O amor insano. O amor desafiador do tempo. O amor que descortina as mais absurdas possibilidades do ser.
.
O IRRESISTÍVEL CHARME DA INSANIDADE
CAPÍTULO 1
.
LUCA DESPERTOU ASSUSTADO. Sonhara com um abismo, imenso e escuro, bem à sua frente, um abismo aterrorizante… Esfregou os olhos e soltou um longo bocejo enquanto esticava as pernas sob a poltrona da frente. Olhou pela janela do ônibus e viu a paisagem passando, a vegetação próxima, as casinhas simples à beira da estrada, uma serra mais adiante… Felizmente não havia abismos por ali, ele pensou, aliviado.
Mais um pouco e estaria em Pipa, a famosa praia no litoral sul do Rio Grande do Norte. Fazia seis meses, desde quando acertara a folga com a gráfica, que sonhava com aquela viagem. Agora tudo que faria pelos quatro dias seguintes, até domingo, seria descansar a cabeça e esquecer dos problemas em Fortaleza. Sozinho. Sem relógio, sem celular e sem internet.
Na verdade, levara o celular, sim. Com acesso à internet. Mas, como ele mesmo se prometera, era só para conferir se alguma garota havia deixado um recado urgente, nada mais. E também para ver se um amigo depositara em sua conta a grana que lhe devia. Ah, e também para acompanhar a venda de ingressos para o próximo show da Bluz Neon, a sua banda, isso era muito importante. Pequenos cuidados, só isso, para que a vida não saísse do controle.
Pelo reflexo da janela pôde ver seu rosto, o cabelo assanhado, a expressão sonolenta… Viu a cicatriz na face direita e lembrou do acidente, o passeio de jangada, o rosto batendo forte no mastro, ainda era adolescente. Tudo porque queria impressionar uma garota. Amar era mesmo um perigo.
No fim da tarde, poucos quilômetros antes de Pipa, o ônibus passou por uma cidadezinha e, do alto da encosta, Luca gostou do que viu. À sua esquerda, lá embaixo, se espalhava uma grande lagoa, que mais à frente se transformava em rio e corria suave para o mar. Além da lagoa, por sobre a copa das árvores, o sol se punha devagar, salpicando a água de reflexos que se misturavam aos botos que saltavam.
Encantado com a paisagem, Luca sentiu seu olhar capturado por aquela beleza poética, quase musical…
– Que cidade é esta? – perguntou à senhora da poltrona vizinha.
– Tibau do Sul. É uma antiga vila de pescadores.
Luca lembrou do que os amigos falavam sobre Pipa, as praias lindas, as pousadas, o agito dos barzinhos, gente do mundo todo. No entanto, aquela paisagem…
Levantou da poltrona, foi até a cabine do motorista e pediu que ele parasse o ônibus. Mudara de ideia. Ficaria em Tibau do Sul.
Mochila às costas e violão debaixo do braço, ele caminhou de volta pela estrada e, à entrada da cidade, seguiu em direção ao mar, até a beira da encosta, onde havia um barzinho de estilo rústico. Escolheu uma mesa sob a palhoça, pediu uma dose de cachaça e sentou, deliciando-se com a brisa marinha e o cheiro da maresia. Havia um barco ancorado e um bando de gaivotas brincava no céu. A luz do fim de tarde banhava a paisagem de uma atmosfera meio onírica, e de repente ele sentiu-se fora do tempo, tudo ao seu redor flutuando feito um pedaço de terra que se solta do continente da realidade…
Foi nesse momento, feito uma ânsia, que a canção quis sair. Não apenas queria, ela precisava sair. Rapidamente, ele puxou o violão e… a música não saiu. Tentou vários acordes, mas nenhum deles conseguiu expressar devidamente a alma daquele instante. Outra hora talvez, ele pensou, levemente frustrado, encostando o violão. E virou de um gole a bebida.
.
.
JÁ ERA NOITE QUANDO Luca alcançou o camping, um pequeno espaço arborizado próximo ao rio que a dona do terreno, dona Zezé, uma senhora divorciada, alugava para campistas. Ao lado ficavam sua casa, uma pequena pousada e o restaurante, tudo muito simples. Como não estavam na alta estação e nem era feriado, a pousada estava vazia, e no camping havia apenas uma barraca azul e nenhuma outra mais.
