Mário Gomes em cartaz

15/12/2025

15.12.2025

Sendo Mário o bardo das ruas que foi, achei justo homenageá-lo num projeto que espalha poesia por onde o povo passa

MÁRIO GOMES EM CARTAZ

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E agora? Com que roupa eu vou?

Foi isso que pensei quando recebi o convite do publicitário Paulo Fraga-Queiroz (Instagram @sempreenunca) pra participar do projeto Poesia em Cartaz, que estampa versos poéticos em placas publicitárias de Fortaleza e arredores. Quais versos kelméricos estariam à altura de tão belo e generoso projeto?

Selecionei alguns, pensei, repensei… e acabei escolhendo esses versos do poema Andarilho, que criei num momento em que estava possuído pelo espírito de Mário Gomes, nosso poeta vagabundo que se foi em 2015, dez anos atrás. Sendo Mário o bardo das ruas que foi, achei justo homenageá-lo num projeto que espalha poesia por onde o povo passa, né?

Parabéns, Paulo, e a todos os participantes do projeto, e às empresas apoiadoras. Talvez a poesia, de fato, não sirva pra nada. Mas sem ela, vã é a vida.

ANDARILHO

Eu sempre fui andarilho
Mas é assim que prefiro
Viver desse vento que eu sou
Tanto tempo que deixei a trilha
Que hoje nem a minha mochila
Sabe mais para onde vou

Todo dia quando acordo
Sopro no ar a minha sorte
E ganho tudo que preciso ter
O que não preciso, que o vento leve
Porque nunca se perde
Quem não tem o que perder


Ricardo Kelmer 2025 – blogdokelmer.com

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LEIA NESTE BLOG

Mário Gomes, o poeta viralata – Era com suas errâncias quixotescas e os versos obscenos que o povo se encantava, ele lá, de paletó sem gravata, camarada e bonachão

O último blues de Lily – A lua nascendo no mar e os blues na voz de uma Lily que se rebola e se rebela e não ouve ninguém chamar

30 anos de Badauê – Estamos vivos – Foi tudo lindo, em sua poesia de estrela cadente a colorir o céu da nossa inebriada juventude

A celebração da putchéuris (Intocáveis Putz Band) – A história fuleragem da Intocáveis Putz Band

O mundo real da arte – O momento em que a magia do teatro se revela paradoxalmente em toda sua plenitude, expondo tanto sua maquiagem quanto seu avesso

O homem que preferia Satanás – Uma homenagem a Aloísio Sansão, com quem dividi cachaças, músicas e muitas risadas nas noites decadentes da Praia de Iracema 

Roque Santeiro, o meu bar do coração – Em Fortaleza tem um bar / Que é boteco companheiro / Não tem nada similar / Já pesquisei o mundo inteiro / Por isso escrevo essa carta / Pra matar a saudade ingrata / Do meu bom Roque Santeiro

Galinha ao molho conjugal – Então fizemos uma aposta. Qual dos três conseguiria resistir mais tempo ao casamento?

Breg Brothers com fígado acebolado – Encher a cara, curtir dor de cotovelo e brindar a todas as vezes em que fomos cornos…

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DICA DE LIVRO

Fortaleza Prometida do Sol
Ricardo Kelmer, contos e crônicas

Para celebrar seus 300 anos, Fortaleza se veste de memórias e ficções e nos leva num íntimo passeio por seus recantos, personagens e acontecimentos. Nas crônicas e contos deste livro, a noiva do Sol prometida se exibe, ora risonha e convencida, ora misteriosa e sedutora, mas nas entrelinhas se envergonha, perdida de si.

– Lançamento do livro eletrônico e pré-venda do livro físico: nov e dez2025
– Lançamento do livro físico: abr2026

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Comentarios01COMENTÁRIOS
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01- Lembro demais!!!! 😍😍😍 Ana Márcia Diógenes – Fortaleza-CE – set2025

02- Caramba, sensacional. 👏👏👏❤️ Moacir Bedê, Fortaleza-CE – set2025

03- ❤️ Joyna Sampaio, Fortaleza-CE – set2025

04- Era muito bom. acrescentando os bares ‘outras palavras’, ‘sal doce’ e ‘compasso’. Ihvna Chacon, Fortaleza-CE – set2025

05- Muitas vezes eu fui visto lá. Mas lembro pouco, dado o excesso de juventude. Adriano de Lavôr, Rio de Janeiro-RJ – set2025

06- Kelmer, eu tenho alguns encontros surpreendentes com a COINCIDÊNCIAS (só não coincide os números da Mega-Sena, héhé). Ontem peguei o violão e comecei: menina do olho verde, do cabelo cacheado, me diz pelo teu olho, que te amar não é pecado…Teu recanto me fascina, canto encanto pra te ver, mina linda musa rima, badauê. Ernesto Filho, Fortaleza-CE – set2025

07- Que tempo bom… que tempo muito bom!! ❤❤❤ e acho que tb tenho este cartaz… 37 anos atrás.. eu tinha só 22 aninhos… 😂😂❤️❤️. Aparecida Silvino, Fortaleza-CE – set2025

08- Eu estive lá. Marcos Melo, Fortaleza-CE – set2025

09- Bom demais! Ildefonso Rodrigues, Fortaleza-CE – set2025

10- Lembro demais das noites incríveis no Badauê. Olga Ribeiro, Fortaleza-CE – set2025

11- UuuuuuuuuAaaaaaaUuuuuuuu!!! QuiLeeeeegaaaaaalllll 👏👏😍😍 Catá Diogo, Fortaleza-CE – set2025

12- Uma felicidade ❤️❤️❤️ Marcia Sucupira Barreto, Fortaleza-CE – set2025

13- Bons tempos! ❤️ Luciano Dídimo, Fortaleza-CE – set2025

14- Fui lá. Muito legal. Tinha potencial para durar mais tempo. Mas foi bom enquanto durou. 👍👏 Paulo César Norões, Fortaleza-CE – set2025

15- Sugiro um livro sobre a cena boêmia fortalezense, com um amálgama com realidade e a ficção permeando a história e os personagens. Régis Aragão, Fortaleza-CE – set2025

16- Só dias felizes. Claudia Meirelles Bahia, Fortaleza-CE – set2025

17- No tempo da delicadeza! Jacques Martins Antunes, Fortaleza-CE – set2025

18- No tempo do meu reinado de “Troféu Mambembe”.!!! Carlos Henrique, Fortaleza-CE – set2025

19- Tambem guardei esse cartaz!! Ô tempo bom!! A gnt inventava muito jeito de ser feliz!! 🥰😁 Idilva Germano, Fortaleza-CE – set2025

20- Você esqueceu, mas, a Ihvna lembrou do Outras Palavras. Fernando Câmara, Fortaleza-CE – set2025

21- Demais esse tempo!!!! Viviani Avelar, Fortaleza-CE – set2025

22- Efervescência cultural. Muita música boa e gente do bem. Show. Carlinhos Mahatma, Fortaleza-CE – set2025

23- Essa hora nós já estamos voltando pra casa… rsrsrsr Tempo muitoooo divertido!! Débora Carvalho, Fortaleza-CE – set2025

24- Só a nata. Ítalo Castelar, Fortaleza-CE – set2025

25- Essa hora nós já estamos voltando pra casa… rsrsrsr Tempo muitoooo divertido!! Débora Carvalho, Fortaleza-CE – set2025

26- Eu toquei nesse bar e tenho o vídeo. Tony Abreu, Fortaleza-CE – set2025

27- Eu morava na casa da esquina, era muito difícil não estar por lá! Valéria Cordeiro, Fortaleza-CE – set2025

28- Era bom demais 😃 Maria Amélia de Rezende Melo, Fortaleza-CE – set2025

29- Me localiza, porque voltei em 89 e não consigo lembrar. E morava bem ali, na Ildefonso. Edgar Neto, Fortaleza-CE – set2025

30- Meu querido @ricardo_kelmer, o Badauê era muito bom! Tenho outro cartaz de um show que fiz lá “Pontos de Mágica”. Certamente vou encontrar pois estou arrumando papéis, fotos… tantas lembranças maravilhosas. Eita tempo! Lucinha Menezes, Fortaleza-CE – set2025

31- Rossé 🥹 Rejane Bedê, Fortaleza-CE – set2025

32- Conheci voce lá! Amava. Yágara Schneider, Fortaleza-CE – set2025

33- Bom demais! Nós curtimos muita arte e muita amizade aí!!! 👏🏻👏🏻👏🏻 Karla Karenina, Fortaleza-CE – set2025

34- Que memória legal. Noites maravilhosas, no Badauê. Glícia Gadelha Teixeira, Fortaleza-CE – set2025

35- PARABÉNS “Kelmo” por querer registrar essas memórias,é necessário,é a vida da nossa cidade! Não sei se você vai registrar o Bar Academia e Outras Palavras,da mesma época. Oneide Braga, Fortaleza-CE – set2025

36- Érico é o Érico Baymma? Eudes Baima, Fortaleza-CE – set2025

37- “Embriagados de juventude”, essa sua frase é tão linda que dói. Estou arrumando meus papéis, tanta coisa! Achei esse cartaz e lhe enviei sem saber o “auê” que seria. Li seu belo texto e depois os comentários. Chorei, chorei um choro bom. Depois veio a saudade… um abraço. Lúcia Menezes, Fortaleza-CE – set2025

38- Meu querido @ricardo_kelmer, o Badauê era muito bom! Tenho outro cartaz de um show que fiz lá “Pontos de Mágica”. Certamente vou encontrar pois estou arrumando papéis, fotos… tantas lembranças maravilhosas. Eita tempo! Lúcia Menezes, Fortaleza-CE – set2025 

39- Ai que saudades!!! Voltei no tempo. Isabel Cristina Fernandes, Fortaleza-CE – set2025 

40- Bons momentos no badauê!!! só alegria. Joana Darc Pedrosa, Fortaleza-CE – set2025

41- Bons tempos… Célia Sporrer, Fortaleza-CE – set2025

 


Auê no Badauê

07/10/2025

07.10.2025

Uma época em que nós, embriagados de juventude, vivíamos intensamente cada dia, sem tempo de pensar no tempo

AUÊ NO BADAUÊ

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O Badauê existiu de 1988 a 1989, na Praia de Iracema (rua dos Potiguaras, 134), em Fortaleza. Com meus sócios Paulo Marcio e Nelsinho Machado, conseguimos criar um espaço que, mesmo com tão pouco tempo de vida, ficou marcado na memória afetiva da cidade. A programação musical reunia artistas locais da música autoral, MPB, rock, jazz e blues. Foram muitas noites incríveis, sem hora pra terminar, nós todos envolvidos naquela saborosa atmosfera de arte, amizade e alegria.

Este cartaz, que minha querida amiga Lucinha Menezes guardou durante esses 37 anos, é uma amostra bastante representativa do que significou o Badauê. Tantos artistas talentosos juntos, é incrível isso ter acontecido. Foi a única vez que eles se reuniram num único evento. A maioria está no caminho da arte até hoje, alguns seguiram carreira fora do Brasil, outros já se foram…

Este cartaz, de 19nov de 1988, tem o poder de me transportar pra uma época em que nós, embriagados de juventude, vivíamos intensamente cada dia, sem tempo de pensar no tempo. Fazer arte e engatar amizades era o suficiente, e isso nos tornava imortais.

Meu próximo livro, sobre a cidade de Fortaleza, traz também histórias dessa época que a cidade tinha bares como o Badauê, Estoril, Cais Bar, Sal Doce, Bar do Celsinho, Pirata, Outras Palavras, Lúdico… É importante registrarmos nossa memória boêmia. Pra que as novas gerações saibam de suas raízes culturais, e pra que a própria cidade possa se conhecer melhor.

Uma última observação. Olha o horário em que os shows começavam…


Ricardo Kelmer 2025 – blogdokelmer.com

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Matéria do Diário do Nordeste, 07.01.89, sobre show de Lúcia Menezes no Badauê. Tocaram com ela: Eudinho (guitarra), Edmundo Jr (baixo) e Luizinho Duarte (bateria)

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O último blues de Lily – A lua nascendo no mar e os blues na voz de uma Lily que se rebola e se rebela e não ouve ninguém chamar

30 anos de Badauê – Estamos vivos – Foi tudo lindo, em sua poesia de estrela cadente a colorir o céu da nossa inebriada juventude

A celebração da putchéuris (Intocáveis Putz Band) – A história fuleragem da Intocáveis Putz Band

O mundo real da arte – O momento em que a magia do teatro se revela paradoxalmente em toda sua plenitude, expondo tanto sua maquiagem quanto seu avesso

Mário Gomes, o poeta viralata – Era com suas errâncias quixotescas e os versos obscenos que o povo se encantava, ele lá, de paletó sem gravata, camarada e bonachão

O homem que preferia Satanás – Uma homenagem a Aloísio Sansão, com quem dividi cachaças, músicas e muitas risadas nas noites decadentes da Praia de Iracema 

Roque Santeiro, o meu bar do coração – Em Fortaleza tem um bar / Que é boteco companheiro / Não tem nada similar / Já pesquisei o mundo inteiro / Por isso escrevo essa carta / Pra matar a saudade ingrata / Do meu bom Roque Santeiro

Galinha ao molho conjugal – Então fizemos uma aposta. Qual dos três conseguiria resistir mais tempo ao casamento?

Breg Brothers com fígado acebolado – Encher a cara, curtir dor de cotovelo e brindar a todas as vezes em que fomos cornos…

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DICA DE LIVRO

Trilha da Vida Loca
Ricardo Kelmer, contos

O amor é belo. Mas também é ridículo, risível, trágico… Aqui estão reunidas seis histórias, inspiradas em grandes sucessos musicais da dor de cotovelo. Paixões de cabaré, porres horrendos, brigas, escândalos, traições, vinganças e outras baixarias em nome do amor. Amar é para estômagos fortes.

