Tchau, 2009

28/12/2009

Ricardo Kelmer 2009

E 2009 chega ao fim. Pra mim foi um ano de recomeço, mais um – putz, quando acabarão? O último recomeço havia sido em 2006, quando, por falta de perspectivas profissionais, fiz a mochila e me mudei do Rio pra São Paulo. Aluguei um quarto próximo a Congonhas e iniciei uma fase de caramujo onde pelos dois anos seguintes eu quase não sairia de casa, imerso em criações. Pari os livros Blues da Vida Crônica e Guia do Escritor Independente. Depois foi a vez do livro Vocês Terráqueas e, em paralelo, comecei a planejar e construir meu novo site, o Blog do Kelmer. E a grana? Vinha dos livros vendidos, de artigos pra revistas, de palestras e das aulas de roteiro de sitcom que eu dava pela internet.

Em ago2008 a situação financeira complicou de vez e não deu mais pra continuar em São Paulo. O jeito foi providenciar uma estratégica retirada pra Fortaleza, minha loirinha desmiolada de sol. Entreguei o quarto, fiz a mochila e lá fui eu de novo, cigano dos recomeços. O plano era lançar lá o Vocês Terráqueas, fazer umas palestas, produzir umas festas e voltar pra Pauliceia o mais rápido possível. Mas demorei pra juntar a grana e acabei ficando nove meses em Fortaleza. Nove meses, um parto.

Voltei pra São Paulo em maio e aluguei um quarto no Sumaré. Comprei um notebook e instalei uma internet 3G, o que me permitiria mais mobilidade pra enfrentar as viagens, as mudanças e, argh, os recomeços. Morando no Sumaré, mais próximo do miolo cultural da cidade, minha vida social ficou mais movimentada e em dois meses eu já conhecia mais gente que nos dois primeiros anos na cidade. Em meu cotidiano agora existiam a feirinha da Benedito Calixto, o espaço do Alberico Rodrigues, o boteco do Jeová, os saraus do Bar de Ontem, os filmes no HSBC Belas Artes, a Livraria Cultura, a Casa das Rosas, o Sesc, a Fenac, os bares da Vila Madalena…

O segundo semestre foi bem movimentado. Fiz o lançamento do Vocês Terráqueas em São Paulo e comecei a me apresentar em alguns saraus. Montei o espetáculo Viniciarte e passamos a apresentá-lo uma vez por mês no espaço do Alberico. Lá também comecei a fazer palestras. E lancei a revista Letra de Bar, sobre livros e boemia. E, pouco antes do ano findar, mais uma mudança: precisei entregar o quarto no Sumaré. Fiz a mochila e me mudei pra uma pensão em Pinheiros, onde moro agora.

Muita gente me ajudou nesse recomeço paulistano. Obrigado, Silvio Dolnikoff, Danielle Fernandes, Celia Terpins, Magna Mastroianni, Lu Pacheco, Moacir Bedê e Gabriel Sousa. Valeu, Alberico e Jeová. Obrigado demais, Bia Rocha, por acreditar em meu trabalho. E obrigado, Wanessa, por você ser real. E muito obrigado a você que me lê e dá sentido ao suor das minhas palavras.

Que 2010 não me venha com mais recomeços, esse negócio cansa as pernas da gente. E minha mochila, coitada, anda precisada de um bom descanso. Em São Paulo.

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Ricardo Kelmer – blogdokelmer.wordpress.com

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A celebração da putchéuris (Intocáveis Putz Band)

20/12/2009

20dez2009

A história fuleragem da Intocáveis Putz Band

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A CELEBRAÇÃO DA PUTCHEURIS

A história fuleragem da Intocáveis Putz Band
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Boa noite. Nós somos a Intocáveis Putz Band e fazemos música com humor, humor com sexo e sexo sem amor. Com amor, preço a combinar…

Num belo dia de março de 1994, Toinho Martan, um pacato pai de famílias, me convidou pra montar uma banda. Eu, que não toco nada e canto menos ainda, mas que sempre sonhei ter uma banda, topei, afinal festa é o que nos resta. Estávamos excitadíssimos. O destino batia à nossa porta e nos acenava com possibilidades mis. Havíamos encontrado… o gênio da lâmpada.

‒ Queremos ganhar um milhão de dólares!

‒ É isso aí. E ser mundialmente conhecidos!

‒ E comer muitas mulheres!

Mas gênio da lâmpada no Ceará é liso, sabe como é, e tínhamos direito somente a um pedido. Dilema cruel. Que fazer? Muita calma nessa hora. Tratamos de pesquisar as piadas e estudamos bem o comportamento dos gênios. Eles são sacanas, deturpam os desejos alheios. Então, pra garantir, fomos logo ao que interessava e escolhemos as mulheres. Lembro que o gênio ainda perguntou se era isso mesmo, se não gostaríamos de pensar mais um pouco… Nós confirmamos, convictos. Ele então bateu as mãos e, puff!, sumiu no ar.

Nossa primeira cantora, Daniele Rogério, saiu da banda depois que o namorado viu os shortinhos que ela usaria nos shows. Decidimos então resgatar uma alma penada que cantava Tigresa aí pelos bares. Chamava-se Karine Alexandrino. Era insegura e dada a chiliques de artista, mas cantava bem e tinha uma beleza exótica, além do talento performático. Devia estar muito louca quando decidiu ser cantora de uma banda de malucos tarados. Sorte nossa.

Faltavam as vocalistas. Publicamos anúncio procurando “modelos bonitas com boa voz, interessadas ligar à noite”. Lembro de uma que teve a péssima ideia de levar o namorado pra entrevista, pode? Namorado não entende dessas coisas, minha filha. Infelizmente o anúncio não funcionou, mas tivemos sorte e pela banda passaram vocalistas maravilhosas como Valeska, Natasha, Fabiana e Luciana. A nata dos músicos também viajou na onda: Rian, Valdo, Claudinho, Nonô, Carlinhos, Vini, Denilson, Bedê, Ellis Mário, Pantico, Marcio, Vocal das Águas, Tim, Jabuti, Rossé… Era mais ou menos como filme dos Trapalhões: é ruim mas todo mundo quer participar. Os shows, sempre regados a muito uísque e improviso, eram uma molecagem só. As entrevistas, então…

‒ Afinal, qual a proposta musical da banda? ‒ perguntou o repórter, confuso.

‒ Divulgar os sagrados valores da putchéuris uêi ófi láifi cearense.

‒ Putchéuris?

‒ E também incentivar o bissexualismo feminino.

‒ Mas… o que significa isso?

‒ Você quer dizer: o que swingnifica isso?

Flávio Rangel, Toinho Martan, Karine Alexandrino e Emílio Sclaepfer (1999)

Música, teatro, canalhice e humor. “Você prefere quiabo cozido ou quiabo cru? Questão de gosto, ô meu. Eu, por exemplo como cru e todo mundo come o seu.” Uísque, escracho e diversão. “Bem-aventurados enfim todos vós que atentais contra a moral e os bons costumes, vós que dais de comer à obscenidade e à alegria, vós que instigais a carícia e a polícia…” Tietes generosas, desbundes homéricos, ensaios que sempre terminavam em festa. “Pelo imprescindível direito de ver os gols da rodada, inclusive no motel!” ‒ eu gritava no Manifesto Neomaxista Liberal (com x mesmo), que criamos pra defender os direitos pós-modernos do pênis sexual masculino, é isso aí. Era o ponto alto do show. Os homens vibravam de euforia a cada item, as mulheres vaiavam e xingavam e o circo pegava fogo. Festa é o que nos resta.

No Anima Café Concerto, botamos uma cama de casal no palco e fizemos o show deitados. O show foi ótimo, mas divertido mesmo foi levar a cama num bugre, dá pra imaginar? Bebi tanto nessa noite que agarrei até minha irmã. Na Concha Acústica, me agarrei também, mas foi com um bando de metaleiros que no meio de Marinara subiram ao palco e arrancaram a Playboy cujo pôster central nos servia de partitura. Meu sangue ferveu quando vi a coitada da Marinara toda arreganhada voando de um lado pra outro na plateia. Fiz uma coisa inacreditável: larguei o microfone, saltei no meio dos caras e briguei até recuperá-la. Que coisa. Acho que naquele tempo eu era imortal… E assim, com shows como esse, a banda seguia, célere e predestinada, rumo ao glorioso… anonimato.

Faltava um clipe pra MTV. Então juntamos o cachê de cinco shows, rifamos uma noite de amor com o baixista Emílio, deixamos de beber por um mês e, ufa!, contratamos a produtora. Divulgamos no jornal e a boate Via Giulia ficou lotada. Como queríamos todo mundo no maior clima de alegria, liberamos a bebida. Não foi uma boa ideia. Depois, analisando as imagens, só o que se via era o garçom com a bandeja, passando na frente da câmera pra lá e pra cá. O clímax do fracasso foi quando nosso convidado especial, o músico Moacir Bedê, vestido de Chapolim e cheio de cerveja na cabeça, surtou no meio da música e desceu marretadas na cabeça do câmera, tôim, tôim, tôim! A marreta era de borracha, tudo bem, mas o câmera, coitado, estava trabalhando sério, concentrado. Resultado: o cara se aporrinhou, largou a câmera e foi embora. Lá se foram pelo ralo cinco cachês e um sonho de MTV.

Mas a verdadeira desgraça ainda estaria por vir. Um dia, ela morreu. Alexandrino? Não, a loira Savannah. Então fizemos um show-tributo pra mais bela (e sempre bem disposta) das atrizes pornô, com um telão atrás do palco a exibir uma de suas melhores performances, aquela da poltrona. Um casal foi embora indignado: pagamos pra ver um show de música e não sexo explícito! Flávio e Emílio, é claro, tocaram o tempo todo de costas pra plateia. Outra vez, montamos, junto com a Trupe Caba de Chegar, um divertido teatrinho com a música Libera a Pamonha, onde um policial de repente invade o palco e interrompe o show, alegando que tá todo mundo empamonhado. Uma crítica divertida à hipocrisia dos nossos costumes, que festejam drogas legais e marginalizam outras menos nocivas, que ridículo. Mas deixa esse papo pra lá que ele faz muita fumaça…

Em 95, mudei-me pro Rio de Janeiro. Larguei a banda pra seguir minha carreira de escritor. Mas minha participação prosseguiu via DDD: Alô?, Ricardo, o Martan e a Alexandrino brigaram de novo, a banda vai acabar, tá uma merda, você tem que falar com eles… Virei fonoterapeuta de banda, era o que faltava em meu currículo. Todo mês a banda acabava. Pra meu alívio, Alexandrino e Martan se entenderam, muito bem até, constituindo a união musical mais festejada da cidade desde Ayla Maria e Raimundo Arraes, uau. A banda foi deixando certos amadorismos, tocando melhor e ficando mais conhecida. A putchéuris continuava, claro, mas os shows agora caprichavam em efeitos e figurinos, Alexandrino desabrochava como a genial artista que é, cada vez mais Barbarela Pop-Star, e Martan se consolidava como a “glande cabeça pensante da música pop alencarina”. Vixe.

RK se esgoelando no Manifesto Neomaxista Liberal (1994)

Em 99, cinco anos depois, saiu o primeiro CD, A Arte Menor da Intocáveis Putz Band. Demorou tanto que quando saiu, a banda já havia terminado. É um CD póstumo, portanto. Martan teve de chamar todos de volta e ensaiar pro show de lançamento no anfiteatro do Dragão do Mar. Bem, pelo menos o show foi inesquecível. Eu, Rian e João Netto tivemos participação fundamental: vestidos de mulher, corríamos alucinadas pela plateia agarrando os homens. E a crítica especializada em putchéuris, o que achou? Bem, se o próprio Martan vomitava no palco, seria natural que os críticos fizessem o mesmo ao escutar o disco, né?

No CD estão, devidamente registradas pra posteridade, os gôudem rítis Rapariguinhas do Bairro, AA Alcoólatra, Mulher, Sexy Sou e, é claro, Elizabeth & Flávia, o invejável menagiatruá que Martan viveu em Jericoacoara. Até seo Manel do Ferro Dentro, folclórico pastorador de carros da barraca Opção Futuro, participa com sua embolada Severina, que ele batuca no peito lá no estacionamento da barraca, pode pedir que ele faz. Tem também o Manifesto Neomaxista Liberal, claro, mas em estúdio não tem graça. O erro imperdoável foi não terem gravado Particularmente Eu Prefiro Quiabo Cru, um sensível tratado sobre preferências sexuais.

Hoje, dez anos depois do primeiro ensaio, aquela ex-alma penada dos bares fortalezenses é uma consagrada atriz e cantora: Alexandrino é um sucesso. Dizem até que ficou melhor ainda depois da mudança de sexo. Martan tem três lindas filhas e um eterno caso com seu violão. Flávio e Emílio continuam fiéis à música e às mulheres. E quanto a mim há controvérsias. Alguns boatos dão conta que me mandei pra Campina Grande e fundei uma seita pagã cujo culto acontece no meio do mato, sob a lua cheia, com dezesseis virgens vestais saltitando nuas ao redor da fogueira. Outros dizem que imitei Jim Morrison e morri na banheira de uma quitinete em Copacabana e que meu corpo está exposto pra visitação pública no banheiro do Roque Santeiro. Não nego nem confirmo.

