Essa vida de dono de cabaré…

18/04/2010

18abr2010

Aí eu descobri essa verdade transcendental: melhor que ter um bar é ter um cabaré

EssaVidaDeDonoDeCabare-01a

ESSA VIDA DE DONO DE CABARÉ

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Em 1991 eu tava de bobeira pela vida, que nem bosta nágua. Dois anos antes eu tinha um bar de sucesso em Fortaleza, o Badauê, junto com Paulo Marcio e Nelsinho. Ai, o Badauê… Aquilo era uma loucura, muita gente interessante, shows maravilhosos, frequentadoras mais maravilhosas ainda, noites sem fim, beijos de maresia, paixões embriagadas… O bar combinava bem com minha natureza de agitador cultural e, além disso, era uma ótima fonte de inspiração para o RK escritor. Mas a sociedade não deu certo e o bar fechou. Logo em seguida montei uma banda, Os The Breg Brothers, que durou uns meses e também acabou. Sem bar e sem banda, eu fiquei de bobs pela vida.

Até que fui salvo pelo diretor Oliver Stone. Em 1991 ele lançou seu filme The Doors e eu, fanzão de Jim Morrison, decidi aproveitar a onda e homenagear meu ídolo com uma festa bem loca. O nome dela: A Noite do Rei Lagarto. O lugar: uma danceteria na Praia de Iracema chamada Periferia. Só músicas dos anos 60, muito rock e psicodelia. A festa foi sensacional, superando as expectativas, e eu ganhei uma boa grana. E tomei gosto pela coisa.

Segui criando festas temáticas, como A Noite do Cinema e a festa do Casarão Mal Assombrado. Mudei o nome da festa do Jim Morrison para Os Lagartos Não Morrem em Paris e ela aconteceu durante vários anos, sempre com uma banda tocando Doors. Até hoje me pedem pra realizá-la novamente. Quem sabe algum dia.

Aí em 2002 tive a ideia de fazer uma festa cujo tema fosse a sensualidade. Nascia assim o Cabaré Soçaite, cuja primeira edição aconteceu no Hotel Vila Galé, com show do inigualável Rossé Sabadia. A proposta era brincar com o tema da sensualidade e do erotismo: ambiente com clima de cabaré, pessoas vestidas a caráter, telão com cenas de filmes, performances no palco e no som uma mistura de pop, rock, disco, brega e ritmos latinos, além dos clássicos da música lenta para dançar coladinho… E um concurso em que o público escolhe a Musa e o Muso do Cabaré, com prêmios para os vencedores. A festa foi um sucesso, e eu descobri essa verdade transcendental: melhor que ter um bar é ter um cabaré.

Em 2008, já morando em São Paulo, fui a Fortaleza e aproveitei para realizar a segunda edição do Cabaré Soçaite, cinco anos após a primeira. E foi novamente um sucesso. E vi que não poderia mais viver sem meu cabaré querido. Então voltei lá mais vezes para fazer a festa e em junho rolará a sexta edição, o Cabaré na Copa, no Acervo Imaginário. E no segundo semestre, tchan-tchan-tchan-tchaaannn, o Cabaré Soçaite chegará a São Paulo, aguarde. Você, leitorinha paulistana, pode ir logo preparando o corpete e a cinta-liga, viu?

Mas agora você me dê licença, por favor, que chegaram aqui duas candidatas a Musa e eu tenho que analisá-las bem direitim. Vida dura, essa de dono de cabaré…

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Ricardo Kelmer 2010 – blogdokelmer.com

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> Próximas edições do Cabaré Soçaite

São Paulo, 06nov2010, no Espaço Atelier, Vila Madalena
Fortaleza, 03dez2010, no Acervo Imaginário, Dragão do Mar
Fortaleza, 25mar2011, no Acervo Imaginário, Dragão do Mar
e brevemente em Natal-RN

Saiba mais

> Crônica: Todo mundo tem um lado cabaré

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NÚMEROS SUGERIDOS para as próximas edições do Cabaré Soçaite:

– Dança: tango, lambada, dança do ventre, dança dos sete véus e dança do poste (pole dance)
– Strip-tease tradicional ou burlesco (com humor)
– Homenagens musicais (cantando ao vivo, dublando, interpretando ou parodiando): Odair José, Waldick Soriano, Sidney Magal, Gretchen, Núbia Lafayette, Wando, Fernando Mendes, Genival Santos, Falcão, Abba, Vanusa e Pimpinela
– Homenagens cinematográficas: imitação de cenas famosas do cinema
– Imitações diversas
Sasha Grey, quando você virá ao Cabaré Soçaite?

PARTICIPE

Você tem um número interessante para apresentar no Cabaré Soçaite? Fale com a gente: cabaresocaite@gmail.com. Pode ser uma performance de dança, poesia, teatro, música… Mas tem que haver algo de erotismo ou humor, ok?

PARCERIAS

Fazemos parcerias com empresas, divulgando suas marcas na festa e nas peças publicitárias, inclusive nos vídeos. Gostaria de participar? Fale com a gente: cabaresocaite@gmail.com

TODAS AS EDIÇÕES DO CABARÉ SOÇAITE

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> Vídeos do Cabaré Soçaite

Clipe da festa 1
Fortaleza, 27fev2010 –
Acervo Imaginário, Praia de Iracema

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Clipe da festa 2
Fortaleza, 26jun2010 – Acervo Imaginário, Praia de Iracema

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Clipe da festa 3
São Paulo, 06nov2010 – Espaço Atelier, Vila Madalena

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Clipe da festa 4
Fortaleza, 03dez2010 – Acervo Imaginário, Praia de Iracema

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Samia e Rodrigo interpretam Desabafo
Fortaleza, 26fev2010 – Acervo Imaginário, Praia de Iracema

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Carol do Terminal homenageia a cantora Diana
(Fortaleza, 26jun2010. Acervo Imaginário Bar Cultural)

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PARCEIROS DO CABARÉ SOÇAITE


Atelier (São Paulo-SP) – atelier.producoes(arroba)gmail.com
Rio Quente Resort (Rio Quente-GO)
Doc.Sex sex shop – rua Fco. Leitão, 502 – Pinheiros – SP-SP
Maria Babado de Chita Moda e Design – 2339-4088 – SP-SP
Pousada Casa do Ângelo (Jericoacoara-CE)
Pousada Roane (Taíba-CE)
Barong Sushi Bar e Café (Taíba-CE) – 85-8675.0505
Acervo Imaginário (Fortaleza-CE)
Via Libido Sex Shop (Fortaleza-CE)

> Grupo Cabaré Soçaite no FaceBook – Arte erótica, sorteio de livros, CDs e DVDs e ingressos pras festas

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Camisetas da Coleção Cabaré Soçaite
clique para ver em tamanho maior
Preço: R$ 24 (frete incluído). Masc e fem/baby look. Entre em contato: cabaresocaite(arroba)gmail.com

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Comentarios01 COMENTÁRIOS
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01- Bacana! Curiosidade de ir a um cabaré, não sei de nenhum em BH. Poderia abrir uma filial aqui, rs Abs. Aline Pinheiro Brettas, Belo Horizonte-MG – abr2010

02- Vida horrível essa sua… kkkkkkkkk. Paula Izabela, Juazeiro do Norte-CE – abr2010

03- OLHA SÓ VC! rsrsrs… ARRASOU!!! Parabénss!!! Adorei! Muuito legal saber dessa notícia! SUCESSO SEMPRE! BJOSS!Sabrina Carvalho, São Paulo-SP – abr2010

04- Olá Cortesão/ã. Eu não disse que tu é um ser de mil e ums talentos…. de mil e umas diabruras!!! Reúne a loucura do macho, da fêmea e dos bichos…. Dons andróginos e animal. 😉 É mole? Pois é….. Beeeeijo. Patrícia Lobo, Salvador-BA – abr2010

05- Muito bom!Gostei do texto e do vídeo.Dá vontade de estar lá!:) Agora,me diz uma coisa: pq vc se enfeiou colocando aquela touca enterrada na cabeça,hein?Faz isso nãooooooooooo! Bjs mil. Mônica Burkleward, Recife-PE – abr2010

06- kkkkkkkkkkkkkkk…vc me acaba!!!!!!!!!!!!kkkkkkkkkkkkkkkk… Tatiana Falcon, Lake Ozark-EUA – abr2010

07- parabens pela putaria de primeira!estamos aguardando versão paulistana!!abraço. Fábio Fernandes Cruz, São Paulo-SP – abr2010

08- Estou aguardando vc para curtir o cabare. Marta Peixoto, Fortaleza-CE – abr2010

09- hahahahahahaha! putz, tio! ficou muito massa! só fui ver agora, cara. esse mês de abril foi uma loucura pra mim, fiz uma super viagem (de fortaleza pra vitória e de lá pra bel’zonte) com o teatro máquina. ficou muito legal! a thalita vai morrer de vergonha quando vir aquela cena da gente se beijando! hahahahaha! um abração! Levy Mota, Fortaleza-CE – mai2010

10- dono de cabaré não!!! empresario da noite!!! César de Cesário, Campina Grande-PB – mai2010

11- Que idéia boa voce teve desse cabaré! Sônia Weil, Londrina-PR – out2010

atelier.producoes@gmail.com

As vizinhas que a crise traz

24/02/2010

24fev2010

Jessi passou o gel e a fantasia de Rahbe foi devidamente realizada, enquanto minha pequena fazia o complemento, beijando e masturbando nossa generosa vizinha

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AS VIZINHAS QUE A CRISE TRAZ
As aventuras de Diametral e Ninfa Jessi
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Más notícias. Perdi a última coluna de jornal que me restava. Pelo jeito os caretas do MNBC conseguiram convencer mais um editor de que Diametral é um péssimo exemplo pra juventude brasileira. Que bosta. Esse tal Movimento Nacional pelos Bons Costumes nos elegeu inimigos mortais, a mim e a Ninfa Jessi, desde que começamos nossa sexualíssima campanha pela ampliação do diâmetro do mundo.

Ei, gatão, não nos abatamos! Ninfa Jessi procurou logo me animar. – Em momentos de crise, vale a estratégia do cocô: é indo em frente que a gente encontra a saída.

O que seria de mim sem a sabedoria da minha pequena…

Rooooonc! O estômago deu o aviso: cinco da tarde e a gente nem tinha almoçado ainda. Fui na cozinha e abri a geladeira: uma garrafa dágua e um ovo. A coisa tava feia. Saímos catando dinheiro pela casa e tudo que conseguimos foi juntar quinze pratas. Me deu vontade de chorar. O que se faz numa situação dessa?

Ora, o que qualquer cara de bom senso faria: daria a grana pra namorada ir no supermercado falou Jessi, me tomando o dinheiro. – Nessas horas mulher sabe gastar melhor.

Meia hora depois Ninfa Jessi voltou do supermercado. Abri a porta do apartamento, ela me entregou a sacola e anunciou, toda solene: Hora de comemorar a crise! Na sacola havia uma garrafa de vodca vagabunda e um pacotinho de tiragosto. Sábia Jessi. Foi quando percebi, humm, que ela não viera sozinha, hummmm, havia uma garota parada atrás dela, de shortinho, camiseta e sandalinha, hummmmmmm.

Encontrei Rahbe no elevador. Ela veio comemorar a crise com a gente.

Ninfa Jessi não presta. Rahbe é a ninfeta do 702 que adora acompanhar as aventuras sexuais de Diametral e Ninfa Jessi em minha coluna no jornal. Ops, minha ex-coluna. Que bosta, nem gosto de lembrar. Maldito MNBC. Rahbe me deu dois beijinhos e entrou na sala. Belo e volumoso par de peitos Rahbe tinha. Ideal pra fazer espanhola.

Dez minutos depois estávamos no tapete da sala, ouvindo The Doors, que Jessi adooora, e mandando ver na vodca. Na segunda dose ela e Rahbe chegaram à conclusão que eu deveria criar um blog pra continuar publicando nossas aventuras e brindamos a essa ideia. Depois Jessi serviu uma dose dupla pra todos e quis saber da ninfeta qual a nossa aventura que ela mais gostava, e Rahbe disse que era a transa com as enfermeiras na festa à fantasia, que aquilo a havia excitado bastante pois ela queria ser enfermeira. Na metade da garrafa, já bem animadinha, Jessi proclamou, soleníssima, que a melhor função da roupa sempre foi ser tirada, sapientíssima Jessi. Dito isso, fez um strip-tease completo, ao som de The Spy, em homenagem à nossa peituda vizinha que, ao final, aplaudiu bastante, maravilhada com a performance de minha pequena. Tão maravilhada que, tchum, pulou sobre ela.

As cenas seguintes eu assisti de camarote, as duas enlouquecidas no sofá num festival de línguas e dedos, cena de altíssima voltagem. Como Jessi sempre diz que nenhum homem chupa uma mulher como outra mulher chupa, aproveitei que elas faziam um meia-nove e tratei de aprender um pouco mais sobre o assunto. Em outras palavras: hora das fotinhas. Câmera na mão, registrei o valioso momento, até que não me controlei mais e entrei na festa, pedindo pra Rahbe me fazer uma espanhola naqueles peitões irresistíveis, o que ela fez com muita propriedade, acho que já tava acostumada ao pedido. Depois Rahbe cochichou no ouvido de Jessi, que sorriu e me disse:

Gatão, ela quer ampliar o diâmetro. Vou buscar o gel.

