02mar2011
Não precisamos concordar com os outros. Mas podemos aceitá-los, tanto quanto quisermos também ser aceitos
ENCONTRO DA NOVA CONSCIÊNCIA – DIVERSOS E IGUAIS
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O horizonte incerto do futuro traz, neste exato momento, um grande desafio para a espécie humana: aceitar-se como é, igual, e ao mesmo tempo, diversa. Se somos iguais, como podemos ser diversos? E se somos diversos, como podemos ser iguais? É um paradoxo. Porém, como todo paradoxo, não temos que resolvê-lo. Temos que aceitá-lo. Somos iguais e diversos.
Foi aceitando a natureza desse paradoxo que, em 1992, nasceu o Encontro da Nova Consciência. Desde o início sua proposta de unir os diferentes parecia ser algo utópico demais para merecer crédito. Numa época marcada por tantos sectarismos e preconceitos, como acreditar que seja possível fazer as diferenças se abraçarem?
Os criadores do evento acreditaram que era possível. Eram uns loucos sonhadores, claro, mas sonharam tão fortemente sua loucura que ela se espalhou, cativou outros loucos e hoje, vinte anos depois, continua firme, mostrando a todos com seu exemplo que, sim, é possível unir os diferentes.
Não foi fácil. Dialogar com o diferente requer ouvidos para escutá-lo, e nem sempre estamos dispostos a ouvir o que não concorda conosco. Não é fácil. Abraçar o diferente só é possível se descruzarmos os braços das nossas posições tão arduamente conquistadas. Nunca será fácil. No entanto, é possível, sim, pois há algo em comum por trás da diferença que distingue.
Foi o tal algo em comum que, durante todos esses anos, manteve vivo o Encontro da Nova Consciência. É claro que as pessoas que participam do evento são diferentes e discordam sobre muitas coisas, e o que é sagrado para uns sequer faz sentido para outros. Essas pessoas, porém, se sentem acolhidas num ambiente que as aceita exatamente como são. Se é a diferença que faz única cada uma dessas pessoas, valorizando sua individualidade, é o algo em comum que permite que elas convivam em harmonia. Esse algo em comum é justamente a aceitação da diversidade.
O exemplo de Campina Grande é uma luz para todo o planeta. Na aldeia global em que se transformou nosso mundo, nunca teremos paz enquanto as diferenças se atacarem umas às outras. Não precisamos concordar com os outros. Mas podemos aceitá-los, tanto quanto quisermos também ser aceitos.
Parabéns ao Encontro da Nova Consciência. E longa vida à espécie humana.
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Ricardo Kelmer 2011 – blogdokelmer.com
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Site do Encontro da Nova Consciência
www.novaconsciencia.com.br
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Eventos do ENC em que participarei em 2011:
> Encontro dos Ateus e Agnósticos
> Encontro de Literatura Contemporânea
> Encontro de Mídia e Comunicação Digital
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Esse post me lembra que foi no encontro da Nova Consciência do ano passado que conheci seu trabalho, durante sua fala numa mesa redonda, e vim aqui “fussar” o seu blog, gostei do que li e desde então leio seus escritos…. Sou de CG e estou prestigiando o Encontro da Nova Consciência e o encontro paralelo de Literatura Contemporânea também, vejo vc por aí, pelas terras campinenses…. abraço!
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> Obrigado, Samantha! E que Campina Grande continue dando ao mundo esse bom exemplo de convivência entre os diferentes. E viva a Literatura!
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