O amor que ama o outro

24nov2013

A maioria ama a posse do outro, mas também há o amor que ama a liberdade do outro

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O AMOR QUE AMA O OUTRO

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Não, o amor não é algo absoluto, imutável, uma lei que foi criada no início do mundo e que com ele morrerá. O amor é uma construção social. Nós aprendemos a amar seguindo as convenções da sociedade em que vivemos. Por essa razão, as diversas sociedades do mundo amaram e amam de maneiras diversas.

A maioria dos ocidentais do mundo atual entende que só é possível amar uma pessoa por vez, e grande parte acha que quando alguém ama, não tem ou não deveria ter desejo sexual por mais ninguém. Tudo isso são noções aprendidas, que podem ser desaprendidas. Para a maioria, só existe o amor exclusivista, mas a verdade é que o amor também pode ser inclusivo. A maioria ama a posse do outro, mas também há o amor que ama a liberdade do outro. Atualmente, cada vez mais pessoas deixam de seguir as convenções sociais que desde cedo lhes ensinaram como devem amar e, em vez disso, buscam amar do jeito que elas mesmas consideram melhor. São minoria, é verdade, mas de um jeito ou de outro acabam se encontrando e experimentando novas formas de viver o amor.

Todos os que ousam desafiar as convenções de sua época pagam caro por essa ousadia. Se hoje nossa sociedade é mais livre e menos preconceituosa em relação às diferenças étnicas, sexuais, de cor, de gênero ou de credo (ou não credo), é porque no passado houve pessoas que ousaram mostrar a cara, assumiram o que são e lutaram, e até morreram, por um mundo mais justo e verdadeiro.

Essas pessoas que amam o outro e não a posse do outro, que amam sem exclusividade sexual, que amam a mais de uma pessoa ao mesmo tempo, essas pessoas estão, neste momento, forçando a sociedade a reavaliar suas regras sobre o que é amar. No entanto, para a maioria, isso aí é qualquer coisa… menos amor. Essa maioria se julga dona do amor e, por isso, tenta sempre aprisioná-lo em supostos limites teóricos e diz que esse negócio de amor livre e relação aberta é ilusão, safadeza, doença, coisa do demo…

Que a maioria continue com seu velho amor que só consegue amar se puder controlar o outro. Eu sou da minoria. Prefiro o amor que ama o outro. Prefiro o amor que liberta.

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Ricardo Kelmer 2013 – blogdokelmer.com

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Comentarios01COMENTÁRIOS
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01- Adoreiiiii! Tatá Guida, Rio de Janeiro-RJ – nov2013

02- Eh ricardo, segura meu “like” ae fera. Tárcio Meireles, São Paulo-SP – nov2013

03- Sou fã desse moço, que nos apresenta um texto delicioso… Como ele, “Prefiro o amor que ama o outro.” Sandra Regina, Curitiba-PR – nov2013

04- Gostei muito desta vez , adoro tudo sobre amor prefiro amor só amor. Lisa Mary, Fortaleza-CE – nov2013

05- A meu ver, se todos os envolvidos estiverem de acordo, não vejo mal nenhum, mesmo. Mas vejo como uma escolha das duas pessoas (ou mais..rs), pois todos tem direito de optar por como se sentem melhor, seja um amor monogâmico ou não. Dri Flores, São Paulo-SP – nov2013

06- Perfeito este seu texto Ricardo Kelmer, gosto de saber que não me enganei com a primeira impressão que tive de você naquele bar em Jericoacoara, não gosto que a sociedade defina o que eu penso, como vivo ou como amo, até mesmo porquê acredito que o amor é apenas um sentimento e não um relacionamento. O amor pode ser de uma via só, você pode amar até a um objeto, a um animal, a um ser dito humano e ele não corresponder ao que você sente. E o amor é só um sentimento não só quando você ama alguém que não te ama: o amor é só um sentimento mesmo quando você é amado por uma ou várias pessoas . É que você pode amar sozinho, sem reciprocidade, ou amar de um jeito e ser amado de outro. Também acredito nos amores que amam o outro e libertam. Com todo o meu amor! Fatima Carvalho, Santo André-SP – nov2013

07- Texto maravilhoso, marca registrada RK. E qdo se trata de amor esse qdo sai de nós já não nos pertence mais. É como um presente o outro fará dele o que desejar. Alguns compartilham, outros se apegam, outros largam num canto, as vezes não se dão conta que são amados! E assim seguimos: amando, esquecendo, dividindo e multiplicando o amor, o amores. Cada qual do seu jeito quer amar e ser amado. O amor que ama desapegado é um belo tipo de amor. Talvez o mais desinteressado e puro amor, amor que ama e deixa livre pra amar! Ivonesete Zete, Fortaleza-CE – nov2013

08- Perfeito….kkkkk..me identifiquei. ….com a minoria! Erika Menezes, Fortaleza-CE – nov2013

09- Nossa Ricardo Kelmer!!! Adorei esse texto!!! Super concordo!!! Parabéns!!!!:) Sidneia Fonseca, São Paulo-SP – nov2013

10- “O amor é uma construção social.” É o que eu tenho dito… Arrasou… Juliana Silva, Paulo Afonso-BA – nov2013

11- Interessante!!! Marcos Vilena, Ubatuba-SP – nov2013

12- Ouvi uma palestra num congresso ( que tinha como tema Os Amores Líquidos) que o homem é um animal polígamo por natureza, e que somos forçados a crer na monogamia pressionados por algumas religiões. Me senti aliviada e “normal” depois disso. Izabel Castro, São Paulo-SP – nov2013

13- Concordo plenamente com o que ela escreveu!A sociedade não assume´,mas é verdade sim..bom dia Ricardo Kelmer.Bjs! Thais Guida, Rio das Ostras-RJ – dez2013

14- A sociedade ainda não está preparada pra esse “tipo ” de amor..mas essa sociedade que te incita a fazê-lo é a mesma que abomina…então pq se preocupar cm ela? Marília Lima, Fortaleza-CE – dez2013

15- Belo texto, Ricardo Kelmer, assino embaixo. Somos uma sociedade diversa, formada por pessoas diversas com sentimentos e desejos diversos, e com diversas maneiras de amar. Aprender a respeitar e conviver com o diferente é o nosso maior desafio se quisermos realmente evoluir como pessoas e como sociedade. Antonio Elinaudo Barbosa, Fortaleza-CE – dez2013

16- Eita discusrão q nunca acaba por maíis q sejamos mudernos. Laissez-faire cada um q faça o q melhor achar! E aeh Thais achou algo? Bjs pra todos…especial pra ti Kelmer^.^ Izabel Castro, São Paulo-SP – dez2013

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