Boas lembranças. Não me arrependo de nada. Talvez devesse ter bebido um pouco menos pra hoje lembrar de mais coisas. Porém, pensando bem, foi tudo perfeito do modo como foi. Bem, é verdade que às vezes, quando vejo minhas contas atrasadas, me pergunto se eu e Martan fizemos mesmo o pedido certo ao gênio. Talvez devêssemos ter pensado um pouquinho mais e… Mas acho que fizemos o pedido certo, sim. Não temos um milhão de dólares nem somos celebridades. Mas pelo menos teremos sempre boas histórias pra contar. No fim da festa, admitamos, é o que nos resta

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Ricardo Kelmer 2003 – blogdokelmer.com

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> Músicas da Intocáveis Putz Band
> Baixe o disco (1999) 25mb

AA Alcoólatra
Canto bregoriano
Elizabeth & Flávia
Meu nome é Mário
Mulher
Mulher (remix)
Ovo virado
Manifesto (apresentação)
Manifesto neomaxista liberal
Rapariguinhas do bairro
Severina
Sexy sou

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Intocáveis. Putz Band, 1994 (foto: Ricardo Batista)
Embaixo: Karine Alexandrino, Ricardo Kelmer e Toinho Martan.
Em cima: Flávio Rangel, Emílio Sclaepffer, Claudinho Nonô, Claudio Gurgel e Ana Valeska.

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CURIOSIDADES

– O CD tem quatro capas, à escolha do freguês. A capa vermelha, do bonequinho, é de Sávio Queiroz, mecenas intelectual da banda.

– No início a banda se chamava Intocáveis Funck Band. Num show da calourada da Biologia da UFC, a banda mudou o nome, só por uma noite, pra Intocáveis Mitocôndria Band.

– A revista Playboy era usada como partitura na música Marinara, de Fausto Fawcett.

– O primeiro show foi no bar Compasso (Praia de Iracema, em fev1994), que era administrado por Carlinhos Papai. E o show de reencontro (29.12.09) foi no Bar do Papai, cujo dono era… Carlinhos Papai.

– O Reggae da Pamonha (escute aqui) não entrou no disco. Libera a pamonha, porra!

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Intocáveis procura modelos-vocalistas (1994). A melhor candidata que apareceu levou o namorado pra entrevista, pode uma coisa dessa? Claro que foi reprovada.

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Intocáveis. Putz Band, 1996 (foto: Ricardo Batista)
Da esq. p/ dir.: Emílio Sclaepffer, Valdo, Natasha Faria, Toinho Martan, Karine Alexandrino, Claudio Gurgel, Carlinhos Perdigão e Flávio Rangel.

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VÍDEOS

Há pouquíssimos registros em vídeo da banda. Se você sabe de algum, por favor comunique.

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Show em Fortaleza (Anima Café Concerto, jul94). A música é Corpo Vadio, da banda paulistana Nau. Quem canta é Daniela Rogério, que ainda estava na banda. A cama de casal no palco a gente levou num buggy, acredita? E tocamos uma das músicas todos deitados nela, aiai…

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Compilação de duas matérias de TV por ocasião da gravação do CD, que aconteceu entre 1997 e 1998, e foi lançado em 1999.

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QUADRINHOS

Toinho Martan tomou para si a inglória missão de desenhar a história da Intocáveis em quadrinhos. Confira aqui.

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FALARAM POR AÍ

Performance e irreverência – Matéria do jornal O Povo sobre a cena musical fortalezense dos anos 1980 e 1990 (30.09.18)

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A VOLTA (por uma noite)

Intocaveis200912-01cA volta da Intocáveis – Oh não!
Um show com os restos mortais da Intocáveis Putz Band

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LEIA NESTE BLOG

Ser mulher não é pra qualquer um – É dada a saída, lá se vai o trenzinho. Num vagão as Belas, abalando nos modelitos, no outro as Madrinhas, abalando com o isopor e o estojinho de primeiro-socorro

A volta da Intocáveis – Oh não! – Um show com os restos mortais da Intocáveis Putz Band

Roque Santeiro, o meu bar do coração – Uma homenagem ao bar Roque Santeiro

A sociedade feladaputa de Geraldo Luz – Suas músicas são baladas de melodias simplórias, conduzidas por uma inacreditável verborragia que mistura crítica social, literatura, filosofia, anarquismo, sacrilégios explícitos e sodomismos irreparáveis

Breg Brothers com fígado acebolado – Encher a cara, curtir dor de cotovelo e brindar a todas as vezes em que fomos cornos

O dia em que morri no Rock in Rio – O primeiro baseado que fumei daria um filme. Um não, vários

Todo mundo tem um lado cabaré – Toda vez eu tremo quando penso no desafio que é dirigir algo que, na verdade, é impossível de se controlar. Mas no fim sempre dá certo

Galinha ao molho conjugal – Então fizemos uma aposta. Qual dos três conseguiria resistir mais tempo ao casamento?

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Em 2012, Ricardo Kelmer iniciou uma parceria com Felipe Breier, e juntos passaram a se apresentar com show musicais-literários como o Vinicius Show de Moraes e o (este mais no clima da putchéuris) Trilha da Vida Loca.

TRILHA DA VIDA LOCA
Contos e canções do amor doído

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01- Tive o prazer de ver aquele besteirol inteligente e idiota ao mesmo tempo no Jokerman, numa noite de domingo escaldante regada a muita cerveja e panfletagem de Karine Alexandrino com o manifesto bissexual feminino, perfomances bestiais de RKelmer e Loving You desafinadíssima e falsete do Paraguai de Moacir Bedê. Foi demais. Pouco tempo depois criei Os Moi, não com a mesma proposta, mas com o sarcasmo e besteirol inteligente que vocês faziam, além da fusão de sons que fazíamos. Fomos de 1994 a 1999 (primeira fase) e de final de 2000 a 2004. Por falência e rumos diferentes (filhos, mulheres, dinheiro, faculdade, emprego, uns ricos, outros pobres e outras mazelas que você conhece). Tenho o CD de 4 capas. Abraço. Jofran Fonteles, Fortaleza-CE – dez2009

02- Como não lembrar dessa experiência auditiva,mas tinha seu valor, fala sério! Teca Baima, Fortaleza-CE – dez2009

03- cínicos…kkkkkk. Renata Regina, São Paulo-SP – fev2011

04Bons tempos… Ronaldo Caldas, Fortaleza-CE – fev2011

05- Muito legal!! Bom ler e recordar! Grande abraço! Marcio Roger, Fortaleza-CE – ago2011

06- Uma de suas melhores crônicas. literatura libidinosa e humorística de primeira. esse comentário swingnifica que… queremos mais! cru ou cozido, tanto faz. rsrsrs. Erika Zaituni, Fortaleza-CE – set2011

07- Kelmer, Não teria o que nao curtir, eu lhe conheço, embora nao faça parte desta consequencia…. que pena, mas algum dia algéum bebe. Espero que não seja eu sozinho. Espero que John Lennon não se configure mais como aquele que não saiu com Elton John nem com Yoko Ono – que mancada? ( só gil pra não transformar em cilada o sexo dos ancients egipicians). TODO MUNDO TREPA – Já dizia Roberto Freire por palavas inapropriadas. Você É, e eu não posso discutir isso a nao ser com você). Estão me dizendo que as palavras não dizem. Abração sempre bem carinhoso…. é meu coração…. Érico Baymma, Fortaleza-CE – set2011

08- kkkk, Ricardo, lembra o trabalho que deu pra levar essa cama no meu bugre? kkkkkk, só hoje é que vejo que valeu a pena! Antonio Martins, Maceió-AL – jan2012

09- Como não lembrar… Muuuuuito bom!!!! Saudades… Michelle Ribeiro Espindola, Fortaleza-CE – jan2012

10- nuss…como eu queria ter ido a um show desses. Wanessa Bentowski, Fortaleza-CE – jan2012

11- Banda boa demais! Mas, naquela época, Fortaleza não tinha, (ou se tinha era muito restrito), abertura para esse tipo de som. Junior Faheina, Fortaleza-CE – jan2012

12- Banda indendiária. Como as grandes, não durou. Valmir Maia Meneses Junior, Lisboa-Portugal – jan2012

13- Para os que viram, viveram, sentiram e para os que não tiveram essa impagável oportunidade: um vídeo dos Intocáveis Putz Band. Considerada pela crítica especializada. em música, teatro, poesia, perfomance, gatinhos e mulheres incríveis como a BANDA ++++ f…FENOMENAL que o Ceará já lançou. Espero que apreciem, a preciosidade, direto do túnel do tempo… :-)) Patricia Nottingham, Brasília-DF – jan2012

14- Putz!!!! KKkKk era o que havia de melhor em Fortaleza e no mundooooo. Só a galerinha the best!!! kkk. Regiane Rocha, Fortaleza-CE – fev2012


Como violentar crianças em 30 segundos

20/12/2009

20dez2009

É a máxima do Compre Baton: hipnotize desde cedo uma criança e você terá um zumbi-consumidor para o resto da vida

COMO VIOLENTAR CRIANÇAS EM 30 SEGUNDOS

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Publicidade dirigida a crianças. Esta é uma das coisas mais abomináveis do nosso tempo. Tenha isso, tenha aquilo, peça esse brinquedo para o seu pai, inveje o tênis do coleguinha, morra se não ganhar o celular da moda… É revoltante que uma sociedade permita que suas crianças sejam violentadas diariamente, em suas próprias casas, por mensagens publicitárias que exploram covardemente a inocência infantil. É a máxima do Compre Baton: hipnotize desde cedo uma criança e você terá um zumbi-consumidor para o resto da vida.

Os pais sabem bem do que falo. Eles são as segundas vítimas dos terríveis monstrinhos consumidores. Sim, as segundas, pois as primeiras vítimas são as próprias crianças que, por causa da publicidade, tornam-se crianças sempre insatisfeitas e sofrem, entre outros males, de obesidade infantil e erotização e alcoolismo precoces e, no futuro, serão adultos condenados a buscar inutilmente a realização pessoal no consumo desenfreado. E os responsáveis por isso? Seguem impunes e vendendo cada vez mais.

Se você concorda comigo, convido-o a participar da campanha Publicidade Infantil Não. No site da campanha (publicidadeinfantilnao.org.br) há mais informações e você pode assinar o manifesto que pede mudanças na lei. E no YouTube você pode ver o documentário Criança, a Alma do Negócio (2008), da diretora Estela Renner, com quem tive a honra de trabalhar quando fui roteirista do sitcom Mano a Mano, exibido pela RedeTV em 2005. É claro que as tevês, as agências de propaganda e as empresas de produtos infantis não estão gostando muito dessa campanha. Mas elas sabem que os dias de moleza estão no fim.

Agora, quer saber de outra coisa igualmente revoltante? É o abuso religioso infantil. Assim como convencer uma criança a comprar e consumir é nojento, é uma violência impor uma religião a uma criança. Criança não tem que ser catequizada – criança tem é que curtir a infância. E não existe criança religiosa, o que existe são pais religiosos. Educação religiosa infantil é mais que covardia ou chantagem: é lavagem cerebral que pode durar a vida inteira. Mas eu sei que essa questão é bem mais polêmica e que quem ousar levantá-la certamente será apedrejado.
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Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com

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Site da campanha Publicidade Infantil Não
Saiba mais e assine o manifesto

ONG Instituto Alana
Pelo bem das crianças

As crianças transexuais
Sim, elas existem. Leia a crônica e veja o documentário Meu Eu Secreto

Carma de mãe para filha
Quando os filhos pagam caro pelos pais. Crônica

Documentário Consuming Kids – The commercialization of childhood
Em inglês

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Comercial de celular
(ou como a Claro violenta crianças)

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Criança, a alma do negócio
versão reduzida do documentário, 10 min. Assista na íntegra aqui

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01- Concordo e e’ Demaisssssssss!!!! Vera Lucia, Londres-Inglaterra – fev2001

02- ai, me dói ver isso. como em toda profissão, tem os éticos e os não! fim da feira! Ana Cristina Martins, São Paulo-SP – fev2011

03- O capitalismo selvagem não respeita faixa etária. Foda-se! Eu quero é vender! Nojentos. Fernando Veras, Camocim-CE – fev2011


Iassim vamos – Saraus e festas literárias

17/12/2009

Ricardo Kelmer 2009

Em novembro rolou em São Paulo a quarta edição da Balada Literária. Criada pelo escritor Marcelino Freire, o evento é uma festa da Literatura, reunindo escritores e artistas em espaços culturais e em bares da região de Pinheiros e Vila Madalena, na zona oeste paulistana. Apesar de morar em São Paulo desde outubro de 2006, somente este ano pude participar. E gostei bastante. Durante cinco dias (19 a 22nov, 25 e 29nov) a Literatura foi mostrada, conversada e discutida mas, antes de tudo, foi festejada – ô coisa boa de ver. A quase totalidade dos eventos foram gratuitos e o clima era sempre de descontração e amizade. Parabéns, cumpade Marcelino, você é um cabrarretado. Longa vida à Balada! E que, cada vez mais, outras cidades deem abrigo às festas literárias.

Também em novembro rolou outro evento muito interessante: a segunda edição do Vira Cultura. Da manhã do sábado 28nov até a noite do domingo, a Livraria Cultura realizou dezenas de eventos envolvendo sessões de autógrafos, saraus literários e encontros de fã-clubes de literatura fantástica, além de debates, shows musicais, apresentações circenses e de dança, atividades infantis, sessões de cinema, aulas de ioga, apresentação de DJs e shows de humor, tudo acontecendo simultaneamente durante 35 horas ininterruptas – e tudo grátis. Que ideia maravilhosa! O Conjunto Nacional, na avenida Paulista, ficou cheio de gente o tempo todo, inclusive de madrugada. Eu aproveitei pra ver duas mostras de curtas no Cine Bombril, com direito a pipoca e refrigerante de cortesia, ô diliça. Parabéns demais, Livraria Cultura! E tomara também que outras redes de livrarias, como a Saraiva e a Fenac, se motivem a também criar seus próprios mutirões culturais.

