31out2015
As Preciosas do Kelmer é uma revista que criei no Facebook. Ela é feita de dicas e comentários sobre variados assuntos. A periodicidade é mensal, funciona por meio de uma única postagem que abasteço com subpostagens e os leitores podem comentar a qualquer momento e até sugerir assuntos. Por seu caráter dinâmico e interativo e por construir-se a cada dia, eu diria que é uma revista orgânica. A capa da revista é a própria imagem da postagem, que sempre trará imagens femininas.
Meu objetivo com As Preciosas é dar vazão à minha necessidade de comentar fatos do cotidiano. Pra mim o Facebook é ideal pra isso. Aqui no blog postarei a edição do mês e a atualizarei a partir das atualizações no Facebook, sempre com imagens. Espero que você goste.
> No Facebook (todas as edições)
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AS PRECIOSAS DO KELMER
Dicas e pitacos para o mês
#37, out2015
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Capa do mês: Joana de Castela, Rainha da Espanha no sec 16, conhecida também por Joana, a Louca (1479-1555). Imagem: quadro “Doña Juana la Loca” (1877), de Francisco Pradilla y Ortiz. Museu do Prado (Madrid).
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*** EMAGRECER: A ESTRATÉGIA DO CONTROLE DA MULHER
A obsessão pela magreza feminina não é uma obsessão pela beleza, mas uma estratégia eficaz de controlar as mulheres. Padrões de beleza sempre existiram, claro, mas padrões não deveriam ser confundidos com obrigação. Assim como, de modo geral, os homens são treinados desde crianças para serem fortes, machões e infalíveis, as mulheres são treinadas para serem belas. Desviar-se dos padrões culturais dá trabalho e costuma gerar solidão e incompreensão, é verdade, mas pode ser a única saída para a verdadeira realização pessoal.
Faça regime, colecione tatuagens em seu corpo, compre o celular da moda, beba isso, frequente aquela balada, entre para a igreja… Seguir a moda – é só isso que a indústria do consumo quer de você. Siga a moda e você será feliz. E enquanto você é “feliz”, você não tem tempo de pensar sobre o que realmente significa ser livre. É uma estratégia de controle perfeita. > Mais
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*** A JOVEM TRANSEXUAL NO QUARTEL
No dia 23set Marianna Lively, uma jovem transexual de 17 anos, foi a um quartel de Osasco-SP para resolver pendências relativas ao alistamento militar e, horas depois, começou a receber ligações e mensagens de desconhecidos. Alguns zombavam dela, outros queriam conhecê-la. Ele então descobriu que seus dados pessoais e fotos estavam nas redes sociais, e que foram publicadas por um soldado do quartel.
Marianna registrou um boletim de ocorrência numa delegacia de Barueri, cidade onde mora. Além disso, voltou ao quartel e questionou o capitão da base. De acordo com Marianna, ele teria “pedido desculpas pelo transtorno”, complementando que o soldado responsável pelo vazamento seria punido. A advogada de Marianna, Patrícia Gorisch, entrará com um boletim na justiça militar e cobrará explicações da corregedoria. Além disso, registrará uma liminar exigindo que o Facebook e o Whatsapp proíbam a divulgação das fotos.
O caso de Marianna não foi o primeiro e infelizmente não será o último. O preconceito contra pessoas transexuais ainda é muito forte. Assim como aconteceu com os homossexuais, essas pessoas terão um longo caminho pela frente até terem garantidos seus direitos de cidadão. Quanto a nós, pessoas cisgênero, ou simplesmente cis (que não são transgênero), nos cabe aprender a respeitar mais essa diferença em nossa espécie. > Mais
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*** A BONDADE CONTRA O ÓDIO ÉTNICO
Nos anos 1980, o skinhead americano Arno Michaelis subia aos palcos com sua banda para cantar canções racistas. Fora dos palcos, Arno agredia pessoas inocentes, porque elas eram de etnia diferente da sua. No entanto, sua vida começou a mudar quando ele percebeu que várias pessoas, que supostamente deveriam odiá-lo por seu comportamento, teimavam em tratá-lo com bondade e paciência.
Em 2012, um massacre em um templo da religião sikh em Wisconsin fez com que ele abandonasse de vez sua vida de ódio. Hoje, aos 44 anos, Arno Michaelis lidera a ONG Serve 2 Unite, que trabalha para melhorar as relações entre as raças – atuando, inclusive, no Brasil. Conheça sua história. > Mais
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*** O MASSACRE DE KUNDUZ
No dia 3 de outubro os EUA borbardearam e destruíram um hospital da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Kunduz, no norte do Afeganistão. Os ataques mataram 22 pessoas, incluindo 12 profissionais de MSF e 10 pacientes, sendo 3 crianças, e feriram mais de três dezenas de pacientes e profissionais da MSF. Os EUA conheciam a localização exata do hospital, mas decidiram bombardeá-lo pois ele recebe pacientes sem distinções de etnia ou religião, e lá havia também combatentes inimigos. O Presidente Obama pediu desculpas, mas a MSF achou pouco.
Atacar um local protegido, como uma instalação hospitalar, é uma grave violação do Direito Internacional Humanitário e das Convenções de Genebra. Ou seja, é crime de guerra. A MSF solicitou uma investigação internacional independente pela Comissão Internacional Humanitária para a Apuração dos Fatos, o único órgão instituído especificamente para investigar violações do Direito Internacional Humanitário.
