Em alguns minutos ela começaria a palestra, quando a mensagem chegou…
DESCULPEM O ATRASO
. O salão do hotel estava lotado para sua palestra Feminismo no Século 21. Antes de começar, o celular fez o bip que ela tão bem conhecia. Leu a mensagem e suspirou… E correu para o elevador. Na suíte do nono andar, ele a recebeu, repreendeu-a pela demora e a estapeou. E ordenou que ficasse nua. De coleira e acorrentada, ela docilmente lambeu seus pés. Quando ele a pôs de quatro e a segurou forte pela cintura, ela tremeu de expectativa, antevendo o instante seguinte: ele montado sobre ela, o pau inteiro enfiado em sua bunda, e ela agradecida pela honra de servi-lo… Meia hora depois, ela agradeceu os aplausos, desculpou-se pelo atraso e iniciou a palestra. No rosto, a expressão compenetrada. No cu, a lembrança do gozo de seu senhor. .
Ricardo Kelmer 2014 – blogdokelmer.com
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> BDSM na Wikipedia – BDSM é a sigla de Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão e Sadomasoquismo. Na Wikipedia há informações básicas bem organizadas.
Marchando com as vadias – Se ser vadia é ser livre para exercer a própria sexualidade, então todas as mulheres precisam urgentemente assumir sua vadiagem, para o seu próprio bem e o de suas filhas
Os apuros do homem feminista – Minha busca por relações igualitárias foi dificultada também porque muitas mulheres, mesmo oprimidas, preferiam relações baseadas no velho modelo machista
Me estupra, meu amor – Fantasiar ser estuprada é uma coisa – querer ser estuprada é outra coisa totalmente diferente
Dona de mim – Dona de mim já não sou mais / Quando aos teus pés me ajoelho assim / E em teu olho a chama do desejo atiça / A mulher louca e submissa que há em mim
A entrega – Memórias eróticas (Toni Bentley, Editora Objetiva/2005) – A bailarina filosofa sobre sua profunda experiência de amor e submissão através do sexo anal
– Acesso aos Arquivos Secretos – Promoções e sorteios exclusivos Basta enviar e-mail pra rkelmer@gmail.com com seu nome e cidade e dizendo como conheceu o Blog do Kelmer(saiba mais)
Um dia elas começaram a correr peladas pelas ruas. Foi só o início…
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A REVOLTA DAS PELADONAS .
No futuro, nossos bisnetos comentarão na hora do recreio:
‒ Que aula incrível! Adoro história do Brasil.
‒ Você viu? Quando começou, ninguém entendeu nada.
‒ Mas quem poderia desconfiar, né?
‒ Ninguém. Eram apenas mulheres correndo peladas pelas ruas.
‒ Diziam que eram loucas, ou que estavam em busca de fama.
‒ Marketing de tênis esportivo.
‒ Muitas eram presas por atentado ao pudor. Mas logo eram liberadas. E faziam de novo.
‒ Minha avó foi presa doze vezes, e ela já tinha setenta anos. Os delegados não aguentavam mais. A senhora pelada na rua de novo, vovó?
‒ Sério? Que demais! Você deve ter muito orgulho, né?
‒ Sim, e meus pais também. Tanto que me batizaram com o mesmo nome dela.
‒ A primeira peladona na minha família foi minha tia. Ela aproveitou e nunca mais voltou pra casa. Largou o marido que batia nela e montou uma banda de rock, que era seu grande sonho.
‒ Além de marido, muitas largaram o trabalho. Por isso diziam também que era uma conspiração… como é mesmo?
‒ Feminista-naturista-comunista radical.
‒ Diziam também que estavam possuídas pelo demo.
‒ Que nem a amiga da minha mãe, coitada. Expulsaram o demo dela, mas ela largou a igreja e continuou correndo pelada, e fazia questão de passar em frente bem na hora da sessão de descarrego.
‒ A Revolta das Peladonas, foi assim que o fenômeno ficou conhecido. Ficar pelada era uma forma simbólica de se libertar das opressões machistas na família, no trabalho, na religião, e até no barzinho. Mas a coisa logo passou do simbolismo pras reivindicações.
‒ Ah, deve ter sido o máximo! De repente estavam todas peladonas, ofendendo os bons costumes. A mulher do cara, a filha, a vizinha, a diretora do colégio, a gerente do banco…
‒ E como não podiam prender milhões de mulheres, tiveram que aguentá-las peladas em todo canto, a exigir direitos iguais. E tanto fizeram, que conseguiram. Hoje o termo feminista nem faz mais sentido.
‒ Mas mantiveram a lei de atentado ao pudor pra nós homens. Pode uma coisa dessa?
‒ O povo daquela época era muito burro.
‒ Pois é, e deu no que deu: os homens também se revoltaram, exigindo direito de nudez igual. O deputado Tiririca fez um discurso histórico no plenário. Só de dentadura. Foi aí que ele virou patrono da Revolta dos Peladões.
‒ E acabou Presidente da República.
‒ Tem uma estátua dele no meu condomínio. Só de dentadura.
‒ Se a gente vivesse cinquenta anos atrás, algum adulto já teria vindo aqui mandar a gente vestir uma roupa. E eu certamente seria mandada pro Conselho Tutelar.
‒ Ainda bem que vivemos no tempo de hoje. Nem me imagino todo vestido nesse calor.
‒ Minha prima, como é muito religiosa, usa uma folhinha de parreira.
‒ Viver numa sociedade onde a nudez é pecado deve deixar a gente neurótico.
As pioneiras da Revolta das Peladonas surpreenderam a todos
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Vistas como um perigo à ordem estabelecida, muitas peladonas foram presas
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Cada vez mais ousadas, as peladonas desafiavam abertamente a lei
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Impotentes diante de tantas peladonas, os homens tiveram que aceitar as reivindicações por direitos iguais
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SOBRE NUDISMO E NATURISMO
O nudismo é uma prática integrada no conceito mais vasto de naturismo que consiste na não utilização de vestuário para actividades recreativas em ambiente social. A nudez total é vista como uma forma de contacto com a natureza e sem conotações sexuais ou morais de modéstia. A prática do nudismo poderá ser efetuada em praias, lagos, piscinas ou outros espaços – usualmente ao ar livre – normalmente em áreas designadas para o efeito. (fonte: Wikipedia)
O naturismo (não confundir com naturalismo) é um conjunto de princípios éticos e comportamentais que preconizam um modo de vida baseado no retorno à natureza como a melhor maneira de viver e defendendo a vida ao ar livre, o consumo de alimentos naturais e a prática do nudismo, entre outras atitudes. (fonte: Wikipedia)
Os apuros do homem feminista – Minha busca por relações igualitárias foi dificultada também porque muitas mulheres, mesmo oprimidas, preferiam relações baseadas no velho modelo machista
O íncubo – Íncubos eram demônios que invadiam o sono das mulheres para copular com elas – uma difundida crença medieval. Mas… e se ainda existirem?
A noiva lésbica de Cristo – Se hoje a sexualidade feminina ainda apavora a mentalidade cristã, no século 17 ela era algo absolutamente demoníaco
A torta de chocolate – Sexo e chocolate. Para muita gente as duas coisas têm tudo a ver. Para Celina era bem mais que isso…
A prostituta sagrada– A face eterna do feminino (Nancy Qualls-Corbert – Editora Paulus, 1990) – Um livro belo e libertador, que celebra o sagrado na sexualidade
Lola Benvenutti e a coragem de viver – A única salvação possível é sermos quem verdadeiramente somos. Parabéns, Lola, por sua coragem e autenticidade
O mistério da cearense pornô da California – Uma artista linda e gostosa, intelectual e transgressora, que adora perversões e, entre uma e outra orgia, luta pela liberação feminina
A entrega – Memórias eróticas (Toni Bentley, Editora Objetiva/2005) – A ex-bailarina filosofa sobre sua profunda experiência de amor e salvação pela submissão no sexo anal
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COMENTÁRIOS .
01- Imaginação fértil Ricardo Kelmer. rsrsrs Mas pelo o que anda acontecendo, é bem provável que vá ser assim mesmo e aí a gente volte ao “paraíso”. Renata Kelly, Fortaleza-CE – nov2014
02- kkkkkkkkkkkkkkk adorei! Marici Silva, São Paulo-SP – nov2014
. Meu prezado deus dos cristãos. Podemos ter dois dedim de prosa? Não, sou cadastrado não. Mas olhe, é sobre seu filho. Sim, eu jurei que não ia me meter nesse babado de Jesus com Maria Madalena, mas um dia, veja o senhor, tava eu quieto no meu canto quando me chegou e-mail de um tal correio missionário não sei das quantas. O cidadão vociferava contra o filme O Código Da Vinci, conclamava os cristãos a não assistir e exigia a proibição do filme.
Ah, falou em proibir, pisou no meu calo. Lembrei da indignação que senti quando proibiram Je vous Salue, Marie e quando tentaram proibir A Última Tentação de Cristo. O senhor lembra, né? Então levantei, fui no armário e tirei de lá minha armadura de Cavaleiro da Orguli. O Senhor não conhece a Ordem dos Guardiões da Liberdade Individual? Ôxe, mas o senhor não é onisciente? Ah, tá, o senhor anda muito ocupado com o Oriente Médio, eu sei. Infelizmente, não posso falar muito sobre a Orguli, ela é meio secreta, tipo a Opus Dei, entende? Ah, tá, o senhor não quer nem ouvir falar de Opus Dei. Entendo. Bem que sempre desconfiei que se Deus existisse, ele seria mesmo contra a religião.
Decidi fazer uso da armadura de novo. Então aqui estou, descumprindo meu juramento de não entrar na fofoca, mas cumprindo o sagrado juramento da Ordem de sempre acudir ao chamado da liberdade. Não, dessa vez não é pra defender a liberdade de expressão. Agora é pra defender o direito de um deus se casar.
Apesar de não ser cristão, nasci e vivo imerso numa cultura cristã, então o tema me toca também. Por isso, o senhor não me leve a mal, mas, olhe, a história de seu filho não tá bem contada, não. Os padres dizem que ele não casou, mesmo sendo um tipão alto, forte, loiro, pele branquinha, olhos azuis… Aliás, como o senhor explica esse tipo físico naquele solzão da Palestina? Jesus tá mais pra ET do que pra galileu. Heim? Ah, é verdade, o senhor é um ET, já que não nasceu na Terra. Agora entendi.
Logicamente, a gente começa a pensar, né? O moço não casou, não teve namorada, nem filho… Ops, longe de mim insinuar que Jesus não era chegado, imagina. O que quero dizer é que a Igreja oficializou essa versão sobre a vida de Jesus pra endeusar ao máximo e humanizar ao mínimo o personagem. E inventou que Maria Madalena era puta pra desqualificar o fator feminino, e depois teve que negar que inventou, mas manteve os evangelhos e eles se contradizem, e aí a Igreja fica toda melindrada porque as pessoas questionam. Obviamente, a Igreja insistiu na solteirice de seu filho porque um Jesus casado incentivaria os discípulos a casarem também, e aí os filhos herdariam as riquezas da Igreja. Não ia dar certo, né? Oquei, o senhor não quer se meter, tudo bem.
Eu falei do fator feminino, né? Poizé. A Igreja jamais seria essa instituição masculina e patriarcal se Maria Madalena estivesse à frente do apostolado. Caça às bruxas certamente não teria havido. Se com a Maria mãe de seu filho, senhor, já foi difícil ceder e abrir espaço pra ela no panteão católico, coisa que oficialmente só aconteceu no século 20, imagine com uma mulher que a própria Igreja sempre pintou como prostituta, suja ou, na melhor das hipóteses, forte e independente? É, Maria Madalena é mesmo uma pedra no sapato.
Não sei como seria se ela e Jesus tivessem se casado e tido Jesuzinhos e Madaleninhas. No mínimo, os herdeiros estariam hoje numa briga louca pelos direitos relativos aos evangelhos. Um herdeiro de Jesus ‒ já pensou a boçalidade de um cidadão desse? Você sabe com o descendente de quem você tá falando, sabe, sabe? E Madalena, coitada dela… Não por Jesus, que me parece buona gente, mas… ter como sogro o senhor? Não deve ser fácil.
As religiões deveriam ter mais deusas. Isso traria mais equilíbrio ao mundo e ao espírito das pessoas. Mas já que não têm, vamos ao menos deixar que Jesus se case, coitado. Um gato daquele morrer vitalino! Vou até dar uma ideia à Igreja: Jesus casou com Maria Madalena, sim, mas com separação de bens. E depois se divorciaram. E os descendentes concordaram em jamais reivindicar qualquer bem. Pronto, resolvido. Ah, o senhor gostou? Ainda bem, pelo menos o senhor tem senso de humor. Aliás, já que estamos assim tão amigos, posso lhe fazer uma pergunta? Por que o senhor nunca casou?