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01- Lembro demais!!!! 😍😍😍 Ana Márcia Diógenes – Fortaleza-CE – set2025

02- Caramba, sensacional. 👏👏👏❤️ Moacir Bedê, Fortaleza-CE – set2025

03- ❤️ Joyna Sampaio, Fortaleza-CE – set2025

04- Era muito bom. acrescentando os bares ‘outras palavras’, ‘sal doce’ e ‘compasso’. Ihvna Chacon, Fortaleza-CE – set2025

05- Muitas vezes eu fui visto lá. Mas lembro pouco, dado o excesso de juventude. Adriano de Lavôr, Rio de Janeiro-RJ – set2025

06- Kelmer, eu tenho alguns encontros surpreendentes com a COINCIDÊNCIAS (só não coincide os números da Mega-Sena, héhé). Ontem peguei o violão e comecei: menina do olho verde, do cabelo cacheado, me diz pelo teu olho, que te amar não é pecado…Teu recanto me fascina, canto encanto pra te ver, mina linda musa rima, badauê. Ernesto Filho, Fortaleza-CE – set2025

07- Que tempo bom… que tempo muito bom!! ❤❤❤ e acho que tb tenho este cartaz… 37 anos atrás.. eu tinha só 22 aninhos… 😂😂❤️❤️. Aparecida Silvino, Fortaleza-CE – set2025

08- Eu estive lá. Marcos Melo, Fortaleza-CE – set2025

09- Bom demais! Ildefonso Rodrigues, Fortaleza-CE – set2025

10- Lembro demais das noites incríveis no Badauê. Olga Ribeiro, Fortaleza-CE – set2025

11- UuuuuuuuuAaaaaaaUuuuuuuu!!! QuiLeeeeegaaaaaalllll 👏👏😍😍 Catá Diogo, Fortaleza-CE – set2025

12- Uma felicidade ❤️❤️❤️ Marcia Sucupira Barreto, Fortaleza-CE – set2025

13- Bons tempos! ❤️ Luciano Dídimo, Fortaleza-CE – set2025

14- Fui lá. Muito legal. Tinha potencial para durar mais tempo. Mas foi bom enquanto durou. 👍👏 Paulo César Norões, Fortaleza-CE – set2025

15- Sugiro um livro sobre a cena boêmia fortalezense, com um amálgama com realidade e a ficção permeando a história e os personagens. Régis Aragão, Fortaleza-CE – set2025

16- Só dias felizes. Claudia Meirelles Bahia, Fortaleza-CE – set2025

17- No tempo da delicadeza! Jacques Martins Antunes, Fortaleza-CE – set2025

18- No tempo do meu reinado de “Troféu Mambembe”.!!! Carlos Henrique, Fortaleza-CE – set2025

19- Tambem guardei esse cartaz!! Ô tempo bom!! A gnt inventava muito jeito de ser feliz!! 🥰😁 Idilva Germano, Fortaleza-CE – set2025

20- Você esqueceu, mas, a Ihvna lembrou do Outras Palavras. Fernando Câmara, Fortaleza-CE – set2025

21- Demais esse tempo!!!! Viviani Avelar, Fortaleza-CE – set2025

22- Efervescência cultural. Muita música boa e gente do bem. Show. Carlinhos Mahatma, Fortaleza-CE – set2025

23- Essa hora nós já estamos voltando pra casa… rsrsrsr Tempo muitoooo divertido!! Débora Carvalho, Fortaleza-CE – set2025

24- Só a nata. Ítalo Castelar, Fortaleza-CE – set2025

25- Essa hora nós já estamos voltando pra casa… rsrsrsr Tempo muitoooo divertido!! Débora Carvalho, Fortaleza-CE – set2025

26- Eu toquei nesse bar e tenho o vídeo. Tony Abreu, Fortaleza-CE – set2025

27- Eu morava na casa da esquina, era muito difícil não estar por lá! Valéria Cordeiro, Fortaleza-CE – set2025

28- Era bom demais 😃 Maria Amélia de Rezende Melo, Fortaleza-CE – set2025

29- Me localiza, porque voltei em 89 e não consigo lembrar. E morava bem ali, na Ildefonso. Edgar Neto, Fortaleza-CE – set2025

30- Meu querido @ricardo_kelmer, o Badauê era muito bom! Tenho outro cartaz de um show que fiz lá “Pontos de Mágica”. Certamente vou encontrar pois estou arrumando papéis, fotos… tantas lembranças maravilhosas. Eita tempo! Lucinha Menezes, Fortaleza-CE – set2025

31- Rossé 🥹 Rejane Bedê, Fortaleza-CE – set2025

32- Conheci voce lá! Amava. Yágara Schneider, Fortaleza-CE – set2025

33- Bom demais! Nós curtimos muita arte e muita amizade aí!!! 👏🏻👏🏻👏🏻 Karla Karenina, Fortaleza-CE – set2025

34- Que memória legal. Noites maravilhosas, no Badauê. Glícia Gadelha Teixeira, Fortaleza-CE – set2025

35- PARABÉNS “Kelmo” por querer registrar essas memórias,é necessário,é a vida da nossa cidade! Não sei se você vai registrar o Bar Academia e Outras Palavras,da mesma época. Oneide Braga, Fortaleza-CE – set2025

36- Érico é o Érico Baymma? Eudes Baima, Fortaleza-CE – set2025

37- “Embriagados de juventude”, essa sua frase é tão linda que dói. Estou arrumando meus papéis, tanta coisa! Achei esse cartaz e lhe enviei sem saber o “auê” que seria. Li seu belo texto e depois os comentários. Chorei, chorei um choro bom. Depois veio a saudade… um abraço. Lúcia Menezes, Fortaleza-CE – set2025

38- Meu querido @ricardo_kelmer, o Badauê era muito bom! Tenho outro cartaz de um show que fiz lá “Pontos de Mágica”. Certamente vou encontrar pois estou arrumando papéis, fotos… tantas lembranças maravilhosas. Eita tempo! Lúcia Menezes, Fortaleza-CE – set2025 

39- Ai que saudades!!! Voltei no tempo. Isabel Cristina Fernandes, Fortaleza-CE – set2025 

40- Bons momentos no badauê!!! só alegria. Joana Darc Pedrosa, Fortaleza-CE – set2025

41- Bons tempos… Célia Sporrer, Fortaleza-CE – set2025

 


Aquele disco da Ro Ro

12/09/2025

12.09.2025

Que mulher linda é essa? E a voz, as músicas, esse escracho? E o charme desse dente quebrado?

AQUELE DISCO DA RO RO

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Que mulher linda é essa? E a voz, as músicas, esse escracho? E o charme desse dente quebrado?

Era 1979 quando conheci Ângela Ro Ro na tevê, programa do Chacrinha, cantando “A mim e a mais ninguém”. Fiquei encantado. Eu tinha 14 anos e não sabia o que era blues. Era só um adolescente bobo, que curtia poesia e não aguentava mais estudar no Colégio Militar. Pois naquele momento, o lado B do mundo me sorriu cantando blues, oferecendo seu calor e seu endereço. E eu sorri de volta pra transgressão.

Depois, escutei suas músicas na FM e comprei seu bolachão de estreia. Putz, que disco incrível! Hoje, meio século depois, eu o ouço e ainda me impressiono com sua qualidade. Viajo música por música e quase posso sentir novamente aquela sensação de espanto e maravilhamento que tive quando ouvi a primeira vez.

Em 2006, a senhora sem recato, desacato à autoridade, fez um show no Circo Voador, no Rio de Janeiro, pra gravação de seu DVD ao vivo. Eu tava lá na plateia, pressentindo que participava de um evento histórico. Ela já havia deixado de beber, mas continuava sendo Ro Ro. Brincou muito com o público, reclamou do calor e riu quando Luiz Melodia e Alcione erraram a letra. Lá pelas tantas, encheu o saco de retocar a maquiagem e dispensou a maquiadora, o cabelo já desalinhado. Em certo momento, se agachou pra pegar o leque e confessou ao microfone, pra todo mundo ouvir: Putz, quase peidei…

Esta noite ouvirei novamente aquele disco. Eu comigo mesmo, meu eu garoto de outrora, este eu velho de guerra de agora, ouviremos todos juntos. E que ninguém tire da minha mão esse copo.


Ricardo Kelmer 2025 – blogdokelmer.com

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Odair José e seu rock de resistência – Agora no ritmo do rock e do blues, Odair segue sendo o que sempre foi, um grito de resistência contra o moralismo e a hipocrisia

O último blues de Lily – A lua nascendo no mar e os blues na voz de uma Lily que se rebola e se rebela e não ouve ninguém chamar

A celebração da putchéuris (Intocáveis Putz Band) – A história fuleragem da Intocáveis Putz Band

O mundo real da arte – O momento em que a magia do teatro se revela paradoxalmente em toda sua plenitude, expondo tanto sua maquiagem quanto seu avesso

Mário Gomes, o poeta viralata – Era com suas errâncias quixotescas e os versos obscenos que o povo se encantava, ele lá, de paletó sem gravata, camarada e bonachão

O homem que preferia Satanás – Uma homenagem a Aloísio Sansão, com quem dividi cachaças, músicas e muitas risadas nas noites decadentes da Praia de Iracema

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DICA DE LIVRO

Trilha da Vida Loca
Ricardo Kelmer, contos

O amor é belo. Mas também é ridículo, risível, trágico… Aqui estão reunidas seis histórias, inspiradas em grandes sucessos musicais da dor de cotovelo. Paixões de cabaré, porres horrendos, brigas, escândalos, traições, vinganças e outras baixarias em nome do amor. Amar é para estômagos fortes.

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01- Eu tb curti muito a Angela Ro Ro, nessa época, Kelmer. Que voz rouca, linda! Célia Sporrer, Viena-Áustria – set2025

02- Maravilhosa… minha inspiração de 👠 Fernanda Maria Bonfim Barbosa, Fortaleza-CE – ago2025

03- Artista maravilhosa e linda voz👏👏👏 Clea Fragoso, Fortaleza-CE – set2025

04- Lindo depoimento. Ligia Eloy, Lisboa-Portugal – set2025

05- Linda voz e irreverência ímpar! Tbm gosto muito de blues e jazz! Vilma Torres, Fortaleza-CE – set2025

06- Fiz isso ontem. (Embora tenha sido com uma coletânea.) Fernand Soares, Funilândia-MG – set2025

07- Maravilhosa voz, belíssima, inesquecível repertório. Madalena de Paula, Fortaleza-CE – set2025

08- Ah que divino!!!! Ana Lúcia Castelo, Fortaleza-CE – set2025

09- Uma das maiores artistas brasileiras. Incompreendida e injustiçada. Para mim que sofro com sua partida, SEMPRE BRILHANTE!😢👏 Régis Aragão, Fortaleza-CE – set2025

10- Era linda, soltava a alma naquela voz e era uma mocinha escrachada muito cabulosa (no sentido coloquialíssimo do Rio de Janeiro. Amor, meu grande amor 💔 PS: roubei a foto. Tetê Bastos, Fortaleza-CE – set2025

11- Ouvi ontem no Spotify, cada música é letra mais linda que a outra… Luciene Simões, Fortaleza-CE – set2025

12- Linda, maravilhosa. Ana Virgínia Montezuma, Fortaleza-CE – set2025

13- Uma voz marcante!❤️🙏💐 Nolia Rosa, Aracaju-SE – set2025

14- Vai fazer muita falta. Iolandinha Pinheiro, Fortaleza-CE – set2025

15- Incrivelérrima!!! Bya Blanco, Rio de Janeiro-RJ – set2025

16- Angela foi a primeira Cassia Eller, version number 1. MaravilhOOsa. Chef Giovanni, Rio de Janeiro-RJ – set2025

17- Cabra bom! Escritor fino! Se eu me for antes de ti, escreva palavras que me fariam rir. Rir de nossas lembranças, risadas, causos e pileques! Rir do nosso Blues jamais escrito/composto/tocado e sempre na minha cabeça! Quando estivermos novamente juntos pessoalmente, hei de contar a minha história com a Ângela Ro Rô, tenho certeza que vc vai chorar de rir! Ronaldo Caldas, Fortaleza-CE – set2025

 


Plágios e vícios verissimos

01/09/2025

01.09.2025

Escrevi uma frase e, pufff, desconfiei que Luis Fernando Verissimo já a havia escrito

PLÁGIOS E VÍCIOS VERISSIMOS

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Dia desses, olha que horror, fui acusado de plágio. O acusador, dedo em riste na minha cara, era… eu mesmo. Esquisito, né? Mas é o tipo de coisa que às vezes me acontece quando escrevo algum texto novo. Súbito, tenho a impressão que alguém em algum tempo já escreveu aquilo, e aí fico na dúvida se apago ou prossigo.

Poizentão. Dia desses aconteceu novamente. Escrevi uma frase e, pufff, desconfiei que Luis Fernando Verissimo já a havia escrito. Deu vontade de pesquisar, mas desisti e mantive a frase, que era algo sobre champanhe fazer cócegas no nariz.

Não foi a primeira vez que me senti imitando meu querido e genial LFV. E, provavelmente, não será a última. Escritores e artistas se inspiram em outros escritores e artistas, é natural, e o estilo de cada um é desenvolvido na bebedura (esta palavra existe?) de muitas fontes. LFV foi pra mim uma fonte da melhor água, que comecei a beber com avidez ainda adolescente, encantado com seu jeitinho de contar histórias, os diálogos de simplicidade perfeita, os personagens tão caricatos e verdadeiros, aquele humor irônico finíssimo…

Nas viagens de ônibus, suas saborosas crônicas me faziam companhia, e eu ria tanto, era tão bom, que fechava o livro pra que o prazer não acabasse logo, eu querendo domar o vício. Mas cadê que eu me controlava? E assim, logo me punha de volta à leitura, minha alma implorando por mais uma dose de LFV.

Benditos sejam os escritores que nos seduzem e depois nos deixam jogados na lama do vício.


Ricardo Kelmer 2025 – blogdokelmer.com

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LEIA NESTE BLOG

OGozoDaLingua-1

O gozo da língua – Pela maciez sonora dos fonemas / De formas acetinadas / Que a língua deslize

Livros e odaliscas – Meia-noite. Volto do banho. Elas estão todas deitadas em minha cama, lânguidas odaliscas a me aguardar

Inspiração, essa vadia– E não adianta argumentar, seu signo é a urgência. Desejo não é coisa que se adie, ela sempre diz

Divina comédia humana – Um conto inspirado na música de Belchior e no poema de Dante Alighieri

O dilema do escritor seboso – Certos escritores amadurecem cedo. Tenho inveja desses. Porque nunca viverão o constrangimento de não se reconhecerem em suas primeiras obras

O encontrão marcado – Fechei o livro, fui até a janela e olhei pro mundo lá fora. E disse baixinho, com a leveza que só as grandes revelações permitem: tenho que ser escritor

Pesadelos do além – O pior pesadelo para um escritor é ser psicografado. Ou melhor: ser mal psicografado

Meu fantasma predileto – Diziam que era a alma de alguém que fora escritor e que se aproveitava do ambiente literário de meu quarto para reviver antigos prazeres mundanos

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DICA DE LIVRO

VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL
Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo

Miragem Editorial, 2020

Enquanto relembra as pitorescas histórias de quando largou uma banda de rock para liderar um aloprado grupo esotérico e lançou-se como escritor com um livro espiritualista de sucesso (Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá) que depois renegou, o autor fala, com bom humor, sobre sua suposta vida no século 14, carreira literária, amores, sexo, drogas ilegais, prostituição e crises existenciais, reflete sobre sua relação com o feminino, o xamanismo, a filosofia taoista e a psicologia junguiana e narra sua transformação de líder de jovens católicos em falso guru da nova era e, por fim, em ateu combatente do fanatismo religioso e militante antifascista.

> SAIBA MAIS

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01- Muito bom 👏👏👏 Clea Fragoso, Fortaleza-CE – ago2025

02- 😉👏👏 Carlos Vazconcelos, Fortaleza-CE – ago2025

03- E lá se foi ele, tornar-se eterno….🌹😔 Obs: “bebedura” existe sim, é uma palavra da língua galega (vinda da região entre Espanha e Portugal), uma coirmã da nossa língua portuguesa/brasileira. Lisieux Bevilaqua, Fortaleza-CE – ago2025

04- 😍😍😍 Marcus Dias Sampaio, Fortaleza-CE – ago2025

05- Ele partiu mas sua obra genial irá permanecer conosco, aquecendo os nossos corações e protegendo da mediocridade reinante. Carol Suletroni, São Paulo-SP – ago2025

06- Muito bom! Lorna Branco, Fortaleza-CE – ago2025

07- Que bela homenagem 👏👏👏 Giovana Lorna Lopes Nogueira, Fortaleza-CE – ago2025

 


30 anos de livros

21/08/2025

21.08.2025

Tudo começou com um livro esotérico engraçadinho, que reneguei

.30 ANOS DE LIVROS

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Eu ia de São Paulo pro Rio de Janeiro quando, tchum!, me vem a ideia de um livro. Era o “Quem apagou a luz?” – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá. Um ensaio engraçadinho sobre ideias espiritualistas/esotéricas, com desenhos do genial Hemetério. Lançado na Bienal do Rio de 1995, foi sucesso de vendas da Editora Universalista até eu assumir meu ateismo e renegá-lo. A Record quis relançá-lo, mas não topei.