– Embaixo daquela mangueira é um lugarzinho bom pra você ficar, faz muita sombra – sugeriu dona Zezé. – Mas antes não quer comer alguma coisa? Você tá muito magro.
– Eu venho depois, obrigado.
Em poucos minutos Luca armou a barraca e trocou de roupa. Poucos passos para o norte e estaria à beira da encosta, o rio alguns metros lá embaixo esperando-o para um banho. Melhor impossível. Mas o banho ficaria para o dia seguinte, estava muito cansado.
No restaurante ele comeu um sanduíche com refrigerante, conversou mais um pouco com dona Zezé e conheceu seus dois filhos adolescentes, que moravam com ela e a ajudavam a administrar o negócio. Depois voltou à barraca e deitou. O sono, porém, não veio rapidamente como ele queria. A simplicidade e a beleza daquele lugar, em vez de relaxá-lo, de repente lhe trouxeram muitos pensamentos…
Por que a vida não era mais fácil de ser vivida?, ele se indagou. Em vez disso, era preciso estar sempre atento para que a vida não fugisse do controle, sempre esperto para que a mão traiçoeira do destino não se metesse em suas chances de ser feliz. Por quê?
Um contínuo e angustiante esforço de se estabilizar e economizar dinheiro – era a isso que se resumira sua vida. Quando tinha dezoito anos e cursava a faculdade de Administração, imaginava que logo estaria numa situação tranquila, sem afobações financeiras. Mas o futuro aconteceu diferente. Após empregar-se numa gráfica, abandonou a faculdade e passou a se dedicar mais ao violão, um velho prazer da adolescência. Tinha agora vinte e oito anos e tudo continuava difícil e empacado.
Dois anos antes ainda morava com a mãe, dona Glória, e a irmã Celina, que namorava o baterista de sua banda. O pai morrera quando eles eram bem pequenos e a mãe não casara novamente. Agora o emprego de gerente na gráfica lhe garantia o aluguel da quitinete, onde morava sozinho. Meia dúzia de shows por mês ajudavam a manter a duras penas o velho fusca, a comprar comida, pagar as contas, tomar uns uísques e pronto, só isso. As despesas eram medidas e contadas e recontadas nos mínimos detalhes, um sufoco permanente. Dona Glória já desistira de aconselhar o filho a tentar concurso público e se casar. Ser gerente de gráfica, dizia ele, era o máximo de concessão que podia fazer. E quanto a casamento…
– Tô fora, mãe. O amor descontrola muito a vida da gente.
Sentia-se muito cansado. A sensação era de que, apesar de todos os esforços dos últimos anos, continuava andando em círculos, girando sobre o mesmo ponto, sempre girando, sempre…
Olhou para o violão deitado ao lado. Pelo menos havia a música. E a banda. Dois anos antes conhecera Junior Rível, que o convidou a cantar na banda que estava montando. Inseguro, hesitou em aceitar.
– Não tem o que pensar, cidadão – insistiu Junior. – Muito show, muito uísque. E muita mulher!
Argumento irresistível.
– Topado – respondeu Luca, apertando a mão do novo amigo. – Festa é o que nos resta nessa vida.
– Opa. Isso dá um blues.
Nascia assim a amizade entre Luca e Junior Rível. E nascia também a Bluz Neon. Festa é o que nos resta – era o lema da banda. Blues, rock e irreverência na noite de Fortaleza. Os cachês eram baixos e muitas vezes se apresentavam de graça, mas o prazer de tocar compensava tudo. E para Luca, a Bluz Neon era o refúgio perfeito, onde podia se esconder da claridade traiçoeira dos dias. À noite ele estava a salvo, tudo sob perfeito controle. A noite sim, era segura, com seus bares, uísques e amores sob controle. Era como um sonho bom. O único defeito era que no outro dia ele sempre tinha que acordar.
.
Teus olhos se acendem nos neons
É o frisson de bar em bar
É preciso ser feliz, é urgente
Um romance caliente
Antes do dia nos lembrar
Que o sonho não resiste à luz solar
.
.