A prostituta sagrada– A face eterna do feminino (Nancy Qualls-Corbert – Editora Paulus, 1990) – Um livro belo e libertador, que celebra o sagrado na sexualidade
O íncubo – Íncubos eram demônios que invadiam o sono das mulheres para copular com elas – uma difundida crença medieval. Mas… e se ainda existirem?
Marchando com as vadias – Se ser vadia é ser livre para exercer a própria sexualidade, então todas as mulheres precisam urgentemente assumir sua vadiagem, para o seu próprio bem e o de suas filhas
Lola Benvenutti e a coragem de viver – A única salvação possível é sermos quem verdadeiramente somos. Parabéns, Lola, por sua coragem e autenticidade
Os apuros do homem feminista – Minha busca por relações igualitárias foi dificultada também porque muitas mulheres, mesmo oprimidas, preferiam relações baseadas no velho modelo machista
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COMENTÁRIOS .
01- Cara, eu vi essa introdução na sua comunidade do orkut e achei simplesmente do caralho. Já até tentei rascunhar sobre o assunto, mas não sei se conseguiria ser tão ácido… Parabéns, meu velho! Marcelo Gavini, São Paulo-SP – jun2006
02- kkkkkkkkkkkkkkkkkkk É verdade! eu assisti semana passada e achei bastante coerente, tb li o livro… Algumas coisas dali eu “acreditei”, assim como tb acredito que teve um babado forte entre Santa Clara e São Francisco de Assis… não sei pq os santos da igreja católica não faziam sexo, é como se isso os tornassem menos legais 😛 Jesus cristo foi um grande revolucionário, como São Francisco de Assis tb foi e concordo que sejam lembrados e tidos como exemplo, mas pq não faziam sexo? sexo é sinônimo de imprefeição,. é algo diabólico? entaum, nós que nascemos através da relação sexual, devemos ser uns diabinhos kkkkkkkkkkkkkkkkkk Gizelle Saraiva, Natal-RN – jun2006
03- Deus criou o sexo, e Ele mesmo disse que sexo era muito bom (Gn 1.27,31); de todas as bênçãos de Deus, o sexo foi a primeira. (Gn 1.28); a primeira missão recebida pelo homem da parte de Deus, foi a respeito do sexo e pelo sexo: “crescei-vos e multiplicai-vos”.A Igreja (me perdoem os católicos) tem uma visão míope demais da Bíblia,colocando o sexo como “o fruto proibido”.Totalmente incoerente,já que no primeiro capítulo de Gêneses,a ordem é dada para que Adão e Eva povoem a Terra e pra fazer isso,teria que ser através de quê,se não existia ainda inseminação artificial?E,desculpem mais uma vez os amigos católicos mas,mesmo sendo batizada nesta religião, eu não acredito na existência desses dois (Adão e Eva).Mas que tá lá escrito na Bíblia,isso tá! Gostei muito da crônica,pois acho que o Pai não iria punir o Filho com um castigo desses.Até porque,se Ele foi o inventor da coisa, e ainda disse que era bom,porque não permitir que Madalena,ou outra mulher, fizesse Jesus feliz sem pecado,nem culpa? Sidiany Colares Alencar, Fortaleza – CE – jun2006
04- Acho que Jesus teve um lado humano sim, meteu o chicote nos mercadores, perdeu a paciência, era humano….Mas o grande senão são os padres…como a igreja vai exigir castidade, se nem o filho de Deus resistiu..Aliás, a história de Jesus até ganharia se ele tivesse amado uma mulher… Christina Alecrim, Rio de Janeiro-RJ – jun2006
05- Sempre recebo tuas novidades e queria te parabenizar por esta crônica maravilhosa que você escreveu. Você conseguiu resumir, de forma inteligente e bem-humorada, toda a teoria do livro de Dan Brown. Continue nos brindando com tuas brilhantes idéias, Ricardo. Um grande abraço. Ana Cristina, Juiz de Fora-MG – jun2006
06- engracadissimo, perfeito, muito bom mesmo – alias, eu e o Robert estavamos falando o outro dia que alguem deveria abrir um processo contra a igreja catolica, mas um processo em que todos que quisessem pudessem aderir, em nome de todas as mulheres, indios, negros, por perdas e danos, difamacao e calunia, sem falar em tortura e assassinato… ja pensou, o maior processo de todos os tempos, suficiente para levar a falencia essa instituicao que tem feito nossos ouvidos de pinico por 2000 anos! Ta ai uma boa ideia para um texto, ne nao? Ana Claudia Domene, San Diego-EUA – mai2006
07- Quando eu morrer, quero ir direto pro inferno. Imagina? Viver sem sexo? Tô fora, tô dentro…E por aí vou. Abração. Maninho, Fortaleza-CE – set2006
Criei uma revistinha no Facebook. Ela se chama As Preciosas do Kelmer e é feita de dicas e comentários sobre variados assuntos. A periodicidade é mensal, funciona por meio de uma única postagem que abasteço com subpostagens e os leitores podem comentar a qualquer momento e até sugerir assuntos. Por seu caráter dinâmico e interativo e por construir-se a cada dia, eu diria que é uma revista orgânica. A capa da revista é a própria imagem da postagem, que sempre trará imagens femininas.
Meu objetivo com As Preciosas é dar vazão à minha necessidade de comentar fatos do cotidiano. Pra mim o Facebook é ideal pra isso. Aqui no blog postarei a edição do mês e a atualizarei a partir das atualizações no Facebook, sempre com imagens. Espero que você goste.
Leitores que comentarem nesta edição concorrem ao sorteio de 1 livro kelmérico + 1 DVD. O sorteado escolhe entre vários títulos.
FILMES
2001, Uma Odisseia no Espaço – Alucinações do Passado
Bettie Page – Blade Runner – Calígula – Chicago
Desconstruindo Harry – Don Juan DeMarco – A História de O
Lua de Fel – Matrix – Moulin Rouge – Nove Rainhas
A Pele que Habito – O Elo Perdido – O Exorcista
Uma Cilada para Roger Rabbit – A Pele que Habito
As fêmeas dos bonobos, primatas bem próximos dos chimpanzés e encontrados apenas na África, fazem o que podem para chegar com tudo quando entram para um novo grupo — o que costuma significar fazer sexo com a fêmea líder (é, a fêmea) da turma. Num mundo cada vez mais comandado por mulheres, sei não, acho melhor assumirmos logo nossa porção bonobo. > Saiba mais
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*** MAIS SEXO, MENOS SANGUE por Ricardo Kelmer
O macaco bonobo é o parente vivo mais próximo do homem, mais ainda que o chimpanzé, como se pensava até alguns anos. Geneticamente eles são 98,7% iguais a nós. Os bonobos são mais sociáveis e menos agressivos que os chimpanzés e vivem em sociedades menos estressantes e violentas. Uma das características que mais chama a atenção nas sociedades dos bonobos é o sexo, que tem várias utilidades. Além da finalidade procriativa, eles também trepam por prazer, para resolver conflitos e para ascender na hierarquia social.
Segundo alguns cientistas, o processo de docilização dos bonobos ocorreu sem intervenção humana e começou quando as fêmeas se juntaram e passaram a não mais aceitar serem forçadas a copular, o que fez os machos pararem de competir entre si, afinal dava muito trabalho ser o membro dominante.
Uau! Isso dá muito o que pensar. As fêmeas humanas atualmente têm protestado bastante contra a cultura machista do estupro. Cansadas de serem consideradas culpadas pela violência sexual que sofrem, criaram a Marcha das Vadias, que acontece em cidades de vários países e tem forçado os homens a reavaliar seu comportamento.
Vou pesquisar mais sobre os bonobos, acho que podemos aprender bastante com eles. E que a Marcha das Vadias contribua para tornar os homens menos violentos. Quem sabe assim nossa sociedade se torne menos competitiva e perceba o que os bonobos há muito já sacaram: é muito mas muito melhor trepar que guerrear.
De tanto ler histórias medievais, um velho fidalgo espanhol endoidece, pensando ser o cavaleiro Dom Quixote de la Mancha. Sua armadura é de sucata e papelão, seu prodigioso cavalo é na verdade um pangaré, mas isso não importa. Na companhia do espirituoso aldeão Sancho Pança, nomeado seu escudeiro, Dom Quixote sairá pelo mundo para viver aventuras memoráveis. Narrando as confusões de um homem dividido entre sonho e realidade, Dom Quixote não é apenas uma história engraçada e comovente. Com o passar dos séculos, a obra-prima de Miguel de Cervantes ganhou o mundo, tonando-se um marco da literatura e uma das maiores fontes de inspiração da humanidade.
Neste fim de semana, 7 a 9jun, em São Paulo, acontecerá a 3a edição do PopPorn, um evento multidisciplinar que traz como carro-chefe uma mostra de filmes que usam o sexo como recurso cinematográfico e/ou linguagem ou que têm a sexualidade como tema principal. Fazem parte da programação eventos de arte, apresentações musicais, performances, debates, workshops e festas.
O objetivo do evento é aglutinar ideias, trabalhos, projetos, práticas, atividades e sobretudo pessoas em torno da sexualidade; transitar entre as fronteiras da indústria do sexo, cultura pop, performance e arte; construir, propor e investigar discursos alternativos aos conceitos tradicionalistas e preconceituosos da pornografia; e finalmente oferecer ao público um ambiente seguro para a exploração de suas fantasias mais íntimas.
No mundo contemporâneo, a pornografia é consumida em massa; a sexualidade e o erotismo fazem parte do cotidiano das pessoas. A cada segundo, na internet, 28.258 usuários acessam sites de sexo. Ao contrário do que se possa imaginar, o território não é exclusivamente masculino: no Brasil, 28% do público de sites de conteúdo adulto é formado por mulheres, segundo o Ibope. E mais: 66% das mulheres no mundo, a maioria casada, assistem a filmes pornôs, enquanto 17% assumem que são viciadas em pornografia online.
Em uma sociedade cada vez mais erotizada, não há como evitar o tema, mas é possível resgatar seu conceito como forma de arte e gênero cinematógrafico, deslocando a prática cultural do espaço marginal para uma plataforma de prestígio. O PopPorn Festival surgiu com o aval de um evento internacional de prestígio, o PornFilmFestival de Berlim, e teve sua primeira edição realizada em São Paulo, em 2011.
*** CCJ QUER PROIBIR VEREADORES DE AUMENTAREM OS PRÓPRIOS SALÁRIOS
Se o CCJ conseguir, não vai mais ter ninguém querendo ser vereador. > Saiba mais
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*** MAIS TRANSPARÊNCIA, MENOS GUERRAS
O julgamento militar de Bradley Manning, o soldado americano de 25 anos que forneceu ao WikiLeaks milhares de informações sobre as guerras de Iraque e Afeganistão, começou nesta segunda-feira 3jun. O soldado poderá ser condenado à prisão perpétua.
Bradley Manning merece uma alta condecoração, isso sim. Ele agiu em nome da humanidade e acima das noções limitadas de patriotismo. No futuro, quando o mundo for mais transparente e não houver mais fronteiras a nos separar uns dos outros, a humanidade terá finalmente entendido que somos todos a mesma família e habitamos o mesmo lugar. Nesse dia este soldado será lembrado como um mártir da nova consciência planetária. Liberdade para Bradley Manning.
Não, o amor não é algo absoluto, imutável, uma lei que foi criada no início do mundo e que com ele morrerá. O amor é uma construção social. Nós aprendemos a amar seguindo as convenções da sociedade em que vivemos. Por essa razão, as diversas sociedades do mundo amaram e amam de maneiras diversas.
A grande maioria dos ocidentais do mundo atual entende que só é possível amar uma pessoa por vez e que quando alguém ama, não tem ou não deveria ter desejo sexual por mais ninguém. Tudo isso são noções aprendidas, que podem ser desaprendidas. Para a maioria só existe o amor exclusivista mas a verdade é que o amor também pode ser inclusivo. A maioria ama a posse do outro mas também há o amor que ama a liberdade do outro. Atualmente cada vez mais pessoas desistem de seguir as convenções sociais que desde cedo lhes ensinaram como devem amar e buscam amar do jeito que elas mesmas consideram melhor. São minoria, é verdade, mas de um jeito ou de outro acabam se encontrando e experimentando novas formas de viver o amor.
Todos os que ousam desafiar as convenções de sua época pagam caro por essa ousadia. Se hoje nossa sociedade é mais livre e menos preconceituosa em relação às diferenças étnicas, sexuais, de cor, de gênero ou de credo (ou não credo), é porque no passado houve pessoas que ousaram mostrar a cara, assumiram o que são e lutaram, e até morreram, por um mundo mais justo.
Essas pessoas que amam o outro e não a posse do outro, que amam sem exclusividade sexual, que amam mais de uma pessoa ao mesmo tempo, essas pessoas estão, neste momento, forçando a sociedade a reavaliar suas regras sobre o que é amar. No entanto, para a maioria, isso aí é tudo menos amor. Essa maioria se julga dona do amor e por isso tenta sempre aprisioná-lo em seus limites teóricos e diz que esse negócio de amor livre e relação aberta é ilusão, safadeza, doença, coisa do demo…
Que a maioria continue com seu velho amor que só consegue amar se controlar o outro. Eu sou da minoria. Prefiro o amor que ama o outro. Prefiro o amor que liberta.