Depois vieram “O irresistível charme da insanidade” (romance), “Guia de sobrevivência para o fim dos tempos” (contos) e os demais. Já são 21 filhos. Bem antes, em 1984, fiz com Roberto Maciel, na faculdade, um folheto de poemas xerocado, “Tanto faz como tanto fez”. Vendíamos por quaisquer 10 centavos e gastávamos tudo em boemia, ébrios de juventude e poesia.

Alguns livros, no formato bolso, distribuí entre a população que mora ou trabalha nas ruas – minha contribuição à socialização da leitura. Um deles, “Trilha da vida loca”, teve os contos adaptados pro teatro, olha que demais, mas nenhum, até agora, virou filme, olha que triste.

Hoje, às vésperas de nascer o novo filho, sobre a cidade de Fortaleza, celebro esses 30 anos, pois sei como foi difícil me manter escrevendo, e agradeço aos parceiros, como Alan Mendonça, e a você que já comprou livros meus ou me apoiou. E à gata mimosa Tereza Lana, pela força de sempre.

Atualmente, o “Quem apagou a luz?” é vendido apenas no formato eletrônico, em edição conjunta com o “Viajando na maionese astral”, que conta os bastidores da fase esotérica (tem muita bizarrice, aviso logo). Não gosto do meu livro de estreia, mas, se cheguei aqui, devo ao danado.

Como nunca consegui viver dos meus livros, me inventei em outros papeis, como produção de eventos, palestras, oficinas de roteiro, shows lítero-musicais, muambeiro da Santa Efigênia e vendedor de camisetas e vinhos, o que ainda faço. Mas como nesse caminho em que a senhora dona vida me pôs não há aposentadoria, sinto informar que você terá que me aturar mais trinta anos oferecendo livros e outros bons supérfluos.

Perdoe a vida, ela não sabe o que faz, mas é bem intencionada. Um brinde!


Ricardo Kelmer 2025 – blogdokelmer.com

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Bienal do Livro do Rio de Janeiro, ago1995. Com o jornalista Marcelo Pinto, na época editor da revista Essência Vital

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Quem Apagou a Luz?
Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá
(ensaio)

Lançado em 1995, este livro resume, numa linguagem descontraída, as crenças e vivências que norteavam o grupo esotérico do qual o autor participou nos anos 1990, abordando temas como experiências fora do corpo, reencarnação, vida após a morte, extraterrestres e guias espirituais.

A partir de 2000, quando o autor assumiu seu ateísmo, este livro deixou de ser publicado, interrompendo uma trajetória de sucesso. Porém, em 2020, para divulgar seu livro Viajando na Maionese Astral – Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo, ele decidiu relançá-lo numa edição especial, junto com o Maionese.

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VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL
Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo

Miragem Editorial, 2020

Enquanto relembra as pitorescas histórias de quando largou uma banda de rock para liderar um aloprado grupo esotérico e lançou-se como escritor com um livro espiritualista de sucesso (Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá) que depois renegou, o autor fala, com bom humor, sobre sua suposta vida no século 14, carreira literária, amores, sexo, drogas ilegais, prostituição e crises existenciais, reflete sobre sua relação com o feminino, o xamanismo, a filosofia taoista e a psicologia junguiana e narra sua transformação de líder de jovens católicos em falso guru da nova era e, por fim, em ateu combatente do fanatismo religioso e militante antifascista.

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01- Parabéns 👏🏻 espero mesmo que continue escrevendo e inspirando a gente. Nana Fênix, Lisboa-Portugal – ago2025

02- Grande Escritor! Lembro eu e a Maria José participamos de um evento seu na Lagoa Rodrigues de Freitas, no Rio. João Carlos De Oliveira Aires, Rio de Janeiro-RJ – ago2025

03- Eu gosto muito do “QUEM apagou a luz”, acho uma delicia.  Tenho o livro, comprei na época em que ele ainda existia…rs. Sônia Weill, Londrina-PR – ago2025

04- Bela trajetória! Parabéns! Toda idade tem sua flor. Dora de Paula, Fortaleza-CE – ago2025

05- Meu querido escritor, comecei a lê-lo por seu primeiro livro, não o renegue, já havia ali seu jeitinho cômico de ver a trágica vida, pois como simpatizante do budismo acredito na nobre verdade de que a vida é sofrimento, e vivo lutando para não sofrer. Identifiquei logo esse mesmo desejo em você, desde esse primeiro livro. Você coloca tudo com leveza, com humor e em busca de uma “realidade interessante”, substituição da palavra felicidade, que foi empobrecida e idiotizada pelo tempo. Desde então, li todos, gosto de todos, e acompanho sua vida também, aqui pelo Face. Minha admiração eterna. Ligia Eloy, Lisboa-Portugal – ago2025

06- Eu tenho esse livro até hoje. Patrícia Almeida, Santa Branca-SP – ago2025

07- Parabéns , Ricardo!!!!! Carol Suletroni, São Paulo-SP – ago2025

08- O irresistível charme da insanidade eu tenho. Hélio Speziali Aroeira, Belo Horizonte-MG – ago2025

09- Bem dizer “ontem”. Cristiane Bastos, Fortaleza-CE – ago2025

10- Parabéns, meu amor! Todos são maravilhosos, mas o “Guia de sobrevivência para o fim dos tempos” é especial pra mim. Lana Arrais, Fortaleza-CE – ago2025

11- (aplausos) Jord Guedes, Fortaleza-CE – ago2025

12- Parabéns por tudo de belo que você representa para a literatura cearense, por sua voz que ecoa, resiste e permanece como patrimônio vivo da nossa cultura. Bj grande, Kelmito. Marta Pinheiro, Fortaleza-CE – ago2025

13- (aplausos) Tibério Fontenele, Fortaleza-CE – ago2025

14- Melhor livro!!!. Ana Claudia Domene, Albuquerque-EUA – ago2025

15- (aplausos) Washington Arraes, Fortaleza-CE – ago2025

16- Trinta anos, que loucura. O tempo voa. Moacir Bedê, Fortaleza-CE – ago2025

17- O livreto”Tanto faz como tanto fez” não foi o primeiro. Lembrei que há 41 anos ajudei a vender 🙂 Fernanda Santiago, Fortaleza-CE – ago2025

18- Capa do grande Hemetério. Raymundo Netto, Fortaleza-CE – ago2025

19- Parabéns para você, meu querido! Que venham muitos mais filhos. No mais, a vida está te tratando bem, não é? Tim tim! Marta Crisóstomo Rosário, Brasília-DF – ago2025

20- Conheci você com “Quem apagou a luz” num verão há muitos anos, (2005) “mais coisa ou menos coisa”como se diz cá em Portugal. Passava férias no interior do interior da Bahia e encontrei esse livro perdido lá na caatinga. O livro é muuuito bom e faz muito sentido!! Li na rede do pequeno casebre do meu pai. Depois peguei uma fase mais sensual e virei sua leitora e apoiadora desde então. Muito bom saber disso tudo. Obrigada por escrever sempre e saciar o prazer de uma boa leitura, sobre qualquer que seja o tema, és muito bem vindo! Com os mais sinceros cumprimentos, Clara Seiblitz, Lisboa-Portugal – ago2025

21- Uhuuuu!!! Parabéns, tio!!!! Levy Mota, Fortaleza-CE – ago2025

 

 

 


A alma selvagem de Juliana

01/07/2025

01.07.2025

A partir de agora, a figura de Juliana se une à mística do feminino sagrado

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A ALMA SELVAGEM DE JULIANA

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Essa história da Juliana Marins e sua desventura num vulcão na Indonésia me tocou fundo. Faz dias que penso nela e em tudo que precisou enfrentar antes de, finalmente, deixar-se ir nos braços da dama de branco. Dores, sede, fome, frio, solidão, medo… E, mesmo morta, ela segue sendo vítima de estupidez e de abomináveis violências. Que a família e os amigos encontrem forças para lidar com esse momento difícil.

“Fazer uma viagem longa sozinha significa que o sentir vai sempre ser mais intenso e imprevisível do que a gente tá acostumado. e tá tudo bem. Nunca me senti tão viva.” Trecho da penúltima postagem de Juliana em seu perfil no Instagram.

Dedico a Juliana este poema, escrito anos atrás. Acho que combina com ela, e com todas as mulheres selvagens, elas que ousam ser livres num mundo em que as ideologias machistas e fascistas as oprimem e, diariamente, as encurralam nos precipícios da vida. A partir de agora, a figura de Juliana se une à mística do feminino sagrado.

ALMA SELVAGEM

Ela tem a alma selvagem
E o vento sopra liberdade
Na mecha do cabelo
Brinca de beijo, pede afago
Mas cuidado
Ela gosta de arranhar

Ela segue seu destino
No fluxo feminino
Deita com a lua nova
E o seu corpo se renova
À noite chora por amor
Sonhos que ainda não realizou

Ela celebra a vida em rituais
Bendiz os ciclos naturais
Ela sabe, o ser não cabe na definição
Abraça o mundo com carinho
Mas só vai pelo caminho
Onde tem um coração

Alma selvagem, liberdade de ser
Alma selvagem, coragem de viver

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Ricardo Kelmer 2025 – blogdokelmer.com

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MAIS SOBRE O FEMININO SELVAGEM

AMulherLivreEEu-02A mulher livre e eu – A liberdade dessa mulher reluz no seu jeito de ser o que é – e ela é o que as outras dizem ou buscam ser, mas só dizem e buscam, enquanto ela tranquilamente… é

A mulher selvagem – Ela anda enjaulada, é verdade. Mas continua viva na alma das mulheres

Em busca da mulher selvagem – Era por ela que eu sempre me apaixonava, essa mulher que era quem ela mesma desejava ser e não a mulher que a família, religião e sociedade impunham que ela fosse

Amor em liberdade – O que você ama no outro? A pessoa em si? Ou o fato dela ser sua propriedade? E como pode saber que ela é só sua?

As fogueiras de Beltane – As fogueiras estão acesas, a filha da Deusa está pronta. O casamento sagrado vai começar

Medo de mulher – A mulher é um imenso mistério, que o homem jamais alcançará

Alma una – Eu faço amor com a Terra / Sou a amante eterna / Do fogo, da água e do ar / Sou irmã de tudo que vive / Ninfa que brinca com a vida / Alma una com tudo que há

Quem tem medo do desejo feminino? (1) – A maternidade, a castidade e a mansidão de Nossa Senhora como bom exemplo, e a força, a independência e a liberdade sexual da puta como exemplo contrário, a ser jamais seguido

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DICA DE LIVROS

vtcapa21x308-01Vocês Terráqueas – Seduções e perdições do feminino
Ricardo Kelmer – contos e crônicas

Ciganas, lolitas, santas, prostitutas, espiãs, sacerdotisas pagãs, entidades do além, mulheres selvagens – em todas as personagens, o reflexo do olhar masculino fascinado, amedrontado, seduzido… Em cada história, o brilho numinoso dos arquétipos femininos que fazem da mulher um ícone eterno de beleza, sensualidade, mistério… e inspiração.

Mulheres que correm com os lobos – Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem (Clarissa Pinkola Estés –  Editora Rocco, 1994)

A prostituta sagrada – A face eterna do feminino (Nancy Qualls-Corbert – Editora Paulus, 1990)

As brumas de Avalon (Marion Zimmer Bradley – Editora Imago, 1979)

Mulheres na jornada do herói (Beatriz Del Picchia e Cristina Balieiro – Editora Ágora, 2010) – É ainda mais interessante ver o relato das mulheres pois elas sempre foram, mais que os homens, historicamente reprimidas

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Alma Una
(clipe da música de Ricardo Kelmer e Flávia Cavaca)

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01- Boa Ricardo Kelmer. Em um mundo de julgamentos é necessário dobrar a esquina. Artur Robinson, Campina Grande-PB – jul2025

02- Também fiquei muito triste com o desfecho dessa história da Juliana. Tão linda, tão jovem, tão livre…livre…livre…pra sempre livre. Dri Flores, São Paulo-SP – jul2025

03- Amigooooooo… Que sublime! Te Amo!!!! (Emocionada aqui) ❤️ Andrea Dal Castel, Rio de Janeiro-RJ – jul2025

04- Estive recentemente na Ásia e um dos passeios era subir a montanha de um vulcão para tirar fotos da vista, lá de cima. O caminho nem era tão íngreme como esse que ela foi, mesmo assim na metade do caminho eu e mais duas pessoas desistimos e voltamos, porque era muito alto e estávamos já muito cansadas na metade, as pernas tremendo. Quando vi o caso dessa menina, e o perigo que era a trilha desse vulcão que ela foi, fiquei impactada. Passei a madrugada e dia todo acompanhando as notícias da equipe de resgate, orando para que ela tivesse resistido (mas achando bem difícil pelos dias sem água principalmente). Mesmo assim fiquei arrasada quando a família confirmou o óbito. E aí, a empatia foi com a dor da família, corri para ligar pro meu filho, que mora em outro Estado e vive viajando pelo mundo com a mulher. Chorei no dia que falaram da morte dela e chorei agora de novo lendo seu texto. Lisieux Beviláqua, Fortaleza-CE – jul2025 

05- Realmente! Ela me lembrou essa filosofia dita de um um chefe indígena: “Quando chegar a hora de morrer, não seja como aqueles cujos corações são preenchidos com o medo da morte, que choram e rezam por um pouco mais de tempo para viver suas vidas de novo de uma forma diferente. Cante sua música da morte e morra como um herói indo pra casa.” Creio que foi assim que ela fez, morreu livre, fazendo o que bem queria, sem arrependimentos. Morreu como um herói que volta para casa. Lígia Eloy, Lisboa-Portugal – jul2025

06- Essa vida contada e vivida dela me tocou tanto, também… tira um pedaço da gente… Maria Pimentel, São Paulo-SP – jul2025

07- Gostei do poema, com a LIBERDADE, nas rimas, que, assim rima com a JULIANA! Régis Aragão, Fortaleza-CE – jul2025

08- Senti igualzinho a você! 😢 Patrícia Ramos, Natal-RN – jul2025

09- Juliana Marins presente❤️ Lana Arrais, Fortaleza-CE – jul2025

10- É bem isso, a gente não pode viajar sozinha que tá se colocando pro perigo, a gente não pode escolher viver sozinha que tá frustrada ou deve “tá querendo comer da outra fruta”, a gente não pode nem ser alegre que tá querendo aparecer, não temos o direito nem de sermos bonitas porque ofendemos as outras ou somos violentadas por isso. Que nós, as selvagens, não permitamos ser aprisionadas pelas opiniões alheias e possamos continuar dançando livres pela vida.❤️ Renata Kelly, Fortaleza-CE – jul2025

