro meu – o que nunca aconteceu. Será que outros escritores têm também esse fetiche?

Para mim, a Livraria Cultura começou a morrer em 2007, quando mudou para aquele gigantesco espaço do Conjunto Nacional. Livros se carregam de um canto para outro, sem problema, mas a alma de uma livraria, não.

Sinto pena e tristeza. É doloroso acompanhar sua decadência. Sim, sei das dívidas trabalhistas e das denúncias de abusos sofridos pelos funcionários, e sempre torci por eles. Mesmo assim. Ver uma livraria agonizar dói demais na alma da gente.

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Ricardo Kelmer 2023 – blogdokelmer.com

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Quem Apagou a Luz?
Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá
(ensaio)

Lançado em 1995, este livro resume, numa linguagem descontraída, as crenças e vivências que norteavam o grupo esotérico do qual o autor participou nos anos 1990, abordando temas como experiências fora do corpo, reencarnação, vida após a morte, extraterrestres e guias espirituais. A partir de 2000, quando o autor assumiu seu ateísmo, este livro deixou de ser publicado, interrompendo uma trajetória de sucesso. Porém, em 2020, para divulgar seu livro Viajando na Maionese Astral – Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo, ele decidiu relançá-lo numa edição especial, junto com o Maionese.

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Lugar de literatura é solta pela cidade – Com esses livretos, consigo que minha arte frequente as mesas dos bares, integrando-se à dinâmica boêmia da cidade e atraindo novos leitores

O dilema do escritor seboso – Certos escritores amadurecem cedo. Tenho inveja desses. Porque nunca viverão o constrangimento de não se reconhecerem em suas primeiras obras

O encontrão marcado – Fechei o livro, fui até a janela e olhei pro mundo lá fora. E disse baixinho, com a leveza que só as grandes revelações permitem: tenho que ser escritor

Pesadelos do além – O pior pesadelo para um escritor é ser psicografado. Ou melhor: ser mal psicografado

Meu fantasma predileto – Diziam que era a alma de alguém que fora escritor e que se aproveitava do ambiente literário de meu quarto para reviver antigos prazeres mundanos

Kelmer no Toma Lá Dá Cá – Aqueles aloprados moradores do condomínio Jambalaya descobriram meu livro maldito

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Para Belchior com Amor, terceira edição ampliada

24/08/2022

24ago2022

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O livro Para Belchior com Amor está de cara nova! Para esta terceira edição, contamos com a parceria da Editora Radiadora, do poeta Alan Mendonça. Assim como nas edições anteriores, são mais mil e quinhentos exemplares do único livro sobre Belchior lançado com ele ainda vivo. Além do novo projeto gráfico, que deixou o livro mais bonito, esta edição foi enriquecida com ilustrações e novos autores, com mais contos, crônicas e cartas inspirados em canções de Belchior. Agora, são 132 páginas, com 24 textos de 23 autores cearenses, e a participação especial da cantora Vannick Belchior, filha caçula do rapaz latino-americano, que escreveu uma bela carta para seu pai.

Os primeiros lançamentos da nova edição aconteceram em jul2022 na região do Cariri, sul do Ceará. Os lançamentos seguintes serão em Fortaleza e outras cidades. O livro físico pode ser adquirido diretamente comigo (rkelmer@gmail.com), pelo site da Editora Radiadora (www.radiadora.com.br) e com os outros autores. O livro eletrônico pode ser adquirido na Amazon (kindle) e em PDF diretamente comigo.

AUTORES E MÚSICAS

Alan Mendonça (Tudo outra vez)
Ana Karla Dubiela (A palo seco)
Carmélia Aragão (Paralelas)
Cleudene Aragão (Coração selvagem)
Ethel de Paula (Conheço o meu lugar)
Gero Camilo (Na hora do almoço)
Jeff Peixoto (Sujeito de sorte)
Izabel Gurgel (Aguapé)
Joan Edesson de Oliveira (Galos, noites e quintais)
José Américo Bezerra Saraiva (Apenas um rapaz latino-americano)
Josely Teixeira Carlos (Monólogo das grandezas do Brasil)
Kelsen Bravos (Comentário a respeito de John)
Léo Mackellene (Até mais ver)
Mariana Marques (Pequeno mapa do tempo)
Nirton Venâncio (Bahiuno)
Raymundo Netto (Fotografia 3×4)
Ricardo Guilherme (Como nossos pais)
Ricardo Kelmer (Divina comédia humana e Ypê)
Roberta Laena (Como o Diabo gosta)
Roberto Maciel (Velha roupa colorida)
Thiago Arrais (Alucinação)
Xico Sá (Todo sujo de batom)
Vannick Belchior (participação especial)

ILUSTRAÇÕES
Carlus Campos, Marcos Oriá e Léo de Oliveira
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PBCA 3a ed CAPA 20a> SEÇÃO DO LIVRO NESTE BLOG 
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A história do livro, os autores, matérias na imprensa, entrevistas, preços…
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.Ricardo Kelmer 2022 – blogdokelmer.com

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Eu não ia fazer a terceira edição do Para Belchior com Amor, pois os custos do livro físico são altos e o retorno é incerto. Mas ela, que adora esse livro, não se conformava. E tanto insistiu que reconsiderei. Obrigado, Gata Mimosa, por acreditar nesse livro e por ter mexido seu caldeirão tão bem mexido. 🙂

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RK 20220730 PBCA Estrada 1b

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PBCA 3a ed Capa 3D 15 PNG

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ENTREVISTA
Programa Cabeceira, TV Assembleia (Fortaleza), out2022. Apresentadora: Rosanni Guerra

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Reconstruções

08/03/2022

08mar2022

Admitir que não somos invencíveis, infalíveis e imbrocháveis, como sempre nos fizeram crer

Yin Yang Feminino Masculino 4

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RECONSTRUÇÕES

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Repensar os valores machistas sedimentados em nossa cultura e tudo que nos foi ensinado desde pequenos sobre a mulher. Questionar as regras da sociedade, das religiões, da família, dos grupos de amigos. Abdicar dos diversos tipos de privilégios de que dispomos. Admitir que não somos invencíveis, infalíveis e imbrocháveis, como sempre nos fizeram crer. Constatar que o princípio feminino também habita nossa alma.