Caramba, mais uma com essa fantasia de ser enrabada pelo Diametral. Fazer o quê, né? Enquanto Jessi ia no quarto pegar o gel, pus a ninfeta de quatro no sofá e, após verificar que o cu da moça era do tipo semirrosa, um tipo de valor 8,5 no mercado, fiz as preliminares com a língua até deixá-la alucinada, elas sempre ficam alucinadas com isso. Depois Jessi passou o gel e a fantasia de Rahbe foi devidamente realizada, enquanto minha pequena fazia o complemento, beijando e masturbando nossa generosa vizinha. Generosa e escandalosa. Caramba, como aquela menina berrava! Na reunião seguinte do condomínio os espiões do MNBC teriam um prato cheio pra reclamar. Povo recalcado. Não trepa nem deixa ninguém trepar.

Pedimos pra ela dormir com a gente mas Rahbe explicou que tava de recuperação em química e tinha prova no dia seguinte, ainda precisava estudar. Ninfeta responsável, exemplo bonito de se ver. Rahbe nos beijou e voltou pra casa toda felizinha, levando seu diâmetro semirrosa 8,5 devidamente ampliado. Agora ela não seria apenas uma simples leitora das aventuras de Diametral e Ninfa Jessi seria personagem. E antes de ir ainda deixou uma curiosa sugestão pra Jessi:

Por que você não entra no ramo de strip-tease pela internet? Tem gente ganhando superbem com isso, sabia?

Mas Jessi não gostou muito da ideia. De manhã, porém, enquanto me despertava com seu tradicional boquete sabor menta, minha pequena já havia mudado de opinião:

Começo amanhã mesmo, gatão. Vou usar aquele quartinho do fundo. Vinte minutos, cinquenta pratas. Ninfa Jessi, sua amante virtual. Que tal?

Ninfa Jessi não presta.

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Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com

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> Confira os bastidores e as imagens desta aventura de Diametral e Ninfa Jessi. Exclusivo pra Leitores Vips. Basta digitar a senha do ano da postagem.

> Mais aventuras de Diametral e Ninfa Jessi

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SÉRIES ERÓTICAS DESTE BLOG

As aventuras de Diametral e Ninfa Jessi – Um casal apaixonado vive seu amor libertino com bom humor e muita safadeza

As taras de Lara – Desde pequena que Lara só pensa naquilo. E ai do homem que não a satisfaz

Um ano na seca – O que pode acontecer a um homem após doze meses sem sexo?

O último homem do mundo – O sonho de Agenor é que todas as mulheres do mundo o desejem. Para isso ele está disposto a fazer um pacto com o diabo. Mas há um velho ditado que diz: cuidado com o que deseja pois você pode conseguir

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LEIA NESTE BLOG

Por trás do sexo analHá algo de divinamente demoníaco no sexo anal que, literalmente, a-lu-ci-na algumas mulheres

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DICA DE LIVRO

IFTCapa-04aIndecências para o fim de tarde
Ricardo Kelmer – Contos eróticos

Uma advogada que adora fazer sexo por dinheiro… Um ser misterioso e sensual que invade o sono das mulheres… Os fetiches de um casal e sua devotada e canina escrava sexual… Uma sacerdotisa pagã e seu cavaleiro num ritual de fertilidade na floresta… A adolescente que consegue um encontro especial com seu ídolo maior, o próprio pai… Seja provocando risos e reflexões, chocando nossa moralidade ou instigando nossas fantasias, inclusive as que nem sabíamos possuir, as indecências destes 23 contos querem isso mesmo: lambuzar, agredir, provocar e surpreender a sua imaginação.

A entrega – Memórias eróticas (Toni Bentley, editora Objetiva) – A bailarina filosofa sobre sua profunda experiência de amor e salvação por meio da submissão no sexo anal

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Jessi passou o gel e a fantasia de Rahbe foi devidamente realizada, enquanto minha pequena fazia o complemento, beijando e masturbando nossa generosa vizinha

Cabaré Soçaite fev2010

07/02/2010

Ricardo Kelmer 2010

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Mais um Cabaré Soçaite, ô coisa boa!

Uma das etapas da Turnê Nordestina 2010 será Fortaleza (18fev a 03mar), onde comandarei, no papel do DJ e apresentador RKBaré, a 5a edição do Cabaré Soçaite – Uma festa de sensualidade (no Acervo Imaginário, Praia de Iracema), a festa que criei em 2003, quando ainda morava lá. O tema da festa é a sensualidade e o evento homenageia os antigos cabarés com pop, rock, disco e ritmos latinos, além de músicas bregas e musga lenta pra dançar juntinho, decoração ao estilo, performances no palco e o público vestido a caráter. Veja o clipe da festa e as datas das próximas edições.

Imagens das edições anteriores:
2a edição (mar2008)
3a edição (nov2008)

Uma das atrações da festa é o Concurso Musa e Muso do Cabaré. Os vencedores, escolhidos pelo público presente à festa, ganham crédito pra consumir na casa, e os finalistas ganham brindes eróticos. Aqui estão algumas das candidatas desta edição. Aiai.

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Vou tirar você desse lugar

08/01/2010

08jan2010

Ele então comunicou que era o próximo e pediu um montila pra esperar. Mas a gerente respondeu que tinha quatro na frente

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VOU TIRAR VOCÊ DESSE LUGAR

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Olha, a primeira vez que eu estive aqui
Foi só pra me distrair
Eu vim em busca de amor

Dario foi ao balcão e pediu um montila. Era a primeira vez que ia no Leila´s. Virou a dose de um gole, depois cuspiu no chão e esfregou o sapato em cima. Reparou na luz vermelha do teto, o efeito bacana que dava no ambiente. Na máquina tocava uma música do Odair José, e uns casais dançavam entre as mesas. Dario deu uma coçadinha nos possuídos e pediu outra dose. Foi nesse momento que ela apareceu, vinda da penumbra do corredor. Usava sainha jeans e bustiê estampado de manga comprida. Ela se encostou na parede, mascou o chiclete e olhou para ele de rabicho de olho. Ele a achou muito mimosa. Ela pregou o chiclete atrás da cortininha de babado e… sorriu.

Olha, foi então que eu lhe conheci
Naquela noite fria, em seus braços
Meus problemas esqueci

Uma hora depois ele saiu de cima dela e foi se limpar na bacia que ficava sobre a mesinha de madeira. Quando voltou, ela estava sentada na cama e segurava um copo. Peguei um montila pra você, por minha conta – ela falou. Ele agradeceu, bebeu e perguntou se ela queria. Ela disse que não gostava, mas que ia beber porque estava gostando de estar com ele. Ela tomou um gole e fez careta. E Dario achou lindo. Ela acariciou seus cabelos e disse que o achava parecido com aquele cantor. Ele riu, descontraído. De repente, a semana cansativa, o trabalho desgastante, o crediário atrasado da tevê, tudo passou a ser detalhes insignificantes a evaporar ao toque dos dedos dela…

Olha, a segunda vez que eu estive aqui
Já não foi pra distrair
Eu senti saudade de você

Uma semana depois, quando ele chegou e perguntou pela Josélia, e a gerente disse que ela estava ocupada, ele se esforçou para disfarçar a frustração. Ele então comunicou que era o próximo, e pediu um montila para esperar. Mas a gerente respondeu que tinha quatro na frente. Quatro? Será que escutara direito? E olhe que hoje a clientela dela tá fraca, a gerente explicou enquanto anotava o nome dele num caderno de sete matérias cheio de fotos de artistas. Dario virou a dose e pediu uma dupla. E foi sentar na mesa do canto, perto da maquininha de música.

Olha, eu precisei do seu carinho
Pois eu me sentia tão sozinho
Já não podia mais lhe esquecer

Duas horas depois, quando Josélia apareceu e o levou ao quarto, ele enjoou e vomitou na porta oito montilas, duas coxinhas e um sarrabulho. Ela o levou ao banheiro e deu banho nele. Depois deitou-o na cama e começou a tirar a roupa, mas ele a interrompeu e disse que daquela vez queria ficar abraçado com ela, só isso. Surpresa, Josélia ajeitou o travesseiro e ele deitou, se aconchegando ao corpo dela. Ela o beijou no rosto com suavidade e fez carinho em sua cabeça. E Dario adormeceu.

Eu vou tirar você desse lugar
Eu vou levar você pra ficar comigo
E não interessa o que os outros vão pensar

O salário como vendedor na loja de autopeças não era muito bom, mas ele conseguira um empréstimo e estava montando uma carrocinha de cachorro-quente na esquina do Fórum, ela poderia ajudá-lo a tomar conta, não era um trabalho complicado. Sentados na mesa do canto, a preferida dele, ela o escutava falar. Tinha também um cliente da loja, que era dono de um colégio, ele tentaria uma bolsa com esse cara para ela estudar. Nesse instante, ela não conseguiu mais segurar a lágrima que insistia em escapar de seu olho. Ele percebeu e tocou seu rosto, desviando a lágrima para seu dedo, a luz vermelha do teto refletindo na gotinha. O que foi?, ele perguntou. E ela então falou de Goiânia, as cartas que enviava aos pais, onde contava sobre como ia bem no supletivo – mentira que renovava já fazia dois anos. Acho até que eles já sabem, ela murmurou, chorosa. Dario sorriu, compreensivo, e disse que adoraria conhecê-los, que deveriam ser pessoas maravilhosas e… Eles devem ter vergonha de mim, ela interrompeu. Ele pegou no queixo dela, erguendo seu rosto e olhando bem no olho: Mas eu, eu tenho orgulho.

Eu sei que você tem medo de não dar certo
Pensa que o passado vai estar sempre perto
E que um dia eu possa me arrepender

Na saída do cinema, enquanto ele comprava outro saco de pipoca, ela não conseguia deixar de admirar o cartaz do filme. Estava radiante. Imaginava que cinema era algo bonito, mas não imaginava que fosse tanto. Ele a escutou falar excitada do filme, das músicas românticas, de como a moça era linda e de como não esperava que o moço voltasse para salvá-la do marido cruel. Ele a pegou pela mão e atravessaram a rua, rumo à pracinha. Ela não queria ir para lá, mas ele disse que não havia problema, e insistiu tanto que ela cedeu. Então, sentados no banquinho, ela disse que ele era um homem muito bom, que gostava muito dele, mas… o problema é que ela era… Ele não a deixou terminar: segurou seu queixo e a beijou na boca. E Josélia pela primeira vez não afastou os lábios. Foi nesse momento que ele escutou, vindo de um grupo de rapazes que bebiam na birosca ao lado: Grande Dario, me chupando por tabela…

Eu quero que você não pense em nada triste
Pois quando o amor existe
Não existe tempo pra sofrer

Hoje faz um ano que Dario e Josélia se conheceram. Semana passada ela ganhou o anel de noivado e o abraçou forte, chorando emocionada. Ela ainda trabalha no Leila´s onde, aliás, está cada vez mais requisitada, principalmente depois que passou a usar o anel. E é justamente pelo movimento que proporciona à casa que a gerente aceitou suas reivindicações. Uma delas é que agora ela só começa os programas depois das onze, que é a hora que chega do supletivo. E a outra é que ela tem sempre direito a quinze minutos de intervalo – que Josélia faz questão de aproveitar, todos eles, tomando um montila com Dario em sua mesinha predileta.

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Ricardo Kelmer 2006 – blogdokelmer.com

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VouTirarVoceDesseLugarDiv-01a.

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figlivrovocesterraqueas01Este conto integra os livros Vocês Terráqueas – Seduções e perdições do feminino e Trilha da Vida Loca. A letra usada é da música Vou Tirar Você Desse Lugar, de Odair José.

Ouça: Vou tirar você desse lugar (1972)

> Odair José site oficial: odairjoseoficial.com

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Trilha da Vida Loca
Ricardo Kelmer, contos

O amor é belo. Mas também é ridículo, risível, trágico… Aqui estão reunidas seis histórias, inspiradas em grandes sucessos musicais da dor de cotovelo. Paixões de cabaré, porres horrendos, brigas, escândalos, traições, vinganças e outras baixarias em nome do amor. Amar é para estômagos fortes.