11- 😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍 Marcus Dias Sampaio, Fortaleza-CE – jul2025

12- Necessário. Marcia Matos, Fortaleza-CE – jul2025

13- Belíssima homenagem vou usar seu poema nas minhas rodas de Mulheres que Correm com os Lobos, mulheres selvagens posso? Beth Castro, Belo Horizonte-MG – jul2025

14- Que bom a gente ler uma coisa tão linda como essa que nos enche de paz. As pessoas foram horríveis desde o começo com esse episódio. Foram momentos de negligência e descaso com a vida dela. Depois a violência aqui na internet questionando essa viagem e o fato dela estar sozinha como se isso fosse um crime. Gratidão amado! Meire Moreira, São Paulo-SP – jul2025

15- Que lindo ❤️ Betânia Sá, São Paulo-SP – jul2025

16- Linda homenagem,pra essa menina corajosa,nossos sentimentos. Deuza Carvalho, Fortaleza-CE – jul2025

17- Linda homenagem, Kelmer. E que dor nos toca com essa tragédia. Total desrespeito. Carlos Mattos, São Paulo-SP – jul2025

18- Muito bonito o poema, Ricardo. Clara Seiblitz, Rio de Janeiro-RJ – jul2025

19- Boa noite, caro Ricardo! Quanta sensibilidade em suas palavras. Realmente todos nós somos um pouco de Juliana, quando decidimos seguir por caminhos inexplorados apenas para viver. Belo Poema e muito pertinente ao momento. Abraços. Celina Bezerra, Salvador-BA – jul2025

20- Lindo poema ❤️👏👏👏 Clea Fragoso, Fortaleza-CE – jul2025

21- Linda homenagem! Que sensibilidade! Belíssima poesia! Francisco Tabosa, Fortaleza-CE – jul2025

23- Nesse mundo virtual de muitos julgamentos , desrespeitos e frieza é oportuno uma poesia que fale de amor como essa,linda! Parabéns por esse coração empático! Vilma Torres, Fortaleza-CE – jul2025

 


Passagem para o infinito

20/04/2025

20.04.2025

Ressuscitar não é fácil, pois é preciso morrer

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PASSAGEM PARA O INFINITO

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Acho que Jesus Cristo não existiu. Mas isso não importa. O que me interessa nas religiões são as verdades psicológicas contidas em seus mitos, pois elas podem ser muito úteis a quem busca o autoconhecimento e a harmonia com a vida.

A Páscoa é a celebração da ressurreição. Na ótica da psicologia junguiana, isso significa a passagem da consciência para um novo nível, no qual a pessoa adquire uma percepção mais abrangente de si, integrando a sombra (aspectos da personalidade não reconhecidos) e se tonando mais una, equilibrada e capaz. É a morte psicológica, fundamental no processo de individuação: tornar-se “in-divíduo”, não dividido.

Mas ressuscitar não é fácil, pois é preciso morrer, e tendemos a evitar ao máximo as dores inerentes à transformação que nos conduzirá ao que verdadeiramente somos. Há outra opção? Bem, podemos adiar o momento da passagem, mas isso só prolongará o sofrimento, fazendo do cotidiano um esforço eterno e sem sentido, pois o nível em que a consciência se encontra já esgotou todas as possibilidades. Em outras palavras, já estamos apodrecidos por dentro, e, enquanto isso, envelhecemos e não realizamos nosso potencial.

Aguentemos firmes as dores da passagem, seja ela qual for. Do outro lado, há vida.

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Ricardo Kelmer 2025 – blogdokelmer.com

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VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL
Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo

Um grupo de amigos que viveu na Dinamarca do sec. 14 se reencontra no sec. 20 no Brasil para salvar o mundo de malignas entidades do além. Resumo de filme? Não, aconteceu com o autor. Líder desse grupo aloprado, Kelmer largou uma banda de rock e lançou-se como escritor com um livro espiritualista de sucesso, que depois renegou: Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá. As pitorescas histórias desse grupo são contadas com bom humor, entre reflexões sobre carreira literária, amores, sexo, crises existenciais, prostituição e drogas ilegais. Kelmer conta também sobre sua relação com o feminino, o xamanismo, a filosofia taoista e a psicologia junguiana e narra sua transformação de líder de jovens católicos em falso guru da nova era e, por fim, em ateu combatente do fanatismo religioso e militante antifascista.

> saiba mais

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LEIA NESTE BLOG

Uma tarde na pensao 1Uma tarde na pensão das crônicas dadivosas – A casa recebe a todos os amantes da crônica, homens e mulheres, mas lá não posso ir, pois sendo eu o pai, as meninas não se sentiriam à vontade com minha presença

Meu fantasma predileto – Diziam que era a alma de alguém que fora escritor e que se aproveitava do ambiente literário de meu quarto para reviver antigos prazeres mundanos

O encontrão marcado – Fechei o livro, fui até a janela e olhei para o mundo lá fora. E disse baixinho, com a leveza que só as grandes revelações permitem: tenho que ser escrito

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01-

 


Seja louco

21/01/2025

20.01.2025

Se você ainda é jovem, trave de viver intensamente, arrisque

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SEJA LOUCO

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Esse daí na primeira foto sou eu aos 30 anos, 30 anos atrás. Se esse mancebo cabeludo pudesse ver quem se tornaria aos 60, o que acharia? Se tivesse um vislumbre de tudo que lhe aconteceria, as dores e as alegrias, teria seguido pelo mesmo caminho?

Era 1995, e eu obedecia à intuição: deixei Fortaleza e, sem garantia de nada, fui tentar a vida no Rio de Janeiro. Queria ser escritor profissional, viver de livros, e, de quebra, salvar o mundo junto ao meu grupo de amigos esotéricos que diziam lembrar de mim de uma vida passada no século 14 (*). Na verdade, eu era o Louco do Tarô, ingênuo e sonhador, dançando à beira do abismo, sem nunca se dar conta do perigo…

Não salvei o mundo. Aliás, de lá pra cá, o mundo só piorou. E o que me restou foi me salvar de mim mesmo, de tudo que me impedia de seguir meu caminho de autorrealização. Consegui? Às vezes penso que sim. Mas que vivi deveras, vivi.

Então é isso. Se você ainda é jovem, trave de viver intensamente, arrisque, seja louco. Pra que, ao chegar à velhice, você não tenha pesadelos com a vida inteira que podia ter sido e que não foi, como diz Manuel Bandeira em seu poema Pneumotórax.

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* conto essa aventura, e outras ainda mais bizarras, em meu livro Viajando na Maionese Astral – Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo. Livro físico e eletrônico

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Ricardo Kelmer 2025 – blogdokelmer.com

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VIAJANDO NA MAIONESE ASTRAL
Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo

Um grupo de amigos que viveu na Dinamarca do sec. 14 se reencontra no sec. 20 no Brasil para salvar o mundo de malignas entidades do além. Resumo de filme? Não, aconteceu com o autor. Líder desse grupo aloprado, Kelmer largou uma banda de rock e lançou-se como escritor com um livro espiritualista de sucesso, que depois renegou: Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá. As pitorescas histórias desse grupo são contadas com bom humor, entre reflexões sobre carreira literária, amores, sexo, crises existenciais, prostituição e drogas ilegais. Kelmer conta também sobre sua relação com o feminino, o xamanismo, a filosofia taoista e a psicologia junguiana e narra sua transformação de líder de jovens católicos em falso guru da nova era e, por fim, em ateu combatente do fanatismo religioso e militante antifascista.

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Uma tarde na pensao 1Uma tarde na pensão das crônicas dadivosas – A casa recebe a todos os amantes da crônica, homens e mulheres, mas lá não posso ir, pois sendo eu o pai, as meninas não se sentiriam à vontade com minha presença

Meu fantasma predileto – Diziam que era a alma de alguém que fora escritor e que se aproveitava do ambiente literário de meu quarto para reviver antigos prazeres mundanos

O encontrão marcado – Fechei o livro, fui até a janela e olhei para o mundo lá fora. E disse baixinho, com a leveza que só as grandes revelações permitem: tenho que ser escritor

Kelmer Com K no Toma Lá Dá Cá – Aqueles aloprados moradores do condomínio Jambalaya descobriram meu livro maldito

Pesadelos do além – O pior pesadelo pra um escritor é ser psicografado. Ou melhor: ser mal psicografado

O escritor grávido – Será um lindo bebê, digo, um lindo livrinho, sobre o mais belo de todos os temas

Livros e odaliscas – Meia-noite. Volto do banho. Elas estão todas deitadas em minha cama, lânguidas odaliscas a me aguardar

O dilema do escritor seboso – Certos escritores amadurecem cedo. Tenho inveja desses. Porque nunca viverão o constrangimento de não se reconhecerem em suas primeiras obras

Namoro – No namoro / Do olho com a palavra / Faz-se coito / O literato sentido …

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01- Suas palavras são filosóficas e muito verdadeiras. E ser ousado e ter coragem de arriscar tudo só quando a gente é jovem. Na velhice, tudo que queremos é ter paz. Ednna Maria, Fortaleza-CE – jan2025

02- Parabéns por sua trajetória, meu Brother. Muita Saúde e Sucesso pra vc.!!! Carlos Henrique, Fortaleza-CE – jan2025

03- Que viagem boa, que bom que nos encontrámos! Susana X De-Chalupa – Leiria-Portugal – jan2025

04- Continua jovem tanto por fora quanto por dentro. Continua jovem e sonhador. Muito interessante a sua história. Clea Fragoso, Fortaleza-CE – jan2025

05- Bonito; sempre bonito. Paulo Mayr, São Paulo-SP – jan2025

06- Lembro bem desse rapaz ousado…DEUS abençoe sempre sua vida 😘 Renata C Passos, Fortaleza-CE – jan2025

07- E assim se deu a calmaria. Acontece com nós “tudim”, a diferença é que agora sabemos. Dançar à beira do abismo têm seus encantos, mas uma rede estendida à beira de uma janela com vento entrando, é bem melhor.😁 Karina Moura Mozart, Fortaleza-CE – jan2025

08- Me lembro de você mais pela primeira foto do que por essa atual… Tudo bem? Beijo grande pra tu. Clotilde Tavares, João Pessoa-PB – jan2025

09- para além de todo escorpionismo e outras qualidades astrológicas e astrais te entendo e me identifico 👏❤ Marta Aurélia, Fortaleza-CE – jan2025

10- Porque “quem sabe faz a hora “. E você soube rabiscar e fazer a arte final de sua obra de arte. Iracema Sales, Fortaleza-CE – jan2025

11- Vivendo intensamente y louca aquí! Parabans amigo. Celena Chavez, Buenos Aires-Argentina – jan2025

12- Eu li esse livro, emprestei nunca mais voltou, acho que a maluca que pegou emprestado tbm gostou; bem, o livro é muito divertido, aborda pertences sérios para quem está vivendo longe do ninho mas de uma forma bem divertida. Paula Brito, Fortaleza-CE – jan2025

13- Te conheci um pouco depois, na minha clínica Delfhos, da Júlio Siqueira… tempo, tempo!! Isa Magalhães – Fortaleza-CE – jan2025

14- Nossa! Te conheci assim…que lindo,que saudades! ❤️. Fabiane P S Schmmit, Fortaleza-CE – jan2025

15- Sempre muito humorado, educado, Parabéns e Sucesso. Edith V Dragaud, Jericoacoara-CE – jan2025

16- Adorei! Sempre gosto de dizer que seus livros são maravilhosos. Só o conheci depois do primeiro livro. Lígia Eloy, Lisboa-Portugal – jan2025

17- Te conheci há 19 anos! Cabeludo, lançando livro, dono de um humor ácido, muito divertido! Os 60 também te fizeram muito bem! Reny Diel, Porto Alegre-RS – jan2025

18- Parabems meu amigo. Boa lembranca da facultade. Mabel Pantoja, Santa Cruz de la Sierra-Bolívia – jan2025

19- Meu vizinho era muito astral!!! Ivana Pontes Araújo, Fortaleza-CE – jan2025

20- Muito bom! Quero o livro, fiquei curiosa por essas memórias astrais. Carmélia Aragão, Sobral-CE – jan2025

21- Estou nesse momento agarrada com seu livro Pensão das crônicas dadivosas. Que leitura maravilhosa! Ainda bem que você seguiu seu caminho. Um deleite ler você. ❤️🙌 Joyce Lôbo, Fortaleza-CE – jan2025

22- O conheci assim, bem no auge da viagem…uma inspiração pra gente que queria arriscar-se tbm ❤️ Alômia Abrantes – João Pessoa-PB – jan2025

23- 😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍  Marcus Dias, Fortaleza-CE – jan2025

24- Lembro demais deste rapaz da primeira foto. 😍 Isaurora Martins, Fortaleza-CE – jan2025

25- Que homem! Demétrio Farias, Fortaleza-CE – jan2025

26- 👏👏👏 Carlos Horácio Camurça, Lisboa-Portugal – jan2025

27- ❤️ Daniela Rogério, Fortaleza-CE – jan2025

28- ❤️ Joana Darc Pedrosa, Fortaleza-CE – jan2025

29- Meu amiguinho lindo e wuerido😍❤️ Ana Karla Dubiella, Fortaleza-CE – jan2025

30- Lembro desse moço bonito de riso fácil . 👏👏👏😍 Rosa, Fortaleza-CE – jan2025

31- Valeu capricorniano! São assim os inícios de ano mesmo e sua sequência tende a decorrer tal qual o início, ou seja, conforme o não combinado! Vitor Casimiro, Fortaleza-CE – jan2025

32- O conheci assim, bem no auge da viagem…uma inspiração pra gente que queria arriscar-se tbm ❤️ Alômia Abrantes – João Pessoa-PB – jan2025

33- 👏👏👏👏 Paulo Caúla, Fortaleza-CE – jan2025

34- Uau! Zélia Sales, Fortaleza-CE – jan2025

35- Que viagem!!! Alessandra Magna, Fortaleza-CE – jan2025

36- Meu Peixe, presente que a vida me deu assim q botei o pé aqui para ficar. Já o conhecia antes, mas eu ainda não sabia q você seria parte do meu trio preferido de todo o mundo. Toda lembrança q temos de todos esses anos, me trazem um sorriso ao rosto ou uma boa gargalhada. Preciso ler esse. Lóviú, Peixe. P.S. a tia Zezé também amava você muitäo 😜❤️ Andrea Reis, Fortaleza-CE – jan2025

37- Os dois são lindos, mãe coruja sempre acha os filhos bonitos. Agora, te tirasse a barba branca e pintasse o cabelo, voltava aos 30 anos. Tente filho 😘. Vilma Galvão, Fortaleza-CE – jan2025

38- Saudações aos que tem coragem, aos que estão aqui pra qualquer viagem 🥳. Ana Virgínia Montezuma, Fortaleza-CE – jan2025

39- MEU PRIMO SEMPRE LINDO. Mirza Galvão Rocque Ferreira, Rio de Janeiro-RJ – jan2025

40- Vc está Ótimooo. Maria Sá Xavier, Fortaleza-CE – jan2025

 


Estreia do sessentão

09/12/2024

09dez2024

A primeira meia-entrada de idoso a gente nunca esquece… 

Estreia do sessentão

ESTREIA DO SESSENTÃO

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A primeira meia-entrada de idoso a gente nunca esquece…

– Seu documento, senhor, por favor.