Sim, toda reconstrução é trabalhosa e requer honestidade consigo mesmo. Mas é o que precisamos fazer, nós machos Homo sapiens. É a nossa tarefa de cada dia, cada dia um pouco. Porque o futuro da humanidade ou será mais feminino, ou não será.

8 de Março – Dia Internacional da Mulher

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Ricardo Kelmer 2022 – blogdokelmer.com

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VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL
Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo
Miragem Editorial, 2020

Enquanto relembra as pitorescas histórias de quando largou uma banda de rock para liderar um aloprado grupo esotérico e lançou-se como escritor com um livro espiritualista de sucesso (Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá) que depois renegou, o autor fala, com bom humor, sobre sua suposta vida no século 14, carreira literária, amores, sexo, drogas ilegais, prostituição e crises existenciais, reflete sobre sua relação com o feminino, o xamanismo, a filosofia taoista e a psicologia junguiana e narra sua transformação de líder de jovens católicos em falso guru da nova era e, por fim, em ateu combatente do fanatismo religioso e militante antifascista.

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01- Parabéns pelo texto. Qdo morava em Fortaleza costumava curtir suas participações na Rádio Universitária FM. Gostava muito. Francisco de Paula, Fortaleza-CE – mar2022

02- Salve, salve a Mulher, viva. Fernando Piancó, Fortaleza-CE – mar2022

03- Maravilhoso. Vou copiar. Glauria Lula Dantas, Fortaleza-CE – mar2022

04- Voto com o relator. Ou a revolução será feminista ou não será, e como diz o @Ricardo Kelmer, não me chamem pruma revolução sem vinho. Nicolas Ayres, Fortaleza-CE – mar2022

05- Que lindo, Kelmer. É exatamente isso. O que eu mais admiro nos escritores é que eles conseguem expressar em palavras aquilo que nós só conseguimos sentir. Joyce Lobo, Fortaleza-CE – mar2022

06- Sempre um mestre com as palavras! Feliz dia mulheres! Cícera Vidal, Fortaleza-CE – mar2022

07- Valeu! Obrigada. Bj. Marcia Soares Fernandes, São Paulo-SP – mar2022

08- Viva. Joveline Anjos, Fortaleza-CE – mar2022

09- Mandou bem. Cida Cidoca, Fortaleza-CE – mar2022

10- Credo. Tao feminista ese texto qe parece coisa de pucha saco querendo xavecar no as guerrilheiras. Mauricio Centrone Ferreira, Valparaíso-Chile – mar2022


Namoro

07/01/2022

07jan2022

Namoro 10

NAMORO

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Hoje, 7 de janeiro, é o seu dia. Parabéns a você, que namora, nesse jeitinho seu de namorar, com o que nós escrevemos. Feliz Dia do Leitor. 🙂

No namoro
Do olho com a palavra
Faz-se coito
O literato sentido

Quem lê
Bebe o doce prazer do texto
Que escorre do gozo
De ser bem lido

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Ricardo Kelmer 2012 – blogdokelmer.com

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> MAIS POEMAS

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LEIA NESTE BLOG

OGozoDaLingua-1

O gozo da língua – Pela maciez sonora dos fonemas / De formas acetinadas / Que a língua deslize

Livros e odaliscas – Meia-noite. Volto do banho. Elas estão todas deitadas em minha cama, lânguidas odaliscas a me aguardar

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01- A leitorinha agradece! Gratidão também pela escrita que nos encantam e faz viajar. Renata Kelly, Fortaleza-CE – jan2022
 


O lábio aberto de Laisa

11/05/2021

11mai2021

Abram as cortinas. Com vocês, Laisa Kaos…

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O LÁBIO ABERTO DE LAISA

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E cá estou, nesta tarde nublada, lisonjeado por me ver num poema de Laisa, em seu livro Lábio Aberto. Deu até vontade de escrever um conto.

Abram as cortinas. Com vocês, Laisa Kaos…

CRISE DE ANSIEDADE

É no meio vão das angústias da madrugada
Que me deparo com incertezas vis, cruéis
Levanto acompanhando o estalar de dedos
Batendo sincronizadamente descompassadas
as unhas arranhando as almofadas
acendo um cigarro na varanda de vento quente
Será mais uma longa madrugada
Entre um trago e outro a face molha sem porquês
E possuindo em si, todos os porquês possíveis
Observo de longe a todos, manias de quem sofre demais
É como um conforto para todos, causar um desconforto a mim
Será que essa face ainda molhará por outros motivos?
Que não as iniquidades dos que gratuitamente
Me cospem farpas de fogo, dia após dia
As indiferenças mundanas
As solidões de mesas de bar
As novamente necessárias doses incertas de zolpidem
O que fora feito para mim? Qual espécie cruel de loucura queriam-me causar?
O meu suicídio talvez?
O final certeiro e bonito para um dos contos de Kelmer!
E depois de dois, talvez três semanas…
As vidas todas, seguindo com seus rumos,
Eu teria sido, como Tânia, o travesti de mais um conto,
apodrecendo e definhando em um sepulcro esquecido
Desço as escadas em mais um cigarro
um rato atravessa a rua, companhia certeira da madrugada
Os porquês, ainda infindáveis porquês
Da falta de concentração, consideração
amizade, respeito, afeto-fato
Sem interesses somente no bife posto a mesa
É desse cansaço que falo…

Vai amanhecer
Apaga o cigarro, sobe as escadas
Afaga o rato, sim!
Apaga os lampejos
Engole a pílula
E deita,

Guarda o banquinho para um outro dia,

Quem sabe?