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VOU TIRAR VOCÊ DESSE LUGAR
Bordel Poesia (São Paulo, 18.02.14). Encenação: Ricardo Kelmer e Thais Durães

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VOU TIRAR VOCÊ DESSE LUGAR
CCBNB (Fortaleza-CE, abr2017). Encenação: Patrícia Crespí e Maurício Rodrigues

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odairjose009SUCESSOS DE ODAIR JOSÉ:

E depois volte pra mim (disco Praça Tiradentes, 2012)
Não me venda grilos (o disco censurado O Filho de José e Maria, 1977)

Nunca mais (disco O Filho de José e Maria, 1977)
Na minha opinião (1975)
Dê um chega na tristeza (1975)

A noite mais linda do mundo (1974)
Cadê você (1973)
Eu, você e a praça (1973)
Vou tirar você desse lugar (1972, original)

Vou tirar você desse lugar (ao vivo com Caetano Veloso, 1973)
Vou tirar você dsse lugar (2016)
Esta noite você vai ter que ser minha (1972)
Foi tudo culpa do amor (2017)

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LEIA

Discografia de Odair José

Vou tirar você desse patamar – Temática social na canção de Odair José – Trabalho acadêmico de Ana Karolina Cavalcante Assunção e Síria Mapurunga Bonfim (2011)
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LEIA NESTE BLOG

odairjose010aOdair José, primeiro e único – Se você, meu amigo, é desses que sentem atração por esse universo pré-FM, feito de bares de cortininha, radiola com discos arranhados e meninas vindas do interior… então escute Odair

Lama (Trilha da Vida Loca) – Se quiser fumar, eu fumo… Se quiser beber, eu bebo… Não interessa a ninguém

Paixão de um homem (Trilha da Vida Loca) – Amigo, por favor leve esta carta… E entregue àquela ingrata… E diga como estou

Por que brigamos (Trilha da Vida Loca) – Quanto mais eu penso em lhe deixar… Mais eu sinto que não posso… Pois me prendi à sua vida muito mais do que devia

A última canção (Trilha da Vida Loca) – Esta é a última canção que eu faço pra você… Já cansei de viver iludido, só pensando em você

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TRILHA DA VIDA LOCA
Clipe com trechos do show

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NA CASA DAS MOÇAS (blues de Odair José)

 

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Comentarios01COMENTÁRIOS
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01- interessante Ricardo, como produtor vejo um projeto de grande porte, pois só pode ser assim, Envolve questões de direitos autorais de um monte de gente, pois alem dos caantores, compositores e ECAD, tem a parte das gravadoras, é uma coisa trabalhosa, mas se pode pensar a respeito, envolvendo varios outros atores, como por exemplo uma base de produção aí em SP, é isso. Gledson Shiva, Fortaleza-CE – fev2007

02- Adorei o texto, se não tivesse o nome do escritor saberia q era seu… Lua Morena, Brasília-DF – fev2007

03- Valeu, cara, adorei, sou fã do Odair, desde quando morava em Tamboril… Pedro Rodrigues Salgueiro, Fortaleza-CE – fev2007

04- “Vou tirar vc desse lugar” é uma musica da safra “brega” que considero mto bonita e sensível…e a estória que vc bolou, que vc pressupõe possa ter acontecido…está perfeita, imaginei a cena…mtas estórias desse tipo devem ter de fato acontecido. Gostei. Bjux e parabéns. Christina Alecrim, Rio de Janeiro-RJ – fev2007

05- Tio, gostei muito do conto! Bem cinematográfico mesmo: descritivo, detalhista. Muito bom! Tô doido pra ler os próximos da série! Abração! Levy Galvão Mota, Fortaleza-CE – fev2007

06- Fala, Ricardo! Gostei da idéia. E essa música do Odair é muito boa mesmo. Não sei se você já ouviu na voz dos Los Hermanos, mas a versão ficou show. Abraço. Alex Felix, São Paulo-SP – fev2007

07- Rapaz, muito boa essa do Odair José… Essa música é um fenômeno e a historia por cima casou perfeito! Pode ter certeza que se compilar tudo num livro, vai fazer o maior sucesso… Muito bom mesmo! Eu já cheguei a pensar em algo do gênero, tipo fazer um filme mesmo em cima da letra de uma música. A minha preferida, que eu ainda executarei, é aquela “Geni e o Zeppellin”, do Chico Buarque… Mas aí já é hostória quase pronta, né… Só roteirizar. Marcelo Gavini, São Paulo-SP – fev2007

08- beleza irmão, muito bom!!!! cara, tu foi frequentador de berel mermo, hem? César de Cesário, Campina Grande-PB – fev2007

09- Muito bom, Kelmer! Estou ansioso para ler os próximos! abraço! Marcos Siqueira, Rio de Janeiro-RJ – fev2007

10- Ora… ora… grande idéia, a sua. Tenho grande fascínio por música em geral, especialmente as instrumentais . Costumo dizer que uma das personagens coadjuvantes de meu livro é justamente a M úsica. Haveria alguma chance de contribuir com um conto? Um abraço! Sergio dos Santos, São Paulo-SP – fev2007

11- A história de amor entre Dário e Josélia exala uma profunda intimidade com a letra da música de Odair José. Ao ler este conto, eu tive uma deliciosa sensação de que ouvia/lia uma única música que parecia deslizar com suavidade! Parabéns RK! Kátia Regis, João Pessoa-PB – fev2007

12- RK, ótima a idéia dos curtas!!! Todo apoio e ajuda (que não é lá muita coisa) no que precisar. Abraço! Wanderson Uchôa, Fortaleza-CE – fev2007

13- leio sua coluna no O povo. Massa. PQP a do Dário quase conta a minha vida! A minha Josélia não topou… Diz uma coisa, posso mandar uma bobagens minhas pra vc ler? Coisa curta. Faço filosofia na UFC e tenho umas viagens pra por no papel mais organizado. Forte abraço. Leandro de Paula, Fortaleza-CE – mar2007

14- isso me da uma saudade, bons momentos do cabare no acervo!!!!!!! Rodrigo Chaves Ferreira, Fortaleza-CE – fev2011

15- ADOGO!!! Cris Pinheiro Lima, Santos-SP – jan2014

16- Boa , kelmi. Que saudade de você e suas historias. Beijos. Carol Oliveira, Rio de Janeiro-RJ – jan2014

17- So vc me faz rir ricardo!! Juliana Lyra, Dunedin-Nova Zelândia – mar2014

18- Estas tuas gatas… ai, ai. Brennand De Sousa Bandeira, Fortaleza-CE – abr2014

19- HAJA LUXÚRIA,,,NAN VIOLAN!! Osmar Pimentel Junior, Fortaleza-CE – abr2014

20- Eu adoro esse conto! E a música-tema também, claro. “E não me interessa o que os outros vão pensar…” Samara Do Vale, Fortaleza-CE – abr2014

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Senha Arq Secretos 2008-2009

01/12/2009

Ricardo Kelmer 2009

BDKSenha-02aEste blog tem uma seção chamada Arquivos Secretos, com textos mais apimentados protegidos por senha. Essas senhas são enviadas aos meus Leitores Vips, que são aqueles que se cadastraram no blog e mensalmente recebem as novidades, promoções e convites pra eventos.

Os textos dos Arquivos Secretos postados em 2008 têm uma senha, os de 2009 têm outra e assim vai. O Leitor Vip recebe as senhas do ano em questão e também as senhas dos outros anos.

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Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com

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Comentarios01 COMENTÁRIOS
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01- Nossa, obrigada Ricardo!!!! Nossa, sempre tive MUITA vontade de acompanhar as séries até o final e agora vou poder fazer isso! Valeu, vc é show! Bjão. Fernanda Xavier, Rio de Janeiro-RJ – dez2009

02- Brigada pelo presentão de Natal, Kelmer! Libere, libere que a gte gosta! Cheiro! =* Rosa Emília, Fortaleza-CE – dez2009

03- brigadaaaaaaaaaaa Ricardooooooooooooooo. Celia Terpins, São Paulo-SP – dez2009

04- Obrigada,meu querido!!!!!!! Mônica Burkleward, Recife-PE – dez2009

05- Kelmer, De fato, grande presente! Obrigada pela senha, mas mais ainda pelos escritos! Tudo de bom! Abraços. Eliana Cruz, Fortaleza-CE – dez2009

06- amo muito tudo isso!!! bjs. Adriana Paiva, Fortaleza-CE – dez2009

07- Bacana demais seu presente. Adorei. Bjs e tudo de bom no natal e no ano que vem. Márcia P Alves, Belo Horizonte-MG – dez2009

08- Obrigada pelo presente!! Adorei, viu! Feliz Natal! Feliz 2010! Bjs da sua leitora. Karine Rangel, Rio de Janeiro-RJ – dez2009

09-Gostei da Tara ops, da Lara! Estou num corre corre daqueles, mas quero te dizer que na minha adolescencia que não foi nem um pouco transviada, conheci uma Lara, ela me fez pensar muito no que podemos descobrir!!! rs beijos e sucesso! Wilza Manzur, Rio de Janeiro-RJ – dez2009

10- Oba! Que legal!!! Obrigada. Conceição Araújo, Fortaleza-CE – dez2009

11- Grande HONRA… Você merece muito sucesso, não só em 2010. FELICIDADES. Ivana Carla, Fortaleza-CE – dez2009

Brigada pelo presentão de Natal, Kelmer!
Libere, libere que a gte gosta!
Cheiro! =*

Protegido: As taras de Lara – Começando por trás

28/11/2009

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Protegido: As taras de Lara – Começando por trás (VIP)

28/11/2009

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O crime

26/11/2009

26nov2009

Trago em mim a chama e o perigo. Um calor na coxa. Quer tomar alguma coisa?

O Crime 05c

O CRIME

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Você logo vai perceber que eu não sou uma pessoa fácil. Vou me virando aí pelas avenidas, mudando de pensão e ideologias conforme a luz. Gosto dos venenos lentos e das bebidas mais fortes. Converso com sapos. Ouço boleros na madrugada e caminho nu pelo quarto. E nem sempre é santa a minha ira.

Mas é que explode em mim uma liberdade que te fascina: vodcas, olheiras, buscar nos bares todos os olhares… Trago em mim a chama e o perigo. Um calor na coxa. Quer tomar alguma coisa?

Creio no fascínio, nas doentias obstinações, as paixões mais absurdas. Sou desses que carregam sempre o lado oculto de um forte desejo. Cúmplice, louco e delirante, ah, você não me conhece. O limite, o crime, o desatino! Nada que me tente tanto.

Homem de opinião e nenhum caráter. Eu uso máscaras, garota, você não vai me entender a alma. Um ator na vida, meio canalha como todos são – à luz do dia acho tudo indecente. Palavras sem pudor, essa roupa rasgada que é preciso esconder… Olha, entre meu signo e o seu há uma possibilidade de veneno. Eu sei.

Quero tudo que é estilete, faca, lâmina, metal. Quero te dar um beijo na boca ou pelo menos dormir com você. Mas percebo sua resolução de não ceder, você é uma mulher séria. Olhe que se preciso fosse, eu te mataria a sangue-frio e com cuidado… Nem tanto pelo amor, mas pelo insólito. Ai, ai, eu sempre terminarei meus filmes como o bandido. Mas é isso mesmo o que sou, uma mistura dos cheiros da festa. E foda-se se você me detesta.

Confesso que mal te conheço, mas sei muito bem das tentações dos sortilégios. Você tentará se domar, disciplinar, pensará ser mais forte que os ciclos e a força dos mistérios. Tsc, tsc… Não, garota, não se doma o mar. Então nisso é que consistirá o meu crime: você não saberá o que fazer e acabará abrindo a blusa.

Como faria qualquer mulher confusa em seu lugar.

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Ricardo Kelmer 1992 – blogdokelmer.com

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Texto compilado e adaptado de poemas do livro O Perigo do Dragão (Ed. Record, 1984), de Bruna Lombardi.

> Esta crônica integra o livro A Arte Zen de Tanger Caranguejos, de 2003

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Dueto de poemas com Sandra Regina, no Eita Sarau, 2012

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Bruna Lombardi na Wikipedia

Página oficial de Bruna Lombardi no Facebook

Livros de Bruna Lombardi:

O Signo da Cidade, roteiro do filme (Imprensa Oficial de SP, 2008)
Meu Ódio Será Tua Herança, romance (Guanabara Koogan, 2004)
Filmes Proibidos, romance (Companhia das Letras, 1990)
Apenas Bons Amigos, infantil (Globo, 1987)
Diário do Grande Sertão, registro poético das filmagens (Record, 1986)
O Perigo do Dragão, poemas (Record, 1984)
Gaia, poemas (Codecri, 1980)
No Ritmo Dessa Festa, poemas (Editora Tres, 1976)

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LEIA NESTE BLOG

O íncubo – Íncubos eram demônios que invadiam o sono das mulheres para copular com elas – uma difundida crença medieval. Mas… e se ainda existirem?

Mulheres que adoram – Dar prazer a uma mulher. O que pode haver de mais recompensador na vida?

Insights e calcinhas – Uma calcinha rasgada pode mudar a vida de uma mulher? Ruth descobriu que sim

Kelmer Para Mulheres – Nesta seção do blog, homem fica de fora

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Comentarios01COMENTÁRIOS
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01- Nem tanto pelo amor mas pelo insólito… Legaaal… Juliana Galdino, São Paulo-SP – dez2005

02- bom texto do ricardo. ele tá se transformando num belo de um “boca maldita”! Paulo Nunes, São Paulo-SP – ago2013

03- Aplausos! Aluisio Martins, Fortaleza-CE – set2023

04- Maravilhoso!!!! Soraya Freire, Fortaleza-CE – set2023 

05- Aplausos! Marcus Dias, Fortaleza-CE – set2023

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Dois morros

01/10/2009

01out2009

Quando o seio dela finalmente surgiu, meio à mostra na blusa entreaberta, minha mão vacilou. Ela então disse: Fecha os olhos

DoisMorros-04

DOIS MORROS

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Minha mão vacilou quando o seio dela surgiu, meio à mostra… Não, não, melhor começar pelo morro, o outro. Vamos lá. No início, era o simples, o natural. Não era chique nem tinha futuro. No alto do morro, só umas casinhas pequenas e um espaço de grama e areia, uns arbustos, um pé de pau acolá. Era 1984 e eu garoto fuçador de recantos descobria o mirante natural do Morro Santa Terezinha, e subia lá para tocar violão com os amigos, luarada, namorar, fogueirinha de papel…

A gente sentava na grama, o litrão de rum no centro da roda. Os namorados iam para o carro, mais afastado, economizar o motel. Quem se apertava, fazia xixi na ribanceira. Ir aonde ninguém havia ido, era excitante. Sem medo de assalto, sem pensar no tempo, a vida era agora.

Um dia, agora sim, um dia os seios dela surgiram. Aonde você tá me levando?, Isabella perguntou, provocante. O fusca véi subia o morro, se peidando todo, serpenteando pelas ruazinhas, as casinhas simples, o povo na calçada, o charme suburbano. Pro céu, minha linda… Não, falei isso não, só tive vontade. Mas na última curva, pedi: Fecha o olho. Quando ela abriu, era o postal noturno da cidade, em cima o céu piscante de estrelas, e lá embaixo os prédios, as luzes, o neon dos letreiros coloridos. Ela boba: Como você descobriu isso? Eu mais bobo: E você, como eu descobri você?

