15set2009
Crer que o ser supremo do Universo está do meu lado e castigará quem discorda de mim, e que o meu deus é real e os outros são mentira – isso não é fanatismo?
SANTA LUANA, LIVRAI-NOS DOS FANÁTICOS
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Lendo os comentários que recebeu minha crônica sobre proselitismo religioso no esporte (Religião no esporte é gol contra), comprovei o perigo que a religião representa para o mundo. Meu texto defende limites no comportamento de jogadores que usam o esporte para divulgar ostensivamente crenças religiosas. A imensa maioria discordou, claro, pois a imensa maioria dos terráqueos é religiosa. O preocupante foi o tom de animosidade dos comentários. Em lugar de considerações racionais e equilibradas, esses religiosos cospem grosserias, xingamentos e até ameaças, dizem que estou possuído pelo demo, que eu defenderia a propaganda de drogas e que sou babaca, gay e fascista, insultam minha mãe e pedem minha saída do jornal. Quanto fanatismo…
Um assunto delicado e polêmico como esse poucos ousam abordar diretamente, pois inventou-se que não se deve criticar a religião – um privilégio absurdo. No entanto, os problemas que o fanatismo religioso causam ao mundo trazem naturalmente à tona a necessidade de discutir o assunto com urgência.
A história da humanidade está encharcada de sangue por causa da religião. Mulheres e homossexuais já foram perseguidos demais pelo machismo das religiões. O terrorismo religioso é atualmente a causa da maioria dos conflitos no mundo. A fé fanática leva as pessoas a lutarem contra o que não segue seu livro sagrado, e para isso vale explodir clínicas de aborto, trens e edifícios.
Nenhum religioso se acha fanático, porém é sutil o fanatismo religioso. Crer que o ser supremo do Universo está do meu lado e castigará quem discorda de mim, e que o meu deus é real e os outros são mentira – isso não é fanatismo? Ah, mas não existem deuses, só existe um único deus, o monoteísta argumenta, e é claro que esse deus é exatamente como ele entende, e jamais como os outros possam entender. É fanatismo, sim. Querer impor a todos uma crença irracional que se resume a uma mera questão de fé íntima e que não se pode comprovar – isso não é fanatismo?
Insistem num ponto os favoráveis ao proselitismo religioso no esporte: que impor limites seria ir contra a liberdade de expressão. E disso me acusam, putz, logo eu que tenho a liberdade como bandeira de minha vida. Claro que a liberdade de expressão é sagrada e sem ela não há democracia, mas há situações mais e menos convenientes para se expressar. Se um torcedor aproveitasse uma cerimônia religiosa para exibir a camisa e propagandear a paixão por seu clube, os fiéis da igreja certamente protestariam. É uma questão de conveniência social.
Haveremos de encontrar um meio de proteger o esporte das interferências da religião, até porque um evento esportivo não é um evento religioso. Evidentemente as religiões têm todo o direito de organizar eventos esportivos e, nesse caso, o esporte seria legitimamente usado a favor delas – mas as competições da Fifa são essencialmente laicas e ela tem todo o direito, em sua preocupação por preservar o espírito esportivo, de proibir certos tipos de manifestações. Se os jogadores religiosos não fossem tão ostensivos em sua fé, nem haveria essa discussão.
Algumas religiões precisam demais do mal para combater. E o mal está nos que não creem em seu deus ou está no deus das outras religiões. Para algumas religiões não haverá descanso enquanto houver infiéis. É óbvio que isso em nada contribui para o convívio harmonioso entre os diferentes, e é aí que mora o perigo do proselitismo religioso no esporte: essas religiões não suportam a diferença. Se elas se unissem, vá lá, o esporte até ganharia com isso, mas não é o caso: as religiões se detestam.
Temos que defender a liberdade de expressão, sim. Devemos ser livres para dizer o que pensamos, fazer humor politicamente incorreto, criticar governo e instituições, ridicularizar celebridades e até zombar das religiões. Se um jogador tem o direito de usar uma camiseta “Deus é fiel”, outro também poderia usar uma “Deus é assassino”. Se um jogador pode propagandear o cristianismo, por que outro não poderia divulgar o satanismo? A expressão religiosa deve ser livre, sim, mas o esporte não é o melhor lugar para isso.