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Laisa Kaos

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Ricardo Kelmer 2021 – blogdokelmer.com

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Laisa Kaos é natural de Belém-PA. Formou-se em História no Pará e estudou História da Arte pela PUC em São Paulo, cidade onde reside atualmente (2021). Além de poeta, é fotógrafa.

Site de Laisa Kaos: laisakaos.com.br

Facebook: facebook.com/laisakaospoeta

Instagram: @lai_kaos

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CONTOS DE KELMER? AQUI TEM:
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Vocês Terráqueas
Seduções e perdições do feminino
contos/crônicas

Com que propriedade um homem pode falar sobre o universo feminino? Neste livro RK ousou fazer isso, reunindo 36 contos e crônicas escritos entre 1989 e 2007, selecionados em suas colunas de sites e jornais, além dos textos inéditos. Com humor e erotismo, eles celebram a Mulher em suas diversas e irresistíveis encarnações. Ciganas, lolitas, santas, prostitutas, espiãs, sacerdotisas pagãs, entidades do além, mulheres selvagens – em todas as personagens, o reflexo do olhar masculino fascinado, amedrontado, seduzido. Em cada história, o brilho numinoso dos arquétipos femininos que fazem da mulher um ícone eterno de beleza, sensualidade, mistério… e inspiração. > saiba mais

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Guia de Sobrevivência para o Fim dos Tempos
contos

O que fazer quando de repente o inexplicável invade nossa realidade e velhas verdades se tornam inúteis? Para onde ir quando o mundo acaba? Nos nove contos que formam este livro, onde o mistério e o sobrenatural estão sempre presentes, as pessoas são surpreendidas por acontecimentos que abalam sua compreensão da realidade e de si mesmas e deflagram crises tão intensas que viram uma questão de sobrevivência. Um livro sobre apocalipses coletivos e pessoais. > saiba mais

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Baseado Nisso
Liberando o bom humor da maconha
contos + glossário. Ilustrações: Hemetério

Os pais que decidem fumar um com o filho, ETs preocupados com a maconha terráquea, a loja que vende as mais loucas ideias… RK reuniu em dez contos alguns dos aspectos mais engraçados e pitorescos do universo dos usuários de maconha, a planta mais polêmica do planeta. Inclui glossário de termos e expressões canábicos. O Ministério da Saúde adverte: o consumo exagerado deste livro após o almoço dá um bode desgraçado… > saiba mais

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Indecências para o Fim de Tarde
contos

Uma advogada que adora fazer sexo por dinheiro… Um ser misterioso e sensual que invade o sono das mulheres… Os fetiches de um casal e sua devotada e canina escrava sexual… Uma sacerdotisa pagã e seu cavaleiro num ritual de fertilidade na floresta… A adolescente que consegue um encontro especial com seu ídolo maior, o próprio pai… Seja provocando risos e reflexões, chocando nossa moralidade ou instigando nossas fantasias, inclusive as que nem sabíamos possuir, as indecências destes 23 contos querem isso mesmo: lambuzar, agredir, provocar e surpreender a sua imaginação. > saiba mais

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Quarentena Erótica
contos

Nos contos de Ricardo Kelmer, o erótico pode vir com variados temperos: romantismo, humor, misticismo, bizarro, horror… Às vezes, vem doce e sutil, ou estranho e avassalador, e às vezes brinca com nossas próprias expectativas sobre o que seja erótico. Explorando fetiches, fantasias, delírios e tabus, e até mesmo experiências reais do autor e de seus leitores, as estórias deste livro acabam de chegar até você para apimentar seus dias, e suas noites, de quarentena. > saiba mais

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Nas cavernas da pandemia

14/04/2021

14abr2021

Em alguns anos, olharemos para trás e encontraremos o que foi pintado nas cavernas desses dias tenebrosos

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NAS CAVERNAS DA PANDEMIA

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Um ano de pandemia… Tenho pensado sobre o papel do artista em tempos como o que vivemos. Como teria sido enfrentar tantos dias difíceis sem a companhia da arte? Você já parou para pensar nisso?

Nossos peludos antepassados pintavam as paredes das cavernas sem saber por que faziam isso. Era um impulso instintivo a que simplesmente obedeciam. Hoje, suas belas criações são fundamentais para compreendermos o nosso passado e o nosso presente. Em alguns anos, olharemos para trás e encontraremos o que foi pintado nas cavernas desses dias tenebrosos. Sim, os escritores e os artistas não pararam de produzir, mesmo em meio a tanto sofrimento, mesmo sem saber se eles sobreviveriam. Era um impulso instintivo. Era a vida se debatendo contra a morte.

Valorizemos nossos artistas enquanto estão vivos. Talvez eles não saibam bem por que fazem o que fazem, mas nós sabemos que sem o que eles fazem seria impossível sobreviver.

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Ricardo Kelmer 2021 – blogdokelmer.com

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VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL
Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo
Miragem Editorial, 2020

Enquanto relembra as pitorescas histórias de quando largou uma banda de rock para liderar um aloprado grupo esotérico e lançou-se como escritor com um livro espiritualista de sucesso (Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá) que depois renegou, o autor fala, com bom humor, sobre sua suposta vida no século 14, carreira literária, amores, sexo, drogas ilegais, prostituição e crises existenciais, reflete sobre sua relação com o feminino, o xamanismo, a filosofia taoista e a psicologia junguiana e narra sua transformação de líder de jovens católicos em falso guru da nova era e, por fim, em ateu combatente do fanatismo religioso e militante antifascista.