(Dedico esta crônica a meus amigos Vanessa Tiburski e Ricardo Kilian, da banda Bardoefada)
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*** FALE MAIS SOBRE ISSO, BATMAN
Você que se formou em Psicologia e reclama do mercado de trabalho, que tal ser psicólogo de super-heróis? Isso mesmo. Ou você acha que só por ser super-herói, o sujeito é bem resolvido? > Saiba mais
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*** LIVRANDO A SEMANA (66)
A BOSSA DO LOBO – RONALDO BÔSCOLI (Denilson Monteiro)
Relato da vida de um dos mais importantes compositores brasileiros e umas das principais figuras da Bossa Nova, o livro revela detalhes da história da MPB e da vida de Bôscoli, também conhecido por sua personalidade extremamente sedutora. Nas mais de 500 páginas de A Bossa do Lobo, Denilson Monteiro conta a vida de Ronaldo com riqueza de detalhes, revelando como nasceram as canções que ele compôs; os bastidores dos shows que produziu; seu trabalho como jornalista; o relacionamento com a família, amigos e colegas de trabalho; a paixão pelo Fluminense Football Club; seus amores e seus desafetos. Tudo respaldado por uma criteriosa pesquisa e mais de uma centena de entrevistas com aqueles que conviveram com Ronaldo.
*** O MUNDO TRANSPARENTE E A NOVA CIDADANIA Ricardo Kelmer
Primeiro foi Julian Assange, o australiano que criou o site Weakleaks e começou a revelar documentos comprometedores de governos e empresas do mundo inteiro. Assange atualmente é perseguido pelo governo dos Estados Unidos e se encontra há um ano refugiado na embaixada do Equador em Londres.
Depois veio o soldado americano Bradley Manning, que revelou documentos secretos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão e informações diplomáticas que expuseram a podridão das entranhas do governo dos Estados Unidos. Manning está sendo julgado e pode ficar preso pelo resto de sua vida.
E agora surge Edward Snowden, americano ex-funcionário da CIA que denunciou à imprensa os programas que o governo americano, sob pretexto de combater o terrorismo, usa para espionar a internet e as ligações telefônicas de cidadãos americanos e de outros países. Snowden refugiou-se em Hong Kong, está sob investigação do FBI e começa a sofrer represálias de governos aliados ao governo Obama.
Esses três casos são três furos na velha estrutura de sigilo e espionagem dos governos. Por enquanto, eles conseguem tapar um ou outro mas em breve surgirão outros furos e será impossível conter tanto vazamento pois o mundo é cada vez mais transparente e até para os governos está difícil esconder suas ações, mesmo as secretas.
A facilidade das comunicações e dos transportes estão tornando as sociedades cada vez mais interconectadas. Atualmente os países se organizam em blocos geopolíticos, dissolvendo suas fronteiras, e a internet, permitindo o intercâmbio multicultural diário, faz nascer nas novas gerações a noção de cidadania global, para a qual as guerras não fazem nenhum sentido. Isso tudo motiva a luta por democracia e contra governos opressores e aponta para um futuro onde não teremos mais países: a Terra será a pátria de todos. Sim, ainda há muitas diferenças a serem superadas, preconceitos, fanatismos religiosos, interesses capitalistas… Mas os acontecimentos se aceleram e esse futuro já está acontecendo.
Os cidadãos comuns começam a se dar conta de uma verdade óbvia: o povo não deve temer seus governos, os governos é que devem temer o povo.
Nos últimos anos cidadãos de diversos países têm cada vez mais saído às ruas em manifestações para protestar. Os temas dos protestos são vários: economia, educação, segurança, transporte, saúde, ecologia… Isso é um bom sinal pois a democracia depende da voz do povo e é nas ruas que ela é ouvida mais forte.
Se você pretende participar de alguma manifestação na rua, parabéns, o mundo precisa ouvir a sua voz. Porém, em nome de sua segurança, é bom tomar alguns cuidados.
Caso a polícia jogue bombas de gás lacrimogêneo, MANTENHA A CALMA. Evite correr em meio à fumaça pois ao realizarmos um esforço físico maior, a respiração fica mais intensa e a quantidade de gás inalado aumenta. Peça vinagre a um manifestante próximo, passe num pano e respire através dele. O vinagre serve para amenizar a ardência causada pelo gás. A mesma dica de não correr serve para bombas de efeito moral, já que o objetivo da polícia é dispersar os manifestantes, separando-os do grupo. Com isso, a chance de se tornar um alvo de agressão física ou prisão só aumenta. Portanto, FIQUE CALMO e mantenha-se ao lado do grupo. A SEGURANÇA É A PRINCIPAL ARMA DE UMA MANIFESTAÇÃO.
A REVOLUÇÃO DOS BICHOS (George Orwell) Cia das Letras
Num belo dia, os animais da fazenda do sr. Jones se dão conta da vida indigna a que são submetidos: eles se matam de trabalhar para os homens, lhes dão todas as suas energias em troca de uma ração miserável, para ao final serem abatidos sem piedade. Liderados por um grupo de porcos, os bichos então expulsam o fazendeiro de sua propriedade e pretendem fazer dela um Estado em que todos serão iguais. Logo começam as disputas internas, as perseguições e a exploração do bicho pelo bicho, que farão da granja um arremedo grotesco da sociedade humana.
Publicada em 1945, A Revolução dos Bichos foi imediatamente interpretada como uma fábula satírica sobre os descaminhos da Revolução Russa, chegando a ter sido utilizada pela propaganda anticomunista. A novela de George Orwell de fato fazia uma dura crítica ao totalitarismo soviético; mas seu sentido transcende amplamente o contexto do regime stalinista. Mais do que nunca esta pequena obra-prima da ficção inglesa parece falar aos nossos dias, quando a concentração de poder e de riquezas, a manipulação da informação e as desigualdades sociais parecem atingir um ápice histórico. (vestibular.uol.com.br)
A Apple excluiu da AppStore, sua loja de aplicativos, o Setting Captives Free, um app que oferecia um curso com uma suposta “cura gay”. Segundo a descrição da entidade responsável pelo programa, o Setting Captives Free oferece cursos interativos sobre “princípios bíblicos de liberdade em Jesus Cristo”. Entre mais de 35 cursos, disponíveis em dez línguas, aquele que prometia “liberdade da escravidão da homossexualidade” em 60 dias e causou a exclusão da AppStore foi o “Door of Hope”, disponível até então para a loja dos Estados Unidos.
*** PROJETO DE LEI DE INICIATIVA POPULAR DEFENDE REFORMA POLÍTICA
Com o apoio de 70 instituições, movimento quer aproveitar nova onda de pressão popular para mudar sistema eleitoral em 2014.
DOAÇÕES
– Extinção do financiamento de campanhas por empresas.
– Teto máximo para doações feitas por pessoas físicas de um salário mínimo por doador.
– As doações seriam feitas ao partido e não ao candidato.
JUSTIFICATIVA: Baratear as campanhas, pulverizar as doações e impedir que um grande financiador seja o dono do mandato.
VOTO TRANSPARENTE
– Eleição para vereadores e deputados em dois turnos. No primeiro vota-se no partido, para a definição da quantidade de cadeiras. No segundo turno vota-se nos candidatos.
– Fim da transferência de votos dos mais votados para candidatos do mesmo partido.
JUSTIFICATIVA: Fortalecimento dos partidos e suas ideias programáticas.
Há um movimento, cada vez mais forte no mundo ocidental, que defende a o direito das mulheres de poderem despir a parte de cima da roupa em lugares onde os homens também podem fazê-lo. Você é contra ou a favor? Para divulgar o movimento, mulheres de Nova York criaram o Clube de Leitura Topless. > Saiba mais
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*** VATICANO QUER SAIR DO ARMÁRIO
Papa Francisco admite que existe uma ala gay no Vaticano. Só uma?
Edward Snowden, o ex-funcionário da CIA que revelou o programa de espionagem da internet do governo americano, teve seu passaporte cancelado. Como ele está conseguindo viajar pelos países? > Saiba mais
– Acesso aos Arquivos Secretos – Descontos, promoções e sorteios exclusivos Basta enviar e-mail pra rkelmer(arroba)gmail.com com seu nome e cidade e dizendo como conheceu o Blog do Kelmer.(saiba mais)
Criei uma revistinha no Facebook. Ela se chama As Preciosas do Kelmer e é feita de dicas e comentários sobre variados assuntos. A periodicidade é mensal, funciona por meio de uma única postagem que abasteço com subpostagens e os leitores podem comentar a qualquer momento e até sugerir assuntos. Por seu caráter dinâmico e interativo e por construir-se a cada dia, eu diria que é uma revista orgânica. A capa da revista é a própria imagem da postagem, que sempre trará imagens femininas.
Meu objetivo com As Preciosas é dar vazão à minha necessidade de comentar fatos do cotidiano. Pra mim o Facebook é ideal pra isso. Aqui no blog postarei a edição do mês e a atualizarei a partir das atualizações no Facebook, sempre com imagens. Espero que você goste.
Imagem da capa: Lola Benvenutti, garota de programa, formada em Letras. Mantém um blog onde narra, com estilo literário, os programas que faz.
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*** SORTEIO DE DVDS
Leitores que comentarem nesta edição concorrem ao sorteio de 1 livro kelmérico + 1 DVD. O sorteado escolhe entre vários títulos.
FILMES
2001, Uma Odisseia no Espaço – Alucinações do Passado
Bettie Page – Blade Runner – Calígula – Chicago
Desconstruindo Harry – Don Juan DeMarco – A História de O
Lua de Fel – Matrix – Moulin Rouge – Nove Rainhas
A Pele que Habito – O Elo Perdido – O Exorcista
Uma Cilada para Roger Rabbit
*** O CIRURGIÃO METROSSEXUAL QUER ABALAR NO CONGRESSO por Ricardo Kelmer
O médico cirurgião Robert Rey é uma das figuras mais controversas da televisão brasileira. Tornou-se mundialmente famoso com um programa no estilo reality show (Dr. Hollywood) sobre cirurgias plásticas. Nascido no Brasil, ele afirma ter tido uma infância pobre, conta que foi adotado por mórmons, que o levaram para os EUA, e lá ele estudou em ótimas universidades. Até recentemente dizia querer ser governador da California para lutar pelos direitos dos latinos nos Estados Unidos. Parece que mudou de opinião pois recentemente filiou-se ao PSC, o Partido Social Cristão, o mesmo do deputado Marco Feliciano, o pastor homofóbico, racista e sexista que preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
– Procurei esse partido porque, aqui, nós não temos vergonha da palavra de Deus – afirmou Dr. Rey. – Entendo que o mundo está entrando no caos porque as pessoas não querem mais ouvir a palavra de Deus.
Dr. Rey tem 52 anos, é milionário, mora em São Paulo e Nova York e fatura anualmente 100 milhões de dólares com seu programa, os produtos com sua marca e suas cirurgias nos EUA. Bonitão, corpo bombado (toma 27 vitaminas por dia), dono de um estilo visual extravagante, ele define-se como metrossexual, só usa roupas de grife e diz que atua como Robin Hood, “roubando das riquinhas com suas cirurgias plásticas para dar aos pobres em forma de cirurgias de lábio leporino” (palavras dele próprio). Quem o escuta discorrer sobre sua história de vida e suas ideias mirabolantes ou comove-se profundamente e vira seu fã ou acha que ele é um doido alegre – ou então tem certeza de tratar-se de um brilhante e sedutor oportunista. De fato, é uma figuraça.
Pelo jeito, o bonitão Dr. Rey será candidato a deputado federal em 2014. Com seu ar de bom moço e um discurso de tonalidades messiânicas, encarnando em si o melhor exemplo da teologia da prosperidade e ainda ao lado de Deus, certamente a boiada evangélica o elegerá e sua votação engordará o partido, ajudando a eleger outros candidatos.
Uma pena que Clodovil Hernandez já se foi. Ele e Dr. Rey no Congresso, já pensou?
*** DOIDO ALEGRE OU OPORTUNISTA BRILHANTE E SEDUTOR?
Em jul2012 a jornalista Marília Gabriela entrevistou Dr. Rey em seu programa De Frente Com Gabi. Nessa época ele ainda almejava ser governador da California. Hoje, filiado ao PSC (o mesmo partido do pastor raivoso Marco Feliciano), Dr. Rey provavelmente será candidato a deputado federal em 2014. Sim, é uma figura folclórica e meio bizarra mas é melhor começar a prestar atenção nele, principalmente agora que Deus está ao seu lado.
1a parte da entrevista
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*** PETIÇÃO A FAVOR DO ESTADO LAICO
Os bandidos deste país descobriram que se a melhor profissão do mundo é ter uma igreja no Brasil (é isenta do pagamento de impostos e pode-se desviar dinheiro à vontade), melhor ainda é ser religioso e político, afinal quem pode ser contra aquele que fala em nome de Deus? Por essas e outras é que devemos defender o Estado laico pois somente assim haverá liberdade de crença ou não crença para todos e a religião não interferirá nas questões de Estado.