Eu falava da reação dos religiosos à minha crônica. Se me fizeram até ameaças, o que poderá acontecer se as religiões se encontrarem abertamente no esporte? Se o deus de uma for o diabo da outra, os jogadores saberão ser gentis? Para o esporte, um jogo é só um jogo, mas para as religiões o que está em jogo é a supremacia de seus deuses. E, é claro, a conquista de mais fiéis, pois hoje templo é dinheiro.
Atualmente os ateístas somam 5% no mundo inteiro. Os teístas são esmagadora maioria, sim, mas a crença numa entidade criadora e gerenciadora do Universo, em vez de unir, só os divide, gerando violência e fanatismo, o que prova mais uma vez que valores morais independem de religião. O único antídoto contra o fanatismo é a relativização da fé religiosa, ou seja, cada pessoa entender sua religiosidade ou a falta dela como apenas um modo particular de lidar com o imenso mistério da vida, e que não faz sentido impô-la aos demais. Porém, se isso anularia o fanatismo, também significaria o fim das religiões organizadas. Conclusão: a religiosidade é mais sadia que a religião pois a religião é fanática por natureza.
Minha conclusão não quer convencer ninguém da existência ou inexistência de deuses, mas sim mostrar que a religião está diretamente ligada ao fanatismo. E se existir alguma religião que considere relativa a sua visão individual do divino? Uau, eu adoraria saber disso, mas não boto fé.
As crenças religiosas são uma questão pessoal e não deveriam deixar o âmbito da intimidade para se meterem no plano esportivo ou político. Aquele crucifixo na parede do Congresso Nacional, por exemplo, não poderia estar ali pois pela constituição o Brasil é um Estado laico. Se pode um crucifixo, então pode também uma estátua de Exu. Ou, se existisse a ISLUP, Igreja dos Seguidores de Luana Piovani, poderia também uma imagem dela lá – o Congresso continuaria o mesmo covil mas ao menos ficaria mais belo. A propósito, como o fanático vê o demo em tudo, é capaz de alguém achar uma mensagem cifrada nas iniciais dos parágrafos deste texto. Ô povo imaginoso.
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Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com
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Obrigado, Luana, por ter emprestado vossa santíssima beleza pra embelezar este humilde texto.
Entre pra ISLUP – Igreja dos Seguidores de Luana Piovani. O primeiro passo é saber pronunciar corretamente o nome da igreja, a língua em reverência, como se lambendo um sorvete: IsLLLLLLLup… Após isso, deixe sua inscrição num comentário cá embaixo.
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Religião no esporte é gol contra – Se nada for feito, a religião invadirá os campos e quadras e o esporte virará uma cruzada entre os jogadores e seus deuses. ATENÇÃO: CONTÉM COMENTÁRIOS VIRULENTOS DE FANÁTICOS RELIGIOSOS
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Entrevista com o ateu – Um pregador evangélico entrevista um escritor ateu
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Obrigado a todos os leitores que comentam meu trabalho. Mesmo que discordemos em nossas opiniões, sua participação me deixa bastante honrado. Comentários enviados por e-mail ou importados de outros sites poderão ser reduzidos. Para garantir a reprodução total de seu texto, poste diretamente neste blog. Comentários postados em maiúsculas poderão ser recusados.
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01- Se LUANINHA ME AMA, que ela venha a mim pra me fazer feliz. Ô mulher bonita!!! Muito inteligente, Ricardo Kelmer. Parabéns! Giovanni, jul2009
02- Entre um homem pragado numa cruz de braços abertos sangrando e a Luana na sua frente com as pernas abertas, você escolhe o quê? Lu Lu Lu Lu Lu Lu Lu Lu Lu Lu Lu Lu !!!!!!!!! – John Lock, jul2009
03- Excelente comentário, pena que contra religião, não há razão. Eduardo, jul2009
RK: É verdade. Mas se eu ficar lembrando disso, desistirei de escrever.
04- Concordo pelamente com seu ponto de vista, a religião acaba com as pessoas formão desunião uma rivalidade sem fim um fanatismo que eles não consequem ver eles são cegos e as igrejas fazem uma lavagem nas pessoas que elas não se dõa conta de tanto fanatismo…isso não considero fé!Ricardo Kelmer adoro vc!!! Jessyka, jul2009
05- Kelmer vc se supera!!!tudo nesssa vida tem que ter equilíbrio e bom senso, inclusive a fé!!!parabéns pela profundidade dos comentários, mas, sem ser despeitada, não acho que a Luana esteja com essa “bola” toda…kkk..!!!bjo. Irismar, jul2009
RK: Luana Santinha te perdoa, Irismar.