– A senhorita acha que eu não tenho 60 anos?

– Sinceramente, não sei.

– Tenho cara de quem tenta falsificar a idade pra pagar meia-entrada?

– Quem vê cara, não vê intenção, senhor.

– Nisso você tem razão. Aqui está.

– Obrigado. Bom filme. E, se me permite a observação, se o senhor tirar a barba, ficará mais jovem.

– Pode ser. O problema é que em todo lugar terei que mostrar documento pra comprovar a idade. De todo modo, obrigado pela dica.

Não, não houve esse diálogo, foi só um exercício de imaginação. Na verdade, o funcionário do Reserva Cultural, um cinema na avenida Paulista, não me solicitou qualquer documento, apenas recebeu o bilhete, destacou uma parte e me indicou o caminho da sala. Fiquei meio assim, um tanto decepcionado com minha estreia. Bem, vamos em frente. Isso significa que tô mesmo com cara de sessentão. Um brinde!

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Ricardo Kelmer 2024 – blogdokelmer.com

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LEIA NESTE BLOG

Uma tarde na pensao 1Uma tarde na pensão das crônicas dadivosas – A casa recebe a todos os amantes da crônica, homens e mulheres, mas lá não posso ir, pois sendo eu o pai, as meninas não se sentiriam à vontade com minha presença

Meu fantasma predileto – Diziam que era a alma de alguém que fora escritor e que se aproveitava do ambiente literário de meu quarto para reviver antigos prazeres mundanos

O encontrão marcado – Fechei o livro, fui até a janela e olhei para o mundo lá fora. E disse baixinho, com a leveza que só as grandes revelações permitem: tenho que ser escritor

Kelmer Com K no Toma Lá Dá Cá – Aqueles aloprados moradores do condomínio Jambalaya descobriram meu livro maldito

Pesadelos do além – O pior pesadelo pra um escritor é ser psicografado. Ou melhor: ser mal psicografado

O escritor grávido – Será um lindo bebê, digo, um lindo livrinho, sobre o mais belo de todos os temas

Livros e odaliscas – Meia-noite. Volto do banho. Elas estão todas deitadas em minha cama, lânguidas odaliscas a me aguardar

O dilema do escritor seboso – Certos escritores amadurecem cedo. Tenho inveja desses. Porque nunca viverão o constrangimento de não se reconhecerem em suas primeiras obras

Namoro – No namoro / Do olho com a palavra / Faz-se coito / O literato sentido …

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01- Gostei do texto. Rodrigo BZ, Fortaleza-CE – nov2024

02- 👏👏👏 Dimas Macedo, Fortaleza-CE – nov2024

03- 😍❤️ Lana Arrais – Fortaleza-CE – nov2024

04- 👏👏👏 Graça Araújo, Fortaleza-CE – nov2024

05- É, camarada Kelmer, o tempo chega para todos nós. E faz parte. Roberto Pinto, Fortaleza-CE – nov2024

06- Viva! Rejane Cardoso, Fortaleza-CE – nov2024

07- Chegando lá… sem barba. Raymundo Netto, Fortaleza-CE – nov2024

08- Kkkk pois me pediram a identidade , sim 😂😂😂 e eu toda orgulhosa mostrei. Margareth Oliveira, Fortaleza-CE – nov2024

09- kkkk. Querido lindo, graça e esta ideia de me fazer garota caboca paguei mil anos meia-entrada, vc e mil ideias geniais, te amo veio!Julianna Lyra, Sidney-Austrália – nov2024

10- tu veio a sampa na surdina, né mizifio! Daniel Perroni Ratto, São Paulo-SP – nov2024


Lançamentos de livros em bares

18/07/2024

18jul2024

.Bar Livros 2

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Você é proprietário de bar/restaurante/café? Inclua lançamentos de livros na programação. Veja as vantagens:

1- É um evento simples de ser realizado, com custo QUASE ZERO para a casa. Você precisa apenas reservar duas mesas num bom local, para o autor e os livros. A logística de venda é por conta do autor.

2- Você encaixa o evento da forma MAIS CONVENIENTE na programação da casa, sem precisar alterar a atração musical nem a cobrança de couvert. Caso prefira, pode combinar com o autor uma outra atração musical.

3- Como a casa e o autor têm interesse em que compareçam muitas pessoas, as duas partes se unirão na DIVULGAÇÃO do evento, garantindo um bom alcance.

4- Lançamentos de livros atraem pessoas ligadas ao mundo da arte e da cultura. Muitas delas irão pela PRIMEIRA VEZ à sua casa.

5- Você possibilitará aos frequentadores habituais um EVENTO DIFERENTE, além da oportunidade de conhecer pessoalmente nomes importantes da cena cultural da cidade.

6- Ofereça ao autor a cortesia de um JANTAR OU CRÉDITO para consumo, assim como acontece com as atrações musicais, afinal o lançamento é também uma atração que levará pessoas para a casa e gerará lucro e publicidade. Trata-se de uma atitude elegante e simpática, com custo baixíssimo.

7- Se sua casa recebe bem os autores e lhes proporciona um bom ambiente para lançamentos, ela, naturalmente, vira REFERÊNCIA, atraindo o interesse de mais autores, tanto locais como de outras cidades. Sua casa ganha o status de espaço cultural, de lugar amigo dos livros e da literatura.

Se você gostou da ideia, entre em contato. Neste momento, há muitos autores que podem se interessar em fazer um lançamento em sua casa.

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Ricardo Kelmer 2024 – blogdokelmer.com

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Minha Doce Vida Perdida CAPA 3D 3a PNG

Em meio a problemas no casamento, Téssio é transportado para o passado e lá encontra a si mesmo e a sua mulher Ariane, aos vinte anos de idade. Envolvidos numa conflituosa relação a três, eles precisarão lidar com novos e antigos sentimentos enquanto Téssio tenta retornar à sua vida oficial. Numa narrativa com a leveza e o ritmo ágil das comédias românticas, e inspirado no mito do labirinto do Minotauro, este romance oferece bons momentos de entretenimento e oportunas reflexões sobre o tempo, o amor e o amadurecimento.

> saiba mais/para comprar

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01- 


Elon Musk é a cara do capitalismo fascista

09/04/2024

09abr2024

Redes sociais regulação 2

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ELON MUSK É A CARA DO CAPITALISMO FASCISTA

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Primeiramente, bilionários não deviam existir. Pronto, agora prossigamos. Dono da rede social X (antigo Twitter), o fascista Elon Musk está dando chilique contra a justiça brasileira. É compreensível. Discursos de ódio e notícias falsas geram mais engajamento nas redes e são muito mais lucrativos que qualquer outro tipo de discurso. Ciente disso, a extrema-direita grita por liberdade de expressão, mas o que realmente deseja é liberdade para cometer crimes – e lucrar e lucrar.

As gigantes da tecnologia tornaram-se tão poderosas que agora desafiam abertamente os governos. Por esse motivo, a regulação de suas atividades, principalmente nas redes sociais, é urgentíssimo, mas, no Congresso, os defensores da falsa liberdade de expressão conseguiram barrar a votação. É o fascismo e o capitalismo de mão dadas, desafiando a democracia.

Provavelmente, a justiça não banirá o X do Brasil, mas talvez aplique outras penas. E nem Elon Musk deseja tirar o X daqui. Sua intenção verdadeira é insuflar a horda de zumbis da extrema-direita, pois com o ódio ele lucra mais, e desestabilizar o governo democrata de Lula. Os golpistas brasileiros, inconformados por não conseguirem realizar o golpe que manteria Jair Bolsonaro no poder, agora, para poderem atentar livremente contra a democracia, pedem socorro a um golpista estrangeiro, que é apoiador de Donald Trump. Tudo fascista do mesmo saco.

Por enquanto, a justiça brasileira vence o combate. Mas sem regulação das redes sociais, que significa também regular a ganância capitalista, a derrota da democracia é certa.
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Ricardo Kelmer 2024 – blogdokelmer.com

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ilustração: Paula Villar, @artevillar.

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01-


Mate-me que eu já te matei (Edifício São Pedro)

08/03/2024

08mar2024

Fortaleza Edifício São Pedro 5

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MATE-ME QUE EU JÁ TE MATEI (Edifício São Pedro)

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No cenário apocalíptico de uma Praia de Iracema decadente e violenta, o detetive Eládio Ratoeira investiga estranhos crimes envolvendo personagens típicos do bairro. Numa esquina, a travesti Ellen Star é abordada por um jovem casal. Enquanto conversam, trechos de uma música acompanham a ação. É “Lupiscínica”, bolero de Petrúcio Maia e Augusto Pontes: Mate-me, que eu já te matei…

Este conto, “Crimes de paixão”, presente no livro “Guia de sobrevivência para o fim dos tempos”, é um policial noir com toques surrealistas, e foi escrito em 1994. Nele, tentei expressar meus sentimentos de inconformismo com a triste situação da boemia da Praia de Iracema. Eu estava pessimista, sim, mas o futuro, infelizmente, se mostraria ainda pior.

Março de 2024. Eu olho para o Edifício São Pedro e posso ouvi-lo murmurar, resignado, num fiapo de voz:

– Vi tantas coisas, você nem pode imaginar. Agora, todos esses momentos se perderão no tempo como lágrimas na chuva…

– Sinto muito por tudo terminar dessa maneira – respondo, sem saber o que dizer.

– Não sofra. Isso não passa de um teatro ridículo.

– Como assim?

– Eles fingem se preocupar com a cultura, com a memória da cidade, mas sentem prazer em apagá-la.

Olho outra vez para ele, e há uma certa majestade que resiste em suas apodrecidas ruínas. Tenho vontade de dizer que, mesmo nessa situação deprimente em que se encontra, ele é belo. Mas não, não há beleza no reino da ganância. O belo que vemos é tão somente o reflexo do amor à nossa própria história. Essa mesma história que agora desmorona diante dos nossos olhos.

– Hora de morrer…

Adeus, velho amigo. Por aqui, ficamos nós. Nós que já estamos mortos.

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Ricardo Kelmer 2024 – blogdokelmer.com

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foto: Aurelio Alves

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Fortaleza Edifício São Pedro 21

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Fortaleza Edifício São Pedro 22

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Fortaleza Edifício São Pedro 1

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Fortaleza Edifício São Pedro 23

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Fortaleza Edifício São Pedro 31

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01- Uau! Blade Runner. Haroldo Aragão, Fortaleza-CE – mar2024

02- Eu Também Percebi, era fala do Líder dos Replicantes – Cena final ou Quase! Ficou Bem no seu Texto sobre o Edifício! Hosames Costa Filho, Fortaleza-CE – mar2024

03- Mais um texto lúcido. A realidade dói demais. Regina Cláudia Zephyrus, Fortaleza-CE – mar2024

04- Muito triste assistir a nossa história ser destruída, apagada. Clara Pinho, Fortaleza-CE – mar2024

05- 😢 👏👏👏 Kelly Garcia, Fortaleza-CE – mar2024

06- Maravilhoso, grande. Que seus escritos fiquem na memória de nossa gente. Aluísio Martins Rodrigues, Fortaleza-CE – mar2024

07- Curti a citação a “Blade Runner”. Deve ser porque já vi esse monólogo umas 20 vezes kkk. Sou meio avesso a “coisas prediletas”, mas esse é o filme que mudou algumas coisas na minha vida. Excelente texto! Claudio Oliveira, Fortaleza-CE – mar2024

08- Oi Ricardo, o que vão fazer com o prédio? Depois te mostro uma foto histórica desse prédio que meu pai tirou nos anos 60. Tenho que achar… Isabella Furtado, Modena-Itália – mar2024

09- Peço sua licença pra compartilhar. Wilkie Martins, Fortaleza-CE – mar2024

10- Muito belo seu grito! É isso, memória em nossa cidade é coisa sem importância. Maria Amélia Mamede, Fortaleza-CE – mar2024

11- Fortaleza matando a sua história. Tatiana Santos Moreira, Fortaleza-CE – mar2024

12- Muito triste uma cidade / país que não preserva sua cultura, arquitetura e história! Regina Azevedo, São Paulo-SP – mar2024

13- Aplausos. Claudia Meirelles Bahia, Fortaleza-CE – mar2024

14- Amo Blade Runner!!! Uma das cenas mais comoventes do cinema… Magna Maricelle, Fortaleza-CE – mar2024


O exemplo de Paulo Diógenes

16/02/2024

16fev2024

Paulo Diógenes 1a

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O EXEMPLO DE PAULO DIÓGENES

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Ah, eu queria matar o Paulo Diógenes… Quando assistia seu espetáculo nos bares, ficava me escondendo na plateia pra Raimundinha não me ver, pois aquela quenga espalhafatosa fazia piada comigo e me puxava pro palco, me fazendo corar de vergonha. Bobagem, sim, mas naquela época eu me levava muito a sério. O ano era 1989 e éramos amigos, e, apesar dessas brincadeiras, eu adorava suas apresentações, me emocionava e fazia questão de divulgar seu trabalho.

Um artista ousado, uma potência cênica ‒ assim era o Paulo. Impressionava-me seu destemor em se apresentar em bares e restaurantes, tendo que lidar com públicos diversos, bêbados chatos e enfrentar preconceitos. Ele sempre me surpreendia com seu domínio de palco, a rapidez de raciocínio e a capacidade de improviso. Em 1994, participando da Intocáveis Putz Band, me inspirei nessas suas qualidades pra, nos shows que fazíamos, me sentir mais seguro. Nunca tive a oportunidade de lhe dizer isso.

Desnecessário falar da importância de Paulo Diógenes para o humor do Ceará e, em especial, de Fortaleza. Com seu talento, visão e persistência, ele abriu caminhos e foi determinante na consolidação de um mercado do humor na noite da cidade. Equilibrando-se entre os desafios da carreira artística e seus dramas pessoais, ele foi gigante.

Uma vez, dei carona pro Paulo pra uma apresentação que ele faria num restaurante na Av. Aguanambi. Ele estava no início da carreira e ainda não era conhecido do grande público. Lá chegando, constatou que o restaurante não tinha um espaço adequado pra ele se preparar. E agora?, perguntei, preocupado. Paulo se incomodou com isso? Que nada. Pediu pra eu parar o fusca na rua do lado, e na calçada mesmo improvisou um camarim, usando o banco do carro e o muro de uma casa, sentando no chão. Em dez minutos, o danado se arrumou e se maquiou, concentrado e sem reclamar das condições, e virou Raimundinha. E fez seu show, muito aplaudido como sempre.

Levei vida afora esse exemplo de profissionalismo. Aplausos pro palhaço!