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01- Importante reflexão. Gostei! Isadora Dias Gomes, Fortaleza-CE – mar2021

02- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA GENIAL! Pati Rabelo, Fortaleza-CE – mar2021

 


O feminino livre em mim

08/03/2021

08mar2021

Avancei na compreensão do arquétipo feminino e aprendi a detectar melhor o machismo que em mim sobrevive e a reconhecer os privilégios do patriarcado dos quais usufruo

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O FEMININO LIVRE EM MIM

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Neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, renovo minha esperança num mundo onde as mulheres possam viver livremente o que são, sem a opressão da cultura, da religião e da família. Aproveito para deixar aqui um trecho do livro Viajando na Maionese Astral, lançado em 2020.

“Essa fase pós 2004 representou também um novo nível em minha relação com o feminino. Com as leituras de Jung e Campbell, avancei na compreensão do arquétipo feminino e aprendi a detectar melhor o machismo que em mim sobrevive e a reconhecer os privilégios do patriarcado dos quais usufruo.

“Você conhece o livro Mulheres que Correm com os Lobos, da analista junguiana Clarissa Pinkola Estés? Se não conhece, recomendo. Fui presenteado com este livro por três vezes, por três mulheres diferentes. Não foi coincidência, pois elas sabiam de meu interesse sobre o universo feminino, desde cedo manifestado nos textos e outros trabalhos. Nesse belo livro, vemos, por meio de mitos e lendas coletados pelo mundo, como sobreviveu, apesar da repressão do patriarcado, e escondida sob muitas formas simbólicas, o arquétipo do feminino selvagem, o modelo da mulher conectada com os ritmos e valores da Natureza e de sua própria natureza, o modelo da mulher livre.

“O livro de Clarissa me inspirou a escrever A Mulher Selvagem, uma das minhas crônicas mais conhecidas, e vários outros textos, e me ajudou a assimilar mais o princípio yin em meu ser, o que me permitiu viver relações amorosas mais honestas, livres e igualitárias.”

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Ricardo Kelmer 2021 – blogdokelmer.com

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VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL
Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo
Miragem Editorial, 2020

Enquanto relembra as pitorescas histórias de quando largou uma banda de rock para liderar um aloprado grupo esotérico e lançou-se como escritor com um livro espiritualista de sucesso (Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá) que depois renegou, o autor fala, com bom humor, sobre sua suposta vida no século 14, carreira literária, amores, sexo, drogas ilegais, prostituição e crises existenciais, reflete sobre sua relação com o feminino, o xamanismo, a filosofia taoista e a psicologia junguiana e narra sua transformação de líder de jovens católicos em falso guru da nova era e, por fim, em ateu combatente do fanatismo religioso e militante antifascista.

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Quem Apagou a Luz?
Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá
(ensaio)

Lançado em 1995, este livro resume, numa linguagem descontraída, as crenças e vivências que norteavam o grupo esotérico do qual o autor participou nos anos 1990, abordando temas como experiências fora do corpo, reencarnação, vida após a morte, extraterrestres e guias espirituais.

A partir de 2000, quando o autor assumiu seu ateísmo, este livro deixou de ser publicado, interrompendo uma trajetória de sucesso. Porém, em 2020, para divulgar seu livro Viajando na Maionese Astral – Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo, ele decidiu relançá-lo numa edição especial, junto com o Maionese.

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Reencarnação e ateismo (vídeo)

17/02/2021

17fev2021

Trinta anos depois, dois escritores conversam sobre o grupo esotérico que mudou seus destinos

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REENCARNAÇÃO E ATEÍSMO

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O Encontro da Nova Consciência é um festival multicultural que acontece em Campina Grande-PB desde 1992 e do qual participo desde 1996. Este ano, ele acontece por transmissões de vídeos via YouTube.
Participei com um batepapo com a escritora Ana Claudia Domene, que mora nos Estados Unidos, falando sobre o grupo esotérico que integramos nos anos 1990 e que mudou para sempre nossos destinos.

Segundo as lembranças do grupo, somos a reencarnação de pessoas que viveram na Dinamarca no século 14 numa comunidade mística que se escondia da Santa Inquisição (em meu livro Viajando na Maionese Astral, conto em detalhes toda essa história). Tivemos ainda os comentários do músico Moacir Bedê, que integrava o grupo e que no século 14 era uma bela, e safada, dançarina chamada Andrija. Ai, Andrija…

Considerando as duas vidas, é uma história de amizade, mistério e autoconhecimento, com sexo selvagem na floresta e muito humor.

Ana Claudia se define como espiritualista sem religião. Eu sou ateu. Como entendíamos tudo isso à época? E como agora entendemos? Experiências fora do corpo, guias espirituais, reencarnação – foi tudo real ou foi viagem na maionese?

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Ricardo Kelmer 2021 – blogdokelmer.com

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Viajando na Maionese Astral
Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo
Miragem Editorial, 2020

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Quem Apagou a Luz?
Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá
(ensaio)

Lançado em 1995, este livro resume, numa linguagem descontraída, as crenças e vivências que norteavam o grupo esotérico do qual o autor participou nos anos 1990, abordando temas como experiências fora do corpo, reencarnação, vida após a morte, extraterrestres e guias espirituais.

A partir de 2000, quando o autor assumiu seu ateísmo, este livro deixou de ser publicado, interrompendo uma trajetória de sucesso. Porém, em 2020, para divulgar seu livro Viajando na Maionese Astral – Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo, ele decidiu relançá-lo numa edição especial, junto com o Maionese.

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O Caminho para Aaran
Ana Claudia Domene
(romance)

Na Dinamarca do século 14, a menina Orian é aceita como aprendiz de Aaran, uma escola secreta que guarda a sabedoria mística de antigas tradições. Ela aprende que é possível decifrar seus sonhos, sentir a energia sutil de seus chacras, entrar em contato com guias espirituais e relembrar outras vidas. Porém, à medida que enfrenta o desafio de seguir sua voz interior, ela começa a se perguntar se o conhecimento que adquiriu irá salvá-la ou destruí-la…

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Noturna
Ana Claudia Domene
(romance)

No caminho de iniciação mística no qual é iniciada, Luna passa a questionar sua vida pessoal, seu namoro e seu trabalho, e decide seguir sua voz interior. Sua jornada a leva ao México e ao encontro com um índio feiticeiro, que lhe apresenta um mundo novo e surpreendente no qual imperam a vontade pessoal, a comunhão com a Natureza e a liberdade sem limites. Um mundo tão simples quanto assustador.