NO DIA SEGUINTE Luca levantou tarde, sentindo-se ainda cansado. Demorara bastante a adormecer, envolto em seus mil pensamentos. Será que nem ali, naquele paraíso, conseguiria relaxar de verdade?
Fazia uma manhã de sol claro em Tibau do Sul. Luca pôs o óculos escuro, deixou a barraca e foi ao restaurante da pousada tomar café. Mais tarde, após um demorado banho de rio, ele voltou ao camping. Sentia-se mais disposto. Qual fora a última vez em que entrara num rio? Nem lembrava. Mas precisava fazer aquilo mais vezes.
Após trocar de roupa, dirigiu-se ao restaurante para almoçar. Foi nesse momento que ela surgiu.
– Oi…
Ele virou-se e viu uma garota. Era bonita e aparentava a mesma idade que ele. Usava short jeans, camiseta e sandália.
– Oi – ele respondeu, simpático.
– Sou sua vizinha de barraca. Isadora.
– Prazer. Luca.
– Luca… – ela repetiu, experimentando o nome em sua boca. – Luca…
Ela riu, mantendo nele o olhar. Está tão diferente…, pensou, reparando em seu corpo magro, o cabelo despenteado, a cicatriz na face…
– Está sozinho?
– Agora não estou mais.
– Que bom! Já almoçou?
– Não. Minha vizinha me daria a honra? – Ele brincou de fazer um galanteio, como se tirasse um chapéu da cabeça.
– Hummm… Como recusar?
No restaurante, ele sugeriu moqueca de peixe e ela aceitou. Luca percebeu que ela tinha belos olhos cor de mel. Percebeu também que ela o olhava de um modo estranho e sentiu-se incomodado. A cerveja chegou e ele sugeriu um brinde:
– Aos encontros.
– Encontros, não – ela corrigiu. – Reencontros.
Reencontros? Ele não entendeu, mas deixou para lá. E bebeu. Ela quis saber de onde ele era e ele respondeu que morava em Fortaleza.
– Fortaleza… Um dia vou conhecer. E o que você faz?
– Trabalho numa gráfica, mas meu negócio é música. Tenho uma banda, a Bluz Neon.
– O que vocês tocam?
– Blues, rock e o que der na telha futebol clube.
– Deve ser bem legal. Eu sou de São Paulo. Conhece?
– Não. Mas você não tem muito sotaque.
– É que morei em vários lugares quando era pequena. Peguei gosto por viagem. Me sinto cidadã do mundo, sabe?
– Não tem medo de viajar sozinha?
– Claro que não.
– Se precisar, tem uma lan house na entrada da cidade.
– Ah, não, nada de computador nessa viagem. Não trouxe nem o celular.
– Sério? Por quê?
– Digamos que eu… preciso me conectar mais comigo mesma.
– Sei – ele respondeu, sem ter certeza se realmente sabia. Como alguém podia viajar sem levar o celular? – E o que você faz em São Paulo?
– Trabalhava num banco. Mas pedi as contas pra poder fazer essa viagem. Faz um mês que viajo pelo litoral nordestino.
Bonita e interessante, Luca pensou, enquanto tomava um longo gole de cerveja. Mas por que o olhava daquele jeito estranho?
– Posso perguntar uma coisa, Isadora?
– Claro.
– Por que você está me olhando assim?
– Ahn… é que você… você me lembra alguém.
– Quem?
Ela girou o copo entre os dedos, nervosa.
– E você, não tem a impressão que também me conhece?
– Por quê? A gente se conhece?
Ela sorriu e novamente não respondeu. Luca achou melhor não insistir, talvez ele a fizesse lembrar de alguém que ela não queria lembrar, é, talvez fosse isso.
– Nossa moqueca chegou – ele avisou, mostrando o garoto que se aproximava com a bandeja.
Serviram-se e comeram. Luca pediu outra cerveja, animado. Segundo dia e um almoço com uma gata daquele naipe… Nada mal. Cervejinha, barracas vizinhas… Nada mal mesmo.
– Você por acaso já viveu na Espanha, Luca?
– Não. Por quê?
– Tem certeza?
– Claro. Mas por quê? Você morou lá?
E de novo ela não respondeu. Em vez disso, sorriu desconcertada e olhou para fora do restaurante. Ele continuava intrigado. Ela o confundia com outro, devia ser isso. Mas que era uma gracinha, ah, isso era.
