17out2020
Culpado por estupro, Robinho diz que Deus está no comando e que fará um gol para homenagear Jair Bolsonaro

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ROBINHO, BOLSONARO, DEUS E A CULTURA DO ESTUPRO
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A pressão funcionou: temendo perder seus patrocinadores, o Santos Futebol Clube desistiu de contratar o jogador Robinho, que foi condenado na Itália, em primeira instância, a nove anos de prisão por participar de estupro coletivo contra uma jovem de 23 anos no camarim de uma boate. Pelo relato do próprio Robinho, ele “apenas” pôs o pênis em sua boca. “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”, contou o jogador a um amigo, segundo consta no processo.
Robinho culpou a Rede Globo por persegui-lo, disse que ela está a serviço do Diabo e que Deus está no comando de sua vida, e afirmou ainda que fará um gol e homenageará seu ídolo Jair Bolsonaro, aquele que falou para uma mulher que não a estupraria porque ela não merecia, e que se gaba de ter feito quatro filhos homens, mas no quinto deu uma fraquejada e nasceu uma mulher.
No mundo ainda muito machista do futebol, coisas abomináveis acontecem e não vêm a público. É uma bolha, onde imperam leis mafiosas que visam defender o jogador mau-caráter, especialmente quando ele é rico e famoso e as ocorrências envolvem mulheres. Esse caso do cristão e cidadão do bem Robinho é típico, e quando ele, canalhamente, busca refúgio na religião e evoca o auxílio do presidente misógino e fascista, o caso revela-se em toda sua podridão e expõe a tragédia moral de uma sociedade que elegeu como presidente a aberração de nome Jair Bolsonaro.
Que as torcidas antifascistas (como a Resistência Tricolor, do Fortaleza, da qual eu e minha namorada fazemos parte) e os torcedores conscientes cobrem de seus clubes, cada vez mais, a postura correta, não apenas em relação à cultura do estupro e à violência contra a mulher, mas a todas as formas de preconceito e opressão.
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rk – blogdokelmer.com 2020
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