Aí a tiazinha botou umas cervejas na geladeira de sua casinha, uns refrigerantes. A gente ia lá no portão e batia palma. Ela levantava do sofá onde via tevê e, sonolenta, trazia uma cerva e uns copinhos. Quanto é, tia? É só tanto. Tem mais gelada não? Tem não, meu fi, a geladeira tá desmantelada. A gente pagava e ela dizia: Pode deixar os cascos lá que depois eu pego. E aconselhava as meninas: Quando vier de novo, traz um agasalho, mode o vento frio.

Um dia, a cerveja veio com isopor. Estava melhorando. Outra noite cheguei lá e tomei um susto: a tia espalhara umas mesinhas, umas cadeiras de reclinar. Mode as menina não sujar o vestido, né, meu fi? Aí o vizinho começou a vender cerveja também. Já dava para escolher se ficava na tia ou no tio. Depois já dava para tomar caipirinha, beliscar um peixinho frito com tomate e cebola. O movimento aumentou e a filharada da tia veio ajudar. O mirante lotava, às vezes nem lugar para sentar, um imenso bar ao ar livre, gente interessante, sempre aparecia um violão, um Pink Floyd no toca-fita… Tudo ainda simples e delicioso. O tempo ainda era agora.

Perdida entre beijos incontidos e abraços descontrolados, minha mão percorreu as curvas do corpo dela, serpenteando, errando aqui, acertando mais na frente. Quando o seio dela finalmente surgiu, meio à mostra na blusa entreaberta, minha mão vacilou. Ela então disse: Fecha os olhos. Quando abri, a paisagem nua de seus seios reluzia à minha frente, dois morros a conquistar. E lá fui eu, garoto fuçador de recantos, legítimo ocupador do morro.

Nos anos 90 os moradores venderam suas casas para os empresários, tudo de olho no bolo que crescia. Todo mês abria bar, pastelaria, restaurante. Virou chique subir o morro. Gente bacana bem vestida, turista tirando foto. Tinha restaurante limpinho, peixe na telha, música ao vivo, artesanato. O progresso invadiu o morro com alvará. Mas… havia algo estranho. Pescadores e rendeiras agora eram comerciantes. Não havia lugar para tanto automóvel. O barulho incomodava os moradores. Menina nova alugava o corpo magrinho nas quebradas da noite. Garoto trazia cocaína para o motorista. E a tal da urbanização asfaltou as ruazinhas e jogou uma praça feia por cima da grama.

Reivindicando seu pedaço do bolo, a violência também subiu o morro, claro. Roubos, assaltos, mortes. Os empresários resistiram, se organizaram, clamaram por segurança. Mas ela, mouca, não escutou. E, assim, a gente bacana desceu o morro e não voltou mais. O bolo murchou. E o futuro se foi, deixando o gosto bom do que devia ter ficado só no agora.

O morro não é mais chique, Isabella, mas ainda está lá. E eu queria que você soubesse que aquela noite também, continua no mesmo lugar, sem amanhecer, seus seios em minhas mãos, dois morros conquistados, eu turista já pensando em voltar. Tudo está lá ainda, meu nome gemido em sua boca, eu errando e acertando as ruas de seu corpo, indo aonde ninguém fora. Nossa história ainda se conta lá em cima, na grama, suburbana, pegando cerveja na tiazinha. Nossa história, juvenil, desmantelada e urgente, mode a hora. Com tomate e cebola. No mirante perfeito do nós dois agora.

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Ricardo Kelmer 2004 – blogdokelmer.com

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> Esta crônica integra o o livro Blues da Vida Crônica
> Esta crônica integra o o livro Vocês Terráqueas – Seduções e perdições do feminino

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PS: Dois Morros é um conto? Ou uma crônica? Por anos, convivi com esta dúvida. Até que entendi que era uma coisa e outra ao mesmo tempo. Eu escrevera um croniconto. E ainda tinha elementos de carta. Um croniconto missivístico.

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01- Caro primo, Nunca vi tão bem “retratado”, apesar de escrito, nossas noitadas no antigo mirante. Recordei ao ler, várias passagens inusitadas e até folclóricas que aconteceram por lá. Ai também vêm lembranças de outros lugares como o antigo “Rasgo de Lua”, “Ponto de luz” (que ainda resiste ao tempo), Tinha um ali na Rui barbosa que não me lembro o nome. Era quase na esquina da Torres Câmara, “tinha um andar de cima ao ar livre bem legal e reservado”. Para não falar do “Canto verde”, “Madelon” e outros que permearam a nossa juventude. Sinto saudades de um passado muito bem vivivo por nós e por vários amigos. Será que estamos ficando velhos? Carlos Marcos Severo de Oliveira, Fortaleza-CE – dez2004

02- Rica, você é um homem de muitas histórias… E continua paradoxal. Bjs. Lêka, Fortaleza-CE – dez2004

03- espetacular. Tonico Caminha, São Paulo-SP – dez2004

04- Oi Rika!!!! Que saudade…. saudade de você, saudade do Morro de Santa Terezinha, saudade de ouvir Pink Floyd, um violãozinho com os amigos…. Ler a sua crônica me fez relembrar exatamente tudo isso que você descreveu, tudo isso que eu também tive a sorte de viver… Parabéns, Rika! Amei… muito bem escrito, como sempre!!! E o natal, vai passar aqui? Precisamos nos ver,hein? Se vier, nos avisa,tá? Beijos…. Anabela Alcântara, Fortaleza-CE – dez2004

05- Putz!!! voltei no tempo. Otros abrazos. Roberto Maciel, Fortaleza-CE – dez2004

06- Lindo, adorei! Clícia Karine, Crateús-CE – dez2004

07- Eh Ricardo, essa deu saudade mesmo! Bons tempos aquele do Mirante – anos 80. Valeu a leitura. Abraços. Mauro Sérgio, Fortaleza-CE – dez2004

08- Kelmer, meu amigo querido… você me redimiu! Fiquei maravilhado! Obrigado por esta crônica, ela me resgata a antiga Fortaleza. Abraço e tudo de bom. Ronald de Paula, Fortaleza-CE – dez2004

09- Caro Ricardo, Saudade… do mirante, do morro, de 1984, dos seios. Com todo res”peito”, Eu preciso dum seio assim, mágico!?. Surgiu como? Me explique… Eli Miranda, Fortaleza-CE – dez2004

10- vi uma cronica sua sobre o morro do Mirante….achei-a linda! Como voce, tambem na minha juventude costumava ir àquele lugar olhar a lua e beber uns copos com os amigos….tambe dei muitos “amassos” nos meus gatinhos, amores que pensava durariam uma eternidade mas depois de 1 semana era passado(coisas da vida) bem, lhe escrevi apenas para agredece-lo pela bela recordaçao e dizer-lhe que suas palavras me fizeram retornar ao tempo e me fez bem, a cidade cresceu e mudou muito, o morro ficou perigoso ,as ainda me arrisco a frequentar o restaurante do Osmar e comer uma bela lagosta…sempre que vou ali lembro das minhas aventuras, uma patricinha que adorava se apaixonar por caras “perigosos”….tempos bons! Tenha um otimo dia e mais uma vez obrigada. Cacia Linhares, Fortaleza-CE – dez2004

11- Tb tive um morro durante minha adolescência…íamos todas as sextas feiras…ouvir os amigos tocando violão, os beijos e amassos também decoravam o ambiente ;em noite de lua cheia, a beleza era completa pois do alto víamos além da bela lua olhando aqui em baixo para nós; podíamos contemplá-la …através de sua imagem espelhada nas águas do Rio Tocantins…quantas lembranças!!!! lembranças maravilhosas “seu” morro trouxe do “meu morro”…Por favor nunca pare de escrever sua palavras resgatam minha alma…e me tornam mais sensível…que poder vc tem! morei em Tucuruí no interior do Pará durante a construção de barragem hidrelétrica, foi a melhor fase deminha vida…bjs… Diva, Macapá-AP – abr2007

12- Parabéns pelo texto DOIS MORROS, ele é de uma beleza e singularidade fantástica. Li com muito cuidado para encontrar as suas nuances de poesia e de realidade. Confesso ter achado simplismente belo, real, nu e cru, porém belo. P.S.: A partir desta descoberta prometo procurar outros textos teus para que através dele venha deliciar-me com tuas letras e com teu estilo. FS Garcia, Fortaleza-CE – ago2008

13- Oi, Ricardo. Tô sem net em casa , mas vim numa lan so pra te falar umas coisas…. Desde ontem eu tava toda depre( nao sei por que/ na verdade, sei, mas nao vou falar aqui…rsrsrsr), acordei e tirei o “vocês Terráqueas” da estante e fui ver os textos que ainda nao havia lido….Fiquei encantada com aquele que você fala do mirante…. poxa! quanta sensibilidade e romantismo… queria ter uns 15 anos a mais e ser aquela menina….  nao lembro quanto paguei nesse livro, mas valeu a pena!!!! Irlane Alves, Fortaleza-CE – jul2011

14- Confesso que li e me apaixonei no ato! Rosângela Aguiar, Fortaleza-CE – ago2011

15- Morro dos Mamilos!!!rsrsrs. Hotojunior Hoto, Fortaleza-CE – jan2013

16- Eita, o velho Morro do Mirante, vc me relembrar a comemoração do meu primeiro mês de namoro com a mulher q está casada comigo a 23 anos e que nós namoramos 04 anos. Lembro da felicidade vivida em cada subida e da paz que sentíamos estando a ima da cidade. Lembro da tia e das conversas regadas a muita birita.. Amigo, como é bom voltar no tempo através de palavras que nos fazem flutuar nas emoções. Obrigado por suas palavras me fazerem relembrar dos prazer de se divertir solado de grandes amigos com vc, Paulo Márcio, Nelsinho, Valmir, Amaury e outros tantos .. Não acho q estamos velhos, apenas o passado correu demais… Paulo Helmut B Simões, Fortaleza-CE – jan2013

17- vc é muito bom no que escolheu fazer, Ricardo Kelmer: teus contos (cronicontos): têm ‘alma’… ‘são vivos’, ‘conversam’ – dialogam – com o leitor. Maria Gama, Serra-ES – ago2015

18- Eu me entendo por gente quando vivi o fim dos anos 80 e o início da punjança dos anos 90, ainda quando o bolo estava crescendo. Que saudade daquele lugar tão tranquilo de tantas madrugadas insones e alegres! Regadas a caipirinhas e cervejas nas mesinhas ao lado da ribanceira. Tempo bom que a violência levou! José Epifanio, Fortaleza-CE – ago2015


Lolita, Lolita

03/09/2009

03set2009

A calcinha desce suave pelas coxas finas, beija os joelhos, pousa nos pezinhos… Engulo seco. Diante de mim a luz dos meus dias, fogo em minha alma

LolitaLolita-04

LOLITA, LOLITA

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A cena sempre me extasia, sua língua faceira saltando três vezes… Olho em silêncio enquanto ela lambe o papel, fecha o baseado e acende, segurando na ponta de seus dedinhos finos. Ela puxa a fumaça devagar, os olhinhos fechados, tão linda… E eu amo sua boca enquanto ela solta a fumaça. A boca. Que ela sempre esquece entreaberta, na medida exata, meio dedo, ela faz de propósito, sabe que não resisto. O que essas colegiais andam aprendendo no recreio?

Vai, fuma, minha amiga quem me deu, você vai gostar. Hoje não, meu anjo, obrigado. Ah, é, pois só de mal não vou fazer aquilo. Então cumpro minha parte no trato, dou uma tragadinha, o suficiente para que a doce chantagista se satisfaça. Ela me mostra a língua, me chama de velho careta. Entendam, quero sóbrios os meus sentidos, para depois passar todas as imagens, uma por uma, e recordar… e recordar… até que seja novamente terça-feira.

Trancada a porta da suíte. Cerradas as cortinas. Os pequenos cuidados de sempre. Mas as cortinas, eu sei, ela depois abrirá para olhar a cidade, ela e seu prazer de me desobedecer. E eu paciente a puxarei para dentro, perigoso ficar na sacada, meu anjinho, eu já disse, principalmente assim de calcinha. Ela protestará, claro: Seu chato, parece meu pai! E citará probabilidades, uma chance em mil de alguém reconhecê-la ali no vigésimo andar. Mas vocês hão de convir, já foi sorte demais encontrá-la, não tenho mais idade para abusar do destino.

No frigobar, ela se diverte: iogurtes, suquinhos e chocolates que devora e guarda na mochila, levará para a amiga. Na TV, vibra com os clipes musicais, essas bandas modernas com nomes estranhos e garotos idiotas que ela adora, e zomba do meu ciúme cantarolando em seu inglês vacilante, o que me faz lembrar de seu curso, justamente onde ela deveria estar agora. Mas vocês vão entender, as terças são minhas.

Ela vem para a cama, lânguida e relaxada. Tira minha camisa e brinca com os pelos brancos do meu peito, me aperta as sobras da barriga. Com meu cinto, brinca de me chicotear, rindo como se fosse a coisa mais engraçada do mundo. Depois, salta da cama: Me dispa, escravo, é uma ordem. Sim, minha princesa.

Fico na ponta da cama, ela à minha frente. Tiro seu uniforme com cuidado, da outra vez rasguei a saia. Desabotoo a camisa e os seios pequenos me olham. Pergunto se estão com saudade e ela os move para cima e para baixo: Siiiim, estamos… E outra vez morre de rir. As meias brancas mantenho no lugar, quase no joelho, gosto assim. A fita no cabelo também. Ela ergue a saia plissada e surge a calcinha, hoje é azul claro, combina com a tarde. A vontade é de arrancá-la, me controlo, o coração quer sair do peito. A calcinha desce suave pelas coxas finas, beija os joelhos, pousa nos pezinhos… Engulo seco. Diante de mim, a luz dos meus dias, fogo em minha alma.