E tem os saraus que rolam pela cidade. São dezenas deles, espalhados pelos bairros, em bares, espaços culturais e até no metrô. Eu frequento três: o Sarau de Ontem (Bar de Ontem, em Pinheiros), o Politeama (Bar Fidalga 33, na Vila Madalena) e os saraus da Casa das Rosas (av. Paulista). Cada um tem suas próprias características, uns mais ou menos formais, outros mais ou menos ecléticos, mas todos são uma boa opção pra quem gosta de descobrir novos autores e artistas. No Politeama, por exemplo, conheci Tiago Rocha (myspace.com/tiagorochamusic), músico e poeta, autor de Sua canção preferida (com Mariano Portugal), uma música linda que faz dias que colou em meu ouvido e não quer mais sair. Outra dele que gosto muito é Uma canção (com Márcio Luiz), que é uma espécie de hino do sarau Politeama. Putz, me deu vontade de fazer música com esse cara.

Outra figura invocada é o Rui Mascarenhas, que mantém um blog onde divulga os saraus paulistanos e de outras cidades (pontosdepoesia.blogspot.com). Rui é poeta, fotógrafo e um bom exemplo do que chamamos agitador cultural.

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Ricardo Kelmer – blogdokelmer.wordpress.com

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O último blues de Lily

15/12/2009

15dez2009

A Lua nascendo no mar e os blues na voz de uma Lily que se rebola e se rebela e não ouve ninguém chamar

O ÚLTIMO BLUES DE LILY

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É minha amiga Cristina Cabral quem me liga para dar a triste notícia. Lily Alcalay se foi. Falecera na noite anterior, 15 de fevereiro de 2003. A irmã morte veio buscá-la, ela que havia meses se hospedara em seu corpo. Desligo o telefone sentindo o peso da realidade que todos desconfiávamos mas não ousávamos admitir. Conto para Karine e choramos em silêncio, sentados sob o sapotizeiro do quintal.

Enquanto me visto para ir ao velório lembro de um fato curioso. Era 1995. Eu morava em São Paulo e soube de uma festa que aconteceria numa serra próxima. Entre as atrações lá estava: Lily Alcalay. Tomei um susto. “Ei, esta menina é lá de Fortaleza!” E mostrei o panfleto da festa aos amigos, empolgado ante a possibilidade de rever minha bluseira predileta. Saudoso das coisas da terrinha, falei de Lily, sua voz maravilhosa, os shows, como ela tão bem encarnava o espírito do blues. Dias depois lá estava eu na festa. A apresentadora anunciava a atração seguinte e eu na plateia aguardava ansiosamente que fosse Lily a próxima a subir ao palco, ela e sua rebeldia, a energia contagiante. Mas a danada não subiu. Sequer fora à festa. Voltei frustrado. Pô, Lily! A gente sobe a serra, paga ingresso caro e você não aparece?

Anos depois, morando de novo em Fortaleza, descubro que Lily também está de volta. Que boa notícia! Nossa querida venezuelana rasgando os blues pelos palcos da cidade felizarda, fazendo a noite mais saborosa e conquistando mais e mais admiradores. Por vários sábados, na barraca Opção Futuro, saciei meu desejo com Lily e a banda Marajazz, desfrutando daquele cartão postal: a Lua nascendo no mar e os blues na voz de uma Lily que se rebola e se rebela e não ouve ninguém chamar.

Uma noite, show terminado, fui até ela e entreguei um original de meu romance O Irresistível Charme da Insanidade. Pedi que lesse e musicasse uma das letras que havia na história. Dias depois ela me disse que adorara o romance, que havia escolhido uma das letras e estava criando a melodia. Agradeci, superfeliz, e falei que a música faria parte da trilha sonora do livro, e que logo eu a chamaria ao estúdio para gravar.

Não deu tempo. Não resistindo mais às dores, Lily se internou para exames, o tumor já se alastrando por seu corpo. Fui visitá-la no hospital, ela se recuperando de uma cirurgia. Estava debilitada, sedada por medicamentos e falava com dificuldade. Mas demonstrava garra e confiança. E, impaciente com tantos soros e sondas, fazia planos de sair logo dali, retornar aos palcos, deixar de fumar, se cuidar mais…

Imóvel sobre a cama, Lily sorriu: Não esqueci nosso blues…. Vi quando virou o olhar para o teto e buscou a melodia na memória, fazendo-a escoar baixinho entre seus lábios. Cantou tão baixo que só pude distinguir uns poucos acordes. Deixei o hospital envolto numa tristeza resignada. Algo me dizia que eu jamais escutaria aquele blues. É preciso confiar sempre, eu sabia, mas naquele momento a esperança era como a voz de Lily, um fiapo de melodia resistindo no meio de tanta dor.

Seu corpo retornou à mãe Terra num domingo de lua cheia, uma lua linda e brilhante feito um neon suspenso a iluminar seu último blues. O caixão desceu enquanto nossas vozes entoaram as belas canções de seu disco. Pô, Lily, você tinha que ir embora no auge? Não precisava seguir tão à risca a cartilha do blues!

Foi-se dona Doida, a artista, amiga, namorada, irmã, filha, mãe e avó. Fortaleza está mais pobre e mais careta. E com um cartão postal a menos.

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Ricardo Kelmer 2003 – blogdokelmer.com

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Baixe as músicas do CD “Lily Alcalay” (2002)
arquivo zip (35mb)

RK200605Lily08a.
Babe baby
Blues for youChild of the cityLejos de mi
Mar e SolMinha nossa dona Doida (Good Golly Miss Molly)
Orquídea negraQueroSonhoSummertime

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Lily Alcalay – Babe baby

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Lily Alcalay – Lejos de mi

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Lily Alcalay – Mar e sol

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01- Lily Alcalay , Luv u 4ever. Luis Miguel Caldas, Fortaleza-CE – jun2013

02- Simplesmente emocionante!!! Arnêmia Boyadjian, Fortaleza-CE – jun2013

03- Lily é maravilhosa. Sidney Souto, Fortaleza-CE – jun2013

04- Saudades de Lily Alcalay. 10 anos sem sua voz magnifica. Que vc estejam fazendo o mesmo sucesso na espiritualidade. Grande abraço. Lu e Sérgio, Fortaleza-CE – jun2013

05- Boa lembrança, saudade da Lili. Saudades dos incríveis sábados no opção futuro, por do sol. Impressionante como a vida ficou ruim. Tenho pena de quem começou a sair de casa nos anos 2000. Moacir Bedê, Fortaleza-CE – dez2020

05a- Eu estou na rua desde 67 ,Bedê e nem a ditadura conseguiu vencer a fôrça a nossa geração , as vezes quando começo a contar tudo que vi acontecer , os jovens pensam que estou mentindo , é uma pena , agora é muito triste e vazio, mas não estou falando por mim , eu nunca paro de improvisar, abraços. Carlos Pamplona Calvet, Fortaleza-CE – dez2020

06- Vi vários shows dela. Mauricao Lima, Fortaleza-CE – dez2020

07- Toquei com ela. Lembro de uma das últimas vezes, foi no London London. A lá Janis… Marcos Melo Maracatu, Fortaleza-CE – dez2020

08- sonoramente lembrava muito Janis mesmo. 👏👏👏 José Júlio França Neto, Fortaleza-CE – dez2020

09- Essa bateu Fundo meu amigo. 😔😔 Paulo Costa, Fortaleza-CE – dez2020

10- Lembro demais. Israela Furtado, Fortaleza-CE – dez2020

11- Maravilhosa Lily. Clara Pinho, Fortaleza-CE – dez2020

12- Cantora esplendorosa! Pensei que fosse chilena. Brennand De Sousa Bandeira, Fortaleza-CE – dez2020

13- Não conhecia, mas tem uma voz bela demais, adorei! Ligia Eloy, Fortaleza-CE – dez2020

14- Ela era maravilhosa . A entrevistei várias vezes. Saudades ❤️ Eveline Urano, Fortaleza-CE – dez2020

15- Lili 😍 Crisostomo Frota, Fortaleza-CE – dez2020

16- Lembro sim! Voz linda! Envolvente e maravilhosa!!! ❤️ Ismenia Tavares, Fortaleza-CE – dez2020

17- Grande cantora! Figura maravilhosa! Parahyba de Medeiros, Fortaleza-CE – dez2020

18- Gente muito boa adorava. Luiz Edgard, Fortaleza-CE – dez2020

19- Já fui show dela. Muito bacana mesmo. Francisco DE Paula, Fortaleza-CE – dez2020

20- Ouvi muito falar da Lily e se não me engano meu ex marido tocou bateria pra ela. Cristiane Ribeiro, Fortaleza-CE – dez2020

21- Convivi com ela..maravilhosa.. A foto de lurex foi no festival de Guaramiranga, acho. Carlos Capucho, Fortaleza-CE – dez2020

22- Há a Anahí Alcalai. Filha dela. Marcos Melo Maracatu, Fortaleza-CE – dez2020

23- Também gosto Lily. Lucivanea De Souza Borges, Fortaleza-CE – dez2020

24- Eu vi muito show da Marajazz com ela. Bons tempos! Rachel Oliveira Alves, Fortaleza-CE – dez2020

25- Era muito legal a Lily! Uma voz lindíssima e uma pessoa cheia de sonhos e coragem. Pena que não cuidava da saúde, viu? Da última vez que conversamos, no Tja, o assunto foi sobre exames que estavam atrasados e ela já não se sentia muito bem. Uma querida que partiu cedo demais. Vou ouvir todas as músicas. Grata. Silêda Franklin, Fortaleza-CE – dez2020

26- Linda, lindaaaaaaa! Fabíola Líper, Fortaleza-CE – dez2020

27- Linda homenagem!! Rossano Cavalcante, Fortaleza-CE – dez2020

28- Adoravaaaa!!! Daniela Costa Gonçalves, Fortaleza-CE – dez2020

29- Maravilhosa. Edmar Gonçalves e eu temos uma canção que a homenageia em um verso. Marcos Lupi, Fortaleza-CE – dez2020

30- Sensacional!! Xico Aragão, Fortaleza-CE – dez2020

31- Ouvi falar dela na música maravilhosa do Edmar Gonçalves com Marcos Lupi… “Como o canto de Alcalay”. Julioealana Soares, Fortaleza-CE – dez2020

32- seu texto é demais amigo. Não havia lido ainda. Abraço e saudades da Lili que foi minha contemporânea de shows por aqui. Adauto Oliveira, Fortaleza-CE – dez2020

> No Facebook (1)

> No Facebook (2)
 


Toc, toc, toc… Acorde, Neo

13/12/2009

Ricardo Kelmer 2009

 

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A palestra O Despertar do Herói é a que mais apresentei, umas cinquenta vezes, poraí. Criada em 2000, eu já a levei a empresas, escolas, faculdades e também a grupos particulares. Em Campina Grande, na Paraíba, apresentei-a pra uma plateia de quinhentas pessoas, olhaquiloco. Isso é uma prova do quanto os mitos nos tocam a alma e fazem reverberar dentro de nós a essência mágica de suas mensagens.

Se você mora em São Paulo, tá convidado pra próxima apresentação, em 17dez2009, no Esp Cult Alberico Rodrigues.

> Palestra “O despertar do herói – A jornada sagrada de autorrealização nos mitos, em Matrix e em nossas vidas”

RK fala de Mitologia, Psicologia, Autoconhecimento e Realização Pessoal em linguagem simples e descontraída para mostrar que o mito da Jornada do Herói, presente nas histórias de tantas culturas, é uma metáfora do processo de autorrealização, a jornada individual de todos nós rumo à nossa essência mais verdadeira e profunda.

Podemos ver esse mito em lendas, livros e filmes, como se fosse um precioso segredo – que muitos infelizmente esquecem e assim se perdem de sua essência mais legítima. Assim como os heróis dos mitos e do cinema, cada um de nós está predestinado a se realizar verdadeiramente e, com isso, tornar-se o grande Herói de sua própria vida. Mas antes é preciso, como o herói de Matrix, despertar, distinguir-se da massa, conhecer-se e assumir a tarefa que dará sentido à existência.

> HORÁRIOS
18h: exibição do filme – 20h15: intervalo para o café
20h30: palestra – 21h30: encerramento
Local:  Espaço Cultural Alberico Rodrigues. Praça Benedito Calixto, 159 – Pinheiros. Estacionamento na praça.  Inf.: 3064.3920 e 3064.9737. R$ 10.
> Mais palestras de RK

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Ricardo Kelmer – blogdokelmer.wordpress.com

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Treiler da palestra

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Clipe: Viniciarte 2009

09/12/2009

Ricardo Kelmer 2009

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Tá no ar o vídeo-clipe do Viniciarte. As fotos foram feitas em apresentações no Esp Cult Alberico Rodrigues e as cenas numa apresentação no Acre Clube (out2009). Pra ver em tela maior e melhor definição, acesse o YouTube.

Próximas apresentações em São Paulo:
> 19dez
, sab, 20h – R$ 15
> 31jan, dom, 19h – R$ 20 (meia: R$ 10)
Esp Cult Alberico Rodrigues (Pça Benedito Calixto, 159 – Pinheiros)
RESERVAS: 11-3064.3920
Ver Agenda

VINICIARTE – Vida, música e poesia de Vinicius de Moraes

Três amigos ensaiam o espetáculo sobre Vinicius de Moraes que apresentarão em 2013, no ano de seu centenário, mostrando poemas, músicas e fatos curiosos sobre a vida do poeta. No clima descontraído do ensaio, entre erros e acertos, eles descobrem as variadas facetas de Vinicius e sua real dimensão na cultura brasileira. Com Ricardo Kelmer, Vanessa Moreno e Moacir Bedê.