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Ricardo Kelmer 2023 – blogdokelmer.com

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foto: Helene Santos

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01- 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼❤️ Rejane Cardoso, Fortaleza-CE – fev2024

02- Exatamente! Esse era o Paulo!!! Cris Bezerra, Fortaleza-CE – fev2024

03- 😍👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿 Isaurora Martins, Fortaleza-CE – fev2024

04- 👏👏👏 Joyna Sampaio, Fortaleza-CE – fev2024

05- 👏🏽 Que texto! Tatianna Freitas, Fortaleza-CE – fev2024

06- 🙏🏼 Ildefonso Rodrigues, Fortaleza-CE – fev2024

07- Lembro demais dessa época! Um gigante! Maristela Calvário, Fortaleza-CE – fev2024

08- 👏👏👏👏👏👏 Neuiza Vasconcelos, Fortaleza-CE – fev2024

09- Tá deixando muita saudades, grande artista, muita generosidade e um homem de lutas! Descanse dessa luta incessante. 🤍 Leny Rose, Fortaleza-CE – fev2024

10- Muito Massa!❤️ Calango Cego Galeria, Fortaleza-CE – fev2024

11- 👏👏👏👏👏❤ Dijé Sales, Fortaleza-CE – fev2024

12- Essa cena, essa canção sempre me emocionaram, independente de quantas vezes eu visse o show dele. Glória Tavares, Fortaleza-CE – fev2024

13- 👏👏👏👏👏👏👏 Kelly Garcia, Caucaia-CE – fev2024

14- Homenagem JUSTÍSSIMA e LINDÍSSIMA ao querido Paulo Diógenes, que já faz MUITÍSSIMA FALTA… Yls Câmara, Fortaleza-CE – fev2024

15- grata querido pela homenagem tão bonita. Glória Diógenes, Fortaleza-CE – fev2024

16- 👏👏👏👏👏👏 Darly Farias, Fortaleza-CE – fev2024

17- Ele era um show. Marcos Saudade, Fortaleza-CE – fev2024

18- Todos os aplausos pra ele, sempre 👏 👏 👏 👏 👏 👏 Karina Mozart, Fortaleza-CE – fev2024

19- 👏👏👏👏👏 Pousada Roane, Taíba-CE – fev2024

20- Perfeito!!! 👏🏾👏🏾👏🏾 Socorro Câmara, Fortaleza-CE – fev2024

21- Ele era incrível mesmo! Juliana Pinheiro, Fortaleza-CE – fev2024

22- Ricardo, posso publicar no blog? Aliás, vc podia articulista ser do nosso Blogdoeliomar. Eliomar de Lima, Fortaleza-CE – fev2024

23- Que legal que você transformou esta memória em texto! Texto lindo! Tão simbólico sobre o Paulo 😍 Ana Márcia Diógenes, Fortaleza-CE – fev2024

24- Linda homenagem.de um amigo. Maria Inês Ramalho, Fortaleza-CE – fev2024

25- Arrasou. Paulo era isso mesmo. Uma força da natureza. Brennand de Sousa Bandeira, Fortaleza-CE – fev2024

26- ❤️ E meus sentimentos pra Glória. Ana Virgínia, Fortaleza-CE – fev2024

27- ❤️ Belo texto. Moacir Bedê Filho, Fortaleza-CE – fev2024

28- ❤️ Vejam só, que história linda ele tem pra contar… Raymundo Netto, Fortaleza-CE – fev2024

29- ❤️❤️❤️❤️❤️❤️ Joyce Lôbo, Fortaleza-CE – fev2024

30- Que bonito, Kelmer!👏👏👏 Elias de França, Crateús-CE – fev2024

31- Evoé!!! Kelsen Bravos, Fortaleza-CE – fev2024

32- ❤️ Felipe Muniz, Fortaleza-CE – fev2024

33- ❤️❤️❤️❤️❤️❤️ Joyce Lôbo, Fortaleza-CE – fev2024

34- Fazia isso comigo tb. 😍 Clara Pinho, Fortaleza-CE – fev2024

35- Era o Big Bem na Av. Aguanambi. Eu o conhecia desde lá. Trabalhamos juntos no New York, New York, no shopping Aldeota (antigo), no Clube Massapeense, Teatro São José e em vários lugares. Conversamos longamente no último sábado do pré lembrando das aventuras! Grande perda para mim. Um amigo incrível!!! 😞 Marcos Severo, Fortaleza-CE – fev2024

36- MUITO LINDA A HOMENAGEM..VAI SER ETERNAMENTE LEMBRADO! Kedma Roque, Fortaleza-CE – fev2024

37- 👏👏👏 Rogério Soares, Fortaleza-CE – fev2024

38- Que descanse em Paz  Claudia Meirelles Bahia, Fortaleza-CE – fev2024

39- Valeu amigo, 🧡. A família dele e todos nós admiradores, agradecemos sua homenagem . Paulo exprimia essa força que você tão bem descreveu. Lembro , que qdo o assisti a primeira vez, eu era criança 💜tímidaaa rsrsrs… e de olhos atentos na apresentação dele …E ele sempre com um respeito gigante pelas crianças, já foi de cara me chamando àtenção…e vi qdo ele se caracterizou como Raimundinha e depois já como Paulo Diógenes… E ele perguntou : você gostou ? E eu : sim, gostei demais , parabéns pelo seu trabalho. E ele perguntou se podia me dar um abraço… e eu : sim. Fiquei tão feliz !!! Ricardo, você materializou a força do Paulo Diógenes . Obrigada amigo, Ricardo. Bora combinar de dançar, Ricardo, peça licença a sua esposa ( saudades das nossas performances dançantes kkkk momentos hilários . Com certeza ,sua esposa vai se divertir 😁✨ vendo a comédia ) … Tentar suavizar os dias ✨🍀😃 Obrigada 💟 Paulo Diógenes por alavancar também a cena da noite humorística nos bares e restaurantes do nosso Ceará . “Aqui tem humor , tem sim senhor”😃 kkk Todos os aplausos para ele. Sara Rebeca C Lima, Fortaleza-CE – fev2024

40- ❤️❤️❤️❤️ Marcia Sucupira Barreto, Fortaleza-CE – fev2024

41- Um grande artista, era isso nesmo! Christianne Silton, Fortaleza-CE – fev2024

42- 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏 Fabíola Goes, Tehuacán-México – fev2024

43- Adorei este texto, Kelmer. Exatamente assim. Isabel Cristina Fernandes, Fortaleza-CE – fev2024

44- Um artista maravilhoso que nos trouxe risos e visões de mundo! Adorava o final de suas apresentações com aquela música do sonho de um palhaço! Vai deixar muitas lembranças. Carlos Rogério Vieira, Fortaleza-CE – fev2024

45- 👏👏👏👏🙌❤ Michelle Firmeza, Fortaleza-CE – fev2024

46- 🥺👏👏👏👏 🌷🤍 Régia da Costa, Fortaleza-CE – fev2024

47- Compartilhei palco com Paulo de 2017 a 2024, ele é um artista inspirador, se entrega de corpo e alma. Seu legado foi deixado com sucesso! Paulo Diógenes, esse nome é poesia. Pierrot Almeida, Fortaleza-CE – fev2024

48- Oh meu primo… vc falou tudo ele é assim. Aplausos! Heloíza Medina, Fortaleza-CE – fev2024

49- Valeu Kelmer, belo relato e homenagem!👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽. A estrela de Paulo continuará a brilhar em outros palcos, de planos espirituais ainda mais evoluídos 🙌🏽 Napoleão Caldas, Fortaleza-CE – fev2024

50- Lindo. Cristiane Holanda, Fortaleza-CE – fev2024

51- Muito massa! A história do Ceará! Cardoso Junior, Fortaleza-CE – fev2024

52- ❤️ Zé Rosa Filho, Fortaleza-CE – fev2024

53- ❤️ Hemetério Segundo, Fortaleza-CE – fev2024

54- ❤️ Cupertino Freitas, Fortaleza-CE – fev2024

55- Um lindo que deixará muitas saudades mas sempre com um sorriso ❤️ Andressa Gadelha, Fortaleza-CE – fev2024

56- O Paulo Diogenes era foda, bom demais. Fernando Piancó, Fortaleza-CE – fev2024

57- Espetáculo! Vilma Torres, Fortaleza-CE – fev2024

58- Meus sentimentos Kelmer, ele era muito querido, certa que cumpriu sua missão, agora vai alegrar os céus. Régia Alves, Fortaleza-CE – fev2024

59- 👏👏👏😍❤️ Joana Darc Pedrosa, Fortaleza-CE – fev2024

60- 👏👏👏👏👏👏👏 Henrique Meyer, Fortaleza-CE – fev2024

61- Que lindo texto. Djacyr Silva, Fortaleza-CE – fev2024

62- Belo texto. Ele merece. ❤🙏🏽 Vera Lúcia, Fortaleza-CE – fev2024

63- 👏👏👏👏👏👏👏👏😍 Karla Karenina, Fortaleza-CE – fev2024

64- 👏👏👏👏👏👏 Gianna Mendes Ribeiro, Fortaleza-CE – fev2024

65- Linda homenagem, eu repostei ⭐ Ana Bachelet, Versalhes-França – fev2024

66- Linda homenagem! 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼 Pedro Neto, Fortaleza-CE – fev2024

67- Ele era maravilhoso mesmo! Inesquecível! Que descanse em paz! 🙏 Ana Sabino, Fortaleza-CE – fev2024

68- Show, Kelmer. Era muito querido, fui visitar o amigo quando era vereador e me recebeu no gabinete na maior simplicidade, almoçando uma quentinha e fumando feito caipora. Que seja bem recebido no plano em que estiver a caminho. Forte abraço. Ronaldo Rego, Fortaleza-CE – fev2024

69- 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻 Efigênia Alves, Fortaleza-CE – fev2024

70- Um grandioso profissional e ser humano maior ainda. Goret Aragão, Fortaleza-CE – fev2024

71- Muito bacana suas palavras. Roberto Betwo, Fortaleza-CE – fev2024

72- Não é porque faleceu mas, era maravilhoso. Anna M Castello, Fortaleza-CE – fev2024

73- 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻😍 Viviani Avelar Rocha, Fortaleza-CE – fev2024

74- Também me escondia e era impressionado com a agilidade de seu pensamento. Realmente, ele trouxe outro olhar do público para o que se faz em Fortaleza, também específico no humor, que o fez como ninguém. Não deixava passar nada e certamente enfrentou com muita garra a gama de preconceitos da época, também modificando o olhar do público. Isto o consolida como um grande artista, modificando uma estrutura geralmente tão tacanha. Até por ser humor, tinha a grandeza dos bobos da corte que zombam do rei e da aristocracia expondo sua hipocrisia.
Não há como não considerar o Paulinho como alguém que vem sem medo e modificou um todo, se tornando um dos maiores artistas do Ceará – pelo público conquistado e mudanças, que creio ser um fator essencial a que todo artista possa almejar. Paulinho, espero que você tenha ido ciente de sua missão cumprida. Sou seu fã! Lindo texto, Kelmer. Só falei isto tudo, repetindo seus pensamento eventualmente, por considerar que devemos reconhecer o que e quem tivemos! Não há invejas ao reconhecer as dimensões que um artista atinge! Érico Baymma, Fortaleza-CE – fev2024

75- Que lindo relato. Esse era ele. Sou prima legítima dele , o tio Osmar Maia Diógenes, ex deputado estadual, pai dele é irmão de minha mãe. Fomos crianças e adolescentes juntos. Ele vivia e dormia sempre em minha casa, eu sinto a dor , mas lembro ele dizendo, vamos sorrir prima. Vivenciais toda sua trajetória profissional e emocional. Eu o amo demais Grata Kelmer, me emocionei com seu texto. Vou guardar. Grata, que lembremos dele com o sorriso, que mesmo nas dificuldades vividas, nunca esqueceu. Gratidão!. Deus o ABENÇOE. Paz!!!!!!! Lynna Diógenes, Fortaleza-CE – fev2024

76- Tive a oportunidade de ver algumas de suas primeiras apresentações na década de 1990, na Praia do Futuro. Nunca esquecerei!! 🥇🥇 Leonardo Mota, Campina Grande-PB – fev2024

77- 🙏 J Everardo Montenegro, Fortaleza-CE – fev2024

78- ❤️❤️😍 maravilhoso texto, para um ser fantástico. Candeeiro Cultural, Fortaleza-CE – fev2024

79- Ricardo Kelmer é nosso Forrest Gump alencarino, no melhor dos sentidos, apenas pelo fato de estar em todas, ter conhecido e estar presente em muitos momentos marcantes dessa cidade! É um caba rodado e bem vivido ! 👏👏👏👏👏👏 Victor Augusto Alves Nogueira, Fortaleza-CE – fev2024

80- Que texto lindo, Ricardo. Fiquei emocionada ❤️ Naiana Íris, Fortaleza-CE – fev2024

81- Que lindo 😻. Paulo sempre estará conosco. Rossana Kopf, Fortaleza-CE – fev2024

82- Valeu. Parabéns. Nerilson Moreira, Fortaleza-CE – fev2024

83- 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏 Florência Carneiro, Fortaleza-CE – fev2024

84- Serei redundante: arrasou! Regina Cláudia Zephyrus, Fortaleza-CE – fev2024

85- Realmente, um grande humorista, vai fazer muita falta. Lígia Eloy, Lisboa-Portugal – fev2024

86- Partiu cedo demais 😔 Eloah Ferreira, Fortaleza-CE – fev2024

87- Lembro muito dele. Sempre tocava antes de seus shows no London London. Ele e Ciro Santos. Ele foi o precussor desse gênero de humor em Fortaleza. Depois dele vieram os outros… Marcos Melo Maracatu, Fortaleza-CE – fev2024


Você admiraria um escritor sem sentimento?

04/12/2023

04dez2023

Escritores X IA 3

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VOCÊ ADMIRARIA UM ESCRITOR SEM SENTIMENTO?
Escritores x Inteligência Artificial

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Dezoito anos, entre interrupções e recomeços, conforme me permitiram os solavancos da vida. Foi o tempo que necessitei para escrever meu segundo romance, Minha Doce Vida Perdida, lançado em 2023. A sensação é de que venci um grande desafio. Porém, quando penso que, logo mais, a Inteligência Artificial (IA) poderá fazer a mesma coisa em cinco minutos, me vem a inquietação: valerá a pena competir?

Calma, Kelmer, tem a questão da qualidade literária. Sim, tem, mas a IA escreverá cada vez melhor, sem dúvida. Tá bom, mas e o estilo pessoal, que somente humanos podem ter? Engano seu. Nossas necessidades nos levarão a conceder às máquinas cada vez mais autonomia, e isso as fará desenvolver criatividade e estilo. Evidentemente, dar poder às máquinas é arriscado, mas é inevitável, pois escapar do controle de seu criador faz parte do roteiro arquetípico de toda inteligência que avança demais em sua evolução. Acontece isso com os jovens em relação aos pais, e acontecerá o mesmo com a IA em relação aos humanos.

Anote aí: em breve, não saberemos se o belo romance que estamos lendo foi criado por humano ou robô, e as livrarias ganharão nova seção, dedicada às obras criadas pela IA. É um futuro que virá, mas que traz dúvidas. Robôs poderão ser premiados em concursos literários? Discursarão em suas noites de autógrafos? Poderão ser processados por plágio ou calúnia? E você, seria admirador de um escritor que não tem um pingo de sentimento por qualquer coisa?

Que venham os robôs-escritores. Que nos tragam boas histórias. E que aproveitem a vantagem de não precisar vender seus livros para comprar o almoço.