É nas curvas de seu corpo quase infantil que eu me desgoverno: tento dirigi-la, mas ela faz o que tem vontade e minhas juntas sofrem para segui-la. Ela geme sob o peso de meu corpo, dança sobre ele, senta em meu rosto, vira de costas, sim, sou tua Lolita, para sempre, siiiim… Lembro do trato e ela cumpre a promessa, bebendo-me até a última gota, adora observar minhas reações. Depois, na telinha da máquina, ela apaga as fotos em que está feia e zomba da minha expressão apaixonada, manda por e-mail, pliiis, você nunca manda, malvado. Ela me oferece chiclete, e diz que a amiga quer um dia participar também… Paro, sem acreditar no que ouço. Você não devia ter contado, nossa felicidade não precisa de mais ninguém! Mas ela é minha amiga… Foda-se sua amiga, já falamos disso, quer estragar tudo, tem merda na cabeça?!

Vamos em silêncio até o shopping, uma lágrima escorre de seu olho. Que eu não vejo porque não ouso olhar, mas sei, porque é a mesma lágrima que tremula no meu. Paro e ela sai do carro, fecha a porta. Três passos e retorna, e emoldura o rosto na janela, e sussurra: Fica assim não, desculpa… A boca. Por favor, não quero que acabe, pliiis… A boca entreaberta, meio dedo. Meu coração se derrete. Entrego-lhe o dinheiro do cinema e do lanche, mais um pouco para gastar com bobagens. Te amo, ela diz sorrindo, e eu respondo eu também. Ela conta orgulhosa que verá seu primeiro filme de catorze anos e, como se revelasse um segredo mortal, diz que a amiga entrará com carteira falsa. Não precisa correr, meu anjo, tem tempo. Mas ela já se virou. E lá se vai minha Lolita, correndo estabanada pelo estacionamento, mochila às costas, as pernas, as meias brancas. Tão linda em seu prazer de me contrariar.

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Ricardo Kelmer 2005 – blogdokelmer.com

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– Este conto integra o livro Vocês Terráqueas – Seduções e perdições do feminino
– Este conto integra o livro
Indecências para o Fim de Tarde

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LOLITA E VLADIMIR NABOKOV

VladimirNabokov-01Vladimir Nabokov nasceu em 22 de abril de 1899 em São Petersburgo, na Rússia. Morou na Inglaterra, Alemanha e a partir de 1940 viveu nos Estados Unidos. Morreu em 1977, na Suíça. Seu romance Lolita, publicado originalmente em 1955, é seu livro mais conhecido. A história do amor entre o quarentão desequilibrado e sua enteada de doze anos foi traduzida em dezenas de línguas, gerou duas versões cinematográficas (1962 e 1997) e deu origem aos termos lolita e ninfeta, significando meninas adolescentes ou menores de idade sexualmente precoces.

> Covering Lolita – Sessão do site do estudioso alemão de literatura Dieter Zimmer, que reúne capas de edições de Lolita, publicadas desde 1956 em dezenas de países.

A menina que teria inspirado “Lolita” – Um novo livro aprofunda a relação entre o romance de sucesso de Nabokov e a história real de Sally Horner, de 11 anos, sequestrada e maltratada por um pedófilo em 1948
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O PRIMEIRO PARÁGRAFO de Lolita é considerado por muitos como uma das mais belas introduções da literatura ocidental.  Eu, particularmente, concordo.

“Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta. Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita.”

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O mistério da cearense pornô da California – Uma artista linda e gostosa, intelectual e transgressora, que adora perversões e, entre uma e outra orgia, luta pela liberação feminina

Bettie Page, nós te amamos – Ela é um ícone da moda, da arte erótica e também do universo BDSM, inspirando artistas e fetichistas

Vocês Terráqueas – Seduções e perdições do feminino – Livro de contos e crônicas sobre a mulher

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DICA DE LIVRO

IFTCapa-04aIndecências para o fim de tarde
Ricardo Kelmer, contos eróticos

Uma advogada que adora fazer sexo por dinheiro… Um ser misterioso e sensual que invade o sono das mulheres… Os fetiches de um casal e sua devotada e canina escrava sexual… Uma sacerdotisa pagã e seu cavaleiro num ritual de fertilidade na floresta… A adolescente que consegue um encontro especial com seu ídolo maior, o próprio pai… Seja provocando risos e reflexões, chocando nossa moralidade ou instigando nossas fantasias, inclusive as que nem sabíamos possuir, as indecências destes 23 contos querem isso mesmo: lambuzar, agredir, provocar e surpreender a sua imaginação.

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Seja Leitor Vip e ganhe:

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Basta enviar e-mail pra rkelmer@gmail.com com seu nome e cidade e dizendo como conheceu o Blog do Kelmer. (saiba mais)

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01- Rica, Lolita merece todas as homenagens. Amor de perdição, amor de redenção – e não é sempre assim? Mas você ainda vai demorar para virar um Humbert Humbert, um velhinho tarado. Quarenta anos é uma idade ótima, ótima! Ana Beatriz Nogueira, Brasília-DF – jul2005

02- Caraca , mermão! Fiquei zonzo. Sem saber o que pensar. Sem saber o que dizer. Mas cheio de imagens retidas na retina da memória. Se eu fosse fazer algum comentário, arriscaria um que é um grande lugar-comum, eu sei, mas foi o que me bateu: senti falta de conhecer um pouco mais essa Lolita, de perscrutar algumas de suas motivações, ainda que difusas, próprias de uma adolescente, uma adolescente que já é muito diferente das adolescentes de quando estávamos no segundo grau, quanto mais em relação àquela criada por Nabokov. Acho que o amigo fez uma crônica-conto, que deixa no leitor a sensação de que há muito mais pra contar. Aliás, percebo que já estava entregue ao prazer do conto, tanto é que nas linhas finais já me via na expectativa de alguma surpresa, alguma reviravolta típica de conto. Mas o final teve sabor de crônica-poesia. Como diria Leminski, a vida é mesmo crônica. O que “ falta ” neste texto provavelmente só atesta sua qualidade. Marcelo Pinto, Rio de Janeiro-RJ – jul2005

03- Tá ótimo! Deu bem a idéia da estória toda numa página só! Eu não li o livro mas vi o primeiro filme e o remake. E gostei, é muito perverso porém. Isabella Furtado, Modena-Itália – jul2005

04- Quarentão, careca, e agora perdido por garotinhas! Esse não é o Ricardo Kelmer que conheci. Um beijo saudoso, e lembre-se de que, ao meu lado, voce sempre serah o garoto… Clotilde Tavares, Natal-RN – jul2005

05- Bela… Lolita. Bjo. Graça Carpes, Rio de Janeiro-RJ – jul2005

06- He,he,he, As Lolitas de hoje não são “tão puras” como a do nosso nobre Nabokov, né? Sinal dos tempos … Álvaro de Paula, Fortaleza-CE – jul2005

07- Oi, Ricardo. Bem que poderia haver a versão homo de lolita..já pensou eu iria adorar e se eu fosse o lolito seria melhor ainda…rsrsrsrr. Abraços. Fabiano, Fortaleza-CE – jul2005

08- Adorei a crônica, achei bem sensual, mas talvez incentive o assedio a jovens meninas. Cacilda Luna, Fortaleza-CE – jul2005

09- Primoroso… Nelson Neraiel, Rio de Janeiro-RJ – jul2005

10- Uma menina, só mesmo uma menina. Pobres velhinhos…kkkkkkkk! Muito bom. Adorei. Mas uma pergunta cretina: o texto é só uma homenagem mesmo? Desculpa, não resisti 🙂 Luana Patrícia, Fortaleza-CE – jul2005

11- Olha, adorei essse texto da Lolita…Parabéns! Pela sua criatividade!!! Clécio Rhustem, Crateús-CE – jul2005

12- O filme é maravilhoso. Já vivi um amor louco desse. Lisa Mary, Fortaleza-CE – jul2005

13- oi, ricardo. li o teu texto “lolita, lolita”. gostei muito. escrevi algo num clima parecido. talvez queiras ver: http://www.fotolog.net/daimon/?photo_id=8958936 . abraço. Paulo Amoreira, Fortaleza-CE – jul2005

14- Oi Ricardo, Adorei o texto da ninfa (Nabokov ‘2005) principalmente o ” beija os joelhos e pousa…”. Puta tesão,,,. Agora que já tô quase acabando as 130 ou mais páginas da minha tese (parece ridículo pelo número!) talvez possa te devotar a atenção devida… a merecida, jamais!!!. Beijos. Valmir Menezes, Lisboa-Portugal – ago2005

15- Tornei-me sua fã recentemente desde que li um texto seu na página do IG. semanalmente abro seu site para ver as novidades. Você parece ser um estilo raro de homem não o conheço,mas mesmo assim me identifiquei algumas de suas produções,outras fiquei um pouco cismada como no caso de “lolita” me senti agredida não se foi porque já pasei dos trinta, ou se porque como mãe de duas garotas e ainda mais sendo professora tive a impressão de que estava lendo uma apologia ao sexo com menores de idade. De qualquer forma voltei outras vezes para desfrutar de suas idéias,li e vi sua revelação nos quarenta anos,Adorei seu texto suas fotos então…. bjs e muito sucesso!!!! Sua fã. Diva645 – Rio de Janeiro-RJ – out2005

16- li um texto seu (Lolita, lolita) e gostei muito… Trabalho com produção cultural, sou apaixonada por literatura e bons textos sempre me impedem de ficar calada, porisso tive que fazer essa pequena invasão pra lhe trazer as minhas congratulações! realmente é um texto polemico, mas gostei do seu jeito de escrever sobre um assunto tão polemico tornando a coisa assustadoramente natural… Um grande beijo! Wania Alvarez, Santos-SP – mar2006

17- Caramba, que realismo!Deus me vi quando ainda aos treze… Tanbém escrevo e deveras fiquei anestesiada, o comportamento de uma ninfeta é esse mesmo! Parabéns! Nádia Rosa de Castilho, São Francisco do Sul-SC – jul2006

18- O primeiro conto q li foi sobre a Lolita… sorriso… fiquei um pouco incomodada, sabe aquela coisa hipócrita de achar a menina mto nova, mas no fundo sentindo maior tesão pela coisa??? Pois é, lembrei também q sempre tive uma queda, não, um TOMBO, por homens assim 15, 20 anos mais velhos (e hj isto me é complicado… rsss). Ilde Nascimento, São Luís-MA – abr2009

19- E-S-P-E-T-A-C-U-L-A-R! sensacional!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Literatura pura, com romance, erotismo e poesia. Camila Briganti, São Paulo-SP – mai2011

 


O pop pornográfico de Ricardo Kelmer

31/08/2009

Por: André de Sena, 2009

OPopPornograficoDeRK-01a.

Há, atualmente, uma fronteira tênue entre a literatura tradicional e o entretenimento que vem sendo ocupada por alguns escritores de talento e suas obras marginais em relação ao grande mercado editorial. Estes novos escritores endossam uma das grandes contradições no universo da crítica literária atual, o fato de que a decantada crise da ficcionalidade – que vai do chamado esgotamento das antigas formas literárias até a perda da ilusão de que a literatura poderia servir de espelho da realidade, passando ainda por fatores mais prosaicos como a debandada dos leitores por conta do aparecimento das mídias visuais (tv, cinema, internet, etc) – não vem sendo corroborada pela verdadeira efervescência dos blogs e diários on-line, que chega mesmo a propor novos caminhos à própria literatura.

A pletora de blogs vem revelando democraticamente talentos que, há pouco mais de uma década, estariam fatalmente destinados ao completo silêncio por conta do apertado funil da indústria editorial, que faz com que uma fração mínima de autores tenha direito à voz. E, para os críticos tradicionais que ainda torcem o nariz para esta novíssima produção ficcional, aqui vai um alerta: há muita boa literatura sendo gerada, bastando algumas horas de navegação via Internet para constatar isso. Até mesmo a nova linguagem cifrada/codificada utilizada pelos membros da rede – na qual alguns exagerados já viram inclusive o fim da norma culta – por vezes pode render gratos neologismos que impulsionam a alquimia da língua como um todo.

O livro “Vocês terráqueas”, do escritor cearense Ricardo Kelmer, atualmente radicado em São Paulo, lançado ao mesmo tempo em formato impresso (Miragem Editorial) e em formato e-book, para ser lido na tela do computador, é um bom exemplo desta nova literatura que floresce, pari passu, à completa inserção da Internet na vida das pessoas. Os contos e crônicas reunidos nesta obra, que poderiam ser catalogados, grosso modo, como “pop/pornográficos”, mostram que a literatura é mais camaleônica do que se supunha e vai buscar para seu denso arsenal até mesmo a informalidade da escritura dos e-mails e o prosaísmo das situações mais antilíricas. De fato, a literatura não necessita apenas de grandes mestres da prosa para ser pulsante de vida – a linguagem comum, diária, também pode inspirar pelo aspecto da inovação e da poesia.

Com nove livros na bagagem, a exemplo de “A arte zen de tanger caranguejos”, “Guia prático de sobrevivência para o final dos tempos”, “Baseado nisso” e “Blues da vida crônica”, Ricardo Kelmer vem lapidando aos poucos sua prosa característica, informal com conteúdo, irônica e, por vezes, poética. Mas foi a partir da criação de um blog, o blogdokelmer.com, que ele se tornou conhecido em todo país, principalmente quando decidiu “turbinar” sua escrita, unindo três universos distintos, o da pop literatura, o da literatura de humor e o da pornografia light, para confeccionar uma obra autoral válida. “Vocês terráqueas” é o fruto mais recente dessa união, que também deu origem, no blog do autor, ao link “Kelmer para mulheres”, uma divertida série de textos eróticos relativa ao universo feminino que conta ainda com os “arquivos secretos”, apenas para leitores cadastrados (estes sim, “mais” pornográficos). Em todo o caso, é o humor que se destaca em todas estas obras, dissolvedor de modos e gêneros literários, metaficcional por excelência.