TEXTOS E DIREÇÃO: Ricardo Kelmer
COM o escritor Ricardo Kelmer e os músicos Vanessa Moreno e Moacir Bedê
VENDAS: Celia Terpins, 11-9129.1530 (celiaterpins@gmail.com). Para empresas, escolas, clubes, hotéis, congressos e espaços culturais.
IMAGENS: Bia Rocha (cartaz), Ricardo Ravache (filmagem), Gilberto Vieira, Thais Polimeni, Marcio José March e Maíra Soares (fotos)
EDIÇÃO: Ricardo Kelmer
APOIO: Letra de Bar e Esp Cult Alberico Rodrigues

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> Agenda de apresentações do Viniciarte

> Vídeo-clipe do Viniciarte (2009)

> Câmara aprova promoção de Vinicius de Moraes, morto em 1980, a ministro de primeira classe (O Globo, 10.02.10)

VINICIUS DE MORAES – SITE OFICIAL: viniciusdemoraes.com.br

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01- Traga o espetáculo para o sul!! Estevan Bombonatto, Passo Fundo-RS – nov2009

02- Viniciarte é show!!! Marcio José March, São Paulo-SP – dez2009

03- Algo inédito, íntimo, faz a gente se sentir parte do show. Pelo texto, interpretação do Ricardo, voz afinadíssima da Vanessa e o talento incrível do Bedê, nota 1000. Merece ir adiante em maiores plateias. Já recomendei e recomendo a meus amigos, porque vale muito assistir Viniciarte. Marcix, Grupo Uva Passa, São Paulo-SP – mar2010

04- Parabens pelo seu blog..è maravilhoso , adorei nunca tinha visto um blog tao lindo.Parabens pelo conteudo, pelo nosso V.morais. Rossana Koepf, Fortaleza-CE – mar2010

05- É um presente assistirmos ao Viniciarte,pois existe uma química muito forte entre os artistas,a platéia e à tudo o que representa Vinícius de Moraes. Bia Rocha, São Paulo-SP – mar2010

06- Bem que vc poderia trazer esse evento: VINICIARTE – Vida, música e poesia de Vinicius de Moraes pra Fortaleza! rsrsrs aguardo ansiosa! abraços!!!!! Bruna Barreto, Fortaleza-CE – mar2010

07- Sinto-me orgulhoso por ter na programação do Espaço Cultural Alberico Rodrigues o espetáculo VINICIARTE, um dos mais bonitos eventos que já se apresentaram na casa. A atuação dos artistas Ricardo Kelmer, Vanessa Moreno e Moacir Bedê encantam a todos. Alberico Rodrigues, São Paulo-SP – abr2010


Doe pro Kelmer, doe

07/12/2009

Ricardo Kelmer 2009

Se as igrejas, os políticos e até a Rede Globo pedem doações, por que não eu? Poisbem. Este blog aceita doações, viu, qualquer valor. Doando, você estará contribuindo:

a) Pra diminuição do efeito estufa. NÃO
b) Pra paz entre judeus e palestinos. NÃO
c) Pro Fortaleza deixar logo a terceira divisão. NÃO
d) Pra que um escritor viajandão-filosófico-pornográfico possa continuar se dedicando a escrever e, sendo generosa a doação, pra que ele possa finalmente trocar o Domecq pelo Jack Daniel´s, o que significa que você estará realmente contribuindo pra um mundo melhor, pelo menos na embriaguez. SIIIMMM!!!

Se você quiser manter o anonimato da doação, tudo bem. Mas caso deseje comunicá-la, você passará a ser um Leitor SuperMegaMasterVip e enviarei um livro de presente. Ientão, topas uma doação?

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Clipe: De volta pra casa

06/12/2009

Ricardo Kelmer 2000

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DE VOLTA PRA CASA
Ricardo Kelmer e Joaquim Ernesto
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Você me pergunta
Qual o melhor jeito de viajar
Aprenda com o rio
Que desce suave
Porque sabe do mar

Tudo que você precisa
É a coragem de partir
E não pergunte que direção seguir
Você está na estrada
Você já está

Reconheça as velhas paisagens da infância
Sinta o cheiro familiar dessa tarde
Pra quem parte não há nada a temer
Não há nada
Viver é uma longa viagem
Que louca viagem
A mais bela viagem
A eterna viagem
De volta pra casa

Algumas letras são meio esquizofrênicas, têm mais de uma personalidade musical.

Em 2000 fiz esta letra pra um blues e entreguei pro meu amigo e parceiro Toinho Martan, que a musicou quatro anos depois, mas sem gravar. Gostei razoavelmente. Acontece que Joaquim Ernesto, outro amigo e parceiro, gostou de várias letras que eu deixara com ele em 2004, antes de eu me mudar de Fortaleza pro Rio de Janeiro, e um belo dia, em 2005, ele me manda três músicas gravadas, todas musicadas a partir das tais letras. E uma delas era De volta pra casa. E ele compusera não um blues, pois não sabia de minha ideia original, mas um samba. No princípio, estranhei, mas depois gostei. Gostei da melodia, do arranjo e da interpretação do Ciribáh. Ficou um sambinha macio, muito singelo, que me passa uma sensação boa de paz e confiança na vida.

Mostrei pro Martan e ele também gostou, ainda bem. Aliás, gostou mais que a versão blues dele. E o clipe eu fiz em 2008, pra divulgar meu livro Vocês Terráqueas.

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Senha Arq Secretos 2008-2009

01/12/2009

Ricardo Kelmer 2009

BDKSenha-02aEste blog tem uma seção chamada Arquivos Secretos, com textos mais apimentados protegidos por senha. Essas senhas são enviadas aos meus Leitores Vips, que são aqueles que se cadastraram no blog e mensalmente recebem as novidades, promoções e convites pra eventos.

Os textos dos Arquivos Secretos postados em 2008 têm uma senha, os de 2009 têm outra e assim vai. O Leitor Vip recebe as senhas do ano em questão e também as senhas dos outros anos.

Gostaria de ser Leitor Vip e ter acesso aos Arquivos Secretos? Basta enviar e-mail com o assunto “Leitor Vip” pra rkelmer(arroba)gmail.com, contando como conheceu o Blog do Kelmer. Não esqueça de dizer seu nome e cidade.

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Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com

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01- Nossa, obrigada Ricardo!!!! Nossa, sempre tive MUITA vontade de acompanhar as séries até o final e agora vou poder fazer isso! Valeu, vc é show! Bjão. Fernanda Xavier, Rio de Janeiro-RJ – dez2009

02- Brigada pelo presentão de Natal, Kelmer! Libere, libere que a gte gosta! Cheiro! =* Rosa Emília, Fortaleza-CE – dez2009

03- brigadaaaaaaaaaaa Ricardooooooooooooooo. Celia Terpins, São Paulo-SP – dez2009

04- Obrigada,meu querido!!!!!!! Mônica Burkleward, Recife-PE – dez2009

05- Kelmer, De fato, grande presente! Obrigada pela senha, mas mais ainda pelos escritos! Tudo de bom! Abraços. Eliana Cruz, Fortaleza-CE – dez2009

06- amo muito tudo isso!!! bjs. Adriana Paiva, Fortaleza-CE – dez2009

07- Bacana demais seu presente. Adorei. Bjs e tudo de bom no natal e no ano que vem. Márcia P Alves, Belo Horizonte-MG – dez2009

08- Obrigada pelo presente!! Adorei, viu! Feliz Natal! Feliz 2010! Bjs da sua leitora. Karine Rangel, Rio de Janeiro-RJ – dez2009

09-Gostei da Tara ops, da Lara! Estou num corre corre daqueles, mas quero te dizer que na minha adolescencia que não foi nem um pouco transviada, conheci uma Lara, ela me fez pensar muito no que podemos descobrir!!! rs beijos e sucesso! Wilza Manzur, Rio de Janeiro-RJ – dez2009

10- Oba! Que legal!!! Obrigada. Conceição Araújo, Fortaleza-CE – dez2009

11- Grande HONRA… Você merece muito sucesso, não só em 2010. FELICIDADES. Ivana Carla, Fortaleza-CE – dez2009

Brigada pelo presentão de Natal, Kelmer!
Libere, libere que a gte gosta!
Cheiro! =*

Protegido: As taras de Lara – Começando por trás

28/11/2009

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Protegido: As taras de Lara – Começando por trás (VIP)

28/11/2009

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O crime

26/11/2009

26nov2009

Trago em mim a chama e o perigo. Um calor na coxa. Quer tomar alguma coisa?

O Crime 05c

O CRIME

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Você logo vai perceber que eu não sou uma pessoa fácil. Vou me virando aí pelas avenidas, mudando de pensão e ideologias conforme a luz. Gosto dos venenos lentos e das bebidas mais fortes. Converso com sapos. Ouço boleros na madrugada e caminho nu pelo quarto. E nem sempre é santa a minha ira.

Mas é que explode em mim uma liberdade que te fascina: vodcas, olheiras, buscar nos bares todos os olhares… Trago em mim a chama e o perigo. Um calor na coxa. Quer tomar alguma coisa?

Creio no fascínio, nas doentias obstinações, as paixões mais absurdas. Sou desses que carregam sempre o lado oculto de um forte desejo. Cúmplice, louco e delirante, ah, você não me conhece. O limite, o crime, o desatino! Nada que me tente tanto.

Homem de opinião e nenhum caráter. Eu uso máscaras, garota, você não vai me entender a alma. Um ator na vida, meio canalha como todos são – à luz do dia acho tudo indecente. Palavras sem pudor, essa roupa rasgada que é preciso esconder… Olha, entre meu signo e o seu há uma possibilidade de veneno. Eu sei.

Quero tudo que é estilete, faca, lâmina, metal. Quero te dar um beijo na boca ou pelo menos dormir com você. Mas percebo sua resolução de não ceder, você é uma mulher séria. Olhe que se preciso fosse, eu te mataria a sangue-frio e com cuidado… Nem tanto pelo amor, mas pelo insólito. Ai, ai, eu sempre terminarei meus filmes como o bandido. Mas é isso mesmo o que sou, uma mistura dos cheiros da festa. E foda-se se você me detesta.

Confesso que mal te conheço, mas sei muito bem das tentações dos sortilégios. Você tentará se domar, disciplinar, pensará ser mais forte que os ciclos e a força dos mistérios. Tsc, tsc… Não, garota, não se doma o mar. Então nisso é que consistirá o meu crime: você não saberá o que fazer e acabará abrindo a blusa.

Como faria qualquer mulher confusa em seu lugar.

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Ricardo Kelmer 1992 – blogdokelmer.com

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Texto compilado e adaptado de poemas do livro O Perigo do Dragão (Ed. Record, 1984), de Bruna Lombardi.

> Esta crônica integra o livro A Arte Zen de Tanger Caranguejos, de 2003

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Dueto de poemas com Sandra Regina, no Eita Sarau, 2012

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Bruna Lombardi na Wikipedia

Página oficial de Bruna Lombardi no Facebook

Livros de Bruna Lombardi:

O Signo da Cidade, roteiro do filme (Imprensa Oficial de SP, 2008)
Meu Ódio Será Tua Herança, romance (Guanabara Koogan, 2004)
Filmes Proibidos, romance (Companhia das Letras, 1990)
Apenas Bons Amigos, infantil (Globo, 1987)
Diário do Grande Sertão, registro poético das filmagens (Record, 1986)
O Perigo do Dragão, poemas (Record, 1984)
Gaia, poemas (Codecri, 1980)
No Ritmo Dessa Festa, poemas (Editora Tres, 1976)

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LEIA NESTE BLOG

O íncubo – Íncubos eram demônios que invadiam o sono das mulheres para copular com elas – uma difundida crença medieval. Mas… e se ainda existirem?

Mulheres que adoram – Dar prazer a uma mulher. O que pode haver de mais recompensador na vida?

Insights e calcinhas – Uma calcinha rasgada pode mudar a vida de uma mulher? Ruth descobriu que sim

Kelmer Para Mulheres – Nesta seção do blog, homem fica de fora

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01- Nem tanto pelo amor mas pelo insólito… Legaaal… Juliana Galdino, São Paulo-SP – dez2005

02- bom texto do ricardo. ele tá se transformando num belo de um “boca maldita”! Paulo Nunes, São Paulo-SP – ago2013

03- Aplausos! Aluisio Martins, Fortaleza-CE – set2023

04- Maravilhoso!!!! Soraya Freire, Fortaleza-CE – set2023 

05- Aplausos! Marcus Dias, Fortaleza-CE – set2023

OCrime-05a


Viver como Vinicius viveu

14/11/2009

Ricardo Kelmer 2009

Viver outra vez aquele frio na barriga que antecede cada subida ao palco, recitar seus poemas por aí e mostrar a grandeza do Vinicius homem e artista – putz, tem sido tão gratificante fazer isso!
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Vinicius voltou pra mim, ô maravilha. Na verdade, o poetinha nunca se foi eu é que, em face de outros encantos, esqueci o quanto dele se encanta meu pensamento. Curioso como a gente consegue se afastar dos nossos valores mais essenciais. Um dia, plim!, a ficha cai e a gente se assusta por ter vivido tanto tempo sem viver as nossas mais belas verdades, aquelas que fazem a gente se sentir vivo em cada vão momento.