Maurício Ricardo é um dos melhores chargistas e cartunistas do Brasil. Ele também compõe as músicas e faz as vozes de suas charges animadas, ou seja, o cara é fera. Inteligentes, divertidas e com um afiado senso crítico, suas charges animadas na internet e na TV o tornaram famoso no Brasil. Recentemente ele criou uma charge sobre a filiação do inacreditável Dr. Rey ao abominável PSC (Partido Social Cristão) do pastor homofóbico, racista e sexista Marco Feliciano. Ficou ótima, resultando numa crítica bem humorada sobre a bizarrice da política brasileira e a não menos bizarra cultura das celebridades. > Confira
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*** A LÍNGUA PORTUGUESA
5 de maio é o Dia da Língua Portuguesa. Um brinde!
A língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica flexiva originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no Norte de Portugal. A parte sul do Reino da Galiza se tornou independente, passando a se chamar Condado Portucalense em 1095 (um reino a partir de 1139). Enquanto a Galícia diminuiu, Portugal independente se expandiu para o sul (Conquista de Lisboa, 1147) e difundiu o idioma, com a Reconquista, para o sul de Portugal e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o Brasil, África e outras partes do mundo. O português foi usado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas. > Saiba mais
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*** O GOZO DA LÍNGUA
Ricardo Kelmer
Pela maciez sonora dos fonemas
De formas acetinadas
Que a língua deslize
As arestas silábicas
Que a pronúncia obstaculizam
A língua sensibilize
E no subentende-se das reticências
Onde a linguagem se insinua
Que a língua dance nua
E mexa-se, revire-se, contorça-se
Lambendo-se ao prazer do ritmo
E no sabor do som deleitoso
Salive de gozo em êxtase linguístico
Ao silenciar dos versos que findam
Que descanse a língua de sua lida
E, enfim, adormeça, desmaiada e lânguida
Desmilinguida
Museu da Língua Portuguesa ou Estação Luz da Nossa Língua é um museu interativo sobre a língua portuguesa localizado na cidade de São Paulo, Brasil no histórico edifício Estação da Luz, no Bairro da Luz, concebido pela Secretaria da Cultura paulista em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, tendo um orçamento de cerca de 37 milhões de reais (14,5 milhões de euros). O objetivo do museu é criar um espaço vivo sobre a língua portuguesa, considerada como base da cultura do Brasil, onde seja possível causar surpresa nos visitantes com os aspectos inusitados e, muitas vezes, desconhecidos de sua língua materna. Segundo os organizadores do museu, “deseja-se que, no museu, esse público tenha acesso a novos conhecimentos e reflexões, de maneira intensa e prazerosa”. O museu tem como alvo principal a média da população brasileira, composta de pessoas provenientes das mais variadas regiões e faixas sociais do país, mas que ainda não tiveram a oportunidade de obter uma idéia mais precisa e clara sobre as origens, a história e a evolução contínua da língua. > Saiba mais, veja fotos
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*** LIVRANDO A SEMANA (61)
HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA (Segismundo Spina) Ateliê
A História da Língua Portuguesa, organizada pelo prof. Dr. Segismundo Spina, é composta de seis capítulos, que abarcam o período que vai do século XII ao século XX. Cada capítulo vem seguido de textos anotados, vocabulário crítico e bibliografia comentada. Dentre os muitos aspectos louváveis da obra, mencionem-se as observações de caráter estilístico e cultural, que não somente enriquecem o texto como também contribuem para torná-lo de mais agradável leitura. Acrescentem-se, ainda, como traço inovador, os comentários referentes às oposições entre o português europeu e o brasileiro, que constituem importante contribuição para a discussão sempre retomada do problema da língua brasileira , com freqüência equacionada em termos inadequados.
No Brasil os cinemas viram igrejas. A arte e a cultura são expulsas e em seu lugar o povo paga para ser treinado diariamente na arte de não questionar a religião na qual é condicionado a crer desde que nasce. Pobre Brasil religioso. Pobre povo-boiada.
Na Holanda as igrejas viram cafés, bares, livrarias e casas de show. > Saiba mais
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*** LOLA BENVENUTTI E A CORAGEM DE VIVER por Ricardo Kelmer
Uma garota de programa mantém um blog no qual conta sobre sua vida e narra o que faz com seus clientes. Você já viu esse filme, né? Eu também. Bruna Surfistinha tornou-se uma celebridade nacional graças a seu blog. Porém, tô falando de outra garota de programa. Seu nome: Lola Benvenutti. Seu diferencial é que ela é culta, é formada em Letras pela Universidade Federal de São Carlos-SP, gosta de literatura e escreve bem. O nome profissional foi inspirado na personagem Lolita, do romance de Vladimir Nabokov. > Leia mais
A jornalista Ruth de Aquino escreveu recentemente na revista Época um artigo em que defende o voto facultativo em lugar do voto obrigatório. E mostra por que o voto obrigatório é nocivo à nossa sociedade. Eu, particularmente, também sou contra o voto obrigatório. Mas os políticos desonestos costumam ser a favor. E você, nobre leitor, generosa leitorinha, qual é a sua opinião?
O voto obrigatório mascara o real interesse da população na eleição. Faz muita gente (de todas as classes sociais) eleger “rostos conhecidos” ou “amigos de amigos”. Falta maior consciência do eleitor, falta educação política? Falta. O voto facultativo levaria às urnas quem acha que sua escolha pode mudar o atual estado de coisas. Falta vergonha na cara dos políticos, falta transparência nos gastos públicos? Falta. O voto facultativo obrigaria o Estado a fazer campanhas sobre a importância de participar do processo democrático. Obrigaria os políticos a se preocupar mais com sua ficha corrida e a prestar contas de seus atos. O voto seria dado com consciência e por convicção, não por medo de pagar multa. > Leia o artigo na íntegra
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*** LIVRANDO A SEMANA (62)
CASAGRANDE E SEUS DEMÔNIOS (Walter Casagrande e Gilvan Ribeiro) Globo
“Demônios à solta” não são mera figura de linguagem. Eles aparecem logo no título do primeiro capítulo do livro Casagrande e seus demônios, tratando daqueles fantasmas que rondam a vida de uma pessoa em desequilíbrio físico e emocional. Os “demônios” ilustram bem a reviravolta na vida de Walter Casagrande Júnior, que foi de ídolo do esporte a viciado em cocaína e heroína. Casão, ex-jogador do Corinthians, querido da torcida, integrante da Democracia Corintiana junto com Sócrates, e comentarista da TV Globo, expõe sem firulas ao jornalista Gilvan Ribeiro, coautor do livro, todo o seu declínio e restabelecimento.
Ricamente ilustrado, com um caderno recheado de fotos, a publicação tem prefácio de Marcelo Rubens Paiva, amigo de sempre, que endossa a hipótese de que tantas coisas boas, e outras tantas ruins, que permearam a vida do ex-jogador dariam um bom roteiro para um livro. “Casão faz questão de contar o inferno que viveu quando era viciado em drogas e sua internação, pois para ele é fundamental passar adiante a experiência, dividir as dores da dependência e alertar para os perigos de um vício frenético, sem preconceitos, desvios ou mentiras. A verdade ajuda a sanidade”.
Art Cote, 55 anos, é programador de computação na Califórnia, EUA. Em 2010 ele teve câncer no pescoço. Seu depoimento foi publicado na revista SuperInteressante em jan2013. Eis um trecho:
Em 2010, saí de férias com minha mulher. Era maio, lindo tempo para a praia. No primeiro dia de viagem, quando eu esperava num bar para almoçar, o telefone tocou. Era meu médico. Ele falou com calma e sem pausas. “Sr. Cote, infelizmente a biópsia deu positivo. Você tem um carcinoma de células escamosas em seu pescoço, que precisa ser retirado imediatamente.” Fui operado poucos dias depois de voltar a São Francisco, onde moro. Só que ninguém me avisou sobre as consequências da cirurgia. Os médicos tiraram o tumor, mas me deixaram com uma dor terrível. Eu quase não podia suportar. Na primeira noite, pedi mais analgésicos à enfermeira. Ela disse que eu já havia tomado minha cota de Tylenol, e que portanto teria de esperar até a manhã seguinte. Passei a noite em agonia. No outro dia, fui apresentado à oncologista, que me passou a lista de prioridades: ressonância magnética, radiação e quimioterapia. Dava para ver que seria um caminho difícil. > Leia na íntegra
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*** MARINA SILVA DEFENDE MARCO FELICIANO E VÊ PRECONCEITO RELIGIOSO
A ex-ministra Marina Silva (sem partido) se envolveu em uma polêmica nas redes sociais ao afirmar que o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), que é pastor e preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, “está sendo criticado por ser evangélico e não por suas posições políticas equivocadas”. Feliciano é acusado de racismo e homofobia. Ele assumiu o comando da comissão no dia 7 de março. Também evangélica, a provável candidata à Presidência em 2014 fez a afirmação em palestra na Universidade Católica de Pernambuco na terça-feira 14 de maio. > Leia mais
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*** AS ORIGENS DO CROWDFUNDING
Como conseguir dinheiro para financiar nossos projetos? A internet tornou a coisa mais fácil. Conheça as formas de financiamento coletivo e saiba qual se adequa mais a seu projeto. > Leia mais
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*** PIZZA COM LARVAS DE BESOURO E MOSCA
Esta é uma das infinitas receitas possíveis com insetos, e que servirei no lançamento do meu próximo livro. Estão todos convidados.
INGREDIENTES – 1 disco de pizza, 25 g de larvas de besouro, 25 g de larvas de mosca, 15 ml de azeite de oliva, 60 g de muçarela, Coentro. MODO DE PREPARO – Coloque as larvas de besouro e mosca sobre a pizza e acrescente o coentro. Cubra com a muçarela cortada, regue com azeite de oliva e asse em forno pré-aquecido a 180° C. Sirva depois que o queijo dourar e derreter.
ABC DE RACHEL DE QUEIROZ (Lilian Fontes) José Olympio
Organizado pela escritora Lilian Fontes, este ABC conta um pouco sobre a vida e a obra de Rachel de Queiroz, em formato típico da literatura de cordel. Ícone da nossa literatura, Rachel de Queiroz tem passagens da sua vida e carreira exploradas a cada letra do alfabeto que traz à tona uma palavra, um tema, uma reflexão sobre essa clássica autora. Volume essencial para estudantes e estudiosos de Rachel de Queiroz.
A cultura patriarcalista e as religiões cristãs sempre temeram a sexualidade da mulher. Durante séculos a união do machismo com a religião fez as mulheres reprimirem sua própria liberdade, tudo em nome da família e de Deus, claro. As que ousavam viver naturalmente sua sexualidade, como os homens heterossexuais sempre viveram a sua, eram xingadas, perseguidas, agredidas, execradas, expulsas, estripadas, assassinadas, queimadas em fogueiras. E, evidentemente, iam para o Inferno, arder eternamente pelo pecado de serem livres. > Leia mais
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*** MARCHA DAS VADIAS PROMOVE ATOS EM TODO O PAÍS NO FIM DE SEMANA
No dicionário, o adjetivo feminino vadia significa ”mulher que, sem viver da prostituição, leva vida devassa ou amoral”. Na vida, adolescentes e jovens se apropriaram do termo para criar um movimento global que exige o fim da violência doméstica e da culpa atribuída à mulher. A Marcha das Vadias acontece em 13 cidades neste sábado (25) e domingo (26). A palavra é usada de forma pejorativa e, geralmente, é atribuída às mulheres que optam em sair dos padrões comportamentais e assumem suas escolhas seja no uso de uma roupa, seja no uso da palavra. Para chamar a atenção sobre a desigualdade de gênero e a violência contra a mulher é que milhares sairão às ruas.
Nesta 3a edição da Marcha, o tema escolhido foi “Quebre o Silêncio” com o objetivo de enfatizar sobre a necessidade de ampliar as denúncias de violência doméstica, com a divulgação, inclusive, dos serviços de atendimento de referência. Dados do Ligue 180, da secretaria nacional de Política para Mulheres, a cada dia, em média, 2.175 mulheres telefonam para o serviço. Em 89 % dos casos, o agressor é o companheiro ou ex-companheiro da mulher, 50% das vítimas dizem estar correndo risco de morte. O Brasil é o 7º país no ranking mundial de homicídios de mulheres, segundo o Conselho Nacional de Justiça. O Mapa da Violência 2012, citado pela ministra Eleonora Menicucci, revela que em 65% dos casos de violência sexual o estuprador era um parente ou conhecido da mulher.