Como espelha o título, os vinte e um contos e quinze crônicas reunidas em “Vocês terráqueas” tratam, com os mais diversos matizes, do universo feminino, ou, mais exatamente, da estranheza, horror e fascinação que este pode suscitar. Ciganas, lolitas, santas, prostitutas, espiãs, sacerdotisas pagãs, entidades do além, mulheres selvagens – em todas as personagens, destaca-se o reflexo do olhar masculino fascinado, amedrontado, seduzido. Pode-se afirmar que Kelmer já é dono de um estilo próprio (no fundo, uma das almejadas metas de todo escritor) e, do ponto de vista narrativo, há três pequenas obras-primas em “Vocês terráqueas”, os contos “O presente de Mariana”, “A professora de literatura do meu marido” e “Gisele, a espiã nua que eliminou o Brasil”. Os temas são curiosos, mas desenvolvidos com talento: no primeiro conto, uma entidade se apaixona por um homem após uma sessão de umbanda; no segundo, há a descrição de um mundo meio futurista onde as pessoas escolhem as características físicas e psicológicas de seus amantes; no terceiro, narra-se a história de um homem que crê piamente que sua “cueca da sorte” seja a responsável pelas vitórias nos jogos da seleção brasileira.

Muitos outros contos interessantes e iconoclastas de Kelmer ficaram de fora desta obra, mas podem ser lidos no blog do autor, como “O último homem do mundo”, que retoma o tema do pacto fáustico em um contexto atual (as relações de poder entre homens e mulheres), além da escrachada série “Um ano na seca”, diário que narra as aventuras de um homem apaixonado por sua boneca inflável, onde o humor mais burlesco acaba diluindo o pornográfico e dando lume a uma espécie de gênero literário híbrido, que é um dos trunfos da escrita kelmérica.

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André de Sena é jornalista, músico e estudioso de literatura. É autor de dois livros de poemas, Bosques da Moira e Miratio. Mora em Recife-PE.

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vtcapa21x308-01Saiba mais sobre o livro:
Vocês Terráqueas – Seduções e perdições do Feminino

O que mais escreveram sobre este livro:

Desconstruindo Kelmer (por Wanessa) – Totalmente metida e curiosa, eu me debrucei sobre o conto e fiz minha própria interpretação. Bem, a presença da Mestra, a vida, a Deusa, o Tao, o fluxo irrevogável de tudo, não me espanta que seja uma figura feminina…

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SÉRIES ERÓTICAS DESTE BLOG

As aventuras de Diametral e Ninfa Jessi – A mais bela e safada história de amor jamais contada.

As taras de Lara – Desde pequena que Lara só pensa naquilo. E ai do homem que não a satisfaz.

Um ano na seca – O que pode acontecer a um homem após doze meses sem sexo?

O último homem do mundoO sonho de Agenor é que todas as mulheres do mundo o desejem. Para isso ele está disposto a fazer um pacto com o diabo. Mas há um velho ditado que diz: cuidado com o que deseja pois você pode conseguir…

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SOBRE SEXUALIDADE FEMININA

LolitaLolita-03Lolita, Lolita – Ela é uma garotinha encantadora. E eu poderia ser seu pai. Mas não sou…

O íncubo – Íncubos eram demônios que invadiam o sono das mulheres para copular com elas  uma difundida crença medieval. Mas… e se ainda existirem?

A gota dágua – A tarde chuvosa e a força urgente do desejo. Ela deveria resistir mas…

A torta de chocolate – Sexo e chocolate. Para muita gente as duas coisas têm tudo a ver. Para Celina era bem mais que isso…

O mistério da cearense pornô da California – Uma artista linda e gostosa, intelectual e transgressora, que adora perversões e, entre uma e outra orgia, luta pela liberação feminina

Vocês Terráqueas – Seduções e perdições do feminino – Livro de contos e crônicas sobre a mulher

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OPopPornograficoDeRK-01a


0 gozo de ser bem lido

23/07/2009

Ricardo Kelmer 2009

BDKAnuncio-01a.

No namoro do olhar com a palavra
Faz-se coito o literato sentido
Quem lê bebe o doce prazer do texto
Que escorre do gozo de ser bem lido

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25 de julho, dia do escritor
Uma homenagem a você que me lê

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Ricardo Kelmer – blogdokelmer.wordpress.com

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A garçonete da minha vida

08/07/2009

08jul2009

Naquela sexta de dezembro, Diametral, que não era ainda Diametral, e Ninfa Jessi, que já era Ninfa Jessi, começaram oficialmente a mais bela e safada história de amor jamais contada, ele que a amava em silêncio havia um ano, ela chorando de raiva, desamparo e tesão

AGarconeteDaMinhaVida-01.

A GARÇONETE DA MINHA VIDA
As aventuras de Diametral e Ninfa Jessi
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Ninfa Jessi e seus fetiches. Que eu adoro, por sinal. Um deles é por garçonete. Pelas garçonetes e também por ser uma garçonete. Pra ela, é umas das melhores profissões que uma mulher pode ter na vida.

– Homens, mulheres e vodca toda noite, Gatão! E ainda ser paga pra isso!

Quando a conheci, pelo Orkut, Jessi tinha 19 aninhos. Idade perfeita pra uma taradinha como ela se perder no lado bom da vida. De família do interior, mal esperou fazer 18 anos: largou o namorado careta, a cidade que não entendia seu cabelo mutante e suas lentes coloridas e se picou pra capital, queria estudar Cinema. Dividia um quarto com uma amiga e trampava num espaço cultural, onde via filme de graça e estava sempre conhecendo homens e mulheres interessantes – conhecendo e comendo, claro, que ela desde então já não prestava. Jessi, a pequena tarada.

Mas, como ela gosta de dizer, tinha espaço pra mais adrenalina nas veias de sua vida. Na verdade, Jessi queria ampliar o diâmetro do mundo, o mundo que ela conhecia ainda era pequeno demais pra tanto sonho e tesão que ardiam em sua alma e em seu corpo. Ela precisava de mim e não sabia. Mas antes de mim ainda haveria alguns capítulos em sua vida.

Então o Bukowski abriu vaga pra novas garçonetes. Bukowski, o bar que toda menina má sonha ter no currículo. Era um barzinho rock´n´roll que era meio inferninho, onde as garçonetes faziam uns shows performáticos bem apimentados. Cara, o público enlouquecia, choviam gorjetas. A casa pagava academia pras meninas manterem seus corpinhos em forma e elas tinham até professora de dança. Era bem organizado o negócio. E lá estava a adrenalina de que minha pequena precisava.

Ela passou na entrevista, passou no teste de dança e aí ficou faltando apenas o teste final que a professora exigia. Adivinha onde era o teste final? Na cama da professora, claro, professorinha esperta.

Já perfeitamente ciente das delícias que uma xana proporciona, o tal do teste final não desmotivou minha pequena nem um pouco. E ela fez, claro. Mas a professora deve ter ficado com muita dúvida pois em vez de um só, fez um bocadão de testes finais com ela. O resultado é que as duas se apaixonaram, é mesmo difícil não se encantar pela Jessi, e assim a pequena tarada virou garçonete do Bukowski e foi morar com sua professora de dança.

– Mais que dançar, ela me ensinou a comer direitinho uma mulher, Gatão. Isso não tem preço, tem?

Ninfa Jessi não presta.

Vem desse romance com a professora outro fetiche de Jessi, que hoje ela não dispensa com nossas namoradas: a morena adorava que ela a comesse com aqueles paus de silicone, ficava louca, gozava horrores. Jessi diz que numa dessas vezes, sua morena de quatro e ela metendo forte, por alguns instantes deixou de ser ela mesma e de repente era um homem, e quase pôde entender realmente, de corpo e alma, o que é ser homem. Foi algo meio místico, que nunca mais se repetiria com a mesma intensidade, mas que sempre volta quando ela está dentro de uma mulher, e também quando ela me vê dentro de uma mulher – nesses momentos seu olhar sempre busca o meu, como se nele pudesse reencontrar a louca sensação que ela uma noite teve. Como se através de mim e do nosso amor, trepando com nossas namoradas, ela pudesse enfim ser o homem que ela não é.

NinfaJessi-027Durante seis meses Jessi experimentou a felicidade que jamais tivera em sua vida. Tinha o emprego dos seus sonhos, ganhava bem, era querida pelos clientes e vivia seu lindo caso de amor. Seus shows no Bukowski? Eram dos mais aguardados, principalmente quando ela atuava com Sheilinha, a Sheila Dinamite. Todas as meninas tinham nomes artísticos e vem dessa época seu nome, Ninfa Jessi, bolado pela professora. Nome perfeito, combinava demais com ela, com os modelitos de ninfeta que ela usava, os lacinhos no cabelo – e, é claro, com seu apetite sexual. Não haveria nome melhor.

Mas nesse mundo os ventos mudam, né? O primeiro grande amor da vida de Jessi durou até o dia em que um vento em forma de loirinha desempregada bateu lá no Bukowski pra fazer teste pra garçonete. Exatamente, a professora trocou Jessi por ela. Pobre Jessi, sofreu pra caramba. Prosseguiu no emprego, mas deixou o apê da professora e alugou uma quitinete. O pior de tudo era ter que encontrar sua paixão quase todos os dias e se morder de ciúmes sempre que chegava garçonete nova na casa.

Foi por esses dias que eu fui lá no Bukowski. Nossa amizade, que havia começado numa comunidade bluseira do Orkut – sim, foi o blues crônico da vida que fez nossos caminhos se cruzarem – estava agora no estágio MSN, com papos quase diários. Já apaixonado pela pequena tarada, como ela mesma se chamava, e sabendo que trabalhava no Bukowski, me piquei pra lá. Cara, paguei a maior grana pra entrar, e tudo que eu tinha no bolso só deu pra tomar duas cervas. E ela nem me viu. Mas valeu a pena. Foi a primeira vez que meus olhos pousaram diretamente em Ninfa Jessi. E vê-la ali, com seu jeitinho cativante de moleca safada, dançando nua no balcão com outra menina, putamerda, foi inesquecível. Era a mulher perfeita, inacreditavelmente perfeita, assustadoramente perfeita. A Deusa-Ninfa dos meus sonhos que nem nos melhores sonhos eu havia sonhado. E sabe quando bate aquela certeza fulminante e inexplicável no destino? Bateu. No Bukowski, apertado no meio de outros caras e outras meninas que assistiam ao show, eu tive a calma certeza de que ali estava a mulher da minha existência, a deusa-diaba que seguiria comigo pela vida. Ali estava o motivo de eu acordar todos os dias com aquela dilacerante saudade do que eu nunca tinha vivido.

Faltava só ela também saber disso.

(continua)
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Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com

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NinfaJessiGarconetes-01dA continuação do conto, contendo fotos de Ninfa Jessi e de um show no Bukowski, além do Álbum das Garçonetes, está disponível aqui. Exclusivo para Leitor Vip. Basta digitar a senha do ano da postagem.

Ainda não é Leitor Vip? Vamos resolver isso agora!

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SÉRIES ERÓTICAS DESTE BLOG

As aventuras de Diametral e Ninfa Jessi – Um casal apaixonado vive seu amor libertino com bom humor e muita safadeza

As taras de Lara – Desde pequena que Lara só pensa naquilo. E ai do homem que não a satisfaz

Um ano na seca – O que pode acontecer a um homem após doze meses sem sexo?

O último homem do mundo – O sonho de Agenor é que todas as mulheres do mundo o desejem. Para isso ele está disposto a fazer um pacto com o diabo. Mas há um velho ditado que diz: cuidado com o que deseja pois você pode conseguir

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LEIA NESTE BLOG

Por trás do sexo anal – Há algo de divinamente demoníaco no sexo anal que, literalmente, a-lu-ci-na algumas mulheres

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DICA DE LIVRO

IFTCapa-04aIndecências para o fim de tarde
Ricardo Kelmer – Contos eróticos

Uma advogada que adora fazer sexo por dinheiro… Um ser misterioso e sensual que invade o sono das mulheres… Os fetiches de um casal e sua devotada e canina escrava sexual… Uma sacerdotisa pagã e seu cavaleiro num ritual de fertilidade na floresta… A adolescente que consegue um encontro especial com seu ídolo maior, o próprio pai… Seja provocando risos e reflexões, chocando nossa moralidade ou instigando nossas fantasias, inclusive as que nem sabíamos possuir, as indecências destes 23 contos querem isso mesmo: lambuzar, agredir, provocar e surpreender a sua imaginação.

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Seja Leitor Vip e ganhe:

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01- Eu adooooro essa Ninfa Jessi… 😀 Samara Do Vale, Fortaleza-CE – jun2013


Protegido: A garçonete da minha vida (VIP)

08/07/2009

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LIVRO: O Diário de Marise

02/04/2009

02abr2009

odiariodemarise01O Diário de Marise – A vida real de uma garota de programa

Vanessa de Oliveira – Matrix Editora

Marise é o nome de trabalho de Vanessa. Em casa, uma mãe dedicada. Na faculdade de enfermagem, uma aluna esforçada. Nos hotéis e motéis onde atende, uma garota de programa muito requisitada por conta dos anúncios de jornal, nos quais vende com criatividade sua beleza e seus atributos, sozinha ou em dupla. Neste diário, ela fala sem censura de seus programas, das taras de seus clientes, da cafetinagem, das orgias, das casas de swing, da vida nas ruas e nas boates. Vanessa também mostra a relação com a família e as amigas, as frustrações com os homens que amou, como entrou nessa vida. E fala de vários dos 5 mil programas que já calcula ter feito.