– E daqui você vai pra onde, Isadora?
– Por aí. Sem planos.
– Sem planos? Caramba, você deve ser uma pessoa bem otimista.
– Claro. No final tudo sempre dá certo.
– Admiro essa sua confiança na vida.
– E por que eu iria desconfiar dela?
– Pelo simples fato de que se você não planejar e se precaver, as coisas saem do controle. Não acha?
Ela riu como se ele houvesse contado uma boa piada, e respondeu:
– Você sabe quando é que começamos a ter controle sobre as coisas?
– Não. Mas é o tipo da coisa que eu gostaria muitíssimo de saber.
– É quando abdicamos de ter controle sobre elas.
Luca pensou um pouco, buscando compreender. Mas desistiu.
– Não entendi.
– Ora… Se não há tentativa de controle, como as coisas vão sair do controle?
– Ah… – Luca riu, achando que era uma brincadeira. Mas logo percebeu que não era.
– Você está falando sério?
– Claro que sim.
Lógica perfeita…, ele pensou. Mas absurda demais para ser levada a sério. As suas coisas, por exemplo, de que modo se ajeitariam por si próprias? O trabalho, a banda, o aluguel do apartamento, a manutenção do carro… E os casos amorosos? Como tudo isso se resolveria por si só? Não, definitivamente não era possível. A vida era uma grande boiada e era preciso domá-la o tempo todo. O que Isadora propunha não passava de um mero romantismo. No entanto, tinha de admitir que, vindo dela, aqueles absurdos até que possuíam um certo charme…
Após o almoço pegaram um ônibus e seguiram para Pipa, onde passearam, conheceram as pousadas e as lojinhas e tomaram sorvete na pracinha. Isadora contou das praias que conheceu naqueles dias, o quanto se sentia em casa em todos os lugares e como se aproximava mais de si mesma assim, solta pelo mundo.
– E você, Luca? Gosta de viajar também?
– Gosto. Mas não assim como você.
– Tem medo de se perder?
– Acho que eu gosto mais da segurança da minha cidade. Lá eu sei me mover bem.
– Entendi. E essa cicatriz aí?
– Lembrancinha de um passeio de jangada. Fizemos um blues pra ela. Quer ouvir?
Ela respondeu que sim e ele cantou:
.
Amar é um perigo
Só eu sei o que eu passei
Nesse abismo deu vertigem
E a angústia não se desfez
Não quero a dor de mais um bis
Depois só resta a cicatriz
Só não me peça, beibe
Não me peça pra te amar
.
– Você teve uma decepção amorosa muito forte? – ela quis saber.
– Tive. Mas já faz tempo.
– Até esses sofrimentos têm seu lado positivo.
– Claro que têm. Depois disso fiquei vacinado.
– Como assim? Não quer mais amar novamente?
– Prefiro não me arriscar. Amar é um perigo.
– É mesmo! – Ela riu. – O melhor perigo do mundo.
Luca riu também. Mas não concordava, é claro.
.
.
CHEGANDO AO CAMPING, de volta ao camping em Tibau do Sul, Luca perguntou se Isadora gostaria de beber algo, ele tinha um vinho na barraca.
– Preciso te dizer uma coisa, Luca.
– O quê?
– Eu sonhei com você.
– Comigo? Quando?
– Seis meses atrás.
– Mas a gente nem se conhecia…
– Era você.
– Sério? Era eu mesmo, assim como você me vê agora?
– Não, sua imagem não era muito nítida. Mas era você.
– Não entendo. Como pode uma coisa dessa?
– Mistérios da vida. E você?
– Eu o quê?
– Nunca sonhou comigo?
Eu adoraria dizer que sim, beibe… – ele quase respondeu.
– Não.
Isadora sorriu sem graça, desapontada.
– No sonho que eu tive, você me pedia pra gente se encontrar nessa praia.
– Você realmente está falando sério?
– Estou. Eu lembrei de tudo quando acordei, só não sabia qual era a praia. Mas sabia que ficava nessa região. E que havia um rio. Aí, na semana passada, quando cheguei em Tibau do Sul, senti que seria aqui que eu encontraria você.