*** CUIDADO EXCESSIVO COM O CORPO PODE SE TORNAR DOENÇA
Poizé. Sempre desconfiei que tinha muita gente doente nas academias de ginástica. > Leia a notícia
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*** LIVRANDO A SEMANA (64)
DELTA DE VÊNUS (Anais Nin) L&PM
Tradução de Lúcia Brito
Prostitutas que satisfazem os mais estranhos desejos de seus clientes. Mulheres que se aventuram com desconhecidos para descobrir sua própria sexualidade. Triângulos amorosos e orgias. Modelos e artistas que se envolvem num misto de culto ao sexo e à beleza. Aristocratas excêntricos e homens que enlouquecem as mulheres. Estes são alguns dos personagens que habitam os contos – eróticos – de Delta de Vênus, de Anaïs Nin. Escritas no início da década de 40 sob a encomenda de um cliente misterioso, estas histórias se passam num mundo europeu-aristocrático decadente, no qual as crenças de alguns personagens são corrompidas por novas experiências sexuais e emocionais.
Discípula das descobertas freudianas, Anaïs Nin aplicou nestes textos a delicadeza de estilo que lhe era característica e a pungência sexual que experimentou na sua própria vida. Mais do que contos eróticos, Delta de Vênus oferece ao leitor histórias de libertação e superação. Foi publicado pela primeira vez em 1978, e em 1995 foi adaptado para o cinema tendo como realizador Zalman King.
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COMENTÁRIOS
. 01- Nosso Larry Flint… Eduardo Freire, Fortaleza-CE – mai2013
02- Dr. Rey nas próximas eleições… Sério??? Pooooooooxa, peitões e bundões para todos! Vamos rir da esculhambação, porque chorar já não adianta! Me poupe! Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
03- Alguém que quer demostrar ser sem noção e meio doido, mas que na verdade é esperto o bastante para trocar sua carreira pela política… Por que será??? Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
04- Acho que eles estão de conversinhas para que o Dr. Rey fique responsável por algumas cirurgias estéticas que o Sr. Feliciano quer fazer para ficar bonitinho. Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
05- Pô Ricardo, uma curiosidade. Essas fotos de poses e mulheres sensualíssimas… de onde tu sacas. São amigas, amantes… de onde tu garimpas? Brennand De Sousa Bandeira, Fortaleza-CE – mai2013
RK- Oi, Brennand. As imagens que ilustram meus textos e a capa dAs Preciosas do Kelmer são conseguidas em pesquisas na internet e algumas são de amigas e namoradas, sendo que costumo editar as imagens, às vezes mesclando-as com outras imagens. Algumas leitorinhas também enviam fotos suas pra ilustrar meus trabalhos, às vezes usando e-mails criados apenas para esse fim, às vezes revelando pra mim suas identidades. Muitas mulheres têm esse fetiche, de verem fotos íntimas suas ilustrando poemas, contos e crônicas – e é claro que eu adoro esse fetiche. A ilustração desta crônica abaixo, por exemplo, tem a foto de uma leitorinha mui generosa. https://blogdokelmer.com/2009/06/16/inculta-e-bela-dengosa-e-cruel
06- É isso aí, um país inteiro ou até mesmo o mundo (mesmo com suas diferenças de raças, classe social, religião…), unido em um só lugar pelos os prazeres e as delícias de uma língua. Hum… viva a Língua Portuguesa! Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
07- Última flor do Lácio, esplendor e sepultura, (…) A bruta mina entre os cascalhos vela (…) Amo o teu viço agreste e o teu aroma Amo-te, ó rude e doloroso idioma! Olavo Bilac, in “Poesias” Tereza Cristina da Silva, Fortaleza-CE – mai2013
08- “Religioso” né! Algumas pessoas usam a religião para manipular outras pessoas a satisfazerem seu desejo pelo poder. Outras pessoas usam a religião para responsabilizá-la por suas falta de coragem, por suas estagnações e preguiças, para mascarar-se de bom moço ou boa moça e parecerem diante a sociedade pessoas bondosas, caridosas e cheias de humildade e abnegação. Fico pensando como Deus se sente diante de tanta falsidade, egoísmo e guerras em nome da tal “religião”. Se fosse um simples ser humano com certeza já teria perdido as estribeira, ficado arrependido da sua grande “obra” e tocado fogo nessa esculhambação toda. Eu o já teria feito! kkkkkkk Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
09- E se o tal “paraíso” bíblico tão propalado e tão monótono e sem graça existisse, já teria virado um inferno porque ninguém ia aguentar. Robert Pereira, Salvador-BA – mai2013
10- Concordo com o Robert Pereira! Deus nos livre desse “paraíso” arrumadinho, paradão e sem desejos citado pelos os “religiosos”. O Paraíso ou o Inferno não é esse lugar que vamos quando der adeus a Terra, mas é um estado espiritual vivo dentro de nós, se vivemos em paz ou no caos depende das nossas escolhas e não do Deus ou do Diabo que queira nos levar. Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
11- Quem faz os “céus” e os “infernos” dentro e fora de nós somos nós mesmos. Como dizia John Milton em Paraíso Perdido: “A mente é seu próprio lugar, e dentro de si / Pode fazer um Inferno do Céu, do Céu um Inferno”. Robert Pereira, Salvador-BA – mai2013
12- É preciso muita coragem e autenticidade mesmo. Não que as mulheres devem ir lá e virar garota de programa (mas se essa é a sua vontade…), mas que ao menos assumam os seus desejos, falem mais de sexo, do que gostam, do que não gostam, das suas fantasias. É triste, mas muitos relacionamentos estão se acabando pela a frieza das mulheres, pois muitas ainda se reprimem devido as regras machistas da sociedade antiga e tentam parecer recatadas, puras e submissas, quando na realidade querem sentir prazeres, satisfazer suas vontades, gritar de tesão. Mulheres, que possamos nos amar mais, nos respeitar mais, aceitar e assumir os nossos desejos e ter muito, mas muito orgasmo (de qualidade!). Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
13- Gostei dos gritos!! Robert Pereira, Salvador-BA – mai2013
14- Vi o programa por acaso, mas foi bem bacana. Lola (Gabriela) é uma moça muito bem educada e com um jeitinho interiorano e até tímido fala de sua profissão e de como gosta disso… Tranquilamente! Em meios as indiretas e brincadeiras dos integrantes do Agora é Tarde, não se envergonhou de nada e nem perdeu a linha. É totalmente assumida! Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
15- Ninguém conhece mesmo o “Céu” e o “Inferno” que leva cada pessoa dentro de si mesma. Enquanto muitas pessoas por aí estão pensando que céu e inferno, são lugares para onde se vai por merecimento quando morrer. Cada pessoa é mesmo responsável por sua felicidade ou caos, dependerá de suas escolhas. O Casagrande fez as suas escolhas, viveu o seu inferno com os seus demônios, se reergueu e teve a coragem de contar em um livro. Que todos que vivam o seu “Inferno” possa assim também se elevar até o seu “Céu” com os aprendizados adquiridos na vida. Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
16- Como toda droga (todo remédio) a maconha tem seus benefícios e males. O problema é que as pessoas exageram, usam para responsabilizá-la por atos idiotas e até criminosos, sempre fica em mãos erradas e favorece o tráfico. Seria interessante que ela fosse legalizada como medicamento, assim como os antibióticos que precisam de prescrição médica para comprar. Tem muita gente entrando nessa de “Marcha da Maconha” para liberá-la aqui, só pela folia, sem responsabilidade, só para ficar “doidão”. Enquanto isso prejudica muita gente que precisa usá-la como tratamento. Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
17- A Marina Silva não está defendendo o Sr. Marcos Feliciano, mas dizendo que ele está recebendo preconceitos por ser evangélico, o que não é verdade. Preconceito não se paga com preconceito, por isso acredito que não tem nada a ver, se fosse assim não existiria homossexuais e negros religiosos, pois os atingidos foram eles. A religião e Deus não podem ser responsabilizados pelos o preconceito existente nas pessoas! Segue o vídeo onde Marina Silva fala… http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=nPMBwsoZnp8Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
RK- Existem várias formas de defender uma pessoa, Renata Kelly. Uma delas é tentar desqualificar as críticas contra essa pessoa, que foi justamente o que fez Marina Silva. Isso é uma forma de defesa indireta. Com isso, Marina deseja angariar votos da boiada evangélica, e conseguirá. Mas perderá o respeito dos que lutam pela democracia, pelos direitos humanos e pelo Estado laico. Sendo ambos evangélicos fanáticos, Marina Silva e Marco Feliciano bem se merecem. http://revistaforum.com.br/blogdorovai/2013/05/15/marina-silva-ataca-movimento-lgbt-que-confronta-marcos-feliciano
18- É verdade Ricardo Kelmer, esses políticos têm o seu jeitinho de falar para não se comprometerem né, mas na verdade vão mexendo com a cabeça do povo leigo e também fanático pela a religião. Em que político vamos confiar??? Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
19- Sei não viu, acho que isso é coisa de quem com medo de daqui a algum tempo a comida não dê para todo o mundo, inventaram isso para o povo comer insetos e eles ficarem com toda comida. rsrsrsrs Não tem condições! Renata Kelly, Fortaleza-CE – mai2013
20- Aplausos para qualquer tipo de manifestação contra a violência, qualquer tipo de violência. Claire Feliz Regina, São Paulo-SP – mai2013
A primeira vítima da promiscuidade entre poder e religião é justamente o maior dos sustentáculos da democracia: a liberdade
RELIGIÃO NO PODER É FOGO
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Sim, faz parte da democracia que o pensamento religioso tenha representantes na vida política do país. Porém, os cidadãos verdadeiramente democratas devem sempre estar atentos para impedir que a religião ultrapasse seus limites de atuação, pois a primeira vítima da promiscuidade entre poder e religião é justamente o maior dos pilares da democracia: a liberdade. Há vários exemplos históricos das catástrofes que podem ocorrer quando a religião veste o manto do poder político. Mas fiquemos apenas num exemplo: a Santa Inquisição.
Também conhecida por Santo Ofício, a Inquisição é uma instituição católica criada no século 12 para, inicialmente, combater as heresias, ou seja, as demais versões do Cristianismo. A novidade católica inspiraria também a futura igreja protestante, que em alguns países executou na fogueira seus próprios hereges, inclusive católicos. Com o tempo, outras motivações ideológicas, sociais e econômicas se misturaram ao caráter inicial da Inquisição e suas atividades variaram bastante de acordo com o país e a época, mas de modo geral seu objetivo era combater tudo que representasse ameaça à supremacia católica.
A coisa funcionava assim: ao julgar necessário, a Santa Sé enviava seus representantes e instalava os tribunais que, após o julgamento, eram desfeitos. Para que a Igreja não sujasse de sangue suas santas mãos, os tribunais apenas torturavam, extraíam confissões e julgavam, e no fim os condenados eram entregues às autoridades locais para que fossem punidos. O total de execuções é incerto e as estatísticas variam de dezenas de milhares a milhões de mortos em seis séculos de perseguições.
Para ser um réu, bastava uma simples denúncia anônima da vizinha invejosa, o que fazia as chantagens e os subornos correrem à solta, enriquecendo inquisidores e denunciantes e criando na sociedade um permanente clima de terror e paranoia coletiva. Os condenados, se tivessem sorte, sofriam apenas umas torturas educacionais ou tinham tomados seus bens e propriedades. Entretanto, se não confessassem exatamente os pecados que os inquisidores queriam ouvir, a pena era a morte. Havia métodos mortais bem engenhosos e criativos, mas o mais famoso era queimar vivo o condenado numa fogueira, sempre em público para servir de exemplo ao povo. Quando descobriram que alguns morriam por asfixia antes de serem queimados, passaram a embeber enxofre na roupa dos condenados. Mas era tudo por amor a Deus.
Há poucos estudos sobre a Inquisição no Brasil, mas aqui ela também esteve presente, embora de forma menos intensa, condenando a maior parte dos réus por prática de judaísmo – e confiscando todos os seus bens, claro, pois não pense você que sai barato manter em funcionamento o escritório terreno do Reino de Deus. Nos séculos 18 e 19 os tribunais foram gradualmente extintos na Europa, e a Espanha foi o último país a fechar o seu, em 1834. A Inquisição, porém, se mantém viva na Igreja Católica até hoje, com o nome mais agradável de Congregação para a Doutrina da Fé.
Felizmente os tempos são outros e a Igreja já não tem o poder de torturar e queimar vivos aqueles que não seguem os dogmas de sua cartilha – é a liberdade vencendo a ditadura da fé. Alguém pode dizer que a Inquisição está longe demais no tempo e que o exemplo é exagerado. Ainda que fosse distante, e mesmo que soasse exagerado, é preciso que a sociedade continue sempre atenta para que religião e poder não se misturem. Com fogo não se brinca. .
Ricardo Kelmer 2010 – blogdokelmer.com
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DICAS DE LEITURA
A caça às bruxas na Europa moderna – Brian P. Levack (Campus, 1988) – O estranho e terrível fenômeno da caça às bruxas é uma mancha de vergonha não só para a Igreja Católica como também para toda a cultura ocidental. Neste livro, o autor analisa as razões que levaram os tribunais eclesiásticos a julgar e matar milhares de pessoas pela suposta prática de magia maléfica e adoração ao Diabo. Por que tal fenômeno teve lugar justamente nessa época específica da História? Quem eram os acusados e seus acusadores? E por que motivo os julgamentos chegaram ao fim?