Invoco agora as lembranças pra tentar entender. Lá vai eu, menino bobo de dez anos, dar de presente pra professora uns versinhos que meu pai me ajudava a fazer. Depois o adolescente a descobrir a força das erupções: da poesia e das espinhas no rosto. E nos poemas, sempre ela, a Mulher, primeiro nas rimas ingênuas das paixonites não correspondidas e, depois, nos versos livres dos amores juvenis pelas mesas dos botecos. E, pairando sobre aqueles dias, Vinicius a espalhar seu canto.

Nas rodas de violão da década de 80, eu sempre pedia Vinicius, pra rir meu riso e derramar meu pranto. Nas viagens de ônibus pelo país, seus livros pra passar o tempo. Na inauguração do bar do amigo, olha eu, solene e copo na mão, recitando Receita de mulher. No festival de vídeo, olha lá eu de novo, no palco a agradecer o prêmio e o vídeo era uma homenagem ao velho Vina. E nos ouvidos rendidos da mulher amada, é minha boca que pousa suave a lhe sussurrar os versos do poetinha. Poesia, música e amores, e o fascínio quase religioso pelo Feminino era só isso que importava. Viver não era preciso. Necessário apenas viver como poeta, seja com pesar ou contentamento. Como Vinicius viveu.

Invadindo meus dias sem pedir licença, eis porém que chegam outros tempos, vestidos de anos 90, e com eles outros bares, outras viagens, outros livros e músicas, outras mulheres, uma outra vida. E um casamento difícil, com a carreira de escritor, em nome da qual eu ganharia e também abdicaria da própria vida. Meus discos do Vinicius, nem gosto de lembrar, se perderam nas tantas mudanças e seus livros eu precisei vender no sebo pra pagar o aluguel, essa mensal angústia de quem vive. Na memória, os poemas deram lugar a fórmulas de sobrevivência como escritor. E o viver como ele viveu, ah, isso foi ficando cada vez mais espremido num cantinho da vida.

Ela quer um poema agora, Vina, exclusivo pra ela. Como você fazia nessas horas? (1993)

Casadão com a carreira, mudo pro Rio de Janeiro em 1995 e no ano seguinte pra São Paulo. Porém, sem conseguir me manter como escritor, volto pra Fortaleza. Sete anos depois tento novamente o Rio, viro roteirista de TV, e em 2006 aporto mais uma vez na Pauliceia, viro palestrante e professor de roteiro, tudo pra sustentar esse casamento. Uma noite vem a ideia de montar uma palestra nova e é então que a ficha cai: uma palestra sobre Vinicius. Plim! Como não pensei nisso antes? A ideia rapidamente evolui: montar não uma palestra, mas um espetáculo sobre o poetinha. Viniciarte. Pliiimmm!!!

Imediatamente tratei de reler suas obras e reuni novamente suas músicas, faminto desse amor que um dia eu tive. Mergulhei em biografias, vi filmes e conversei com pessoas que o conheceram pessoalmente. Em busca de algo que bem representasse o espírito de sua vida e obra, criei um roteiro que simula o ensaio do espetáculo que um grupo de amigos fará sobre ele: amigos reunidos, uísque na mesa, clima descontraído, os erros e acertos de um ensaio e, entre poemas e canções, eles descobrindo as diversas facetas de Vinicius e o encanto do mundo por sua arte. É uma montagem simples, que espero que reflita a alma leve e despojada de Vinicius, assim como também a singeleza, a emoção e a devoção à Vida que tão bem marcaram sua obra e seu viver.

De Pitú pra Chivas. Pelo menos nisso, poetinha, eu evoluí. (2009)

Uau… Eu consegui ressuscitar a velha chama que vinte anos atrás aquecia de imortalidade os meus dias, minha vida andava precisada disso. Viver outra vez aquele frio na barriga que antecede cada subida ao palco, recitar seus poemas por aí e mostrar a grandeza do Vinicius homem e artista putz, tem sido tão gratificante fazer isso! Espero que eu realmente seja digno dessa tarefa a que me incubi e que, pensando bem, é antes de tudo um resgate de mim mesmo. Que ironia isso… Enquanto despendia toda minha energia pra manter meu casamento com a escrita, esqueci de viver como poeta. Bem, meu casamento continua firme mas agora sou um escritor que sabe de algo valioso: maior que a sina da escrita, é ela, a poesia da vida, que faz tudo ser infinito enquanto dura.

Saravá, Vininha, saravá.

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Ricardo Kelmer – blogdokelmer.wordpress.com

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LEIA MAIS

> Vinicius, embaixador da arte e do amorA promoção póstuma do nosso mais querido diplomata faz a sociedade brasileira se livrar de um peso moral que carregava havia quatro décadas

> Viver como Vinicius viveu – Viver outra vez aquele frio na barriga que antecede cada subida ao palco, recitar seus poemas por aí e mostrar a grandeza do Vinicius homem e artista – putz, tem sido tão gratificante fazer isso!

> Câmara aprova promoção de Vinicius de Moraes, morto em 1980, a ministro de primeira classe (O Globo, 10.02.10)

> VINICIUS DE MORAES – SITE OFICIAL: viniciusdemoraes.com.br

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VINICIARTE

> Seção Viniciarte, agenda de apresentações

> Trechos do espetáculo

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Comentarios01 COMENTÁRIOS
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01- Onde já se viu, criatura, casar com a carreira e abandonar a tua belíssima FÊMEA DE DENTRO? Tá dooooido? Lembra do que tu escreveu sobre fascínio religioso pelo feminino? Pois é… Andastes des-ligado DELA? Entonces, se re-ligue. De fascínio ao religamento, já imaginou RK? FODAS RELIGADORAS BÁRBARAS! GOZOS TRANSBORDANTES! Patrícia Lobo, Salvador-BA – nov2009

02- Oi Ricardo, Tudo bem? Adoro ler o que escreve, pena não poder entrar no seu blog aqui do computador do meu trabalho. Torço por vc e que a inspiração seja sua eterna companheira. Parabéns!! Abraços. P.S.: Lembrando: Sou aquela moça do bolo de choclate que vc não comeu…rsrsrsrs. Fátima, Brasília-DF – nov2009

03cara, vc realmente escreve muuuuito bem! aproveitar frases dele, encaixar tão bem nas suas… PARABÉNS!!!! me emocionou, assim como os poemas do poeta… bjão. Celia Terpins, São Paulo-SP – nov2009

04- Vinícius bom é Vinícius poeta… o “poetinha” é machista e duro do ouvido! Emblemática é a correspondência entre Chico e ele (Chico, o ouvido perfeito….). Em Valsinha, Vinícius sugere q mude “vestido decotado” para “vestido dourado”. Chico responde q com “dourado” a tônica fica na sílaba errada… É verdade: qtas pessoas vc conhece q compõem letras e não se ligam nisso? Ficaria “douradú”… em vez de “dourádo”, ou, como ficou, “decotádo”. bjs. Betty, São Paulo-SP – nov2009

05- Olá Ricardo, gostei muito da sua crônica. O mais engraçado foi a leitura desse texto justamente hoje, quando deixei de fazer umas coisas super-chatas e decidi vir para casa fazer algo mais bacana… Um abraço. Glauber Moura, Brasília-DF – nov2009

06So good Kelmer. Juliana Guedes, Fortaleza-CE – nov2009

07- RK, é por estas e outras que vc será meu eterno Guru!!! Marcos André Borges, Fortaleza-CE – nov2009

08- Legal conhecer gente do bem, do bom, da boa…embriagado da mais pura poesia e boemia. 2013 promete! Q suba o país, viniciando com K. Muito bom ouvi-lo! Repassei aos amigos q não desistem de navegar pela vida, apesar de tantos desencontros. Parabéns! Marcia Matos Barbosa, Fortaleza-CE – nov2009

09- Bom ver você assim, entusiasmado. Quem já passou por essa vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos que você…. Danielle Fernandes, Fortaleza-CE – nov2009

10- Que texto lindo!!! Adorei!!! Gosto muito do seu jeito de escrever….jeito que encanta, que dá vontade de quero mais……. rs Abração aí!!! Biah Carfig, São Paulo-SP – nov2009

11- Kelmer com K, este teu momento de retorno às fontes é muito bonito! A vida é espiral. Beijo, e boas inspirações! Fabiane Ponte, Curitiba-PR – nov2009

12- ameiiiiiiiiiiiii,muitooooooooooo lindo!!!Sampa está te fazendo muitoooooooooo bem meu amigo queridoooooooooooo!!!estou te achando mais forte,maduro,sensível,escrevendo melhor ainda,enfim tudo de bommmmmmmmm. Beijossssssssssss mil. obs:bjssssssss no Bedê. Cristina Cabral, Fortaleza-CE  – nov2009

13-Saravá, Ricardo! Saravá Vininha! Continue, continue… Ana Gilli, São Paulo-SP – nov2009

Bom ver você assim, entusiasmado. Quem já passou por essa vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos que você….

Eu só queria que você soubesse

10/11/2009

10nov2009

EuSoQueriaQueVoceSoubesse-06

EU SÓ QUERIA QUE VOCÊ SOUBESSE

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Eu só queria que você soubesse
Que as minhas noites são tão vazias
E o meu coração é tão velho sem você…
Eu sirvo mais uma dose enfim
Eu olho a cidade
Da janela só a cidade sabe de mim

Eu ouço música na madrugada
Eu tinha tanta música pra fazer
Sirvo uma dose, me visto pra sair
Eu tinha tanto pra dizer
Onde está a seção de acompanhantes?
Quanto vale um corpo sem você?

Eu só queria que você soubesse
Que eu durmo muito tarde
E até a cidade tem sensibilidade
E que comprei aquele vinho da promoção
Eu só queria que você soubesse
Que você não tem coração
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Ricardo Kelmer 1995 – blogdokelmer.com

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> Ouça esta música (de Ricardo Kelmer e Humberto Pinho)

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EuSoQueriaQueVoceSoubesse-06c

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RAIO X DA PARCERIA

Você me permite umas considerações sobre esta música?

Fiz a letra desse blues numa das madrugadas solitárias de minha primeira fase carioca (1995-1996). Mostrei pro Humberto, que gostou e musicou. Em 2004, antes de eu embarcar pra ir morar novamente no Rio de Janeiro, ele gravou em seu estúdio, apenas voz e violão. É o único registro que temos pois a música não foi gravada por mais ninguém.

Quando escrevi, tive o cuidado de deixar o gênero incerto, ou seja, quem fala pode ser uma mulher ou um homem, apesar do protagonista buscar uma seção de acompanhantes e isso ser uma prática mais masculina. Numa letra, a incerteza proposital do gênero permite que tanto homens como mulheres se identifiquem e possam cantar sem ter que alterar o texto.

Por falar em alterar, houve alterações na letra. Em parcerias, isso é comum, e usarei este caso pra mostrar como elas podem enriquecer o trabalho. Na letra original, o verso é “Que as minhas noites são tão vazias” mas Humberto gravou “Que as minhas noites são tão sozinhas”. Gostei, mas prefiro o original por causa da aliteração (repetição das mesmas letras ou sílabas) provocada pela letra V (vazias, velho, você).

EuSoQueriaQueVoceSoubesse-06Outra mudança foi no verso “Quanto vale um corpo sem você?”, que na gravação ficou “Quanto vale um corpo sem o seu?” Outra vez prefiro o original mas é interessante perceber como as duas formas possuem curiosas sutilezas de significados. Vejamos:

“Quanto vale um corpo sem você?” – O protagonista ou a protagonista, no auge da solidão, busca a seção de acompanhantes e se pergunta quanto poderia valer um corpo que não fosse o da pessoa amada, “um corpo sem você”.

“Quanto vale um corpo sem o seu?” – Aqui a pergunta muda o foco. Quanto valeria o corpo do próprio protagonista privado do corpo da pessoa amada?

Mas houve uma mudança que aprovei. No original, era assim:

Eu olho a cidade da janela
Só a cidade sabe de mim

O protagonista está na janela olhando a cidade e somente a cidade sabe de sua dor. Na gravação, porém, o ritmo obrigou Humberto a fazer uma leve pausa entre “cidade” e “janela” e essa mudança, mesmo sendo bem sutil, levou o “da janela” mais pra perto do verso seguinte e isso causou, pelo menos pra mim, um efeito visual e de sentido bem mais interessante.

Eu olho a cidade
Da janela só a cidade sabe de mim

O protagonista continua olhando a cidade, isso não mudou. Mas agora o verso “Da janela só a cidade sabe de mim” parece emoldurar a cidade na janela e isso traz o protagonista de volta ao ambiente interno do apartamento. Ou seja, agora a cidade está na janela e observa o protagonista em sua dor e solidão.

A seguir, o clipe. É um dos que usei pra divulgação de meu livro Vocês Terráqueas. Escolhi e trabalhei as imagens pondo como protagonista uma mulher, e pra fazer a edição usei o Windows Movie Maker, tudo bem dentro das minhas limitações, vá desculpando.