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PROGRAMAS ONTEM, AUTOPROMOÇÃO HOJE

Ricardo Kelmer 2009

Comprei este livro primeiramente porque eu sou safado mesmo e me atrai o universo da prostituição, apesar de eu nunca ter sido seu frequentador habitual, e também porque na época, 2007, eu estava escrevendo o Vocês Terráqueas e nele há dois contos sobre prostitutas, esse arquétipo tão fascinante quanto apedrejado.

Gostei do livro da Vanessa, mais do que o da Bruna Surfistinha. Não glorifico a profissão mas sempre senti um natural carinho e respeito por prostitutas. Por ter sido escrito por ela mesma, ao contrário do da Bruna, o livro de Vanessa soa mais espontâneo. É um relato bem elucidativo sobre as engrenagens do clandestino mundo da prostituição: boates, motéis, casas de suingue, taxistas amigos, gerentes de hotéis comissionados, abortos, técnicas de enganar o cliente etc. Segundo a autora, foram cinco mil programas feitos em Balneário Camboriú (SC) entre 2002 e 2006. Na alta temporada Vanessa chegava a fazer negócio com dez ou mais clientes por dia, o que significava no fim do mês uma renda de R$ 20 mil. Hummm… Tomara que Vanessa não esteja pensando que vai faturar isso com livros.

Pausa pro tarado véi seboso se manifestar. É, gostei do livro, mas achei uma pena a moça não curtir sexo anal. Que péssimo exemplo pra prostituição nacional! Nesse ponto, fico com a Bruna Surfistinha, assumidamente mais eclética. Ah, que falta faz um homem jeitoso e paciente na vida traseira de certas donzelas…

A gaúcha Vanessa, que hoje tem 32 anos, formou-se em enfermagem em 2005, durante sua labuta na prostituição. Uma declaração numa entrevista em 2008 à Folha de São Paulo revela seu senso profissional:

”Meus métodos são comparáveis aos de um empresário. Passei a desenvolver técnicas para ganhar mais na profissão e criei outras duas personagens para equilibrar meus negócios. A Marise era sofisticada e cara, por isso eu precisava ganhar na quantidade, então criei a Mari, que cobrava R$ 80 por programa. Depois inventei a Ana, que também cobrava R$ 80 mas atendia homens que gostavam de vibradores. Cada uma utilizava uma peruca diferente para que ninguém percebesse a ‘tripla personalidade’. Assim, atingi diversos públicos, do magnata ao presidiário recém liberto; do médico ao matador de aluguel.”

Com seu livro, lançado em 2006 (35 mil exemplares vendidos, um grande sucesso pros padrões brasileiros) e com versões em italiano e inglês, a bela ruiva baixinha ganhou notoriedade, apareceu em programas de TV, deu palestras e até lançou uma linha de lingerie com seu nome. Em 2007 ela lançou outro livro, 100 Segredos de uma Garota de Programa Tudo o que você queria saber sobre homens, sexo e a profissão. Algo me diz que este não será sucesso como o primeiro. E em 2008 lançou seu terceiro livro, Seduzir Clientes O que todo profissional pode aprender com uma garota de programa e um homem de marketing, escrito por ela e Reinaldo Bim Toigo. Este parece interessante, mas não será forçação de barra? E o próximo? Pelo jeito, As Histórias que Marise Não Contou.

vanessadeoliveira19Em seu blog, Vanessa dá lições de vida, escreve sobre anjos da guarda e até comenta sobre literatura brasileira. Sim, por que não? Onde tá escrito que uma ex-puta não deve falar de literatura? Pois ela fala. E baixa o cacete em Machado de Assis, coitado. E diz que a literatura brasileira começa mesmo é com Nelson Rodrigues.

Chamei Vanessa de ex-puta pra frase pegar mais efeito mas ela prefere ser tratada por “profissional do sexo” ou “garota de programa” pois pra ela o termo puta é ofensivo e indigno. Ah, Vanessa, eu gosto de puta, acho bonitinho… E minha namorada também, ela adora que eu a chame de putinha safada. Bem, é verdade que não em público.

Palestras, livros e lingerie  Vanessa me dá a impressão de agir sempre focada em capitalizar de todas as maneiras possíveis seu passado de prostituta de sucesso. Profissional do sexo no passado, profissional da autopromoção no presente. Marqueteira, pra usar termo da moda. E daí? A moça tá no direito dela, até porque sabe que não vai dar pra viver eternamente da pensão de ex-prostituta.

Porém… por mais que Vanessa escreva, comente, palestre e lance suas novas coleções, e espero que ela não leve a mal minha franqueza, confesso que minha mente de tarado véi seboso sempre escorrega pra sacanagem e aí eu fico imaginando uma praia deserta em Santa Catarina, lá no céu uma lua brilhando discreta e cá na areia a ruivinha linda e nua, de quatro, finalmente aprendendo a gostar daquilo que sua colega escritora Toni Bentley, que nem brasileira é, já descobriu como é bom…
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Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com

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> Vanessa de Oliveira no programa OverDrive da MTV (2008)
> Meninas ensinam sobre sexo anal no Big Brother 9 (2009) Dica da leitora Kdela

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DICAS DE LIVROS, TEXTOS E FILMES

A entrega – Memórias eróticas (Toni Bentley, Editora Objetiva/2005) – A ex-bailarina filosofa sobre sua profunda experiência de amor, submissão e salvação através do sexo anal

Vocês Terráqueas – Seduções e perdições do feminino (Ricardo Kelmer, 2008) – Livro de contos e crônicas sobre a mulher

A prostituta sagrada – A face eterna do feminino (Nancy Qualls-Corbett, Editora Paulus/1990) – Este livro mostra como nossa vitalidade e alegria de viver dependem de restaurarmos a alma da prostituta sagrada, a fim de nos proporcionar uma nova compreensão da vida.

A prostituição na sala de estar – Quem resiste ao fetiche de acompanhar o cotidiano de uma lolita que vende sexo?

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CASOS DO INVESTIGADOR ERRI KELMER

O mistério da morena turbinada – Aí um dia ela, inocentemente, leva o computador numa loja pra consertar. Algum tempo depois dezenas de fotos suas estão na rede, inclusive fotos íntimas

O mistério da cearense pornô da California – Uma artista linda e gostosa, intelectual e transgressora, que adora perversões e entre uma orgia e outra luta pela liberação das mulheres? Uau!

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SÉRIES ERÓTICAS DESTE BLOG

As aventuras de Diametral e Ninfa Jessi – A mais bela e safada história de amor jamais contada

As taras de Lara – Desde pequena que Lara só pensa naquilo. E ai do homem que não a satisfaz

Um ano na seca – O que pode acontecer a um homem após doze meses sem sexo?

O último homem do mundo – O sonho de Agenor é que todas as mulheres do mundo o desejem. Para isso ele está disposto a fazer um pacto com o diabo. Mas há um velho ditado que diz: cuidado com o que deseja pois você pode conseguir…

Por trás do sexo anal (1) – Se esotérico significa a parte mais oculta de uma tradição ou ensinamento, aquilo que somente iniciados alcançam após muito estudo e dedicação, então o sexo anal é o lado esotérico do sexo

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MAIS SOBRE SEXUALIDADE FEMININA

incubo009aO íncubo – Íncubos eram demônios que invadiam o sono das mulheres para copular com elas – uma difundida crença medieval. Mas… e se ainda existirem?

Lolita, Lolita – Ela é uma garotinha encantadora. E eu poderia ser seu pai. Mas não sou

A gota dágua – A tarde chuvosa e a força urgente do desejo. Ela deveria resistir mas…

A torta de chocolate – Sexo e chocolate. Para muita gente as duas coisas têm tudo a ver. Para Celina era bem mais que isso…

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DICA DE LIVRO

IFTCapa-04aIndecências para o fim de tarde (Ricardo Kelmer, Arte Paubrasil) – Contos eróticos

Uma advogada que adora fazer sexo por dinheiro… Um ser misterioso e sensual que invade o sono das mulheres… Os fetiches de um casal e sua devotada e canina escrava sexual… Uma sacerdotisa pagã e seu cavaleiro num ritual de fertilidade na floresta… A adolescente que consegue um encontro especial com seu ídolo maior, o próprio pai… Seja provocando risos e reflexões, chocando nossa moralidade ou instigando nossas fantasias, inclusive as que nem sabíamos possuir, as indecências destes 23 contos querem isso mesmo: lambuzar, agredir, provocar e surpreender a sua imaginação.

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Diâmetros exaltados

26/03/2009

26mar2006

Linda, louca e gostosa, Jessi tem duas manias: uma é trocar a cor do cabelo. A outra é ampliar o diâmetro comigo. Comigo e umas namoradas que ela arruma pra gente se divertir

diametralninfajessi05b.

DIÂMETROS EXALTADOS

As aventuras de Diametral e Ninfa Jessi
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O júri decidiu que Diametral é culpado das acusações de incentivo ao sexo promíscuo e doentio entre os jovens brasileiros. A pena é assistir por um ano a todos os programas religiosos do MNBC na madrugada. Faça-se cumprir.

Aaaahhh!!! Acordo de repente, sobressaltado. Olho ao redor. Estou no quarto do motel. Ninfa Jessi dorme nua ao meu lado. Ufa, foi só um sonho ruim… Levanto, afasto devagar a cortina da janela e observo. Lá fora, o jipe no estacionamento, o luminoso do motel Centelha Vermelha, a estrada escura e deserta. Está tudo bem, eles não têm nossa localização.

Volto à cama. Jessi murmura algo e me abraça. Melhor dormir, amanhã cedo seguiremos. Mas a lembrança dos últimos acontecimentos insiste. Tudo começou quando conheci aquele site de relacionamentos…

Julho de 2005. Lá estou eu me cadastrando no Orkut. Esse negócio virou mania no Brasil. Tem gente que vive lá conectado e só sai pra comer e dormir, isso quando não dorme sobre o teclado. Tem mulher que conheceu o marido lá. É lá que muito marido monitora as paqueras da mulher. Tem de um tudo. Outro dia, conheci uma comunidade que luta pela liberdade dos pinguins de geladeira. Claro que entrei.

Novembro de 2005. Crio em meu site pessoal uma seção chamada Submundo Orkut, pra comentar o que rola nessa tal dimensão onde milhões de brasileiros vivem parte de suas vidas. É, eu assumo, sou bisbilhoteiro do comportamento alheio. Por falar nisso, algo que sempre me chamou a atenção foi aquela frase de boas vindas que consta na página de abertura: Participe do Orkut para ampliar o diâmetro do seu círculo social. Que frase mais esdrúxula! Comento com Jessi e ela solta sua gargalhada inconfundível. Jessi é uma pequena que conheci, adivinha onde, no Orkut. Linda, louca e gostosa. Tem duas manias: uma é trocar a cor do cabelo. A outra é ampliar o diâmetro comigo. Comigo e umas namoradas que ela arruma pra gente se divertir. Ninfa Jessi não presta.

Junho de 2006. A crônica Ampliando o Diâmetro é publicada em minha coluna no site do jornal O Povo. O texto é uma gozação sobre essa tal frase do diâmetro.

Dia seguinte. Recebo as primeiras mensagens. São os leitores, a grande maioria me parabeniza pela crônica. Alguns não gostam e, entre esses, um se diz integrante de um tal MNBC, Movimento Nacional pelos Bons Costumes, e afirma que solicitará ao jornal a minha saída do quadro de cronistas. E completa ameaçando me processar por incentivo ao sexo promíscuo e doentio entre os jovens brasileiros. Não acredito… Jessi fica indignada: Esse povo devia é ter mais senso de humor, em vez de ficar se preocupando com o diâmetro dos outros!

Próximo dia. Pelo sim, pelo não, lá estou eu no computador, xícara de café ao lado, buscando informações sobre esse tal de MNBC. Não encontro nada. Será que era pegadinha? Descubro, porém, que a direção do jornal de fato recebeu protestos de alguns leitores indignados com meu texto. Hummm, talvez o MNBC seja uma entidade meio secreta, tipo Opus Dei, que reúne gente estranha em reuniões noturnas e não divulga suas atividades. Desligo o computador e vou pra janela respirar. E percebo que alguém me observa do prédio ao lado. Hummm, não estou gostando disso…

Semana seguinte. Coisas estranhas estão acontecendo. Pessoas me seguem na rua. O telefone toca e quando atendo, desligam. Talvez seja melhor ficar em casa. Pra garantir, melhor fechar todas as janelas. Melhor também não atender o telefone. Na terça, entrei no elevador e reparei nas duas mulheres que entraram depois de mim: saias abaixo do joelho, blusinha comportada, cabelo preso, um livro grosso e escuro ao peito… Pregadoras do MNBC!!! Saí correndo, apavorado.

Julho de 2006. Estão batendo na porta. Não vou atender, são eles, vieram me pegar, é o meu fim… Mas reconheço a voz: é Jessi, ufa. Abro e vejo uma Jessi ruiva, hummm, até que ficou bonito. Ela, porém, me olha sério. E diz que tem algo importante pra me dizer. E diz: Entrei pro MNBC. Fico olhando pra ela, sem acreditar, não é possível… Ela então sorri, sobe a camiseta e me exibe aqueles peitos impossíveis que ela tem. E completa: Movimento das Ninfômanas Bem Comidas. E me empurra pro sofá, rindo e já desabotoando minha calça.

Vinte minutos depois, suados e abraçados no sofá, Jessi diz que não posso permitir que um bando de careta recalcado destrua minha vida. Mas fazer o quê? E ela responde: Ora, Gatão, o que a gente sabe fazer melhor… sexo e humor. Quando ela fala, tudo é óbvio. Vamos, pega a mochila, tá na hora, e não esquece o notebook. Pergunto o que planeja e ela sobe na cadeira, solene: Vamos ampliar o diâmetro do mundoooo!