A caminho da fogueira – Michael Kunze (Campus, 1989) – Este é o impressionante relato de todo o processo de julgamento e condenação de uma família inteira de camponeses alemães do século XVII. O autor nos põe no interior de toda a trama e, com competência, nos leva a conhecer os meandros escuros dos processos inquisitórios da Idade Média.
Inquisição: prisioneiros do Brasil (Séculos XVI a XIX) – Anita Novinsky (Perspectiva, 2009) – A autora pesquisou arquivos em Portugal e, através da análise dos processos que a Inquisição moveu sobre mais de mil brasileiros, nos oferece um painel sobre a realidade das atividades do Tribunal do Santo Ofício no Brasil entre os séculos 16 e 19.
Perseguição religiosa– A história dos que morreram e mataram porque acreditavam em Deus – Revista publicada pela Mythos Editora.
Arquivos Secretos da Inquisição – Documentário. Produção: Canadá, 2006. Direção: Lauren Drewery. Foi exibido em formato de minissérie no canal The History Channel. Baseado em documentos inéditos e pesquisas que revelam inúmeros segredos do Vaticano, a minissérie tem intervenções de especialistas e retrata passagens obscuras da Santa Inquisição católica.
Sombras de Goya – Longa-metragem de ficção histórica. Produção: EUA/Espanha, 2006. Direção: Milos Forman. Conta a história do grande pintor espanhol Francisco Goya dentro do contexto da Inquisição Espanhola do século 18.
As bruxas de Salem – Longa-metragem de ficção histórica. Produção: EUA, 1996. Diretor: Nicholas Hytner. Apesar de não ser sobre a Inquisição, este filme mostra como o fanatismo religioso pode facilmente promover uma histeria coletiva e levar a condenações injustas. O filme conta a história de um episódio real ocorrido no povoado estadunidense de Salem, Massachusetts, em 1692, que foi o último caso de condenação por bruxaria nos Estados Unidos. O filme é baseado em uma peça teatral, escrita em 1953 por Arthur Miller, que também fez a adaptação pro cinema.
Giordano Bruno – Longa-metragem de ficção histórica. Produção: Itália/França, 1973. Direção: Giuliano Montaldo. O processo e a execução do astrônomo, matemático e filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600), queimado na fogueira pela Inquisição por causa de suas teorias contrárias aos dogmas da Igreja Católica.
O nome da Rosa – Longa-metragem de ficção. Produção: França/Itália/Alemanha, 1986. Direção: Jean-Jacques Annaud. Baseado no romance homônimo de Umberto Eco. Num mosteiro beneditino italiano do sec. 14, que guarda uma imensa e preciosa biblioteca, estranhas mortes começam a ocorrer, levando a Igreja a investigar. Nesse cenário instala-se a luta entre os valores da Santa Inquisição, representados pelo Inquisidor Geral Bernardo Gui, e a nova mentalidade renascentista, com sua postura humanista, representada pelo monge franciscano intelectual William de Baskerville.
O mundo é uma mentira – Este filme mostra o quanto a história é manipulada pelas elites religiosas e econômicas, que “criam” os fatos e nos fazem todos acreditarmos neles, lutarmos por eles, matarmos por eles
Memórias de um excomungado – Eu jamais havia cogitado a ideia de que era possível não ter religião ou não acreditar em Deus
A menina, a exorcista e a cantora – Primeiro a menina é usada como laboratório de novas técnicas de exorcismo. Agora é usada como objeto de promoção de igreja evangélica. ATENÇÃO: CONTÉM COMENTÁRIOS VIRULENTOS DE FANÁTICOS RELIGIOSOS
Religião certa e sexualidade errada – Com exceção daquelas mais ligadas à Natureza, as religiões atuais foram criadas por homens e refletem a mentalidade patriarcal dominadora
Religião no esporte é gol contra – Se nada for feito, a religião invadirá os campos e quadras e o esporte virará uma cruzada entre os jogadores e seus deuses. ATENÇÃO: CONTÉM COMENTÁRIOS VIRULENTOS DE FANÁTICOS RELIGIOSOS
Santa Luana, livrai-nos dos fanáticos – Crer que o ser supremo do Universo está do meu lado e castigará quem discorda de mim e que o meu deus é real e os outros são mentira – isso não é fanatismo? ATENÇÃO: CONTÉM COMENTÁRIOS VIRULENTOS DE FANÁTICOS RELIGIOSOS
Meu futuro de popistar cristão – Meus shows seriam superanimados, sempre acompanhados de meu time de ruivinhas cristãs de minissaia, as Noviças Viçosas
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COMENTÁRIOS .
01- Isso eh muito antigo nem existe mais, tem q se atualizar e parar de perseguir a igreja catolica ! Michele SJ, Fortaleza-CE – set2014
02- A crença no estado não seria outra espécie de religião? Antonio Carlos Bola Harres, Rio de Janeiro-RJ – set2014
03- Apropriado texto. Francisco Coelho, Rio de Janeiro-RJ – set2014
04- Meu amigo, estamos em 2014, fazer uma analogia entre o mundo de hoje e o de 600 anos atrás está fora de questão. A religião foi uma maneira encontrada pelos Homens para se aproximarem de seus Deuses. O problema são os homens e não as religiões e Deus não faz mal algum a seus filhos. Claudio Salazar, Fortaleza-CE – set2014
05- Você já ouviu sobre maçonaria? CasaVistamar Ilha Grande, Angra-RJ – set2014
06- concordo em partes, o problema não é a pessoa religiosa gerir um país, e sim o tamanho do preconceito que esta sendo propagado pelos mesmos, onde uma pessoa é julgada simplesmente por não participar de um culto, celebração ou reunião, vindo mais de protestantes que são os que mais se reprimem e impõe suas “verdades” absolutas. Nelis Ferreira, Caucaia-CE – set2014
A Entrega – Memórias eróticas
Toni Bentley (editora Objetiva/2005)
Resumo extraído do site da editora:
Poucas mulheres praticam, e um número menor ainda admite fazê-lo. Desde “A História de O” até “O Beijo e A Vida Sexual de Catherine M.”, leitores se deixam fascinar por memórias subversivas escritas por mulheres. Mas nem mesmo esses clássicos eróticos ousaram desbravar o terreno que Toni Bentley explora em “A Entrega”. Ao conhecer um amante que lhe apresenta ao sexo anal, ato que ela define como “sagrado”, ela descobre um prazer radical e inesperado que a faz “despertar” e descobrir os caminhos de sua própria sexualidade. Nestas memórias ousadas e íntimas, escritas em primeira pessoa, a autora afasta o véu que esconde a experiência erótica proibida desde os tempos bíblicos e celebra “a felicidade que existe do outro lado das convenções, onde o risco é real e onde reside o êxtase”. Este livro é uma exploração sagaz, inteligente e eloquente da obsessão de uma mulher que fará os leitores questionarem seus próprios desejos. Trata-se de um relato sagaz e corajoso do percurso de uma mulher pelos labirintos do desejo e da alma.
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POUCOS E ESPERTOS LEITORES Ricardo Kelmer 2007
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Uau, que livro!!! Erotismo subversivo de primeira. Dificilmente se verá tanta franqueza e coragem como no relato autobiográfico dessa bailarina que se aventura pelas possibilidades sexuais de seu corpo, fazendo-o altar sagrado e profano de sua busca angustiada por si mesma.
Solidão, insegurança, o trauma paterno, as categorias de homens, a competição com as mulheres, orgasmos, fetiches… está tudo lá, escancarado, feito as pernas de Toni dobradas para o alto, expondo toda sua intimidade ao deus-demônio que ela tanto busca. O mais interessante é a relação de Toni com o sexo anal, mostrando como a prática-tabu, inesperadamente surgida em sua vida, ensinou-lhe o caminho da libertação e da redenção através do prazer da submissão – olha que louco. Louco e deliciosamente pornográfico. Toni filosofa sobre sua irresistível preferência com graça, humor e profundidade (ops), mostrando como o homem certo pode quebrar os paradigmas de uma mulher, abrindo-lhe as portas para um mundo de prazeres que ela sequer sonhava existir.
É surpreendente a descontração com que Toni conta suas transas anais. É quase chocante a naturalidade com que ela fala de seu cu. Essa surpresa e esse choque que A Entrega provoca nos faz perceber que ele, o cu, está na fronteira de nossa sexualidade. Falamos de seios, paus e bucetas sem os velhos pudores de antigamente. No teatro há os monólogos da vagina e os diálogos dos pênis. Até mesmo o universo do sadomasoquismo é mostrado nos programas da tevê. Mas o cu não. Nem seu nome é bem vindo. E o sexo anal continua nos constrangendo nas rodas de conversa: quem não faz, diz que não gosta, e quem gosta, diz que não faz. Um tabu que resiste ao tempo.
O livro de Toni recebeu prêmios literários nos Estados Unidos, onde foi lançado em 2004, além de provocar certo escândalo. Aqui no Brasil, com a nossa fixação em bunda, ele provavelmente fará uma boa carreira, certo? Nem tanto. Talvez o tabu fale mais alto e a leitura de A Entrega fique restrita a poucos leitores. Poucos e espertos leitores.
Por trás do sexo anal (1) – Se esotérico significa a parte mais oculta de uma tradição ou ensinamento, aquilo que somente iniciados alcançam após muito estudo e dedicação, então o sexo anal é o lado esotérico do sexo
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MAIS SOBRE SEXUALIDADE FEMININA
O íncubo – Íncubos eram demônios que invadiam o sono das mulheres para copular com elas – uma difundida crença medieval. Mas… e se ainda existirem?
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Você consegue imaginar Nossa Senhora tendo desejos sexuais? Alguma vez na vida você a imaginou fodendo?
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Na Idade Média o desejo sexual feminino foi demonizado pela Igreja Católica, servindo de pretexto para levar muita mulher ao fogo da Santa Inquisição. Coisa de homem que morre de medo de mulher. Coisa de uma religião altamente repressora da natureza, inclusive a natureza humana. Coisa de uma sociedade comandada por homens que não conseguem lidar bem com o princípio feminino em si próprios e, por consequência, ao redor deles.
Mas a Igreja Católica não está sozinha nessa perseguição ao tesão feminino. Em todas as culturas patriarcalistas o feminino é reprimido e o tesão das mulheres então, nem se fala. Essas sociedades fazem de conta que suas mulheres não sentem desejo, não pensam em sexo, e assim tratam de convencê-las de que mulher deve apenas casar, ser uma esposa prendada e fiel, cuidar do marido e dos filhos… E isso não se discute, tá, minha senhora, é assim porque Deus quer, e agora reze dois pai-nossos e três ave-marias pra senhora tirar esses pensamentos malignos da cabeça.
O mais triste é que a maioria das mulheres dessas tais sociedades, ao menos no nível da consciência, realmente se convence de que seu desejo sexual é algo errado. E como não se discute o assunto, pronto, está criado o tabu, um bicho que se alimenta do silêncio. E se o desejo feminino é um tabu, o prazer feminino é um tabu ainda maior…
– Senhores do Conselho. Não podemos permitir que esse assunto seja sequer comentado. Perderemos as rédeas de nossos casamentos se as mulheres descobrirem que podem ter prazer.
– Pior. Perderemos as rédeas do mundo!
– E vamo levar chifre pra caramba…
Esse último comentário aí foi do faxineiro, que estava varrendo o corredor e escutou o papo. Foi despedido no mesmo dia.
Se você é muito jovem, leitorinha querida, talvez se surpreenda, mas até algumas décadas atrás ainda discutíamos seriamente sobre se existia ou não orgasmo feminino. Eu juro!
bendita sois vós
Como todos os arquétipos, o arquétipo feminino possui variados aspectos. Em nossa cultura ocidental, que ainda é patriarcal-cristã, o aspecto mais valorizado do feminino sempre foi o maternal, aquele ligado à reprodução e ao cuidado com a prole. Durante séculos o maior ícone feminino foi Maria, a mãe de Jesus. Você consegue imaginar Nossa Senhora tendo desejos sexuais? Alguma vez na vida você a imaginou fodendo? Certamente não. Porque Nossa Senhora é um símbolo que evoca apenas aspectos do feminino ligados não somente a maternidade mas também a pureza e castidade, além de mansidão e passividade. Nossa Senhora é uma imagem inteiramente assexuada.
Se maternidade é apenas um aspecto do arquétipo feminino, onde estão outros aspectos como força, sabedoria e desejo sexual? Afinal sabemos que uma mulher também é e sempre foi capaz de ser forte, sábia e de sentir tesão. Esses outros aspectos foram reprimidos, tão reprimidos que só lhes restou morar no inconsciente das mulheres. E mais: a Igreja, estrategicamente, as projetou em imagens negativas, principalmente na da prostituta, o que fez dela o maior símbolo da sexualidade feminina, ela e toda a negatividade automaticamente associada. Estava formada a dicotomia: a maternidade, a castidade e a mansidão de Nossa Senhora como bom exemplo, e a força, a independência e a liberdade sexual da puta como exemplo contrário, a ser jamais seguido.