> Baixe a música (mp3)

> Mais músicas kelméricas

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Clipe da música

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01-  Adorei ”Eu só queria que você soubesse”. E meus ouvidos até sorriram. Herlene Santos, Fortaleza-CE – abr2013

02- Excelente! Dalu Menezes, Fortaleza-CE – abr2013

03- Muito boa,Ricardo Kelmer Do Fim Dos Tempos!!! Silvana Alves, Fortaleza-CE – abr2013

 


Filme: Desconstruindo Harry

04/11/2009

Ricardo Kelmer 2009

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Desconstruindo Harry

FICHA TÉCNICA

Deconstructing Harry
EUA, 1997 – 95 min
Elenco: Woody Allen, Kirstie Alley, Tobey Maguire, Demi Moore, Robin Williams, Billy Crystal e outros
Roteiro e direção: Woody Allen
Indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original

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RK COMENTA

Niilismos e orgasmos

Harry Block é um conhecido escritor que usa e abusa de referências autobiográficas em seus livros, o que acaba por incomodar seus amigos, familiares e amantes, que se descobrem nas histórias publicadas e não gostam nada de como foram retratados. Em meio a uma crise criativa, abandonado pela amante e preparando-se para ser homenageado pela própria escola que no passado o expulsou, Harry passa a se relacionar com seus próprios personagens, que lhe mostrarão novas formas de compreender sua vida confusa.

Eis mais um daqueles deliciosos personagens cheios de neuras de Woody Allen. Harry gasta todo seu dinheiro com análise, advogados e putas e ele é o primeiro a prevenir suas amantes para que não se apaixonem por ele. Acusado por sua ex-mulher de levar a vida baseado tão-somente em niilismo, cinismo, sarcasmo e orgasmo, ele consegue irritá-la ainda mais dizendo que com um slogan desses, seria eleito presidente da França.

Desconstruindo Harry é um filme muito divertido, principalmente para escritores que se relacionam intensamente com sua própria obra e com seus personagens. Se você costuma escrever inspirado diretamente em seus relacionamentos e nem sempre consegue distinguir o que inventou em seus textos daquilo que copiou da vida, então conheça Harry Block. E dê boas risadas dele e de você também.

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Baixe o filme
> Factoryfilmes.net (áudio em português)

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Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com

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Cine Kelmer apresenta – Dicas de filmes

Olha pegadinha – Quem nunca foi enganado? Esse ainda não nasceu

Paz e amor express – Durante cinco dias o Festival Express cruzou a leste-oeste do verão canadense levando em seus vagões os ideais da união pela música, a esperança ainda viva de um mundo de paz e amor

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Ser mulher não é pra qualquer um

31/10/2009

31out2009

É dada a saída, lá se vai o trenzinho. Num vagão, as Belas, abalando nos modelitos, no outro, as Madrinhas, abalando com o isopor e o estojinho de primeiro-socorro

BelasDaTarde-02b

SER MULHER NÃO É PRA QUALQUER UM

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Era no último dia do ano. Uns caras desciam pra avenida Beira-Mar com roupas de mulher, pra beber e jogar bola. Ideia genial, de uma só vez homenagear o melhor da vida: mulher, futebol e cerveja. Não necessariamente nessa ordem, é claro.

Avisei os amigos e em 1988 participamos da festa das bonecas da Volta da Jurema, tudo empolgado querendo ser mulher por um dia. Euzinha botei uma sainha, blusinha de alça com enchimento, meia tarrafa, uma maquiagem assim bem básica e calcei… o conga. Bicha pobre, tadinha. Nem peruca tinha. Mas descolei uma bolsa escândalo pra levar a garrafa de Ypióca. Mulher moderna é assim, pinguça e pragmática.

Meu batismo feminino foi de sangue: subi no carro, ele arrancou e saí bolando pelo asfalto, que nem tatu-bola, eu e a cachaça. Levantei zonza, procurando meu brinco, a saia toda torta, um peito no chão, a própria mulamba. Na mão, o gargalo da garrafa, tudo que restou da companheira. E no braço, hummm, um corte horrível, que me custaria doze pontos externos e oito internos. Hoje mostro a cicatriz com orgulho: Tá vendo, eu estive lá.

Aí o grupo cresceu e uma multidão ia assistir ao desfile das bonecas, uma centena de ensandecidas aprontando na Beira-Mar, desfilando em carroça de jumento, invadindo ônibus, agarrando os bofes, gritinhos, xiliques e coreografias. Um verdadeiro carnaval fora de época.

Anos depois, a festa tinha trio elétrico, axé music, muita bicha legítima e político querendo aparecer, ô racinha… Criamos então, em 93, um bloco dissidente: As Belas da Tarde. E elegemos como paraninfa Catherine Deneuve, claro. Ela foi convidada, mas seus compromissos não permitiram, tudo bem. Passamos a desfilar no pré-carnaval e a cada ano escolhíamos a Bela Rainha, que botava a faixa e abria o desfile, glória máxima na vida de uma Bela. Nosso ritual era sagrado: concentração ao meio-dia, modelitos-arraso, batons, brilhos e, por favor, qualquer coisa pra beber, o que é isso, licor de ovos, serve. As amigas e namoradas ajudavam na produção, lutando pelo título de Bela Madrinha. Diferente desses blocos onde os caras botam um limão no sutian e se acham mulher, a gente fazia questão de ficar bonita. Pra entrar no bloco tinha que ser convidada, isso mesmo, era coisa séria. Afinal ser mulher não é pra qualquer um.

É dada a saída, lá se vai o trenzinho. Num vagão, as Belas, abalando nos modelitos, no outro, as madrinhas, abalando com o isopor e o estojinho de primeiro-socorro. Quarenta belas, uma parte já totalmente alucinada e a outra já clinicamente morta. O trenzinho percorre faceiro as avenidas ao som de Frenéticas, Xuxa e Ney Matogrosso, e quem está na rua corre pra não ser violentado pelo bando de taradas. As tevês cobrem a pouca-vergonha: “Estamos aqui na avenida Abolição e o trânsito está um caos, os policiais são impotentes diante do furor uterino das belas enlouquecidas!” A passagem pela Beira-Mar é apoteótica, e as Belas invadem os hotéis gritando “Ar-ren-ti-nos! Ar-ren-ti-nos!” Os gerentes ficam em estado de choque. Os seguranças tentam barrar a turba, mas, você sabe, é impossível deter um magote de bonecas bárbaras, tudo doida pra sentar no colo do gringo, tomar o uísque dele e detonar a lagosta.

BelasDaTarde-1993-03bUma vez, pegaram um banhista e levaram a sunga dele, deixaram o coitado pelado no meio do calçadão. Ninfômanas! Outra vez, o bloco invadiu o Náutico, interrompeu o jogo de tênis e levou as bolas. Vândalas! A outra desmiolada, debutando no bloco com seus primaveris 16 anos, bicha linda mas inexperiente na vidaloca, saltou de bico na piscina sem perceber que tinha apenas meio metro de fundo: foi direto pro hospital com a testa aberta, bem feito, quem manda dar desgosto à família! E a outra que caiu do trenzinho? Foi salva da morte pelo pai que levou a filha transviada pra farmácia, e enquanto ele comprava soro fisiológico, não é que a condenada se apaixona por um creme de queratina e cai por cima da prateleira, derrubando tudo? Ô mulherzinha, deixa de ser desgovernada! E você não vai crer, mas teve um ano que uma Bela absolutamente sem juízo pegou no pingolim do soldado, acredita? Pois foi. Enquanto o soldado corria atrás dela, a Bela gritava: Mal-agradecido, não te chupo mais! Que coisa. Botavam o quê na bebida dessas moças?

No fim do percurso, a gente contabilizava as sobreviventes. E os namoros que restavam. Algumas Belas iam tomar glicose, outras esticavam a noite, insaciáveis. Mas a maioria não sabia mais nem em que ano estava. Uma vez, no dia seguinte, encontraram uma Bela semimorta no jardim de uma casa, ô vontade de ser uma orquídea… Outras conseguiam a incrível façanha de arrumar namorada, isso mesmo, namorada, vestido de quenga, a peruca parecendo um guaxinim molhado, o rímel escorrendo, aquele lastimável estado de embriaguez. É, tem gosto pra tudo. Pensando bem, nossas amigas mulheres eram mesmo sabidas: se aproveitavam da confusão pra fisgar aquele gatinho que nunca dava bola pra elas.

Em 96, o bloco desfilava pela Praia de Iracema, seguindo a bandinha de metais. Ao passar pela igrejinha, na hora da missa, as Belas, mui beatas e respeitosas, suspenderam a música, caminhando em silêncio. Uma até baixou o vestido, escondendo a peruca chanel que levava na parte da frente da calcinha. Porém… uma Bela isprito-de-porco não resistiu e soltou o refrão: “Na casa do Senhor não existe Satanás!” Pronto, as outras acompanharam, “Xô, Satanás, xô, Satanás”, a bandinha se animou, a festa voltou e os fiéis, apavorados, saíram correndo da igreja pensando que o próprio demo chegava com sua horda de dementes. Um ano depois, o Tribunal do Santo Ofício excomungaria todas as Belas, bem feito. Com exceção de uma que se arrependeu da vida pecaminosa e virou Carmelita.

A essa altura, o bloco já estava em franca decadência, as Belas todas velhas, barrigudas, cheias de pelanca. A época áurea dos corpinhos malhados havia passado e já tinha Bela pai de família levando os filhos pro desfile. Hummm, melhor parar. E assim as Belas da Tarde desceram a cortina, encerrando sua vistosa história de purpurina e alegria. Mas tem muito marmanjo aí que, por via das dúvidas, ainda guarda a meia arrastão no fundo da gaveta – eu, por exemplo. Sei lá, vai que um dia bate assim um revival. Já estamos excomungadas mesmo…
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Ricardo Kelmer 2005  – blogdokelmer.com

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Foto 1: Concentração no bar Suspeito, do lendário Carlinhos Papai, 1993. Valmir Jr (Bela Rainha 1993 com o modelito A Perestroika da Fanta Uva), RK (Angelly Cabrita) e Rian Batista (Inês Fiúza Cover). A repórter é Selma Vidal.

Foto 2: Concentração no bar Suspeito, 1993. Valmir Jr, André Barbacena (A Filha de Glorinha) e RK.

Foto 3: O famigerado trenzinho, 1990. RK, Fred Schlaepffer (de biquinho), Emílio Schlaepffer (a bicha galinha), Marcio Régis (a bicha bêba), Nelsinho Machado (bicha séria), Vicente Vieira (bichinha de óculos) e Fábio Fabão (bicha toda-toda). A bela de chapéu, afff, até hoje não sei quem é esta criatura risonha. Será o Beká?

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FOTOS
(clique para ampliar)

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foto 4

O primeiro ano da putaria organizada, ainda Bonecas da Volta. Concentração, esperando o trenzinho chegar (1989)

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foto 5Concentração. Dr. Galvão à esquerda, um entusiasta incentivador da bicholice alheia (1989)

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foto 6Tá no DNA. Família Vieira bem representada: Paula Dark, Vicentina e Marcela, a bicha debutante – que duas horas depois saltaria de cabeça na piscina infantil do Náutico (que tem meio metro de fundura) e terminaria seu debut no hospital (1989)

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foto 7Fredulina e Emília, as bichas arreganhadas (1989)

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foto 8Abalando a Beira-Mar em chamas. Emília toda linda no trenzinho e Vicentina arreganhando a perereca. E a bicha Ricardina de sainha de bolinha, tão meiga (1989)

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foto 9
Pirâmide Purpurina. As bichas manifestando toda a sua classe e doçura no calçadão da Volta da Jurema (1989)

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1993 – Concentração no bar Suspeito, do lendário Carlinhos Papai

foto 10André Barbacena (A Filha de Glorinha), Valmir Jr (A Perestroika da Fanta Uva) e Carlinhos Papai sentindo algo estranho na retaguarda (1993)

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foto 11RK (Angelly Cabrita) com a maquiagem ainda funcionando (1993)

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foto 12

RK1993Belas1Angelly Cabrita e as pernas que um dia abalaram a Volta da Jurema (1993)

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foto 13Invasão do Imperial Othon Hotel. Da esq. p/ dir.: Marcus Lima, Zá, ?, Pedro Neto, André Barbacena, ?, Rian Batista, RK, ?, Henrique Baima, Leão, Rossé Sabadia, Vicente Vieira e Humberto Pinho. Atrás, os turistas sem acreditar (1993)

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foto 14Invasão do Imperial Othon Hotel. Belas saudando Yemanjá. Um bando de bichas embriagadas dançando num pedacim de muro, como é que ninguém nunca despencou dali de cima? Milagre de São Sebastião Flechado (1993)

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foto 15Invasão do Imperial Othon Hotel. Em primeiro plano, RK (Angelly Cabrita) segura a peruca enquanto comanda a retirada. À esquerda, Humberto Pinho (Sherazeda) levando o uísque que roubou da mesa de um hóspede. Bem atrás da garotinha aterrorizada, Marcus Braga encarna uma madame levando na coleira seu lindo poodle imaginário. E à direita, Luís Sabadia com a cerveja que ganhou de um turista alemão que se apaixonou por ele – esses gringos têm um mau gosto… (1993)

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1994 – Concentração na casa do Humberto

Em 1994, as Belas mais uma vez deram o ar da graça. A concentração foi na casa do Humberto Pinho. Reza a lenda que no outro dia, de manhã, a mãe dele foi no jardim e encontrou dormindo entre as plantas uma bela vestida de chapeuzinho vermelho, semimorta: era o Pedro Rogério, coitado, que bebeu tanto na concentração que sequer conseguiu sair no trenzinho pro desfile.

foto 16Paulo Marcio (A Noiva do Chuck), Nelsinho Machado tendo um chilique, Vicente Vieira (Bonequinha de Luxo) e Sean (Oncinha Irlandesa) adorando o fon-fon em seu peitinho (1994)

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foto 17Valmir Jr todo orgulhoso com sua faixa de Bela Rainha 1993, Vicente Vieira (Madame Vicentina) e Tibico Brasil (Ânus Dourado) (1994)

