O Irresistível Charme da Insanidade – Prólogo

O amor insano. O amor desafiador do tempo. O amor que descortina as mais absurdas possibilidades do ser.

Dois casais, nos séculos 16 e 21, vivem duas ardentes e misteriosas histórias de amor, e suas vidas se cruzam através dos tempos em momentos decisivos. Ou será o mesmo casal? Nesta história, repleta de suspense e reviravoltas, Luca é um músico obcecado pelo controle da vida, e Isadora uma viajante taoista em busca de seu mestre e amante do século 16. A uni-los e desafiá-los, o amor que distorce a lógica do tempo e descortina as mais loucas possibilidades do ser.

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O IRRESISTÍVEL CHARME DA INSANIDADE

PRÓLOGO

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ELE A ABRAÇOU e assim se deixou ficar, juntinho a ela, inteiramente envolvido pela sensação de já ter vivido aquilo antes… Fechou os olhos e tentou lembrar quando vivera aquela mesma situação, mas tudo que lhe veio foi a sensação de estar girando, girando… Era como se estivesse num círculo, girando, sempre passando por aquele mesmo lugar… girando num círculo, sempre passando pelo mesmo ponto, sempre…

Abriu os olhos assustado, voltando a si. Sentia-se levemente tonto. Olhou ao redor, certificando-se que continuava ali, no cais de Barcelona, naquela manhã enevoada. Ela ainda estava abraçada a ele, no meio da pressa dos funcionários do cais. Quanto tempo se passara? Alguns segundos? Séculos?

– O que foi? – ela perguntou.

– Não sei, uma tontura…

– Há dias que estás estranho.

– Preciso ir agora.

– Tens certeza que não posso mesmo ir?

– Já falamos sobre isso, Catarina.

– E se…

– Já disse que voltarei. Em um mês ajeitarei as coisas em Lisboa e voltarei. E iremos juntos para o Brasil. Não foi o que combinamos?

– Estou com medo, Enrique… – Ela o abraçou novamente, mais forte.

– Já estão a subir as velas – ele respondeu, sentindo o vento soprar. Desfez o abraço e saiu caminhando em direção ao navio, o passo rápido, sem olhar para trás.

Minutos depois o navio começou a afastar-se e, da amurada, ele a viu acenando, sozinha no cais, no meio da névoa. E de repente foi como se ela repetisse um gesto muito antigo, feito muito tempo atrás, um aceno triste que lhe cortava a alma. Quando haviam se despedido assim?

Preciso de um trago, ele pensou, sentindo a alma pesada. E se dirigiu à cabine.

Ele não queria pensar nisso, mas sabia: era só o início de uma longa e difícil viagem.

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Ricardo Kelmer – blogdokelmer.com

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> CAPÍTULOS
Prólogo cap 1 cap 2 cap 3 – cap 4
cap 5 – cap 6 – cap 7 – cap 8
cap 9 – cap 10 – cap 11 – cap 12

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