Pra reforçar a repressão sobre o feminino sexualmente livre, a Igreja ainda transformou a Madalena dos evangelhos numa puta pecadora – mas uma puta que se arrepende, aaah bom, e que por isso tem seus pecados perdoados, ooohhh, e de bandida vira mocinha, louvado seja Deus!!! Bastante didático, admitamos. E que funcionou durante muito tempo. Porém…
dominando a natureza selvagem
Hoje, com a mudança dos valores, a emancipação das mulheres e a Igreja e seus ditames enfraquecidos, esses outros aspectos do arquétipo feminino se manifestam mais facilmente. As mulheres atuais podem exercer sua sexualidade de forma bem mais livre, sem medo de serem vistas como putas, pois aspectos como força, independência e desejo sexual não são mais privilégios das prostitutas. As mulheres podem agora ser fortes, ativas e senhoras de seus desejos livremente, e podem ser tudo isso ao mesmo tempo que são doces e maternais. A dicotomia foi finalmente quebrada, que bom.
A sexualidade livre e a independência são aspectos que ligam a mulher à sua natureza selvagem, ao seu lado animal, naturalmente livre, forte e sábio, conectado aos ciclos de crescimento. É o arquétipo do feminino selvagem, que durante séculos esteve reprimido no inconsciente. É por isso que os homens medrosos, o cristianismo e a sociedade patriarcal temem e reprimem o tesão feminino, porque sabem que não se domestica facilmente o que é selvagem. Uma mulher que tem consciência de sua natureza selvagem – como convencê-la a se aprisionar?
Para manter o domínio, a sociedade teve que fazer as mulheres esquecerem de sua natureza selvagem. E ainda hoje faz isso pois o medo da mulher independente continua existindo entre os homens – e até entre muitas mulheres. Mas mesmo presa e amaldiçoada, a mulher selvagem nunca morreu. O feminino selvagem está vivo, como sempre esteve. A diferença agora é que seus valores deixam o escuro do inconsciente das mulheres e aos poucos são incorporados pela consciência, tornando-as mulheres mais livres e independentes, mais fortes e ligadas à sabedoria natural. O mundo será mais belo e mais justo quanto mais o arquétipo do feminino selvagem for reativado em nossas mulheres, quanto mais elas perderem o medo de correr com os lobos.
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Ricardo Kelmer 2008 – blogdokelmer.com
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O texto a seguir foi publicado em 04.06.10, em minha coluna Kelméricas, no O Povo Online. .
O DESEJO FEMININO APRONTOU DE NOVO Ricardo Kelmer
Esta semana usarei o espaço da Kelméricas pra me desculpar. Tenho um grande respeito por meus leitores e sei que aqueles que acompanham de perto meu trabalho acessam O POVO Online às sextas-feiras pra ler a coluna atualizada, bem fresquinha. Portanto, você que tá aí me lendo, desculpa pela coluna não ter sido atualizada semana passada. Vou explicar.
O texto não publicado se chama “Quem tem medo do desejo feminino?” e fala sobre a histórica repressão à sexualidade feminina. Ele foi enviado ao O Povo On Line mas não foi publicado. A resposta oficial do portal foi:
“Todas as colunas são lidas e publicadas apenas se estivem de acordo com a linha editorial do grupo. A coluna Kelméricas que deveria ter ido ao ar sexta-feira passada no O POVO Online continha expressões ofensivas aos devotos de Maria e palavrões e, portanto, optamos em não publicar em respeito aos leitores que professam o catolicismo.”
Foi-me sugerido que eu reescrevesse o texto. Decidi não reescrever. Agradeci e expliquei que não posso pautar meu trabalho pelo receio de que algumas pessoas se sintam ofendidas. Pra mim, escrever pensando nisso é um tipo de contorcionismo ideológico mais difícil que lamber o próprio cotovelo. E olhe que eu tenho a língua grande.
Sou leitor do jornal O Povo há 37 anos e desde 1993 escrevo em suas páginas. Do O Povo Online sou colunista desde 2004, com quase 300 textos publicados. Somando tudo, são muitos anos de uma boa relação de parceria que, mesmo sem envolver dinheiro, me traz muita satisfação e me mantém ligado às minhas raízes cearenses. E tenho um orgulho danado por todos os leitores que conquistei ao longo de todos esses anos, cada um deles. Sim, inclusive os religiosos raivosos que adoram me insultar, afinal eles também vêm aqui me dar a honra de sua leitura.
Mas e o tal texto? Ele tá em meu blog, disponível pra ser lido, avaliado e criticado.
O jornal tem suas razões, eu sei. E eu tenho as minhas. Mas entre as duas razões, estará sempre o leitor, a nossa razão maior.
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Lolita, Lolita – Ela é uma garotinha encantadora. E eu poderia ser seu pai. Mas não sou…
A gota dágua – A tarde chuvosa e a força urgente do desejo. Ela deveria resistir mas…
A torta de chocolate – Sexo e chocolate. Para muita gente as duas coisas têm tudo a ver. Para Celina era bem mais que isso…
O mistério da cearense pornô da California – Uma artista linda e gostosa, intelectual e transgressora, que adora perversões e, entre uma e outra orgia, luta pela liberação feminina
Lola Benvenutti e a coragem de viver – A única salvação possível é sermos quem verdadeiramente somos. Parabéns, Lola, por sua coragem e autenticidade
Me estupra, meu amor – Fantasiar ser estuprada é uma coisa – querer ser estuprada é outra coisa totalmente diferente
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MAIS SOBRE LIBERDADE E O FEMININO SELVAGEM
A mulher selvagem– Ela anda enjaulada, é verdade. Mas continua viva na alma das mulheres
A mulher livre e eu – A liberdade dessa mulher reluz no seu jeito de ser o que é – e ela é o que todas as outras dizem ou buscam ser, mas só dizem e buscam, enquanto ela tranquilamente… é
Em busca da mulher selvagem – Era por ela que eu sempre me apaixonava, essa mulher que era quem ela mesma desejava ser e não a mulher que a família, religião e sociedade impunham que ela fosse
Amor em liberdade – O que você ama no outro? A pessoa em si? Ou o fato dela ser sua propriedade? E como pode saber que ela é só sua?
As fogueiras de Beltane – As fogueiras estão acesas, a filha da Deusa está pronta. O casamento sagrado vai começar
Medo de mulher– A mulher é um imenso mistério, que o homem jamais alcançará
Alma una – Eu faço amor com a Terra / Sou a amante eterna / Do fogo, da água e do ar / Sou irmã de tudo que vive / Ninfa que brinca com a vida / Alma una com tudo que há
Os apuros do homem feminista – Minha busca por relações igualitárias foi dificultada também porque muitas mulheres, mesmo oprimidas, preferiam relações baseadas no velho modelo machista
O feminino e o sagrado – Mulheres na jornada do herói (Beatriz Del Picchia e Cristina Balieiro – Editora Ágora, 2010) – É ainda mais interessante ver o relato das mulheres pois elas sempre foram, mais que os homens, historicamente reprimidas na busca pela essência mais legítima de suas vidas
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Mulheres que correm com os lobos
Clarissa Pinkola Estés (Editora Rocco) .
Os lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos como criaturas terríveis e violentas. Na Grécia antiga e em Roma, o animal era o consorte de Artemis, a caçadora, e carinhosamente amamentava os heróis. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante. Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Seu livro, Mulheres que Correm com os Lobos, ficou durante um ano na lista de mais vendidos nos Estados Unidos.
Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. Segundo a analista, a exemplo das florestas virgens e dos animais silvestres, os instintos foram devastados e os ciclos naturais femininos transformados à força em ritmos artificiais para agradar aos outros. Mas sua energia vital, segundo ela, pode ser restaurada por escavações “psíquico-arqueológicas” nas ruínas do mundo subterrâneo. Até o ponto em que, emergindo das grossas camadas de condicionamento cultural, apareça a corajosa loba que vive em cada mulher.
Então, li Mulheres que Correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estés. E tudo fez sentido. Lá estava o que eu intuía sobre a mulher e a relação entre os gêneros, mas ainda não sabia verbalizar. O livro me veio quando eu já lidava melhor com meus aspectos femininos e, por isso, me identifiquei profundamente com ele e com a histórica questão da domesticação da mulher.
Por meio de mitos e lendas coletados pelo mundo, a autora mostra como sobreviveu, mesmo escondida sob muitas formas simbólicas, o arquétipo do feminino selvagem, o modelo da mulher conectada com os ritmos e valores da Natureza e de sua própria natureza, o modelo da mulher livre. Um belo livro, que tem ajudado muitas mulheres a resgatar o que séculos de repressão lhes usurparam: o direito de serem o que quiserem. Um livro que fala essencialmente do feminino, mas também fala de homens, e deveria ser lido pelos dois. (RK 2009) .
Este e outros textos
integram o livro Vocês Terráqueas – Seduções e perdições do feminino
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Quem tem medo do desejo feminino? (1) – A maternidade, a castidade e a mansidão de Nossa Senhora como bom exemplo, e a força, a independência e a liberdade sexual da puta como exemplo contrário, a ser jamais seguido
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LIVROS
Vocês Terráqueas – Seduções e perdições do feminino – Contos e crônicas sobre a mulher (Ricardo Kelmer, 1998)
Mulheres que correm com os lobos– Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem (Clarissa Pinkola Estés – Editora Rocco, 1994)
A prostituta sagrada – A face eterna do feminino (Nancy Qualls-Corbert – Editora Paulus, 1990)
O feminino e o sagrado – Mulheres na jornada do herói (Beatriz Del Picchia e Cristina Balieiro – Editora Ágora, 2010) – É ainda mais interessante ver o relato das mulheres pois elas sempre foram, mais que os homens, historicamente reprimidas na busca pela essência mais legítima de suas vidas
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É esta a mulher que dança pela vida comigo, duas individualidades que se harmonizam mas não se anulam em estúpidas noções de controle: amamos o outro e não a posse do outro
A MULHER LIVRE E EU
. É ela quem eu quero, a dona dessa boca. A boca docemente familiar que amanhece de mansinho na minha quando desperto de mais uma madrugada de sonho e suor. Porém, bem mais que a boca, é o beijo da liberdade dessa mulher que me refresca a vida.
É ela quem eu desejo, a dona desse corpo. O corpo que me sugere as mais poéticas indecências e me convida a desvendar os segredos que eu já sei de cor, e quando estou lá, puff, de repente já não sei mais, e então me perco por seus montes e planícies e cavernas, e ao fim de tudo me contorço e urro e explodo no mais puro prazer de me perder. Porém, bem mais que no corpo, é na liberdade dessa mulher que a vida se desnuda para mim.
É da presença dela que eu preciso, ela que me traz a certeza de que não seguirei só. É de sua voz que carecem meus ouvidos, a voz que me embala a alma de blues e me faz convidá-la, vamos dançar, meu amor? É o meu olhar no seu que vejo quando nada mais vejo no breu das incertezas. Mas, sobretudo, é a liberdade dessa mulher que me clareia o caminho.
Ela é livre porque, apesar de ter nascido imersa numa cultura, um dia entendeu que não deveria limitar-se às regras, e assim modelou seu ser com o que de melhor encontrou pelo mundo. Evidente que esse não limitar-se às convenções fará dela uma eterna transgressora a incomodar os que só admitem o mundo pelas lentes de sua cultura e religião, mas esse é o preço da alma liberta, ela sabe. E eu faço questão de pagar junto dela.
Houve um tempo em que ela entendia seu corpo como algo contra o qual deve lutar todos os dias – até que percebeu que sua verdadeira beleza não vem de cosméticos, mas de sua alma harmonizada com os ritmos naturais da vida. Hoje ela não precisa gastar para ficar chique e bonita, pois a elegância da simplicidade há muito a fez sua modelo exclusiva. Sim, a mulher livre possui vaidades, mas ela não é boba, sabe que os criadores de moda não almejam a sua felicidade, mas a sua escravidão. E quanto a vestir-se para fazer inveja a outras mulheres, bem, ela sabe que mais tarde quem rasgará sua roupa sou eu.
Os mistérios de si, ela vai buscá-los, pois jamais seremos livres sem nos livrarmos do que por dentro nos paralisa e nos faz sabotar a própria vida. Ser livre é ampliar a cada dia a real noção de si, isso ela há muito compreendeu, e é por esse motivo que os que se libertam não se enganam mais como antes e, por serem verdadeiros, mais verdadeiras são suas relações.
E por bem saber o que ela é ou não é, essa mulher nada tem a provar a ninguém. Se interpretam erroneamente seu jeito espontâneo, ela ri do que dela pensam. Se seus desejos transcendem os velhos modelos sexuais, ela festeja e os divide generosa com eles ou elas, e em nome de seu sagrado prazer ela é a cadela devassa, a santa dadivosa da luxúria, a puta mais linda e desvairada que há.