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Lançamentos do Maionese

09/11/2020

09nov2020

Lançamentos do Viajando na Maionese Astral 

LANÇAMENTOS DO MAIONESE

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Nos próximos dias, em Fortaleza e cidades próximas, farei o lançamento do meu livro VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL – Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo (formato físico). Os eventos seguirão as orientações sanitárias. Para quem preferir, posso enviar pelo correio.

O livro está disponível para venda também no formato eletrônico (em PDF e na Amazon).

– Livro físico: R$ 30. Para quem participou da pré-venda: R$ 25
– Livro físico pelo correio: R$ 40. Para quem participou da pré-venda: R$ 35
– PDF com dedic. personalizada: R$ 9
Na Amazon (kindle): R$ 9
– Edição conjunta (PDF com dedic ou na Amazon, kindle) Viajando na Maionese Astral + Quem Apagou a Luz?: R$ 15

AGENDA

– 12nov, quinta-feira, 19h, no Simpatizo Amor de Bar. Com show com Moacir Bedê, Fábio Amaral e Rodrigo BZ
– 13nov, sexta-feira, 19h, no Simpatizo Amor de Bar. Com DJ Estácio Facó
– 14nov, sábado, 19h, no Simpatizo Amor de Bar. Com DJ Albano Seletor
– 17nov, terça-feira, 19h, no Abaeté Boteco. Com DJ Alan Moraes
– 18nov, quarta-feira, 19h, no Simpatizo Amor de Bar. Com show de Os Transacionais
– 20nov, 19h, em Paracuru-CE (Centro)
– 26nov, 19h, no Bar Serpentina. Com show de Moacir Bedê e Fábio Amaral
– 27nov, 19h, no Simpatizo Amor de Bar. Com DJ Estácio Facó
– 02dez, 19h, no GB. Música ao vivo com Dedé Nunes
– 03nov, 19h, no Simpatizo Amor de Bar. Com DJ Estácio Facó
– 04dez, 18h, no Cantinho do Frango. Com DJ Alan Morais
– 18dez, 18h, no bar Alpendre. Música ao vivo com Ricardo Barsotelli
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VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL
Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo
Miragem Editorial, 2020

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Ricardo Kelmer 2020 – blogdokelmer.com

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Quem Apagou a Luz?
Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá
(ensaio)

Lançado em 1995, este livro resume, numa linguagem descontraída, as crenças e vivências que norteavam o grupo esotérico do qual o autor participou nos anos 1990, abordando temas como experiências fora do corpo, reencarnação, vida após a morte, extraterrestres e guias espirituais.

A partir de 2000, quando o autor assumiu seu ateísmo, este livro deixou de ser publicado, interrompendo uma trajetória de sucesso. Porém, em 2020, para divulgar seu livro Viajando na Maionese Astral – Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo, ele decidiu relançá-lo numa edição especial, junto com o Maionese.

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Nasceu o Flor de Resistência 2

27/10/2020

27out2020

A flor resiste!

NASCEU O FLOR DE RESISTÊNCIA 2

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Nós, do coletivo Flor de Resistência, estamos muito felizes. O segundo livro do nosso projeto será lançado neste mês de outubro, em Fortaleza, primeiramente no Simpatizo Amor de Bar (Aldeota) e depois em outros espaços, sempre seguindo as orientações sanitárias relativas à pandemia de Covid-19.

Organizado por mim e Alan Mendonça, o livro, assim como no primeiro volume, traz textos, desenhos e fotos de diversos escritores e artistas reunidos sob os temas democracia, cidadania, direitos humanos, justiça social e ecologia/sustentabilidade. O projeto não tem fins lucrativos, e uma parte da tiragem é vendida (R$ 5) e a outra parte é distribuída entre a população que trabalha ou mora nas ruas. Este segundo volume conta com o apoio de Transforme Coworking e Feira Funerária Brasil.

PARTICIPANTES DESTE VOLUME
Alan Mendonça, Alana Girão de Alencar, Alberto Perdigão, Aluísio Martins Rodrigues, Alves de Aquino, Bruno Paulino, Carlos Nóbrega, Carlos Vazconcelos, Chico Araújo, Cleudene Aragão, Francélio Alencar, Jansen Viana, Kelsen Bravos, Laodicéia A. Weersma, Leite Jr., Léo de Oliveira, Levy Motta, Lidia Valesca, Luciano Dídimo, Magna Maricelle, Mailson Furtado, Marcos Oriá, Meire Viana, Pantico Monteiro, Ramos Cotôco, Renato Pessoa, Ricardo Kelmer e Roberta Laena.

PADRINHO DO PROJETO
Poeta Mário Gomes (1947-2014)

> SAIBA MAIS

SIMPATIZO AMOR DE BAR
Rua Sabino Pires, 6 – Aldeota – Fortaleza-CE

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Ricardo Kelmer 2020 – blogdokelmer.com

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APOIO

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01- 


Nasceu a minha Maionese

05/08/2020

05ago2020

Meu livro de memórias exóticas 

NASCEU A MINHA MAIONESE

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Gente, eu podia estar roubando ou matando, mas tô aqui lançando meu livro de memórias exóticas VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL. Adquirindo a versão eletrônica, que custa R$ 9, você poderá descontar o valor no lançamento do livro físico, que farei em breve com o que eu conseguir arrecadar com o livro eletrônico.