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foto 18A da esquerda é o Gaúcho, a bicha la playa. A do meio é o Claudio Vignoli, futura bela pizzaiola. E a bela vitaminada da direita é o Fred Schlaepfer. Ao fundo, Romeu Duarte doido pra assumir e Chiquinho Aragão se embriagando pra tomar coragem (1994)

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foto 19João Netto (antes de virar servo do Senhor, claro) encarnando A Viúva do Xinim Carecido, ao lado de Humberto Pinho,  A Louca do Cemitério (1994)

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foto 20Wilsinho Pinto (Afrodite Pokemon) toda meiga no trenzinho (1994)

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foto 21Celsinho Rocha e sua Radical Chota (1994)

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foto 22Sean, a Oncinha Irlandesa, achando o Brasil uma coisa assim muito exótica (1994)

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foto 23Vicente Vieira, Valmir Jr e Paulo Marcio, a Nojenta do Hospício (1994)

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foto 24Nelsinho Machado em seu glorioso momento de concentração. Tem que raspar esse sovaco, viu, mizifia? (1994)

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foto 25Volta da Jurema dominada (1994)

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foto 26A Noiva do Chuck e Madame Vicentina, irmãs unidas pela causa bicholítica (1994)

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Você tem fotos das Belas? Manda que eu publico

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COMENTÁRIOS
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01- Lonner, lembra que eu tenho MUITAS fotos das Belas da Tarde… Se eu abrir o baú, serei uma mulher morta! Carmem Távora, Brasília-DF – jan2011

02- Loucas eram as mulheres que aceitavam namorar esses caras! Fazer o que? Tem gosto pra tudo, kkkkkkkk – Maria do Carmo Antunes, São Paulo-SP – jan2011

03- Kelmer eu li o texto no Vocês, terráqueas e morri de rir e de cuiriosidade de ver vcs pagando essemico! amei! vc fica ‘deliciosA! kkkkk. beijão! Ana Cristina Martins, São Paulo-SP – jan2011

04- A Rosane pediu prá dizer que se ela fosse homem,ela pegaria a loira.rs. Bia Rocha, São Paulo-SP – jan2011

05- Kelmer, adoooro essa sua obseção (ou será obceção, ou obcessão?) pelas mulheres. Vc curte todas, as livres, as loucas, e ate as falsas. bjo, saudade. Renata Regina, São Paulo-SP – jan2011

06- Meu Deus, quando lembro dessas coisas, me pergunto como foi que a gente sobreviveu, kkkk! Putz, Ricardo, está muito boa essa crônica! Claro que ela tem um lado especial para mim, pois vivenciei tudo isso. Mas, procurando me abstrair da minha participação disso tudo, ficou bem escrito e interessante de se ler. Um registro digno de um tempo bom! Vou mostrar para a Synthia, quero ver a cara dela, hahaha! Aquele abraço, meu amigo, e obrigado pela lembrança! Antonio Martins, Maceió-AL – mai2012

07- Texto adorável!!!!E não desgrudo dessa palavra(adorei,vicio já)..kkkKK..Mas não acho nenhuma melhor pra dfinir..adorei as fotoss!!!kkkkkkkkkkkkkk…Bora ser feliz!!! Thais Guida, Rio das Ostras-RJ – nov2013

08- Ricardo Kelmer de peruca loira, arrasO! Uma cabarete e tanto! Tereza Cristina da Silva, Fortaleza-CE – nov2013

09- o chico cesar é cirúrgico….afirma -“já fui mulher, eu sei,” mas , depois , mostrou admiração pelo caeteno “tan5as almas esticadas no curtume”…e mais adiante exigiu_”respeitem, pelo menos os meus cabelos.BRANCOS”. Stefenson Pinheiro, Fortaleza-CE – nov2013

10- Cadê a Dilma Bulhões que não tá aí? #Escândalo. Alberto Perdigão, Fortaleza-CE – nov2013

11- Muito massa esse artigo do Ricardo Kelmer! Quem não lembra das Bonecas da Volta? Acho que aquele de chapéu é o Carlo Romero. Ricardo Campos, Fortaleza-CE – nov2013

12- Olha isso Marina Sabino como eu já andava mal acompanhado. Alberto Perdigão, nov2013 – Fortaleza-CE

13- As Belas da Tarde. Ricardo que legal meu irmao. Show de bola. Celso Rocha, Jericoacoara-CE – nov2013

14- Você ficou muito bem Ricardo Kelmer….Deve ter sido uma época maravilhosa… Raquel Maria, Maranguape-CE – nov2013

15- Euzinha Alberto .Acompanhei por várias anos as belas.Era a repórter oficial da TV Manchete.kkkk. Selma Vidal, Fortaleza-CE – dez2013

16- O que acho o máximo na foto das 3 belas é o biquinho da toda cheia de charme loiríssima! Ivonesete Zete, Fortaleza-CE – dez2013

17- Que pitéuzinho! Luc Lic, São Paulo-SP – dez2013

18- Saudade deste tempo muito assisti este desfile.TDB meu amigo. Cearucha Míriam Costa, Porto Alegre-RS – dez2013

19- podia ter de novo, viu? Juliana Melo, Fortaleza-CE – dez2013

20- Ri muito, bandidaaaa! Heraldo Goez, São Paulo-SP – dez2013

21- Gostei não..adoreiiii!!kkk..seu bom humor,sua mente livre..seus escritos..adoroooo!!!Mas ja´fico sem graça de falar toda hora que “adoreiii”””…kkkkk..bom domingo querido amigo!!!! Thais Guida, Rio das Ostras-RJ – nov2013

22- Essa crônica é show.Sempre bom relê-la! Monica Bürkle, Recife-PE – dez2013

23- Bom demais!! Cris Boscarato, São Pauço-SP – dez2013

24- Amei! Adorei as fotos. Se não fossem as legendas não te reconheceria Ricardo Kelmer. Selma Vidal, Fortaleza-CE – abr2019

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Viniciarte em Pinheiros 30out

22/10/2009

 

Ricardo Kelmer 2009

Viniciarte200910AlbericoCartaz-03a.

E prossegue a temporada do espetáculo Viniciarte que eu, o músico Moacir Bedê e a cantora Vanessa Moreno estamos fazendo no Espaço Cultural Alberico Rodrigues, em Pinheiros. É a nossa segunda apresentação lá. As próximas estão agendadas pra 21nov e 19dez.

O miniteatro do Espaço Alberico Rodrigues possibilita que ambientemos o espetáculo num clima intimista parecido com os famosos pocket shows que Vinicius fazia no Rio na década de 1960, nas boates de Copacabana. O público assiste ao espetáculo em mesas, próximo ao palco, e pode fazer pedidos ao bar.

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Viniciarte – Vida, música e poesia de Vinicius de Moraes

Três amigos ensaiam o espetáculo sobre Vinicius de Moraes que apresentarão em 2013, no ano de seu centenário, mostrando poemas, músicas e fatos curiosos sobre a vida do poeta. No clima descontraído do ensaio, entre erros e acertos, eles descobrem as variadas facetas de Vinicius e sua real dimensão na cultura brasileira.

ViniciarteCartazRK-202a.
Dia:
30out – sexta-feira – 20h

Local:
Esp Cult Alberico Rodrigues – Pça Benedito Calixto, 159 – Pinheiros
– SP-SP
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Textos, direção e poemas:
Ricardo Kelmer
Músicas: Moacir Bedê e Vanessa Moreno
Duração: 1h30

Ingresso:
R$ 15
Reservas: 11-3064.3920 e 3064.9737
Apoio:
Letra de Bar e TV da Praça

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ViniciarteCartazVanessaMoreno-202dViniciarteCartazMoacirBede-202e

COMPONENTES

Ricardo Kelmer: escritor, roteirista, palestrante e produtor cultural.
Vanessa Moreno: cantora e instrumentista, integrante do quarteto feminino Julietas.
Moacir Bedê: instrumentista e compositor, lançou em 2009 seu primeiro CD.

VENDAS
Celia Terpins, 11-9129.1530 – celiaterpins(arroba)gmail.com.br

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> Agenda de apresentações do Viniciarte

> Vídeo-clipe do Viniciarte (2009)

VINICIUS DE MORAES – SITE OFICIAL: viniciusdemoraes.com.br

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Ricardo Kelmer – blogdokelmer.wordpress.com

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Quatro cinco

21/10/2009

Ricardo Kelmer 2009

RK200903-101aEssas mensagens de aniversário
Que me chegam na noite calma
Tão queridas
Estão todas respondidas
Assim eu quero
No correio mais sincero
De minhalma

Quatro cinco
Viver com afinco

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Ricardo Kelmer – blogdokelmer.wordpress.com

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Em busca da mulher selvagem

19/10/2009

19out2009

Era por ela que eu sempre me apaixonava, essa mulher que era quem ela mesma desejava ser, e não a mulher que a família, religião e sociedade impunham que ela fosse

EM BUSCA DA MULHER SELVAGEM
Ou: Homens que correm com elas

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Em minha vida, sempre me atraíram mulheres de iniciativa. Desde menino, elas me fascinaram, as desafiadoras da cultura machista, as que recusavam o modelito cristão de mulher virtuosa. Desde cedo, foi para elas o meu olhar, as que se rebelavam contra regras sociais idiotas, convenções sexuais sem sentido, modelos de relação baseados na posse do outro e tudo que queria a mulher submissa e sob controle. Era por ela que eu sempre me apaixonava, essa mulher que era quem ela mesma desejava ser, e não a mulher que família, religião e sociedade impunham que ela fosse.

Mas me faltava a exata consciência disso. Eu queria uma mulher liberta, sim, mas não sabia que queria.

Então, li Mulheres que Correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estés. E tudo fez sentido. Lá estava o que eu intuía sobre a mulher e a relação entre os gêneros, mas ainda não sabia verbalizar. O livro me veio quando eu já lidava melhor com meus aspectos femininos e, por isso, me identifiquei profundamente com ele e com a histórica questão da domesticação da mulher.

Por meio de mitos e lendas coletados pelo mundo, a autora mostra como sobreviveu, mesmo escondida sob muitas formas simbólicas, o arquétipo do feminino selvagem, o modelo da mulher conectada com os ritmos e valores da Natureza e de sua própria natureza, o modelo da mulher livre. Um belo livro, que tem ajudado muitas mulheres a resgatar o que séculos de repressão lhes usurparam: o direito de serem o que quiserem. Um livro que fala essencialmente do feminino, mas também fala de homens e deveria ser lido por todos.

Esse livro me fez entender o que eu apenas intuía: a mulher da minha vida é e sempre foi a mulher livre. E que foi essa mulher que, mesmo sem saber, eu sempre busquei em minhas relações, ainda que às vezes a temesse. E que foi por ela que a muitas eu deixei, ao perceber, mesmo sem saber explicar, que eu jamais poderia ser totalmente eu ao lado de uma mulher domesticada.

Mas como aceitar e amar essa mulher liberta sem, antes, eu mesmo me libertar do que também me limitava? Para merecê-la, era preciso me livrar de qualquer pretensão de controlá-la, esse resquício maldito de minha herança cultural-religiosa.

A ficha caiu após ler o livro de Clarissa. Ele me ajudou a assimilar o feminino em meu ser e foi exatamente isso que me fez deixar de temê-lo, me fez mais selvagem no sentido psicológico-arquetípico, me fez mais livre. O efeito prático disso tudo é que eu finalmente me abri para relações mais igualitárias e, principalmente, para receber a mulher livre que eu tanto procurava em minhas relações. Primeiro, eu a libertei em mim. Aí ela veio de fato, enfim ela pôde vir. Veio linda, plena e radiante, e eu vi em seus olhos o reflexo dela própria em mim. E desde então continua vindo, e eu e ela somos lobos que cruzam florestas, atraindo-se pela fome louca que temos um do outro.

E eu sei que ela sempre virá. Pois esse amor que trazemos em nós, incompreendido por simplesmente não erguer cercas de posse e jaulas de controle, é o amor que aprendemos a respeitar em nossa própria natureza e que nos alimenta de alegria e liberdade a alma selvagem.

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Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com

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Mais sobre liberdade e o feminino selvagem:

AMulherSelvagem-11aA mulher selvagem – Ela anda enjaulada, é verdade. Mas continua viva na alma das mulheres

A mulher livre e eu – A liberdade dessa mulher reluz no seu jeito de ser o que é – e ela é o que todas as outras dizem ou buscam ser, mas só dizem e buscam, enquanto ela tranquilamente… é

Amor em liberdade – O que você ama no outro? A pessoa em si? Ou o fato dela ser sua propriedade? E como pode saber que ela é só sua?

As fogueiras de Beltane – As fogueiras estão acesas, a filha da Deusa está pronta. O casamento sagrado vai começar

Medo de mulher – A mulher é um imenso mistério, que o homem jamais alcançará

Alma una – Eu faço amor com a Terra / Sou a amante eterna / Do fogo, da água e do ar / Sou irmã de tudo que vive / Ninfa que brinca com a vida / Alma una com tudo que há

Quem tem medo do desejo feminino? (1) – A maternidade, a castidade e a mansidão de Nossa Senhora como bom exemplo, e a força, a independência e a liberdade sexual da puta como exemplo contrário, a ser jamais seguido

LIVROS

vtcapa21x308-01Vocês Terráqueas – Seduções e perdições do feminino
Ricardo Kelmer – contos e crônicas

Ciganas, lolitas, santas, prostitutas, espiãs, sacerdotisas pagãs, entidades do além, mulheres selvagens – em todas as personagens, o reflexo do olhar masculino fascinado, amedrontado, seduzido… Em cada história, o brilho numinoso dos arquétipos femininos que fazem da mulher um ícone eterno de beleza, sensualidade, mistério… e inspiração.