Cinco dias depois. Pelo retrovisor, o Centelha Vermelha vai ficando pra trás. À frente, a estrada nos convida a novas aventuras. Ninfa Jessi estava certa, eu não podia continuar aceitando aquela situação. Pois bem. Não sou mais aquele cara medroso, agora eu sou… Diametral! E minha missão é horrorizar os caretas com os meus textos. Vocês pediram, caretas imbecis! Enquanto dirijo, Jessi revisa minha nova crônica e se irrita com a forma poética com que descrevi nossa última trepada, e diz que meus leitores querem ver mais sacanagem. Meus leitores e você, corrijo. Ela solta sua gargalhada e depois faz biquinho: Então publica aquela fotinha que eu tirei no motel, vai… Oquei, pequena. O que ela não me pede sorrindo que eu não faço gemendo?

Duas horas depois. Paro o jipe na estrada pra abastecer. Desço e olho o céu, o horizonte está escuro, ameaçador. Sopra um vento gelado, papéis voam… Dias difíceis virão, digo pra mim mesmo. Entramos na lanchonete e pedimos duas cervas. Num canto, uns caras feios tocam Não Me Peça Pra Te Amar, sempre bom ouvir um blues. Jessi me mostra a notícia no jornal: MNBC procura cronista fugitivo. Sorrio discreto por trás do óculos escuro. Hummm, perigo: a garçonete está olhando demais para nós…

Ei, você é o Diametral!, ela exclama, alegre. Psiu, não espalha…, respondo aliviado. Eu também não gosto do MNBC, ela diz baixinho, toda cúmplice. Entrego-lhe um cartão, acessa minha coluna, boneca, e deixa tua mensagem de apoio pra nossa luta. A garçonete guarda o papel no bolso e faz sinal de positivo. Ela é a Ninfa Jessi?, pergunta, surpresa. E Jessi, que adora uma garçonete, responde, inclinando-se e expondo seu decote irresistível: Em carne, osso e hormônios. A garota parece hipnotizada.

Pago as cervejas e deixo uma boa gorjeta. Jessi pergunta se a garota quer um autógrafo. Ela gagueja que si-si-sim. Tem preferência de lugar? E a garota nã-nã-não sabe o que dizer. Ninfa Jessi então a puxa pela cintura e… tasca-lhe um beijo na boca daqueles que não acaba nunca. Depois larga a garota que fica lá, extasiada, imprestável pra vida. Ai, ai, Jessi não presta.

Na mesa ao lado, uma senhora está simplesmente hor-ro-ri-za-da. Vejo que ela veste saia abaixo do joelho, cabelo preso, segura uma bíblia… Pronto, logo o MNBC saberá que estivemos aqui. Levanto e caminho pra saída: Vamos, pequena, tem muita estrada pela frente. E Jessi me segue, retocando o batom: E muito diâmetro pra ampliar!

Pedido atendido, pequena

Pedido atendido, pequena

Pago as cervejas e deixo uma boa gorjeta. Jessi pergunta se a garota quer um autógrafo. Ela gagueja que si-si-sim. Tem preferência de lugar? E a garota nã-nã-não sabe o que dizer. Ninfa Jessi então a puxa pela cintura e… tasca-lhe um beijo na boca daqueles que não acaba nunca. Depois larga a garota que fica lá, extasiada, imprestável pra vida. Ai, ai, Jessi não presta.

Na mesa ao lado, uma senhora está simplesmente hor-ro-ri-za-da. Vejo que ela veste saia abaixo do joelho, cabelo preso, segura uma bíblia… Pronto, logo o MNBC saberá que estivemos aqui. Levanto e caminho pra saída: Vamos, pequena, tem muita estrada pela frente. E Jessi me segue, retocando o batom: E muito diâmetro pra ampliar!

 

 

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Ricardo Kelmer 2006 – blogdokelmer.com

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Ampliando o Diâmetro – A crônica que originou esta série

Ouça Não Me Peça pra Te Amar (De Blues em Quando)

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SÉRIES ERÓTICAS DESTE BLOG

As aventuras de Diametral e Ninfa Jessi – Um casal apaixonado vive seu amor libertino com bom humor e muita safadeza

As taras de Lara – Desde pequena que Lara só pensa naquilo. E ai do homem que não a satisfaz

Um ano na seca – O que pode acontecer a um homem após doze meses sem sexo?

O último homem do mundo – O sonho de Agenor é que todas as mulheres do mundo o desejem. Para isso ele está disposto a fazer um pacto com o diabo. Mas há um velho ditado que diz: cuidado com o que deseja pois você pode conseguir

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LEIA NESTE BLOG

Cio das letras – Ensaio erótico – Tá no ar a primeira parte do Cio das Letras, um ensaio erótico que fiz sobre amor, paixão e desejo. Utilizei poemas meus e letras de músicas que fiz com parceiros, além de montagens com imagens de mulheres muuuito especiais

Por trás do sexo anal – Há algo de divinamente demoníaco no sexo anal que, literalmente, a-lu-ci-na algumas mulheres

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DICA DE LIVRO

IFTCapa-04aIndecências para o fim de tarde
Ricardo Kelmer – contos eróticos

Uma advogada que adora fazer sexo por dinheiro… Um ser misterioso e sensual que invade o sono das mulheres… Os fetiches de um casal e sua devotada e canina escrava sexual… Uma sacerdotisa pagã e seu cavaleiro num ritual de fertilidade na floresta… A adolescente que consegue um encontro especial com seu ídolo maior, o próprio pai… Seja provocando risos e reflexões, chocando nossa moralidade ou instigando nossas fantasias, inclusive as que nem sabíamos possuir, as indecências destes 23 contos querem isso mesmo: lambuzar, agredir, provocar e surpreender a sua imaginação.

A entrega – Memórias eróticas (Toni Bentley, editora Objetiva) – A bailarina filosofa sobre sua profunda experiência de amor e salvação por meio da submissão no sexo anal

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Cabaré Soçaite – A festa (vídeo-clipe)

26/01/2009

Ricardo Kelmer 2009

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Taí o vídeo-clipe do Cabaré Soçaite. A música é “Você gosta de mim”, do saudoso Raimundo Soldado, numa versão maravilhosa d´A Euterpia, que captou perfeitamente o espírito romântico-putaria da música. São festas como esta que sustentam o RK escritor. Então, vida longa ao Cabaré Soçaite!

> Novos vídeos (com cenas das festas) e história da festa:

> Grupo Cabaré Soçaite no FaceBook – Arte erótica, sorteio de livros, CDs e DVDs e ingressos pras festas

> Twitter: @cabaresocaite

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Ricardo Kelmer – blogdokelmer.wordpress.com

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Protegido: Íntima idade (o ensaio peladão)

16/01/2009

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A pouca vergonha do escritor peladão

16/01/2009

16jan2009

Foi minha vizinha louca de Botafogo, a Brigite, quem me deu a ideia: Por que você não faz um ensaio fotográfico peladão pra comemorar seus 40 anos?

Comecei a tirar a roupa e de repente me senti nu antes mesmo de estar. O que é que tu tá olhando, Brigite?, olha pra lá. Ela riu e virou o rosto. Pronto, agora pode olhar. Ela se virou e mais uma vez foi de um profissionalismo impecável, apontando pro dito cujo e exclamando: Só isso?!

Depois de voltarmos de nosso acesso de riso expliquei que era o clima chuvoso, o frio, sacomué. Lei física: frio encolhe, calor estica.

Botei pra tocar minha coletânea de mp3 Mistureba 2, servi mais um domecq e finalmente começamos.

Eu ia tirando umas fotos e ela outras. Jamais havia ficado nu diante de Brigite, mas isso não foi realmente problema pra nenhum dos dois. Ela embarcou na onda e de repente éramos os dois vivendo uma experiência meio absurda, meio surreal. Às vezes parecia que aquilo não estava acontecendo, que era uma viagem minha, como se eu fosse um personagem de um dos meus contos, e aí eu dava por mim e, putz, Brigite havia feito seis fotos.

Pensamos em fotografar na sacada, eu peladão pro mundo, o auge do mau gosto da arquitetura carioca contemporânea. Mas desisti, eu não queria mais problema com os vizinhos, já bastavam as festinhas que rolavam no apê, o rock’n’roll troando, o converseiro solto na alta madrugada. Talvez fosse melhor manter minha fama de escritor excêntrico do que me transformar no tarado do terceiro andar. Ou não? Agora fiquei na dúvida.

Em minha turma particular de amigos, a idade dos anos fechados (30, 40, 50…) tem de ser comemorada em alto estilo, mas em alto estilo mesmo, algo que seja não apenas marcante mas que entre definitivamente pro rol das grandes histórias da turma. E, se possível, da humanidade.

A última grande comemoração havia sido do intocável Toinho Martan, que comemorou seus 40 anos durante um mês, saindo, fazendo festa, reunindo amigos, tocando e endoidando diariamente. E noturnamente. No final ele mais parecia um zumbi a se arrastar pelos cantos – mas conseguiu. Uma façanha memorável, vamos aplaudir, por favor.

Então, em 2004, chegou a minha vez. O que eu poderia fazer pra comemorar os meus 40 anos que fosse ainda mais marcante que a proeza do meu amigo? Foi minha vizinha louca de Botafogo, a Brigite, quem me deu a ideia: Por que você não faz um ensaio fotográfico peladão? Poizeu, homem-cacimba que sou, peguei corda e fiz. Íntima Idade é o nome do ensaio, que é composto de 15 fotos bem fuleragens e um texto acompanhante mais fuleragem ainda. O melhor de tudo são os comentários dos leitores, cada um mais gargalhante que o outro.

Hoje, 5 anos depois, posso dizer que alcancei meu objetivo pois meu ensaio peladão entrou pra lista de temas folclóricos da turma. Alguns amigos comentam rindo, outros constrangidos, mas sempre fazem questão de dizer que sim, eles me perdoam por tamanho ridículo. Entre as mulheres a recepção foi beeem melhor – elas elogiaram minha destemida atitude artística de vanguarda e algumas até deixaram o telefone, sacomué, caso eu precisasse de uma máquina fotográfica melhor. Ainda existem pessoas generosas, que bom.

Provocar o mundo – tenho que admitir que eu gosto.

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SE VOCÊ É LEITOR VIP, clique aqui, digite a senha do ano e fique à vontade pra curtir o ensaio, ou pra vomitar, seilá. Se ainda não é, a hora é esta. > Seja Leitor Vip (é grátis)

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Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com

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RKPrazerEPoesia-29Cio das Letras – Ensaio erótico 1 – Tá no ar a primeira parte do Cio das Letras, um ensaio erótico que fiz sobre amor, paixão e desejo. Utilizei poemas meus e letras de músicas que fiz com parceiros, além de montagens com imagens de mulheres muuuito especiais.

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IFTCapa-04aIndecências para o fim de tarde (Ricardo Kelmer, Arte Paubrasil) – Contos eróticos

A entrega – Memórias eróticas (Toni Bentley, editora Objetiva) – A bailarina filosofa sobre sua profunda experiência de amor e salvação por meio da submissão no sexo anal

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01- Senhas de arquivos secretos maravilhosamente maravilhosas! Deliciando-me nessa brincadeira sadia… Nunca pensei que ia rir mais e ficar ainda mais “cheia de perna” por ser leitora Vip. (e eu sou é? ). =) Botando a leitura em dia e as retinas da Rosa fazendo a festa! Beijo, meu escritor dileto! Rosa, Fortaleza-CE – mar2010

02- uau! rrss. Kyoto Freire, Campina Grande-PB – jul2011

03- nem, vou nem me atrever a clicar nesse link… garantia de pesadelos por muito tempo…. kkkkk. Francisco Jr., Fortaleza-CE – jul2011

04- Eu adorei. Eugenia Nogueira, Fortaleza-CE – jul2011


Cabaré Soçaite – 2008dez

27/11/2008

27nov2008

cabaresocaite200812-03a.

CABARÉ SOÇAITE (3)

18dez2008
Buoni Amici´s (Centro Dragão do Mar – Fortaleza)
Produção: Franciscus Galba e Ricardo Kelmer

DJs: Marquinhos e RKBaré

.babydolls200811-02Baby Dolls

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SORTEIO DE INGRESSOS
Orkut – Comunidade Amicis

Facebook-01FACEBOOK – Página oficial
– Arte erótica, sorteio de livros, DVDs e ingressos

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TWITTER:  @cabaresocaite

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CabareSocaite201310-550X> TODAS AS EDIÇÕES, FOTOS E VÍDEOS

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O Cabaré Soçaite foi criado por mim em 2002, quando morava em Fortaleza e era diretor da Caboca (Confraria de Apoio às Boas Causas), um clube de cultura e entretenimento. Com edições realizadas em Fortaleza e São Paulo, o Cabaré Soçaite é uma festa temática cabaret com elementos de programa de auditório, que celebra a sensualidade e o erotismo num delicioso clima Moulin Rouge, sempre de maneira artística e divertida.

1a edição – dez2002, boate do hotel Vila Galé, com show do cantor Rossé Sabadia. DJ: André Wesarusk. Produção: RK e Cristina Cabral.
2a edição – 19mar2008, Buoni Amici´s. DJs: Guga de Castro, Caú Borges e RKBaré. Produção: RK e Franciscus Galba.
3a edição – 18dez2008, Buoni Amici´s. Show com a banda Baby Dolls. DJs: Marquinhos e RKBaré. Produção: RK e Franciscus Galba.

> Edições seguintes: veja fotos e vídeos aqui

>> Quer levar o Cabaré Soçaite pra sua cidade? Entre em contato: rkelmer@gmail.com

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CLIPE DA FESTA out2013

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FOTOS DA FESTA (dez2008)

Clique para ampliar

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