31out2017
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As Preciosas do Kelmer é uma revista que criei no Facebook. Ela é feita de dicas e comentários sobre variados assuntos, com ênfase no feminino. A periodicidade é mensal, funciona por meio de uma única postagem que abasteço com subpostagens e os leitores podem comentar a qualquer momento e até sugerir assuntos. Por seu caráter dinâmico e interativo e por construir-se a cada dia, eu diria que é uma revista orgânica. A capa da revista é a própria imagem da postagem.
Meu objetivo com As Preciosas é dar vazão à minha necessidade de comentar fatos do cotidiano. Pra mim, o Facebook é ideal pra isso. Aqui no blog postarei a edição finalizada de cada mês. Espero que você goste.
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AS PRECIOSAS DO KELMER
Dicas e pitacos para o mês
#61, out2017
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Capa do mês: Anaïs Nin, escritora francesa (1903-1977)
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*** MULHER SEXUALMENTE LIVRE? SÓ NA CADEIA
O médico Drauzio Varella está com um livro novo nas livrarias. Chama-se Prisioneiras (Companhia das Letras), e nele Drauzio relata suas experiências tratando de detentas. O livro fecha uma trilogia – os outros são Carandiru e Carcereiros, ambos publicados pela mesma editora – sobre sua vivência de décadas atendendo de forma voluntária presos e presas paulistas.
“A prisão é um experimento sádico da nossa sociedade”, ele afirma em entrevista ao El País. Mas, sem ignorar a dor provocada pelo confinamento, abandono e distanciamento dos filhos e familiares, o médico vislumbra no cárcere um espaço onde mulheres conseguem se livrar, ao menos temporariamente, da repressão machista que impera do outro lado do muro. “As mulheres são reprimidas desde que nascem, não existe nenhum outro local na sociedade onde ela é livre assim como na cadeia”. > Mais
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*** REBATENDO DRAUZIO VARELA
A advogada e ativista Gabriela Cunha Ferraz contesta algumas informações do livro “Prisioneiras”, do médico Drauzio Varela, lançado em 2017. Para ela, o autor escreveu sem conhecimento de causa suficiente a respeito da realidade do sistema carcerário feminino no Brasil, e analisou algumas questões sob uma ótica estritamente masculina. Segundo Gabriela, a realidade é pior. > Mais
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*** TRAGAM SEUS FILHOS PARA VER GENTE NUA
Enquanto no Brasil as exposições artísticas são censuradas, artistas e funcionários de museus são ameaçados e agredidos e a simples imagem de um homem nu provoca reações histéricas e falsas acusações de crime de pedofilia, na França o museu d´Orsay e o museu da Orangerie convidam as famílias a irem, com as crianças, ver pinturas de pessoas nuas.
O objetivo da campanha é se colocar no lugar das crianças quando elas vão aos museus, decifrar suas reações e a compreensão que têm das obras. Além disso, a operação de comunicação brinca com uma inversão de valores: “queríamos mostrar que são as crianças que levam os pais aos museus”, explica a diretora de comunicação do Museu d’Orsay e da Orangerie, Amélie Hardivillier.
Amélie salienta que nenhuma obra do museu tem censura de idade, nem mesmo a emblemática “L’Origine du Monde” (A Origem do Mundo”, tela de realizada por Gustave Courbet em 1866). Isso não exclui por exemplo, o debate em torno da pintura adquirida pelo museu em 1995, que é protegida por um vidro e fica em uma sala especial do museu. “Há a relação com a nudez que leva ao debate, sobretudo sobre essa obra, que é tão sensível. Mas essa também é a função da arte: incomodar, questionar”, reitera. > Mais
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*** REFUGIANDO-SE NOS LIVROS
Ler um bom livro pode ser uma boa terapia. Mergulhar nas tramas de uma história é mergulhar em si mesmo, de onde sempre retornamos transformados. Quando o mundo parece insuportável, um bom livro pode ser o antídoto. > Mais
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*** PARA ENTENDER, ANTES DE OPINAR
Para opinar sobre a performance de Wagner Schwartz no MAM, que causou polêmica e levou muita gente a embarcar na onda de histeria criada por grupos que desejam criminalizar a expressão artística, a primeira coisa a se fazer é conhecer o contexto da coisa. Sem saber que a obra dialoga com outra obra, e sem conhecer essa outra obra, qualquer opinião corre o sério risco de ser estúpida. > Mais
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*** PAZUZU, O DEMÔNIO DO FILME “O EXORCISTA”
O filme O Exorcista (The Exorcist, EUA, 1973) é um clássico do gênero terror. Com direção de William Friedkin, o filme é baseado no livro homônimo de William Peter Blatty, que também escreveu o roteiro. No elenco, Max Von Sidow, Ellen Burstyn, Jason Miller e Linda Blair fizeram atuações memoráveis.
A história é esta: padre em crise de fé é procurado por mãe aflita cuja filha doente não consegue ser curada pelos médicos. Junto com ele um famoso padre exorcista tentará expulsar o suposto demônio da criança.