Diverti-me bastante escrevendo esse livro, principalmente na parte em que conto sobre meu grupo esotérico que iria salvar o mundo e revelo minha polêmica vida passada na Dinamarca medieval, na qual eu tinha uns rolos com uma escritora paulista da atualidade e um músico muito conhecido de Fortaleza, que hoje é um grande amigo.

Bem vindo à minha maionese. Garanto que você dará boas risadas. 🙂

VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL
Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo
Miragem Editorial, 2020

Enquanto relembra as pitorescas histórias de quando largou uma banda de rock para liderar um aloprado grupo esotérico e lançou-se como escritor com um livro espiritualista de sucesso (Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá) que depois renegou, o autor fala, com bom humor, sobre sua suposta vida no século 14, carreira literária, amores, sexo, drogas ilegais, prostituição e crises existenciais, reflete sobre sua relação com o feminino, o xamanismo, a filosofia taoista e a psicologia junguiana e narra sua transformação de líder de jovens católicos em falso guru da nova era e, por fim, em ateu combatente do fanatismo religioso e militante antifascista.

> SAIBA MAIS

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OPÇÕES

Na Amazon (Kindle): R$ 9
Direto comigo: R$ 9 (PDF com dedicatória)

– Viajando na Maionese Astral + Quem Apagou a Luz?: R$ 15 (PDF com dedic.)
– somente Quem Apagou a Luz?: indisponível

Entre em contato: rkelmer@gmail.com

PAGAMENTO

Bradesco – ag. 7737 – conta 30268-6 (Ricardo)
Banco do Brasil – ag. 2793-6 – conta 11733-1 (Sebastião)
Caixa Econômica – ag 0578 – OP 013 – conta 14921-2 (Tereza)
Cartão/boleto: Pag Seguro

NA AMAZON: clique aqui

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Ricardo Kelmer 2020 – blogdokelmer.com

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Quem Apagou a Luz?
Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá
(ensaio)

Lançado em 1995, este livro resume, numa linguagem descontraída, as crenças e vivências que norteavam o grupo esotérico do qual o autor participou nos anos 1990, abordando temas como experiências fora do corpo, reencarnação, vida após a morte, extraterrestres e guias espirituais.

A partir de 2000, quando o autor assumiu seu ateísmo, este livro deixou de ser publicado, interrompendo uma trajetória de sucesso. Porém, em 2020, para divulgar seu livro Viajando na Maionese Astral – Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo, ele decidiu relançá-lo numa edição especial, junto com o Maionese.

> SAIBA MAIS

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01- 


Curso de Literatura Cearense

15/05/2020

15mai2020

Um patrimônio artístico-literário brasileiro que também é seu. Aproveite

CURSO DE LITERATURA CEARENSE

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O Ceará é um estado que traz a marca de grandes histórias, muitas delas fincadas na imaginação e em papel e, injustificadamente, ainda pouco conhecidas do público em geral.

Neste curso básico de extensão, com inscrições abertas a todo o país e certificação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), você conhecerá um pouco mais sobre a literatura aqui produzida, desde o século XIX à contemporaneidade, através de alguns de seus autores(as), grupos/agremiações literárias e obras referenciais, em consonância com os estudos da Literatura Brasileira, por meio de fascículos, videoaulas, podcasts e webconferências, material complementar da Biblioteca Virtual, e muito mais.

Aproprie-se desse patrimônio artístico-literário brasileiro que também é seu.

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Ricardo Kelmer 2017 – blogdokelmer.com

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LEIA NESTE BLOG

Lugar de literatura é solta pela cidade – Com esses livretos, consigo que minha arte frequente as mesas dos bares, integrando-se à dinâmica boêmia da cidade e atraindo novos leitores

O dilema do escritor seboso – Certos escritores amadurecem cedo. Tenho inveja desses. Porque nunca viverão o constrangimento de não se reconhecerem em suas primeiras obras

O encontrão marcado – Fechei o livro, fui até a janela e olhei pro mundo lá fora. E disse baixinho, com a leveza que só as grandes revelações permitem: tenho que ser escritor

Pesadelos do além – O pior pesadelo para um escritor é ser psicografado. Ou melhor: ser mal psicografado

Meu fantasma predileto – Diziam que era a alma de alguém que fora escritor e que se aproveitava do ambiente literário de meu quarto para reviver antigos prazeres mundanos

Kelmer no Toma Lá Dá Cá – Aqueles aloprados moradores do condomínio Jambalaya descobriram meu livro maldito

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01-

> Postagem no Facebook


Cardápio também é cultura

04/05/2019

04mai2019

CARDÁPIO TAMBÉM É CULTURA

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Um cardápio cultural. Por que não? Um cardápio em forma de revista, apresentando os comes e bebes da casa e os serviços que ela oferece, mas oferecendo também dicas de gastronomia e, além disso, mostrando a história de envolvimento do lugar com a arte e a cultura de Fortaleza, os artistas e escritores que a frequentam…

O Cantinho do Frango (rua Torres Câmara, 71, Aldeota), do amigo Caio Napoleão, fez isso. Com o segundo número lançado no fim de abril, o cardápio-revista, ou revista-cardápio, tem formato tabloide, é impresso em papel off-set e conta com 28 páginas coloridas, e sua tiragem é distribuída gratuitamente entre os frequentadores, que podem, inclusive, levá-lo para casa como lembrança. Neste segundo número, estreei minha coluna Na Ponta Fina do Lápis, na qual falo sobre literatura, boemia e cultura cearense, e faço promoções com livros. Tô muito honrado de fazer parte desse projeto.

Gosto de dizer que o Cantinho, muito além de ser um restaurante com jeito de casa de show, é uma ZCC, uma zona de convergência cultural, onde se misturam gastronomia, boemia, arte e cultura, tudo no saboroso tempero da amizade e da poesia. Agora, com essa simpática ideia, estreita ainda mais sua relação com a clientela e torna-se, desde já, um caso representativo da boa comunicação empresarial.

Parabéns, Caio. Longa vida ao cardápio-cultural! Um brinde à cultura cearense!