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Ricardo Kelmer 2023 – blogdokelmer.com

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Minha Doce Vida Perdida CAPA 3D 3a PNG

Em meio a problemas no casamento, Téssio é transportado para o passado e lá encontra a si mesmo e a sua mulher Ariane, aos vinte anos de idade. Envolvidos numa conflituosa relação a três, eles precisarão lidar com novos e antigos sentimentos enquanto Téssio tenta retornar à sua vida oficial. Numa narrativa com a leveza e o ritmo ágil das comédias românticas, e inspirado no mito do labirinto do Minotauro, este romance oferece bons momentos de entretenimento e oportunas reflexões sobre o tempo, o amor e o amadurecimento.

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01- 


Minha Doce Vida Perdida, meu segundo romance

10/08/2023

10ago2023

MDVP Com livro RK 20230729 5a

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Foram 18 anos de escritas e reescritas. Primeiramente, a história foi um conto, escrito em 1997. Depois, ela foi reescrita e virou roteiro de longa-metragem. Por fim, virou romance. Meu livro Minha Doce Vida Perdida percorreu um longo caminho até se concretizar, e enquanto isso, eu envelhecia, e isso influenciou o processo, amadurecendo a história.

Em março, lancei o livro no formato eletrônico (PDF e Amazon), e em agosto iniciei os lançamentos presenciais do livro físico, em Fortaleza. Entre o lançamento do eletrônico e do físico, fiz a pré-venda, que teve um ótimo resultado. A quem participou da pré-venda, fiz uma determinada pergunta de caráter metafísico, e as incríveis respostas que recebi foram inseridas no livro físico e nas edições seguintes do livro eletrônico. Qual foi a pergunta? Leia a entrevista a seguir. Nela, conto mais sobre o livro.

Na juventude, ao chegar em casa de madrugada, vindo da sagrada boemia, às vezes me vinha esta ideia: Como eu reagiria se encontrasse, agora em meu quarto, alguém desconhecido, um fantasma, um extraterrestre, um ser bem estranho? A ideia, que me divertia, evoluiu: E se eu encontrasse a mim mesmo, uma versão de mim do futuro? Foi assim que nasceu o conto O Strip-tease, publicado em 1997 no livro Guia de Sobrevivência para o Fim dos Tempos, que é todo feito de diálogos diretos.

O primeiro romance, O Irresistível Charme da Insanidade, precisou de 15 anos para chegar à sua forma definitiva. Este agora, 18 anos. Será que terei tempo de escrever um terceiro?

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Ricardo Kelmer 2023 – blogdokelmer.com

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Minha Doce Vida Perdida CAPA 3D 3a PNG

Em meio a problemas no casamento, Téssio é transportado para o passado e lá encontra a si mesmo e a sua mulher Ariane, aos vinte anos de idade. Envolvidos numa conflituosa relação a três, eles precisarão lidar com novos e antigos sentimentos enquanto Téssio tenta retornar à sua vida oficial.

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ENTREVISTA
Jornal O Povo (Fortaleza), ago2023
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01) Em seu novo livro, você explora o tema das realidades paralelas, também conhecido por multiverso e que atualmente está presente em vários filmes e séries. Qual é o diferencial de seu romance? Por que esse tema atrai tanto o público?

RK: Sim, usei um tema que já foi muito usado, mas a meu modo particular e misturando a outro tema, o do duplo. Em meu romance, o protagonista, além de voltar a seu passado, encontra lá a si próprio, e também a sua esposa, aos 20 anos de idade. No entanto, essa versão de seu passado não é exatamente igual ao que ele viveu e isso o envolverá num problemático triângulo amoroso. É um drama de ficção científica contado com bom humor, uma comédia romântica. Acho que esse tema do multiverso é atraente porque todos nós temos a mesma curiosidade: como seria minha vida se algo houvesse ocorrido diferente?

02) Até chegar ao formato de romance, “Minha Doce Vida Perdida” teve outros formatos. Como foi esse processo, e o que fez com que você continuasse voltando para a trama de Téssio e Ariane?

RK: A primeira versão desse romance é o conto “O Strip-tease”, que está no livro “Guia de Sobrevivência para o Fim dos Tempos”, de 1997. Em 2005, quando morava no Rio de Janeiro, fiz um curso com o roteirista Luiz Carlos Maciel e reescrevi a história, adaptando para o formato de roteiro de longa-metragem. Depois, fiz o caminho inverso e adaptei a história roteirizada para um romance, mas mantive parte da estrutura narrativa do audiovisual, priorizando as cenas. Se alguém tiver interesse em filmar, o roteiro está com meio caminho andado.

03) O livro tem inspiração no mito do labirinto do Minotauro. De que maneira a lenda guia os caminhos de “Minha Doce Vida Perdida”?

RK: Na história, Téssio se perde nos labirintos das realidades paralelas, e enquanto tenta retornar à sua vida oficial, precisa lidar com o princípio feminino, representado por sua esposa Ariane, a filha Dorinha e outras personagens mulheres. Além disso, os nomes dos personagens são inspirados na mitologia grega. Os mitos são fontes inesgotáveis de inspiração artística. E, além de estruturarem as sociedades, eles contêm verdades que podem guiar o indivíduo em sua jornada pelas fases da vida.

04) O encontro das distintas realidades de Téssio causam questionamentos no personagem. A escrita do livro também gerou reflexões sobre sua relação com o tempo?

RK: A questão da natureza do tempo me fascina. Quanto mais nos aprofundamos nele, menos o entendemos e mais ele nos instiga. Em meu caso particular, sinto a chegada da velhice e, ao rever o passado, é inevitável o diálogo com o eu que fui, mas também com o eu que poderia ter sido. Esse diálogo às vezes é doloroso, mas pode ser benéfico e terapêutico. Então, tive a ideia de usar essa questão na pré-venda do livro, fazendo uma pergunta a todos que o adquiriram: “Se você, hoje, sabendo tudo que sabe, tivesse a oportunidade de dizer algo para você com 20 anos, o que diria?” Recebi respostas incríveis, cheias de sabedoria, pérolas filosóficas. Sabe o que fiz com elas? Inseri no livro físico. Isso significa que o livro foi escrito, também, pelos próprios leitores. Não é interessante?

05) As crônicas e contos prevalecem em seus livros e nas publicações do blog. Como acontece seu processo de escrita em romances como “Minha Doce Vida Perdida” e “O Irresistível Charme da Insanidade”?

RK: Você nem imagina o quanto sofro para escrever romances. O primeiro demorou 15 anos para chegar à forma definitiva, e o segundo, 18 anos. Criar contos e crônicas é mais prazeroso, mas é impossível ficar em paz com uma história insistindo dia e noite para ser contada. Não sei se terei disposição para encarar a feitura de um novo romance, até porque logo a inteligência artificial criará textos literários com boa qualidade e em menos tempo que os humanos, e com a vantagem de não precisar vender livros para pagar o almoço. Talvez seja melhor unir-se ao inimigo, né?

06) Você tem 20 livros publicados, desde 1995, e viveu as mudanças na sociedade, como o livro eletrônico e as redes sociais. Qual é a sua estratégia para vender e se manter escrevendo?

RK: Primeiro, escrevo por questão de saúde: se não escrever, enlouqueço de vez. E aprendi que é preciso se adaptar e reconhecer as oportunidades. No caso desse livro, usei a meu favor a tecnologia e as redes sociais, e fiz uma campanha de pré-lançamento que envolveu a venda antecipada do livro físico e também a venda do livro eletrônico (em PDF e no site da Amazon). Consegui sensibilizar apenas uma parte de meus leitores e amigos, é verdade, mas foi o suficiente, e fiz questão que todos eles, independente de quem comprou ou não, recebessem o livro eletrônico com dedicatória personalizada ‒ mil pessoas, aproximadamente. Fiz isso porque, além da questão financeira, acredito na democratização da leitura, e também porque meu maior prazer, como escritor, é ser lido.

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01- 


O novo sempre vende

10/07/2023

11jul2023

Belchior, Elis Regina 2

O NOVO SEMPRE VENDE

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Convencer as pessoas a comprar coisas de que não precisam e a acreditar em mentiras. Quando vi que seria isso o que eu precisaria fazer, me desencantei com a publicidade, ramo no qual eu trabalhava enquanto cursava Comunicação. Então peguei o beco e tchau. Que outros fizessem o trabalho sujo. Eu seguiria minhas verdades, mesmo que não me proporcionassem muito dinheiro.

Sim, há publicitários que fazem trabalhos dignos, mas são minoria entre os sórdidos interesses envolvidos no ramo. Veja o caso do comercial que usou a imagem artificial de Elis Regina e a música “Como nossos pais”, de Belchior. Pegaram um hino amargo de indignação e protesto, misturaram no liquidificador das lembranças afetivas automobilísticas, deturparam a mensagem e, tchan tchan tchan tchaaaan, “o novo sempre vem” virou “o novo sempre vende”, protagonizado por uma kombi modernosa que custa o preço de um iate. Evidentemente, cortaram aquele trecho mais ácido que fala da pessoa que se vendeu aos seus metais, melhor poupar o respeitável público desses questionamentos chatos, mas botem jovens felizes, tá, e mamãe com bebê, e não esqueçam da camiseta do Belchior…

Elis e o rapaz latino-americano concordariam? Pelas ideias que defendiam, talvez não. Mas os mortos não opinam, e quem decide são os seus herdeiros. Ah, mas o importante pro artista é divulgar sua arte, você está sendo radical, e não dá pra viver boicotando tudo por questões ideológicas… Sim, entendo. Sei perfeitamente que na vida, como na política, é preciso negociar concessões e sacrificar nossas verdades por verdades maiores e urgentes. Chegamos, pois, ao centro da questão: cada um baixa seu preço até onde pode.

E você, que me lê agora? Tem baixado muito o seu?

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Ricardo Kelmer 2023 – blogdokelmer.com

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Para Belchior com Amor

PBCA 3a ed CAPA 20aLançado em 2016, Para Belchior com Amor chega à sua terceira edição. Organizada por Ricardo Kelmer e Alan Mendonça, esta edição foi enriquecida com ilustrações e novos autores, com mais contos, crônicas e cartas inspirados em canções de Belchior. O livro traz 24 textos de 23 autores cearenses, e conta com a participação especial da cantora Vannick Belchior, filha caçula do rapaz latino-americano de Sobral, que escreveu uma bela carta para seu pai.

Literatura para celebrar um notável literato. Ele que soube, como poucos, harmonizar música e poesia, e que fez de sua obra e sua vida um intenso canto de amor, liberdade, questionamento e rebeldia. Salve Belchior!

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01- Caraca!!! Você resumiu tudo! Assim que vi parte do comercial postado aqui no Instagram, pensei imediatamente o que pensaria Belchior a respeito. Cirúrgica a parte de seu texto que fala sobre a supressão da parte da letra que cita o vil metal. É muito bom também destacar o valor do carro. Nem imagino quanto seja. O comercial continua sendo muito bonito e emocionante, mas não dá pra simplesmente pensar apenas na emoção. E o resultado não poderia ser melhor, né!? Viralizou. O produto foi vendido. Jord Guedes, Fortaleza-CE

02- Aplausos. Érika Menezes, Fortaleza-CE

03- Aplausos. Andrea Peixoto, Fortaleza-CE

04- Melhor texto sobre essa questão, que já li. Perfeitamente isso. Wilza Mazur, Angra dos Reis-RJ

05- Aplausos. Eduardo Macedo, Fortaleza-CE

06- Assim que vi achei emocionante. Justamente por isso é o objetivo deles. Pega a gente pela emoção. Mas coração à parte, você tem toda razão. Patrícia Ramos, Natal-RN

07- Concordo 100% com você. Zaneir Gontei, Fortaleza-CE

08- Cirúrgico e Contundente! Régis Aragão, Fortaleza-CE

09- Onde tudo vira mercadoria morte fria a poesia. Xico Aragão, Fortaleza-CE

10- Pra juventude de 20 a 30 esse comercial não teve menor sentido. Para os que podem comprar a combi elétrica so se for por conta do marketing que reverberou, inclusive do texto e eu falar aqui. DJ Nonô, Brasília-DF

11- Por mim, qto mais Belchior e Elis melhor. Foda-se a Kombi e a VW. Viva Belchior. Toda cidade cearense deveria ter uma biblioteca e uma praça Belchior e nossas escolas deveriam incluir Belchior no currículo do EM. Nicolas Ayres, Fortaleza-CE

12- Disse tudo, amigo. Excelente texto, bem fundamentado. Parabéns. Essa é a verdade concreta! Lynna Diógenes, Fortaleza-CE – jul2023

13- Cirúrgico! Análise perfeita! Peço licença para compartilhar. Iracema Sales, Fortaleza-CE – jul2023

14-Uma situação que nos deixa com vergonha alheia… Mas… você vê por aí, quase em todos os lugares, o povo tentando se salvar e sonhando em ganhar milhões vendendo. Vender é associado à mentira, à produção de crenças, ao aproveitar o ponto de “zona de conforto” e alienar mais ainda, afinal, ser crítico é muito sério para o mundo de hoje! É? É mesmo? Creio que nunca foi necessário ser tão sério. O mundo é uma anarquia, mas a gente pode estar num lado melhor dos anarquistas, não? Érico Baymma, Fortaleza-CE – jul2023

15- Aplausos. Tetê Du Monte, Fortaleza-CE – jul2023

16- Você me conhece bem, sabe que sou dessas pessoas que choram até em inauguração de supermercado… Desde que vi o comercial fiquei sem saber porque não me trouxe nenhuma emoção. Você conseguiu traduzir o meu “não sentimento”. Valeu, meu bem! Maristela Pinheiro, Fortaleza-CE – jul2023

17- Coerente e correto, seu texto. É assunto de direitos autorais que compete aos herdeiros. Eles poderiam ser mais inteligentes e deixar essa gestão de obra e imagem para profissionais que, quem sabe, a rentabilizassem mais e ainda estariam atentos à negatividade do puro comércio e tantas incongruências. Vitor Casimiro, Fortaleza-CE – jul2023

18- Concordo com você. Marcos Saudade, Fortaleza-CE – jul2023

19- Confesso que qualquer coisa que tenha a Elis me comove. Afinal, a maior cantora do universo conhecido e desconhecido, interpretando um dos compositores mais geniais e geniosos (milhões de analogias me vem a mente) mas sua ótica, como sempre certeira, me abriu outro prisma. Edgar Neto, Fortaleza-CE – jul2023


Romance gratiluz

31/05/2023

30mai2023

Clarinha tinha uma mania. A tudo agradecia com seu doce sorriso seguido daquela palavrinha da moda: Gratidão

Romance gratiluz

ROMANCE GRATILUZ

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Toda linda e fofinha, estilo gratiluz. Assim era Clarinha. Chegada nuns lances namastê, incenso pra limpar as energias, fazia coraçãozinho com as mãos, essas coisas. Mas tudo bem, isso não me incomodava. Desde, é claro, que ela continuasse me acordando com certas carícias gratiluz que só ela sabia fazer.

Porém, Clarinha tinha uma mania. A tudo agradecia com seu doce sorriso seguido daquela palavrinha da moda: Gratidão. Poizé. No bar, pedíamos uma cerveja ao garçom, ele trazia, e ela: Gratidão. Na rua, alguém nos perguntava as horas, eu respondia, a pessoa agradecia, e ela: Gratidão.