> Assine a petição para que os EUA concordem com a investigação
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*** FALA COM O CUNHA, JESUS
Se Jesus Cristo voltar e quiser criar um site, terá que comprar de Eduardo Cunha. O esperto deputado cristão, atualmente presidente do Congresso nacional, registrou mais de duzentos domínios na internet com o nome de Jesus e de outras expressões religiosas. Para mantê-los sob sua guarda, ele gasta aproximadamente R$ 8 mil por ano. Ele não usa os sites, mas também ninguém pode usar. Veja alguns:
youtubejesus.com.br – facebookjesus.com.br – gmailjesus.com.br – radiofeemjesus.net.br – terrajesus.com.br – tvfeemjesus.net.br – uoljesus.net.br
E tem mais estes, olha que fofo:
chegouasuabencao.net.br – compraabencoada.net.br – compracrente.net.br – crentecompra.com.br
Cunha é fiel das igrejas Sara Nossa Terra e também da Assembleia de Deus, onde ele teria, segundo investigações, lavado R$ 250 mil. Quer conhecer a lista completa dos domínios de Cunha na internet. Clicaqui
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*** OS ORGASMOS DE DONNA SUMMER
“Love to love you, baby” é um dos grandes sucessos da cantora Donna Summer, a Rainha da Disco. Lançada em 1975, causou polêmicas pela interpretação carregada de erotismo. Na versão de dezessete minutos, que ocupava todo o lado do disco, e que foi gravada num estúdio em completa escuridão e com Donna deitada no chão, contam-se, segundo a BBC, vinte e três orgasmos. Anos depois, por motivações religiosas, Donna retirou a música de seu repertório de shows, mas depois a reincluiu.
Este vídeo, com uma versão remixada, ficou ótimo. Mas a gravação original é imbatível.
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*** OSLO SEM AUTOMÓVEIS NO CENTRO
Aos poucos o mundo percebe que não é mais viável priorizar o automóvel nas cidades. Em vez disso, a prioridade passa a ser o transporte coletivo, juntamente com a valorização dos espaços públicos.
Em São Paulo, a administração de Fernando Haddad segue essa tendência, mesmo enfrentando forte resistência política. Além das ciclovias e dos ônibus de madrugada, uma das medidas foi fechar a av. Paulista aos domingos para automóveis, oferecendo à população uma ótima e gratuita opção de lazer.
Oslo, capital da Noruega, quer proibir automóveis no centro da cidade. É provável que em breve outras metrópoles lhe sigam o exemplo, ao menos em parte. > Mais
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*** JOANA. LOUCA OU INJUSTIÇADA?
Joana era mesmo louca? Seria esquizofrenia, a sua doença? Seu amor intensamente apaixonado, sexual e ciumento pelo marido era socialmente aceitável? E as agressões e vinganças contra as amantes dele? E a obsessão com os restos mortais do marido, que a levou a comandar um custoso e macabro cortejo que por meses cruzou o país, horrorizando a todos? Isso seria justificativa suficiente para mantê-la presa numa ala de um castelo por cinquenta anos? Ou, por trás de tudo isso havia frios interesses políticos e jogos de poder, para afastá-la do trono espanhol?
A vida de Joana (Juana, em espanhol, que viveu entre 1479 e 1555), filha dos reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela, é muito rica de significados. Nela, misturam-se conchavos políticos entre reinos, fanatismos religiosos, intrigas familiares, guerras, revoltas populares e sexo temperado com muito ciúme, brigas e baixarias em público.
Pressionada por todos os lados a todo momento, vivendo no centro de poderosos interesses políticos, religiosos e econômicos, Joana certamente sentia diariamente o peso de ser uma Rainha, mas uma Rainha que era impedida de governar por sua própria família, incluindo seu marido, seu pai e seu filho. Mantida prisioneira num castelo, quase sem contato com o mundo exterior, recusando-se a se alimentar e até a lavar-se e trocar de roupa, Joana terminou seus dias de modo triste e deplorável, e é surpreendente que tenha vivido até os 76 anos.
Não tivesse amado tanto o marido, teria tido uma vida melhor? Não fosse tão dependente dos prazeres sexuais que ele lhe dava, teria sido uma mulher mais equilibrada e feliz? Esse amor intempestivo e esse ardor sexual a faziam uma mulher “louca” e subversiva aos olhos das pessoas da época? Seria Joana, sempre inconformada pela privação de suas escolhas, uma precursora do feminismo? Ou sua instabilidade mental, de uma forma ou de outra, fatalmente a arrastariam para o destino que teve? Podemos apenas especular, pois não há muitos registros disponíveis. Uma coisa é certa: quis o destino que na vida sofrida de Joana a história da Espanha tivesse seu início oficial, através da união dos reinos hispânicos, dos quais ela era a legítima Rainha. > Saiba mais
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*** HOJE DÁ CADEIA, MAS ANTES ERA NORMAL
Muitas coisas que eram normais (e a gente gostava) nos anos 1980 e 90 hoje seriam consideradas erradas, escandalosas, absurdas mesmo. Algumas até dariam cadeia. Será que você cometeu alguma delas? > Mais
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AS PRECIOSAS DO KELMER
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