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Ricardo Kelmer – blogdokelmer.com

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Pag do Cantinho do Frango
facebook.com/cantinhodofrango

Instagram: @cantinhodofrangodesde1994

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O dilema do escritor seboso – Certos escritores amadurecem cedo. Tenho inveja desses. Porque nunca viverão o constrangimento de não se reconhecerem em suas primeiras obras

O encontrão marcado – Fechei o livro, fui até a janela e olhei pro mundo lá fora. E disse baixinho, com a leveza que só as grandes revelações permitem: tenho que ser escritor

Pesadelos do além – O pior pesadelo para um escritor é ser psicografado. Ou melhor: ser mal psicografado

Meu fantasma predileto – Diziam que era a alma de alguém que fora escritor e que se aproveitava do ambiente literário de meu quarto para reviver antigos prazeres mundanos

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COMENTÁRIOS

01- Delícia!!!!! Também adorei!!! Ethel de Paula, Fortaleza-CE – mai2019

02- Dei o maior valor! O Cantinho do Frango sempre com suas idéias maravilhosas! Lizia Aguiar, Fortaleza-CE – mai2019

03- Massa a iniciativa. Maurição Lima, Fortaleza-CE – mai2019

04- Bela atitude cultural! Cabe mais! Parabéns ao Cantinho do Frango! Guga Cazagrande, Fortaleza-CE – mai2019

05- Olhaí Roberto Mariano. Fatima Fafa Feitosa, Fortaleza-CE – mai2019

06- Parabéns! Excelente iniciativa! Monica Paiva Barbosa, Fortaleza-CE – mai2019

07- Guarda um cantinho aí p mim. Márcia Matos, Fortaleza-CE – mai2019

08- Massa, Ricardo Kelmer. Daniel Pagliuca, Fortaleza-CE – mai2019

09- Maravilha. Joaquim Ernesto, Fortaleza-CE – mai2019


A boa literatura nem sempre está nas livrarias

19/11/2018

29nov2018

A BOA LITERATURA NEM SEMPRE ESTÁ NAS LIVRARIAS

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Ontem, em São Paulo, aconteceu uma coisa tão incrível, que se algum vidente houvesse previsto, eu diria que ele devia mudar de profissão, senão ia morrer de fome.

Foi na entrega do Prêmio Jabuti 2018, a mais importante premiação da literatura brasileira. Concorriam 10 livros em cada uma das 18 categorias. Gente famosa, como Jô Soares, Fernanda Torres e Drauzio Varella, e ilustres desconhecidos. Os primeiros colocados de cada categoria ganham, além da estatueta, R$ 5 mil em dinheiro. Não é muita grana, mas o que vale mesmo é o reconhecimento e as portas que se abrem. No entanto, há o prêmio Livro do Ano, cujo vencedor recebe R$ 100 mil. Aí, sim.

Sabe quem venceu na categoria Poesia? Foi um cearense de Varjota, Mailson Furtado, com o livro “à cidade”, que ele mesmo editou e publicou, pagando a modesta tiragem de trezentos exemplares do próprio bolso. Uma obra independente, sem vínculo com qualquer editora. Mailson concorreu com autores de grandes, médias e pequenas editoras, e até com outro autor cearense, Íris Cavalcante, que concorreu com o livro “Vento do oitavo andar”, publicado pela Premius Editora, mas, provavelmente, custeado também pela própria autora. Dois autores cearenses finalistas do prêmio Jabuti, que pagaram para publicar seus livros. É algo que merece comemoração.

Mas peraí que ainda não terminou. Sabe que livro foi escolhido o Livro do Ano, entre os vencedores das categorias? Adivinha… Exatamente, o livro de Mailson, “à cidade”. Uau, isso é realmente muito incrível! Um jovem autor de 27 anos, desconhecido do grande público, do interior do Ceará, que publicou seu livro fora do circuito comercial das editoras, que recebeu muitos nãos, que não tem seu livro nas estantes das livrarias do país…

O feito de Mailson entra para a história da literatura brasileira. E serve de incentivo aos autores que vivem de receber negativas e de mendigar um espacinho na mídia para divulgar seu trabalho. Neste momento, as editoras que não aceitaram publicar o livro de Mailson devem estar muito surpresas e arrependidas. Que sirva de lição.

Parabéns, Mailson e Íris, estamos orgulhosos de vocês. E parabéns a todos os autores que, mesmo com as zilhões de dificuldades, mesmo convivendo diariamente com o descaso e todos os nãos, persistem no caminho de sua arte. E a você, que me lê agora, fique atento: os melhores livros podem não estar nas livrarias. Às vezes eles nos chegam de surpresa, na rua, nos bares, naquele sebo escondidinho, num estande de feira no mercado…

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Ricardo Kelmer 2018 – blogdokelmer.com

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Lugar de literatura é solta pela cidade – Com esses livretos, consigo que minha arte frequente as mesas dos bares, integrando-se à dinâmica boêmia da cidade e atraindo novos leitores

O dilema do escritor seboso – Certos escritores amadurecem cedo. Tenho inveja desses. Porque nunca viverão o constrangimento de não se reconhecerem em suas primeiras obras

O encontrão marcado – Fechei o livro, fui até a janela e olhei pro mundo lá fora. E disse baixinho, com a leveza que só as grandes revelações permitem: tenho que ser escritor

Pesadelos do além – O pior pesadelo para um escritor é ser psicografado. Ou melhor: ser mal psicografado

Meu fantasma predileto – Diziam que era a alma de alguém que fora escritor e que se aproveitava do ambiente literário de meu quarto para reviver antigos prazeres mundanos

Kelmer no Toma Lá Dá Cá – Aqueles aloprados moradores do condomínio Jambalaya descobriram meu livro maldito

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Eu, a democracia e o ódio dos meus pais

09/10/2018

09out2018

Infelizmente, meus pais foram também seduzidos pelas ideias nazifascistas e propagam esse perigoso discurso feito de ódio, moralismo e paranoias

Eu, a democracia e o odio dos meus pais 01

EU, A DEMOCRACIA E O ÓDIO DOS MEUS PAIS

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Não costumo expor minha vida pessoal dessa forma, mas é que preciso desabafar, e escritor desabafa escrevendo… Alguns amigos e leitores já devem ter percebido algo inusitado em minhas postagens sobre as eleições: minha mãe fazendo campanha em favor de… Jair Bolsonaro.