06- a verdade está somente em Cristo,Kilmer você não pode generalizar a tudo e a todos, a própria palavra de Deus diz que no final dos tempos apreceriam todo tipo de blasfêmias que muitos esfriariam na fé. Que Deus tenha misericórdia de mim e de você. Nazareno Germano Máximo, jul2009
RK: Putz, agora fiquei sem entender se eu faço parte dessas tais blasfêmias. Posso trocar por blasfêmeas?
07- Viiiiva o deus do KELMER: VIVA A MACONHA!!!Jogadores, exponham nas suas camisas: LIBERAÇÃO DA CANNABIS JAH!A FAVOR DA MACONHA SEM PRECONCEITO DAS MINORIAS!Ricardo Kelmer BASEADO NISSO aplaudirá e exaltará em seus artigos!Só assim vcs deixarão escritor maconheiro feliz! Paulo, ago2009
RK: Caramba, Paulo… Obrigado pela publicidade gratuita do meu livro Baseado Nisso. Em retribuição, deixarei a ponta pra você.
08- Concordo com o artigo de Ricardo em quase tudo, exceto que no Brasil o “DEMO”(PFL)é responsável por tudo que não presta no país, inclusive e principalmente no SENADO. Arlindo Pacheco, ago2009
09- Quanto ao fato de haver crucifixos e outros símbolos religiosos em prédios públicos no Brasil, isso é justificável, pois a grande maioria dos brasileiros é católica e a Igreja Católica tem parte fundamental na nossa formação cultural. Luigi Nocrato, ago2009
RK: Claro, claro. E certamente você continuaria com a mesma opinião se a maioria dos brasileiros fosse do candomblé.
10- Kelmericas, esse seu artigo mostra claramente que você não domina nenhum dos dois assuntos: Futebol e Religião. Existe coisas que só podemos comentar se conhecermos a sensação de vive-las. Antonio José, ago2009
RK: Eu conheço a sensação de viver a religião, Antonio José. Fui dirigente e palestrante de grupos de jovens católicos e tentei converter muitas almas para Deus Nosso Senhor. Frequentei outras religiões para conhecê-las de dentro, inclusive escolas iniciáticas e grupos esotéricos. E também estudo mitologia comparada. Eu não me arriscaria a escrever sobre tema tão difícil e controverso se não soubesse do que falo. Fique à vontade para ler o blog e saber mais sobre minha história e meu trabalho.
“a religião é fanática por natureza.”
que frase maravilhosa, RK! Ela dá o título de um bom documentário sobre este tema, não é mesmo?
Que bom que há pessoas com sua percepção e discernimento escrevendo na imprensa, és um verdadeiro óasis diante de abundante retórica vazia de outros (as) colunistas.
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Fala RK! Participei do encontro que você discutiu sobre ser escritor, no CCBNB, se lembra?
Muito bom seu texto. Não li sua crônica, mas concordo com o que você escreveu.
Um abraço!
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> Obrigado, Flávio. E se quiser ler, taí: Religião no esporte é gol contra.
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Não concordo com essa ideia de dizer que toda religião é fanática. Se não me engano, na União Soviética não existia religião, e o Sr. Stalin, segundo consta nos arquivos históricos, matou mais de 25 milhões de pessoas. Cuba e a Coréia do Norte tbm são exemplos de estado que se declaram ateus, porém são mais fanáticos que alguns estados mulçumanos.
Há tbm ateus fanáticos, como, por exemplo, o Sr. Richard Dawkins, que, caso fosse presidente de uma nação, sem dúvida, mandaria matar todos os religiosos.
Há tmb fanatismo nas torcidas organizadas, que matam o outro pq torçe para um time diferente… num sei, mas eu vejo que o fanatismo não está só na religião.
Kaká é tão fanático quando um militante do MST que invade a propriedade dos outros. É tão fanático quanto um torcedor do palmeiras que mata um torcedor do são paulo.
acho que a questão está na falta de educação. Pessoas educadas não chateiam ninguém com aquelas frases chatinhas.
Grande abraço!