Mulheres que correm com os lobos – Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem (Clarissa Pinkola Estés – Editora Rocco, 1994)

A prostituta sagrada – A face eterna do feminino (Nancy Qualls-Corbert – Editora Paulus, 1990)

As brumas de Avalon (Marion Zimmer Bradley – Editora Imago, 1979)

Mulheres na jornada do herói (Beatriz Del Picchia e Cristina Balieiro – Editora Ágora, 2010) – É ainda mais interessante ver o relato das mulheres pois elas sempre foram, mais que os homens, historicamente reprimidas na busca pela essência mais legítima de suas vidas

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en español

EN BÚSQUEDA DE LA MUJER SALVAJE
Ricardo Kelmer

EmBuscaDaMulherSelvagem-02base1aFue Marilia quien me prestó ese libro en el 2002, cuando yo ya andaba con curiosidad por leerlo. Después Rafaela me lo regaló. Y después conseguí la versión digital. O sea, ese libro quería que yo lo leyera, y fueron las mujeres quienes me lo trajeron. Lo leí y me encantó. En las páginas de Mujeres que Corren con Lobos estaba lo que yo intuía sobre las mujeres y la relación entre los géneros, pero que aún no sabía verbalizar. Leí el libro en una etapa de mi vida en la cual yo lidiaba mejor con mis aspectos femeninos, y por eso me identifiqué profundamente con él y con el tema histórico de la domesticación de la mujer.

Terminé la lectura sintiendo en mi alma una avalancha de ideas y sensaciones, y sintiendo también que llevaría un buen tiempo hasta que todo aquello asentase y yo consiguiera organizar mis pensamientos y reagrupar las verdades que, aunque no eran tan nuevas para mí, ahora eran evidentemente claras. Usando mitos y leyendas recolectados en varias partes del mundo, la autora muestra como sobrevivió, escondido bajo muchas formas simbólicas, el arquetipo del femenino salvaje, el modelo de la mujer conectada con los ritmos y valores de la naturaleza y de su propia naturaleza, el modelo de la mujer libre. Un libro bellísimo que ha ayudado a muchas mujeres a rescatar lo que siglos de represión les usurparon: el derecho de ser lo que quisieran. Un libro que habla esencialmente del femenino, pero también habla de los hombres y debería ser leído por ellos igualmente.

A mí, el libro de Clarissa me hizo especialmente entender que, en mi vida, desde temprano, me fascinó el arquetipo del femenino salvaje. A causa de eso siempre me atraían las mujeres con iniciativa, las desafiadoras de la cultura machista y las que rehusaban el modelito cristiano de mujer virtuosa, las que se rebelaban contra las normas sociales idiotas, convenciones sexuales sin sentido, modelos de relación basados en poseer al otro y todo lo que hacía mantener a la mujer sometida y bajo control. Era por ella que yo siempre me enamoraba, por esa mujer que era quien ella misma deseaba ser y no la mujer que la familia, religión o sociedad imponían que ella fuera.

Ese libro me trajo una de las más importantes revelaciones que he tenido, que la mujer de mi vida es y siempre será una sola: una mujer libre. Y que fue esa mujer, aún sin saberlo, la que yo siempre busqué en mis relaciones, aunque la temiera. Y que fué por ella que abandoné a muchas mujeres al intuir, sin saber explicar, porque yo jamás podría convivir al lado de una mujer domesticada.

Sin embargo, ¿cómo aceptar y amar a esa mujer libre sin liberarme antes yo mismo de lo que también me limitaba? Para merecerla, yo también necesitaba liberarme de cualquier pretensión de controlarla, de ese resquicio maldito de mi herencia cultural y religiosa.

Tomé consciência después de leer Mujeres que Corren con Lobos: ese libro me ayudó a asimilar la parte femenina de mi ser, y fue exactamente eso lo que me hizo dejar de temerlo, me hizo más salvaje en el sentido de los arquetipos psicológicos, me hizo más libre. El efecto práctico es que ahora finalmente estoy abierto para relaciones más igualitarias y principalmente para recibir a la mujer libre que tanto buscaba en mis relaciones. Entonces ella vino, al fin pudo venir. Vino hermosa, plena y radiante, y vi en sus ojos el reflejo de sí misma en mí. Y desde entonces sigue llegando, y ella y yo somos lobos que cruzan bosques atraídos por el hambre salvaje que tenemos el uno del otro.

Y sé que ella siempre va a venir, porque este amor que llevamos en nosotros, por lo general incomprendido por no tener alambrados de posesión y jaulas de control, es el amor que aprende a respetar a nuestra propia naturaleza, y que nos alimenta con alegría y libertad el alma salvaje.

(Traducción: Silvia Polo. Revisón: Felipe Ubrer)

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01- Não tenho a menor dúvida, RK, que é pelas mulheres Lilith – mulheres serpentes, que tu é fascinado e arriadinho. Tua alma é Lilithiana, criatura de Deus e do Diabo, de Abraxas!!!! Tava com saudade de tu. Rauariú, sacerdote do Grande Mistério Andrógino? Onde mora o perigo, querido, também mora a salvação, a conjunção. Pat Maria, Salvador-BA – out2009

02- Gostei do que vc escreveu. Ando relendo de novo o livro e vejo quantas coisas se assemelham a mim. Parabens. Um abraço. Christina Costa, Brasília-DF – out2009

03- Li há pouco tempo a biografia de Leyla Diniz.Essa sim é a personificação do feminino selvagem. Bjs. Mônica Burkleward, Recife-PE – out2009

04- Nossa adorei o trecho. Síntese do que venho exercitando na minha vida. Jamille Abdalah, São Paulo-SP – out2009

05- Grande Kelmer, você, como sempre, produzindo textos bacanas e bem bolados. Esse do feminino, então, show de bola, a foto foi por demais bem feita. parabéns!!! Forte abraço. Luís Olímpio Ferraz Melo, Fortaleza-CE – out2009

06- Kelmer, vou correndo ler o livro Mulheres que correm com os lobos. Essa mulher, livre, que dá banana pro machismo, que vive plenamente todos os prazeres hedonistas que lhe interessam, que toma iniciativa (mesmo sabendo do preço que paga por isso), essa mulher, sou eu! Beijão e.. valeu o toque. Vou xeretar teu blog pra saber mais. Meire Viana, Fortaleza-CE – out2009

07- Meninas, vale entrar no blog e dar uma conferida… Beijos. Ana Zanelli, Rio de Janeiro-RJ – out2009

08- Kelmer, até que enfim um homem entendeu o livro da Clarisse… (!) Claudia Santiago de Abreu, Rio de Janeiro-RJ – out2009

09- Que crônica ótima,gostei,só nÂo sei se me encaixo ‘100% nesse modelo de MULHER SELVAGEM viu. bjo parabéns pelo o trabalho fantástico. Eunyce Fragoso, Campina Grande-PB – out2009

10- Ei amigo,que bom que você descobriu as mulheres que correm com lobos… Que elas sempre estejam presentes no seu mundo! Se cuida tá! Lua, Fortaleza-CE – out2009

11- vc é especial, realmente quer e gosta de conhecer a alma feminina. faz de um tudo para compreender!!! Uma tarefa um tanto complicada,,,, Haja paciência!!! rs. Vânia Farah, São Paulo-SP – out2009

12- Quem tem medo da mulher livre?? O homem preso, oras (risos) Beijos ternurentos Tô adorando o livro…pena estar na correria e estar com tempo reduzido a zero…. mas logo termino… Beijos, outros. Clau Assi, São Paulo-SP – out2009

13– Ricardo, eu sou tua fã demais!!!! Vc é http://www.tudodebom.com.br/quehomeéesse!!!!! O sonho de consumo de toda mulher selvagem, incluindo eu mesma, claro! Bjs;. Karla K, Fortaleza-CE – out2009

14- Hoje tive oportunidade de entrar no seu blog, por indicação de uma amiga. Fizemos parte de um grupo de vivências apoiadas na leitura do Mulheres que correm com lobos e ela me recomendou a leitura da sua crônica Em busca da mulher selvagem. Fiquei encantada. Acabei lendo também os contos As fogueiras de Beltrane, que amei, Um ano na seca e a crônica Homens perfeitos também alopram. Interessante como você circula com competência rara entre o sagrado/mítico/profano/humor… Será com prazer que voltarei à sua página. Parabéns belos belos textos e por suas múltiplas artes. Elvira, Brasília-DF – out2009

15- Adoro esse teu texto. Um bj e saudades. Ana Cristina Souto, Fortaleza-CE – jan2011

16 – Adorei seu texto… amei.. ahahha. Della Kopf, Fortaleza-CE – jan2011

17- Eita que coincidencia nao existe! Peguei mulheres que correm com os lobos para re-ler ONTEM e vi o seu post hoje. ‘A selvagem’ esta no ar… Marília Bezerra, Nova York-EUA – jan2011

18- adoro mulheres q correm com lobos! a minha está resgatando…. Maria Sá Xavier, Niterói-RJ – jan2011

19- Parabéns pela resenha! Muito bem produzia! Tecendo um pequeno comentário sobre a obra eu diria que de fato, Clarissa consegue em “Mulheres que correm com os lobos”, retratar aspectos do ser mulher, em seu sentido – eu diria mais primitivo do SER, antes de tudo do ser humana, em sua forma primeira, inacabada e cheia de conflitos, de forma rica, cativante e única. Uma boa leitura para quem quer se descobrir mulher ou mesmo se redescobrir enquanto tal. PARABÉNS! Alda Batista, Mossoró-RN – ago2011

20- Uiiiii, isto é forte, grande lobo!!! Muito bom!!! Carmem Mouzo, Rio de Janeiro-RJ – jan2013

21- Também estou lendo esse livro! Amando! Dri Flores, São Paulo-SP – jan2013

22- Um dia vou criar coragem e ler esse livro 🙂 Chacomcreme, São Paulo-SP – jun2013

23- Amei sua resenha. Tenho o livro já faz 3 anos. Preciso começar a leitura. Mais uma vez, parabéns pela resenha. Greice Araras-SP – jul2013

24- Um dia vou criar coragem e ler esse livro 🙂 Chacomcreme (skoob.com.br), São Paulo-SP – jun2013

25- Amei sua resenha. Tenho o livro já faz 3 anos. Preciso começar a leitura. Mais uma vez, parabéns pela resenha. Greice (skoob.com.br), Araras-SP – jul2013

26- Parabéns pela resenha! Muito bem produzia! Tecendo um pequeno comentário sobre a obra eu diria que de fato, Clarissa consegue em “Mulheres que correm com os lobos”, retratar aspectos do ser mulher, em seu sentido – eu diria mais primitivo do SER, antes de tudo do ser humana, em sua forma primeira, inacabada e cheia de conflitos, de forma rica, cativante e única. Uma boa leitura para quem quer se descobrir mulher ou mesmo se redescobrir enquanto tal. PARABÉNS! Alda (skoob.com.br), Mossoró-RN – mai2014

27- Amei seu comentário sobre a visão a respeito não somente dessa obra,mas a sua sensibilidade perceptíva da sociedade.e te digo pensamos iguais sério.em relação com os dois universos feminino e masculino devem ter respeito antes de tudo. Barbie Wolf (skoob.com.br), São Paulo-SP – set2020

28- sério, esse foi a melhor resenha referente à está obra que já li.Concordo com tudo que foi escrito. Aline (skoob.com.br), Recife-PE – out2020

29- Cara, nem li o livro, mas depois dessa resenha, serei obrigada a ler. Monique Costa (skoob.com.br), São Luís-MA – dez2020

30- Obrigada por ter escrito essa resenha… enxe a alma de esperança e a certeza de q nada esta perdido. O livro é explendido, estou terminando, e cada página é uma lição e força para continuar a busca da Mulher Selvagem adormecida. Renata Prandini (skoob.com.br), São Paulo-SP – jan2021

31- Comentário sensacional. Fabrícia Leal (skoob.com.br), Teresina-PI – jan2021

32- apenas uma palavra descreve essa resenha: “uau”. Nathalia Nadesko (skoob.com.br), Brasília-DF – mar2021

33- Que resenha mais linda e recheada de emoção e compreensão do universo feminino. Estou começando o livro agora e a sua resenha me encheu de energia… Muito obrigada !!🙏 Tati (skoob.com.br), Vinhedo-SP – abr2021

34- No Tantra, chamamos de “masculino curado”, quando o homem reverencia o feminino em pé de igualdade, respeito e amorosidade. Miguel Costa, Rio de Janeiro-RJ – jul2021

35- Show. Clea Fragoso, Fortaleza-CE – jul2021

36- Para encontrar precisa ter certeza…jamais será o mesmo..! Lucivanea De Souza Borges, Beberibe-CE – jul2021

37- Adoro esse livro. Luiza Perdigão, Fortaleza-CE – jul2021

38- Amo esse livro, transformador. Valéria Rosa Pinto, Rio de Janeiro-RJ – jul2021

39- Próxima leitura. Francisco Antonio Mota, Fortaleza-CE – jul2021

40- Ahh que maravilhosa!! Esse livro é incrível, Ricardo. Vc é o primeiro homem que sei que o leu. Ahh como seria bom se tantos mais o lessem. Vc certamente é um Manawe. Obrigada pela partilha de sua experiência com a Mulher Selvagem! Aline Matias, Fortaleza-CE – jul2021