Se eu não estivesse apaixonado, talvez me irritasse com tanta gratidão o tempo todo. Mas isso até me divertia. Só que eu não podia perder a piada, né? Então, aproveitei a deixa quando ela pediu guardanapo ao garçom. Aqui está, ele disse. E ela, toda meiga: Gratidão. E eu, todo meigo também: Muito amor envolvido.

Clarinha olhou pra mim, curiosa. Palavrinha da moda combina com expressãozinha da moda, pensei em dizer, mas apenas sorri, me controlando pra não rir. Depois, uma amiga veio à nossa mesa e, após nos despedirmos, falou: Vou indo, gente, tchau. E Clarinha: Gratidão. E eu: Muito amor envolvido, viu?

Clarinha ficou desconfiada, mas nada disse. Bebemos mais um pouco, pagamos a conta e levantamos da mesa. O garçom: Obrigado, voltem sempre. Clarinha: Gratidão. Eu: Muito amor envolvido. Aí, ela não se conteve.

− Que negócio é esse de muito amor envolvido?

− Ué? Você não percebeu?

− Percebi o quê?

− Que tinha muito amor envolvido?

Ela não levou o assunto adiante. Mas senti que não gostara. E o tal gratidão? Prosseguiu falando, e eu emendando com muito amor envolvido, segurando o riso. Parecia que ela se sentia numa disputa, como se fizesse questão de mostrar a força de sua gratidão contra o meu muito amor envolvido. Evidentemente, se fosse, seria a disputa mais idiota do mundo.

E as pessoas? Elas nem sabiam o que responder. O que se fala após alguém dizer gratidão e outro emendar com muito amor envolvido? Caberia, talvez, “A bem-aventurança que habita em mim saúda a bem-aventurança que habita em ti”? Ou, quem sabe, um “Tu te tornas eternamente responsável pela gratidão que me diriges”? Talvez algo mais sucinto: “Regozijemo-nos na chama violeta.” Não sei. As pessoas nunca respondiam nada, no máximo sorriam, sem saber o que dizer. Deviam pensar: Que casal doidim…

Até que, um dia, no shopping, ela perguntou ao segurança onde ficava o banheiro.

− Fim do corredor à esquerda.

− Gratidão.

− Muito amor envolvido, seo guarda.

Clarinha saiu para o banheiro e fiquei esperando. Na volta, não quis segurar minha mão. E mandou essa, com a cara fechada:

− Se você soubesse como é ridículo isso que você diz.

− Também acho.

Silêncio. Caminhamos até o cinema. Entramos na fila.

− Se eu parar de falar gratidão, você para com essa coisa de muito amor envolvido?

− Paro.

Pronto, questão resolvida. Vimos o filme, jantamos e findamos a noite em seu apartamento, sob a luz do abajur lilás. Esquecidos, ufa!, desse negócio de gratidão e amor envolvido.

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Ricardo Kelmer 2021 – blogdokelmer.com

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LEIA NESTE BLOG

Momentos felizes 01

Momentos felizes – Se tem uma coisa que não é nada criteriosa em relação aos atributos dos candidatos, é a felicidade. Qualquer idiota pode ser feliz

Dez segundos para ser feliz – Seus olhos continuam sorrindo mesmo quando ela conta, sem pudor, das imensas bobagens que fez em nome de sua busca por felicidade

Insights e calcinhas – Uma calcinha rasgada pode mudar a vida de uma mulher? Ruth descobriu que sim

Carma de mãe para filha – Os filhos sempre pagam caro pelos pais que não se realizam em suas vidas

Cerejas ao meio-dia – Linda e poética, ela dá a volta no carro e todas as buzinas se calam. Claro, um poema de cereja em plena avenida, não é todo dia

A gota dágua – A força da tempestade, o poder do desejo. Ela deveria resistir, mas…

Ventos do óbvio – Ela tinha o controle de sua vida, ela e mais ninguém. Renascer. Renovar-se

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01- 


Salve, guerreira Tremembé

23/03/2023

23mar2023

Telma Pacheco Tremembé 1

SALVE, GUERREIRA TREMEMBÉ

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Toquem os maracás: a guerreira está presente
Ei-la, sorridente e obstinada
Lutando e dançando na lagoa encantada
Mulher de doçura brava, jaçanã
Artesã de sonhos que ousam persistir

Toquem os maracás pra ela ouvir
Riso fácil, flecha certeira da alegria
Ela se encontrou na ancestralidade
Misturando em si mato e cidade
E enriquecendo o mundo inteiro
Mora agora na sombra do cajueiro
Bela como sempre foi e como é
É ela, a guerreira Telma Tremembé

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Fiz este poema em homenagem a minha amiga Telma Pacheco Tremembé, que conheci em 2017, em Fortaleza. Ela morreu em 18 de março de 2023. Segue a apresentação que escrevi para seu livro Raízes do Meu Ser, de 2018:
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Conheci Telma em 2017, durante a reorganização do FLLLEC, o Forum de Literatura, Livro, Leitura e Biblioteca do Estado do Ceará. Imediatamente, cativou-me sua simpatia, o sorriso hospitaleiro, o jeito divertido. Telma é daquele tipo de gente que alegra e ilumina nosso dia com sua simples presença.

Com o tempo, passei a admirar sua disposição de lutar por aquilo que ela elegeu como uma espécie de missão: os direitos dos povos indígenas. Uma missão complexa, nós sabemos, mas que ela abraçou com a força e a determinação de seus antepassados Tremembés, que habitavam o Ceará (região de Almofala) quando da chegada dos europeus, no século 16.

Eu falei chegada? Bem, o termo que ficou consagrado foi descobrimento, seguindo a lógica eurocentrista. Porém, para os povos que aqui viviam naqueles dias, o termo mais apropriado é invasão. O Brasil, que ainda não tinha esse nome, foi conquistado pelos portugueses, que exploraram comercialmente as terras com trabalho escravo e submeteram os povos indígenas a um processo de aculturamento, que nunca cessou. Os primeiros habitantes da terra brasilis não viviam em paz entre si 365 dias por ano, é verdade, assim como os povos no restante do mundo, mas a chegada dos europeus atingiu violentamente a todos eles, e foi determinante para a quase extinção dos nossos povos originários.

O livro de Telma nos conta a história dessa conquista pela ótica de seu próprio povo, e nos conta também sobre seu processo de autoaceitação como Tremembé. É uma iniciativa muitíssimo bem-vinda e que merece todo o apoio, pois carecemos de uma literatura indígena que nos permita contar a história do nosso país de um modo mais abrangente, pela voz daqueles que foram perseguidos, escravizados, convertidos à força ao Cristianismo, declarados extintos por decreto e executados dos modos mais cruéis.

Eu falei foram? Infelizmente o tempo correto do verbo é são. Os povos indígenas ainda são massacrados, sofrendo diariamente o preconceito, a violência, a cristianização e o descaso dos governos. Espero que o livro de Telma, para o qual tenho a honra de fazer esta apresentação, contribua para que a cultura indígena, que também nos faz brasileiros, seja mais valorizada, e para que tenhamos em nossas bibliotecas e salas de aula mais e mais livros escritos por índios.

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Ricardo Kelmer 2023 – blogdokelmer.com

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Telma Pacheco livro 01b

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LEIA NESTE BLOG

Iracema Guardiã 20220504 3Iracema ao chão – O dia em que tombou o ícone do Ceará 

>mais poemas

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Livrarias nunca deveriam morrer

13/03/2023

13mar2023

Livraria Cultura 1

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LIVRARIAS NUNCA DEVERIAM MORRER
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Ela era bonita e charmosa, e acomodava suas preciosidades em quatro lojas do Conjunto Nacional. Só depois é que mudaria para aquele imenso espaço que fora do Cine Astor. Mas já tinha status de templo cultural da cidade. Falo da Livraria Cultura, em São Paulo. Foi lá, em 1995, que fiz o lançamento de meu livro da fase espiritualista Quem Apagou a Luz? – Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá, em dobradinha com a amiga Ana Claudia Domene, que lançava seu romance Aaran.

Quase um ano antes, eu deixara Fortaleza e fora tentar a vida no Rio de Janeiro, e agora, veja só, estava assinando dedicatórias em meu livro de estreia. Meu primeiro lançamento em livrarias. Na Livraria Cultura. Uau!

Entre 2006 e 2016, eu morando em São Paulo, sempre arrumava um pretexto para uma passadinha básica na Livraria Cultura… e acabava ficando lá por horas, esquecido do mundo. A primeira coisa que eu fazia era conferir se meus livros não haviam escapado da ordem alfabética nas estantes. E costumava também pegar um livro qualquer para ler, mas ficava atento, olhando de soslaio, para flagrar o mágico momento em que algum leitor seria fisgado por um livro meu – o que nunca aconteceu. Será que outros escritores têm também esse fetiche?

Para mim, a Livraria Cultura começou a morrer em 2007, quando mudou para aquele gigantesco espaço do Conjunto Nacional. Livros se carregam de um canto para outro, sem problema, mas a alma de uma livraria, não.

Sinto pena e tristeza. É doloroso acompanhar sua decadência. Sim, sei das dívidas trabalhistas e das denúncias de abusos sofridos pelos funcionários, e sempre torci por eles. Mesmo assim. Ver uma livraria agonizar dói demais na alma da gente.

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Ricardo Kelmer 2023 – blogdokelmer.com

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Quem Apagou a Luz?
Certas coisas que você deve saber sobre a morte para não dar vexame do lado de lá
(ensaio)

Lançado em 1995, este livro resume, numa linguagem descontraída, as crenças e vivências que norteavam o grupo esotérico do qual o autor participou nos anos 1990, abordando temas como experiências fora do corpo, reencarnação, vida após a morte, extraterrestres e guias espirituais. A partir de 2000, quando o autor assumiu seu ateísmo, este livro deixou de ser publicado, interrompendo uma trajetória de sucesso. Porém, em 2020, para divulgar seu livro Viajando na Maionese Astral – Memórias exóticas de um escritor sem a mínima vocação para salvar o mundo, ele decidiu relançá-lo numa edição especial, junto com o Maionese.

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LEIA NESTE BLOG

Lugar de literatura é solta pela cidade – Com esses livretos, consigo que minha arte frequente as mesas dos bares, integrando-se à dinâmica boêmia da cidade e atraindo novos leitores

O dilema do escritor seboso – Certos escritores amadurecem cedo. Tenho inveja desses. Porque nunca viverão o constrangimento de não se reconhecerem em suas primeiras obras

O encontrão marcado – Fechei o livro, fui até a janela e olhei pro mundo lá fora. E disse baixinho, com a leveza que só as grandes revelações permitem: tenho que ser escritor

Pesadelos do além – O pior pesadelo para um escritor é ser psicografado. Ou melhor: ser mal psicografado

Meu fantasma predileto – Diziam que era a alma de alguém que fora escritor e que se aproveitava do ambiente literário de meu quarto para reviver antigos prazeres mundanos

Kelmer no Toma Lá Dá Cá – Aqueles aloprados moradores do condomínio Jambalaya descobriram meu livro maldito

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O riacho sobrevivente

01/12/2022

01dez2022

Canalizado e subterrâneo em grande parte de sua extensão, escorrendo no rumo noroeste em galerias sob ruas e prédios, lá vai o danado a seguir seu instinto de sobrevivência

O Riacho Sobrevivente Sergio Helle 01a

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O RIACHO SOBREVIVENTE

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Por trás das dunas da Praia do Futuro o sol se eleva, anunciando um novo dia em Fortaleza. Hora de partir. Deixamos a casa silenciosamente para não acordar meus pais. Comigo vão meus irmãos e primos, todos com cara de sono, mas animados.

Tomaremos o rumo da lagoa, onde nasce o riacho Papicu, uma hora de caminhada. Foi lá no riacho onde o disco voador pousou, trazendo os etês que querem destruir a Terra. Não podemos falhar em nossa missão. Todos prontos? Sim! Então, simbora.

Somos a Patota do Mato e gostamos de fazer piquenique nas matas do Cocó e do Papicu. Sempre encontramos muitos animais soltos, jumentos, cabras, vacas e seus bezerrinhos, e também tejos e preás. Ah, e tem muita aventura: já enfrentamos piratas na salina Diogo e monstros horríveis no morro da Cidade 2000, e uma vez o Siri Gigante me afogou no mangue do rio Cocó, mas escapei.

Meia hora de caminhada. Todos bem? Sim! Seguimos pelas trilhas, descansando à sombra das árvores e brincando na areia branquinha. Para recompor as forças, na lancheira a tiracolo tem água e biscoito champagne, e atenção, que soim adora roubar comida. No céu, gaviões passam curiosos a nos observar. Cuidado que esta planta aqui é cansanção. Não mexe nas pedras que pode ter cobra embaixo.

Chegamos à lagoa. Pousada à margem do riacho, vemos a nave dos etês. Aproximamo-nos devagar… Preparem-se, vamos atacar, um, dois, três, meia e já! O combate é intenso, tome isso, e mais isso, e chego a levar um tiro de laser de raspão no braço, mas no fim os etês saem na carreira. Todos vivos? Sim! Então, missão cumprida, podemos voltar. A Terra estava salva.

Fortaleza, 2020. Os bairros Papicu e Cocó ainda existem, mas não são os da minha infância, onde naquelas férias de 1975 vivi emocionantes aventuras no aconchego da Natureza, num tempo sem asfalto nem condomínios de luxo, mas cheio de imaginação e muito carrapicho e bicho de pé.

A lagoa ainda está lá, mesmo com todo o mal que lhe fazem, e também o riacho Papicu, palco da épica batalha contra os etês. Canalizado e subterrâneo em grande parte de sua extensão, escorrendo no rumo noroeste em galerias sob ruas e prédios, lá vai o danado a seguir seu instinto de sobrevivência, cruzando o subsolo da avenida Alberto Sá, resistindo à poluição e à ganância capitalista, reaparecendo ofegante para respirar e sumindo novamente, unindo mais adiante suas águas ao riacho Maceió, na Varjota, e depois, os dois juntos, descendo a céu aberto até a praia do Mucuripe, para, enfim, serem mar.

Em nossa inocência aventureira, botamos para correr os etês. Mas não eram eles os inimigos da Terra. Nunca foram seres cruéis de outras galáxias os que destroem nosso planeta em nome do lucro, desequilibrando a Natureza e fazendo eclodir terríveis pandemias de vírus. Nosso maior inimigo sempre foi outro.

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Ricardo Kelmer 2020 – blogdokelmer.com

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Ilustração: Sergio Helle

Esta crônica foi escrita, originalmente, em 2020, para o livro Fortaleza Ilustrada (Fundação Demócrito Rocha, em parceria com a SecultFor), publicado em 2021 e organizado pelo jornalista e escritor Raymundo Netto. Depois, teve o último parágrafo levemente alterado para integrar a coletânea Pandemônio (Lumiar Editora), organizada pela jornalista Ana Karla Dubiella. Sinto-me muito honrado por minha crônica estar presente em duas obras tão especiais.

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Riacho Papicu mapa 01a

Trajetória do Riacho Papicu, na zona leste de Fortaleza

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