Poizé. Infelizmente, meus pais foram também seduzidos pelas ideias nazifascistas e propagam esse perigoso discurso feito de ódio, preconceito, moralismo, mentiras e paranoias como o tal kit gay, ditadura comunista etc.. É uma situação bizarra, que jamais pensei em viver. Como não posso romper com eles, tento levar a coisa com equilíbrio. Mas é triste ver meus próprios pais a apoiar um candidato que, junto a seu vice, já declararam apoio à ditadura e homenageiam torturadores assassinos.

Lembrei agora de uma situação… Foi no fim dos anos 1970, quando ainda vivíamos sob a sangrenta ditadura militar. Eu adolescente, e meu pai me ajudando numa tarefa do colégio. Era uma redação sobre o Brasil e, nela, incluímos sutis críticas ao governo. Quando terminamos, ele parou, preocupado, e me disse: “Não fale pra ninguém que fui eu quem lhe ajudou a escrever isso, senão posso ser preso”. Claro que não falei, pois tínhamos familiares que foram presos e torturados por fazerem oposição ao regime. Hoje, quarenta anos depois, talvez meu pai tenha esquecido desse seu belo gesto de coragem e resistência. Eu, não. Nunca esqueci. Porque foi um gesto que moldou minha personalidade.

Tenho minhas críticas ao PT, mas votarei em Fernando Haddad. Se ele vencer, meus pais felizmente estarão em segurança, pois ainda haverá democracia e eleições e eles serão livres para fazerem oposição. Porém, se o candidato deles for eleito, os opositores, principalmente jornalistas, artistas e escritores, como eu, correremos sérios riscos. E para isso, nem é preciso haver ditadura declarada – basta que seus apoiadores sigam fazendo o que já fazem agora, ameaçando, agredindo e matando aos que pensam diferente e aos grupos sociais vulneráveis.

Talvez o ódio que meus pais têm a Lula e ao PT, fruto de anos e anos de jornais nacionais, seja tão forte quanto o amor que sentem por mim. Talvez estejam cegos de ódio, como tantos. Neste momento, escrevo com os olhos marejados de tristeza e decepção ao lembrar que por causa deles cresci acreditando mais nos livros que nas armas… Mas devo dizer que meu amor por eles continua. Sim. O amor tem dessas coisas, né? Às vezes, mesmo quando o outro prioriza o ódio, ainda assim continuamos a amar. Na verdade, eu nunca soube explicar o amor, e agora muito menos.

Mãe, nas minhas postagens você tem o direito de odiar ou apoiar a quem você quiser, fique à vontade. Nas suas, eu prefiro nada comentar. No mais, seguirei fazendo o que meu pai me ensinou, apesar dele parecer ter esquecido, que é defender a democracia, mesmo que ela tenha falhas, e também a liberdade de expressão, sempre, todos os dias, mesmo que isso agora tenha se voltado perigosamente contra mim. Que ironia… Mas é isso. O amor pela democracia e pela liberdade tem dessas coisas.

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Ricardo Kelmer 2018 – blogdokelmer.com

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ESCLARECIMENTO

A crônica já estava escrita fazia uns dias, e eu refleti bastante se devia ou não publicar. O apoio de minha mãe ao candidato nazifascista já era conhecido de meus amigos e leitores, pois ela usava minhas postagens para expressá-lo publicamente. Tomei a decisão ao saber dos recentes casos em que pessoas foram agredidas e assassinadas por apoiadores de Jair Bolsonaro, pelo simples fato de pensarem diferente.

Se o nazifascismo vencer, eu correrei sérios riscos por conta de meu trabalho de escritor e comunicador. Então, prefiro denunciar agora o perigo que aguardar quieto a minha hora de sofrer represálias, mesmo que precise expor um conflito familiar, como fiz.

Como reagiu minha família? Dividiu-se entre críticas e elogios, era o esperado. Acho que vocês conseguem imaginar a situação delicada, mas fiz o que precisava fazer. Publiquei um texto que é, ao mesmo tempo, um desabafo, um alerta e uma declaração de amor pública, aos meus pais e à democracia.

Neste momento, me sinto aliviado por ter dividido minha angústia com tantas pessoas, e vejo que falei por muita gente que vive situação semelhante. Talvez unindo nossas angústias, possamos nos fortalecer.

Obrigado a todos, inclusive aos que discordam de mim. Seguimos firmes na luta contra o nazifascismo. (RK)

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LEIA NESTE BLOG

OProtestoDaBabaNegra-02aO protesto da babá negra – Talvez ela saiba que quando um governo tem como objetivo a equidade social e a redistribuição da riqueza do país, automaticamente atrai o ódio das elites econômicas, que lutarão para manter seus privilégios

Sobre lutas, sonhos e a grande farsa – Para quem ainda não percebeu, é isso mesmo o que todos somos, meros atores no grande teatro da existência

Golpe de mestre à brasileira – O processo seria custoso e traumático, e provocaria séria desestabilização na democracia, mas melhor isso que suportar mais um governo de esquerda no Brasil

O socialista crucificado – Se esses cristãos vivessem naquela época, teriam batido panela contra o bandido Jesus e aplaudido sua crucificação

A foto repugnante e o sonho que não pode ser preso – A foto que resume a baixeza moral dos fascistas que querem a morte de Lula

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