A liberdade dessa mulher reluz no seu jeito de ser, e por não estar apegada a poder e dinheiro ela é a mais rica e poderosa de todas. E justamente por saber que a velhice é o segredo final da sabedoria é que a vida todo dia vem banhá-la de alegria e vesti-la com esse jeitinho de menina encantador.
É esta a mulher que dança pela vida comigo, duas individualidades que se harmonizam mas não se anulam em estúpidas noções de controle: amamos o outro e não a posse do outro. Estamos juntos porque finalmente encontramos a liberdade que acolhe e incentiva a nossa própria, e até nos permite dividir com o mundo o nosso amor. E por não sofrer temendo perder quem na verdade nunca possuímos, mais vivemos e gozamos o melhor amor que temos para nos dar.
. Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com
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Quem tem medo do desejo feminino? (1) – A maternidade, a castidade e a mansidão de Nossa Senhora como bom exemplo, e a força, a independência e a liberdade sexual da puta como exemplo contrário, a ser jamais seguido.
Os apuros do homem feminista – Minha busca por relações igualitárias foi dificultada também porque muitas mulheres, mesmo oprimidas, preferiam relações baseadas no velho modelo machista
Marchando com as vadias – Se ser vadia é ser livre para exercer a própria sexualidade, então todas as mulheres precisam urgentemente assumir sua vadiagem, para o seu próprio bem e o de suas filhas
Ciganas, lolitas, santas, prostitutas, espiãs, sacerdotisas pagãs, entidades do além, mulheres selvagens – em todas as personagens, o reflexo do olhar masculino fascinado, amedrontado, seduzido… Em cada história, o brilho numinoso dos arquétipos femininos que fazem da mulher um ícone eterno de beleza, sensualidade, mistério… e inspiração.
Mulheres que correm com os lobos– Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem (Clarissa Pinkola Estés – Editora Rocco, 1994)
A prostituta sagrada – A face eterna do feminino (Nancy Qualls-Corbert – Editora Paulus, 1990)
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COMENTÁRIOS .
01- Oi Ricardo, belo texto, lembra o livro, “As mulheres que correm com os lobos”, que é da Clarissa Estes, uma junguiana e contadora de histórias. Conhece? Muito bom (tanto olivro qt seu texto). Bj. Raquel Brasil, Fortaleza-CE – jun2009
02- Uau, acho que nunca li nada tao romantico vindo do Ricardo Kelmer, sera que meu amigo esta finalmente se entregando ao “amor” ou eh so ficcao mesmo? Ana Lúcia Castelo, Nova York-EUA – jun2009
03- Olá Kelmer, Bela crônica. Um ato apologético à criatura camaleônica da mulher, que promove digamos uma “troca de seios” à medida de nossa necessidade. Teve um momento do texto que me identifiquei com a parte boa introjetada de nossa realeza, a liberdade que vagueia pelos campos floridos do desejo saciado, sem qualquer laivo de anseio e voracidade; apenas o acalanto de um prazer purificado da necessidade de evacuar angústias e ansiedades. Gostei bastante. Aproveito para re-convidá-lo para uma entrevista em meu programa cultural na internet. Se você quiser marcar em julho, temos como. Um grande abraço e parabéns pela sensibilidade. Felipe Moreno, São Paulo-SP – jun2009
04- não sei nem como publicar isso no blog, mas se vc puder fazê-lo, faça, de qq forma eu já tinha encaminhado pra quase toda a minha lista e o pessoal está adorando…. Bj. Raquel Brasil, Fortaleza-CE – jun2009
05- Rapaz, onde é q a gente encontra uma “muié” dessas aí, mermão? Essa muié aí parece aquelas das antigas estampas Eucalol (é o novo!): erráticas, inatingíveis e, mesmo, inexistentes — sobretudo pra “rapazes velhos” como nós q já passamos dos quarenta, embora não pareça… Valeu! Wander Nunes Frota, Fortaleza-CE – jun2009
06- Oi, tio prof! Soou meio preconceituoso esse “todas as outras”, achei meio esnobe, sei lá. Paula Izabela, Juazeiro do Norte-CE – jun2009
07- nossa…. me identifiquei! hahahaha beeijo. Dani Cecchi, Rio de janeiro-RJ – jun2009
08- “A mulher livre sou eu!” É isso mesmo, Kelmer. E são poucos os que reconhecem a essência que há por trás das que pagam o insustentável preço da liberdade! Parabéns pelo texto. Meire Viana, Fortaleza-CE – jun2009
09- mto bom! bela leitura para o dia dos namorados… Beth Vidigal, São Paulo-SP – jun2009
10- amei,sou uma mulher livre tb… bjs e obrigada . Marysol Rosso, Cocal do Sul-SC – jun2009
11- Simplesmente lindooo!!!Muita sensibililidade e conhecimento da alma feminina!!!Parabéns! Adorei! Obrigada Ricardo. Abraço. Fernanda Bessa, Fortaleza-CE – jun2009
12- nossa que linda essa crônica adoreii!!!!!!! bjs. Fernanda Quinderé, Fortaleza-CE – jun2009
13- muito lindo… é que tu escreve de um jeito muito especial… contagia a alma. beijo grande. e nosso gamão? comprei pedras novas… Gláucia Costa, Fortaleza-CE – jun2009
14- fala bixo!!! tava na amazonia, e la a net e pessima, por isso a demora! + me fala, tem outra dessa p vender?? to carecido!!! abç. César de Cesário, Campina Grande-PB – jun2009
15- Parabéns pelo texto, Ricardo. Poucos são os que leio mais de uma vez, como este. Invejo, e obviamente admiro, esta mulher, pois sou conscientemente presa aos padrões culturais/religiosos. Acho, de certa maneira, que necessito desta prisão, pois não detenho a força necessária a esta liberdade. De qualquer forma, é muito bom saber que ela é possível! Abraços. Maryvone, Fortaleza-CE – jun2009
16- Que romântico esse “a mulher livre e eu”, adorei tbm.. ainda esperando um amor assim, que encontra “a liberdade que admira, acolhe e incentiva”. Jocastra Holanda, Fortaleza-CE – set2011
17- Lindo texto. Vitória Lima, São Paulo-SP – mai2013
18- É essa mulher que procuro… Alexandre Simonete, Piracicaba-SP – jul2013
RK- Alexandre, eu também procurei bastante essa mulher. Até que um dia a encontrei dentro de mim mesmo ao reconhecer o princípio feminino em minha alma. Desde então o feminino liberto em mim me fez um homem mais livre e acho que isso atrai mulheres mais livres ou que buscam se libertar. Alguém já disse que nossas relações nunca serão melhores que a relação que temos com nós mesmos. Seguindo essa lógica, se almejamos relações mais livres, acho que o primeiro passo é libertar a nós mesmos. (jul2013)
20- Então estou no caminho certo…Pois já reconheço o principio feminino em minha alma… Muito bom adorei. Um grd abraço ! Alexandre Simonete, Piracicaba-SP – jul2013
21- Adorei! Eu tenho essa mulher dentro de mim…..Ricardo Kelmer Do Fim Dos Tempos. Tatiane Santarosa, Cajamar-SP – jul2013
22- PERFEITO!!!! Só faltou minha digital ! Parabéns. Garcia Nataly, São Paulo-SP – nov2013
23- Eu já tinha lido antes, mas vendo essa postagem agora com comentários carregados de sensibilidade masculina sobre seu próprio feminino, não tem como não me emocionar! Para mim parece tão simples, embora seja um árduo caminho para chegar nesse ponto garotos. Lembre do conto “Quando os homens não voltam pra Casa”. Ivonesete Zete, Fortaleza-CE – nov2013
O marido cuida da parte financeira, paga as contas dos filhos, da esposa e da casa. O outro cuida de você
AS VANTAGENS DE TER UM AMANTE
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“É pura lenda que a mulher trai menos. São vários amantes. A diferença é que a mulher sabe fazer bem feito”.
A frase é da atriz Priscila Fantin, li numa revista de nov2008. Se eu já achava Priscila encantadora, aiai, ela agora ficou ainda mais bonita pra mim. Sua frase tem o frescor da franqueza e também uma pitadinha de pimenta: será que Priscila fala por experiência própria? Será que Priscila é um ser do meu planeta, onde as pessoas não acreditam no amor-posse?
Aí, no dia seguinte recebo um texto de uma leitora. Entendi então que estava na hora de escrever sobre infidelidade feminina. Vou reproduzir o texto aqui junto com meus comentários (em itálico).
. Foi provado, após acompanhamento de vários casos, que toda mulher precisa de dois homens: um em casa e outro fora de casa. Para entender, é muito simples:
1. O marido cuida da parte financeira, paga as contas dos filhos, da esposa e da casa. O outro cuida de você. > Vida difícil a de amante…
2. O marido fala dos problemas, das contas a pagar, das dificuldades do dia. O outro fala da saudade que sentiu de você durante a sua ausência. > Pudera… Como que seu marido vai sentir saudade se ele te vê todo dia?
3. O marido compra uma roupa nova para ir a um compromisso de trabalho. O outro tira essa mesma roupa só pra você. > Já tá tirando a roupa pra transar? Ih, tá virando casamento.
4. O marido dorme com aquela camiseta velha e de cueca, às vezes até de meia. O outro dorme completamente nu, abraçadinho a você. > Sério? Me passa o número do bofe já!
5. O marido reclama das coisas que tem que consertar em casa. O outro te recebe no apartamento onde tudo funciona perfeitamente. > Lógico. Tudo que precisa estar funcionando é a cama…
6. O marido telefona pra casa e fica perguntando o que tem que comprar no supermercado, padaria etc.. O outro telefona só pra dizer que comprou um champanhe que você vai adorar. > Um champanhe por mês. Dois, que seja. Pra comer um mulherão como você? Esse cara tá no lucro, viu?
7. O marido reclama do chefe, do trabalho, do cansaço de acordar cedo. O outro reclama a sua ausência e os dias que fica sem te ver. > Mantenha assim, nega, pra coisa durar. Sem falar que ele deve ter outras pra dar assistência também, né? Ou você acha que um prato desse você comeria sozinha?
8. Ah… esqueci o imprescindível. O outro nunca vai tomar cerveja com os amigos numa sexta-feira!! – ele estará com você enquanto o corno esta enchendo a cara com um monte de macho do lado. > Ôxe! Se teu marido não fosse beber com os amigos, como é que você iria encontrar com o outro? Bendito bar, benditos amigos! Mas não abuse, amiga, pois amante grudenta faz a gente sentir saudade dos amigos no bar.E se o gostosão for pro bar, periga ficar amigão do teu marido. Aí fudeu.
Bem, agora você pode perguntar: Por que não trocar o marido pelo amante? Pelo simples fato de que se o amante for viver com você, passará para o papel de marido e logo, logo, você precisará arrumar outro.
> Entendeu agora por que amante é pra amar e não pra casar? .
Ricardo Kelmer 2008 – blogdokelmer.com
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O erotismo de Ricardo Kelmer faz rir e faz refletir, às vezes choca, e, é claro, também instiga nossas fantasias, inclusive as que nem sabíamos possuir. Seja em irresistíveis fetiches de chocolate ou numa selvagem sessão de BDSM, nos encontros clandestinos de uma lolita num quarto de hotel ou no susto de um homem que descobre verdadeiramente como é estar dentro de uma mulher, as indecências destas histórias querem isso mesmo: lambuzar, agredir, provocar e surpreender a sua imaginação. > Saiba mais – Onde comprar
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COMENTÁRIOS .
01- “PERFEITO, MUITO BEM EXPLICADINHO. SÓ UMA RESALVA, DÁ UM TRABALHO DANADO. UM HOMEM DÁ UM TRABALHÃO, DOIS ENTÃO…PORQUE HOMEM É BICHO FOLGADO. SE A MULHER NÃO LEVAR MUITO A SÉRIO ATÉ QUE OS HOMENS DÃO ALGUM PRAZER, MAS ISSO SE A GENTE SAIR NO MÁXIMO UMAS DUAS VEZES.” Ligia Eloy, Lisboa-Portugal – out2010
02- legal! Gisela Symanski, Porto Alegre-RS – out2010
03- Falou o expert em alma feminina.da ate medo(^.^) Izabel Castro, São Paulo-SP – jun2013
04- Essa de “amor-posse” é mesmo um problemão, na verdade é a morte, a morte de qualquer relacionamento. Mas não é o único amor (parceiro) que fará sentir-se presa ou preso. E nem mesmo uma traição (um amante) que fará sentir-se livre. A liberdade, bem como a felicidade, vem de dentro, da relação “VOCÊ COM VOCÊ”, se essa relação não está bem não há amor ou amante que te fará sentir-se bem ou livre, a prisão sempre será você mesmo(a). Renata Kelly, Fortaleza-CE – jun2013
Escritor, ateu, socialista, antifascista. Amante da arte, devoto do feminino, ébrio de blues. Fortaleza Esporte Clube. Fortaleza-CE.
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