O que significava aquilo?, pensou Luca, coçando a cicatriz no rosto, cada vez mais intrigado. Seria uma cantada? Se fosse, então era bem original.
– Você disse mais uma coisa no sonho.
– O quê?
– Que eu precisava te ajudar.
– Ajudar em quê?
– A saltar no abismo.
– Que abismo?!
– Não sei. Foi o que você disse. Então aqui estou.
– Juro que não sei de nenhum abismo – ele respondeu. E de repente lembrou… lembrou vagamente de um sonho… Sonhara com um abismo aqueles dias. Sim, um abismo… escuro… ameaçador…
Coincidência, ele pensou, livrando-se da lembrança incômoda. Apenas coincidência.
– Não sabe mesmo? – ela perguntou novamente.
– E mesmo que soubesse, quero distância de abismo. Não gosto deles.
Ele queimava os neurônios, procurando entender tudo aquilo… Ela devia estar brincando, devia ser isso, uma brincadeira. Ou então não batia bem da cabeça. Seria louca?
– Se você realmente veio de tão longe por causa de um sonho… Então o que aconteceria se eu não aparecesse?
– Bem… Na verdade eu não quis pensar muito nisso.
– Acho que devia ter pensado.
– E você devia ter lembrado de mim.
Ele percebeu uma certa irritação no tom da frase. Isadora olhava para o céu estrelado e torcia as mãos, impaciente.
– Desculpa, Luca, não quis ser grosseira – ela falou, voltando-se para ele. – É que eu… estou confusa. Eu achava que você… que você também lembraria.
– Foi só um sonho, uma coincidência.
– Não pode ter sido só isso – ela respondeu, quase interrompendo-o. E prosseguiu sussurrando, mais para si mesma que para ele: – Não pode…
Luca sentia-se meio perdido, sem saber o que deduzir de tudo aquilo. Como alguém podia sonhar com uma pessoa que não conhece e sair por aí em busca dela, sem qualquer garantia de encontrá-la? Isso era tão absurdo, tão inconcebível… Ela não podia estar falando sério. Mas também não parecia estar brincando. Só havia uma explicação: era louca. E com loucos não se podia argumentar.
– Escuta, por que a gente não esquece esse assunto e toma um vinho? Você gosta de…
– Você acredita em vidas passadas, Luca? – ela o interrompeu.
– Vidas passadas? Por quê?
– Acredita ou não?
Ele pensou rápido. Não acreditava, claro, impossível acreditar naquelas bobagens. Mas e se o sucesso da noite estivesse nas mãos de uma boa resposta?
– Depende.
– De quê?
– Depende do dia.
– Sei. E como estará seu dia amanhã?
– Amanhã… Acho que é um bom dia pra se acreditar em tudo.
– Ótimo. Porque tenho uma história bem louca pra te contar.
– Por que não conta hoje?
– Porque… – Ela pensou um pouco. – Porque eu é que não estou num bom dia pra acreditar em tudo.
Enquanto ele procurava algo para dizer, ela abriu a barraca e entrou.
– Boa noite, Luca.
.
(continua)
.
Ricardo Kelmer – blogdokelmer.com
.
.
> Para adquirir o livro
em livrarias ou direto com o autor
.
> CAPÍTULOS
Prólogo – cap 1 – cap 2 – cap 3 – cap 4
cap 5 – cap 6 – cap 7 – cap 8
cap 9 – cap 10 – cap 11 – cap 12
.
.
.
.
– Acesso aos Arquivos Secretos
– Descontos, promoções e sorteios exclusivos
Basta enviar e-mail pra rkelmer@gmail.com com seu nome e cidade e dizendo como conheceu o Blog do Kelmer (saiba mais)
.
.
Adorei o livro, falando literalmente estou “viciada”, li os capítulos disponíveis aqui no site; não contente resolvi baixá-lo e estou lendo, mas por achar que é um livro para se ler diversas vezes, resolvi comprá-lo e estou extremamente feliz com o conteúdo da história, que ao meu ver, tem padrão internacional ! Parabéns !
CurtirCurtir
> Uau, que elogio maravilhoso, obrigadoooo! Uma leitorinha viciada em meu livro – já valeu passar 15 anos labutando nessa história.
CurtirCurtir