Poisbem. O tal demônio é Pazuzu. Quer saber mais sobre ele? > Mais
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*** A BIENAL DE DANÇA DO CEARÁ
A Bienal Internacional de Dança do Ceará está comemorando em outubro de 2017 seus 20 anos. Com todas as atividades gratuitas, ela será realizada em Sobral (19 a 22/10), Fortaleza (20 a 29/10), Paracuru (20 e 21/10), Trairí (20 e 21/10), Aquiraz (21 e 22/10), Juazeiro do Norte (25 e 26/10) e Itapipoca (27 e 28/10). No total, serão aproximadamente 80 apresentações artísticas de bailarinos, companhias, DJs e músicos. Entre as atrações de dança, estão 25 companhias locais, nove nacionais e nove de mais oito países (Noruega, Suécia, França, Alemanha, Canadá, Congo, Bélgica e Argentina). > Mais
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*** OS MORTOS DA SOMÁLIA
Mogadício, capital da Somália, foi alvo de um ataque terrorista em 14out que deixou mais de 300 mortos. A falta de atendimento adequado às vítimas agrava a situação de um país cuja história é ligada à guerra, ao terrorismo do Al Shabab, à pirataria no Oceano Índico e à seca extrema que faz com que 6,7 milhões de pessoas, metade do país, precisem de ajuda humanitária urgente. Dessas, 275.000 crianças sofrem de desnutrição aguda severa, o estado mais perigoso, aquele que as coloca à beira da morte. A ONG Save the Children atende essas crianças e suas famílias em hospitais e em campos de refugiados. Se a situação não melhorar, o país enfrentará sua terceira declaração de estado de fome, após a de 1992 e a de 2011 que deixaram milhares de vítimas. > Mais
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*** VOCÊ CONHECE O CHINLONE?
Chinlone é um esporte tradicional de Mianmar, sudeste da Ásia, e existe há mil e quinhentos anos. Seis jogadores, homens ou mulheres, formam uma pequena roda e, usando apenas pés e pernas, passam a bola entre si, revezando-se como solista no meio da roda. A bola é oca, feita de feixes entrelaçados de ratan com espaços vazios formando pequenos buracos. Sem finalidade competitiva, o chinlone está mais para exibição artística, pois não basta não deixar a bola cair no chão – é preciso que as jogadas sejam plasticamente belas.
Então o que se vê é uma espécie de dança coletiva regida pela própria bola, onde os movimentos combinam a graça delicada e sutil das danças do oriente com a rapidez e a precisão das artes marciais. Ou seja: Ronaldinho não daria nem para o começo.
O chinlone requer atenção aguda e permanente ao movimento da bola e dos outros jogadores. Requer também alto grau de leveza e elasticidade corporal. Mas, sobretudo, é indispensável que o grupo esteja totalmente harmonizado em torno da bola e funcione como uma única entidade feita de uma bola e doze pernas em contínua movimentação. O chinlone prioriza ao mesmo tempo a noção de grupo e o talento individual. E esses talentos não têm sexo ou idade: entre os melhores jogadores há garotas e velhinhos de setenta anos. Certas jogadas são tão curiosas e rápidas que só em câmera lenta pode-se entender como aconteceram. A habilidade dos jogadores é impressionante, e suas improváveis piruetas levam a pensar sobre onde afinal estão os limites da capacidade humana.
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*** HISTERIA COLETIVA E POLÍTICA: TUDO A VER
A estratégia é bem conhecida: escolhe-se uma causa que represente a mentalidade conservadora média de uma população em determinado período (os crimes de pedofilia, por exemplo) e ela é usada de forma sensacionalista e desonesta contra um grupo, uma classe ou um partido, ou mesmo uma ideia, para gerar uma espécie de histeria coletiva e massacrá-los ante a opinião pública.
No Brasil de 2017, muita gente bem intencionada caiu nessa armação e vociferou contra os artistas e os museus, sem saber que agia como massa de manobra.
Por trás desses episódios de ódio e intolerância e de tentativa de censura artística estão milícias políticas ligadas à direita, como o MBL, que esperam colher os frutos dessa estratégia nas eleições e na aprovação de leis e emendas favoráveis aos grupos que representam.
Conheça alguns casos de histeria coletiva e veja como algo banal pode sair totalmente do controle e ocasionar grandes tragédias. > Mais
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*** PRECISAMOS EXPOR OS CRIMINOSOS DA INTERNET
Cansado de receber ofensas por sua atividade parlamentar e por ser homossexual, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) resolveu expor, em suas redes sociais, ataques e ameaças que sofre e processar os autores. A condição para retirar esse conteúdo do ar e não prosseguir na Justiça é que o agressor apague sua postagem e faça, em seu perfil, um pedido público de desculpas. Temendo repercussões em seus empregos, junto aos seus parceiros de negócios ou família, mas também dores de cabeça judiciais, muitos são os haters que têm procurado a assessoria do parlamentar.
Boa iniciativa do deputado Jean Wyllys. Que mais pessoas lhe sigam o exemplo. > Mais
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AS PRECIOSAS DO KELMER
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