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> Obrigado pelo comentário, ó notável embaixador de Flexeiras. Você tem razão quanto ao fanatismo não ser exclusivo da religião. Torcedores, governantes, artistas e inclusive os ateus podem ser fanáticos também. Minha tese, porém, é que a religião é fanática por natureza enquanto que a religiosidade não. Se você não concorda, poderia então me apresentar alguma religião que considere relativa sua visão do divino e considerasse a possibilidade de mudá-la por uma outra visão?
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Esse Manoel é mesmo inteligente! Concordo com ele, o fanatismo e falata de educação está na pessoa e ela demonstrará isso quando falar de esporte,religião,política ou comida favorita. Não é necessário ser ateu para ser “equilibrado” enquanto os religiosos são os problemáticos…há ateus bem desagradáveis em seu fanatismo “não religioso”. A educação determina o grau de encheção de saco que determinada opinião deve exercer sobre a opinião alheia.
Ressalto que cada um tem sua forma de ver a existência e isso deveria ser de foro íntimo.
Bjos achocolatados.
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Por que vc diz que a religião precisa ser mtante para não ser fanática? Desculpe, mas não entendi a sua tese. Se uma determinada religião vem de encontro ao que penso, eu tenho que mudá-la de tempos em tempos para que todos vejam que sou religiosa mas não fanática?
Não fez nenhum sentido para mim, desculpe.Os dogmas, estes todas as religiões possuem, concordo. Porém, dái a vc ser um fanático de carteirinha por acatar os dogmas da sua religião…..vão milhas de distância.
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> Pra não ser fanática, Chris, você não precisaria mudar sua religiosidade. O que você precisaria é aceitar que as outras crenças também são verdadeiras, tanto quanto a sua, na medida em que a religiosidade é uma questão íntima. Esta é a pergunta que você deve se fazer: eu aceito que as outras crenças religiosas são tão verdadeiras quanto a minha? Se a resposta for sim, você tem uma religiosidade não fanática, e isso merece um brinde. Se a resposta for não, você é uma fanática religiosa. Assim como a maioria dos religiosos.
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Prezado Ricardo,
Você não apenas escreve muito mal, mas também ignora absolutamente tudo a respeito do fenômeno religioso. Sua opinião sobre o assunto não ultrapassa o repertório de lugares-comuns em circulação. Por isso, não chega propriamente a ser um opinião, mas apenas o retrato da sua própria incapacidade de ter uma opinião verdadeiramente pessoal. Não esperaria nada diferente de um sujeito incapaz até mesmo da concentração necessária para não tropeçar na concordância verbal.
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> Obrigado pelo comentário, Fernando. A minha opinião é fruto do que vivo, vejo, leio, escuto, sinto, raciocino, intuo e imagino. Já fui religioso, dirigente de grupo de jovens, dei palestras em igrejas, estudei e frequentei cultos diversos, cristãos e não cristãos. Conheço o fanatismo religioso não de perto mas de dentro. Sou um ateísta místico mas não sou religioso. Quanto ao suposto erro de concordância verbal, por gentileza, me diga onde errei pra que eu possa consertar.
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“As religiões se detestam”, sem dúvida. Eu tenho medo de acreditar em Deus, ele me parece careta, cruel e distante. Prefiro deixar que a vida me leve prum lugar ou pra outro, de repente encontro o “meu” Deus como cada um tem o seu…Se é que existe, mas algo existe e essa indagação ou questionamento vem desde sempre. Qual o problema em aceitar diferenças é que eu não consigo entender? Toda e qualquer ela. Não é boa prá mim mas é prá você e ninguém pode “mangar” por questão de respeito ao outro e pronto : Santa Paz!
John Lennon sempre atual- já morreu há sei lá qtos anos e “imagine” ainda continua atual, acho que é clássico. Morto, diga-se de passagem, por um fanático.
“…I hope someday you’ll join us and the world will live as one…”
Sem religião e o mundo sendo um só porque o homem é. Temos todos coração, pulmão, estômago, razões e criações diferentes: Por que é tão difícil aceitar????
Esse mundo assusta e vou indo com o meu anti-pânicozinho prá aguentar- a dureza e a beleza da existência nossa de cada dia.
Beijos, Ricardo.
PS: Que tal Santo Ayrtonnnnnnnnn…tchan-tchan-tchan…Ayrrrton Senna do Brasillllllllll!
Dá não…Os outros paíse ficariam chateados, temo Schumacker aí, etc..
Gandhi?rs
-Cala a boca, Lia!
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Ai, que alívio, acabo de descobrir que não sou uma fanática religiosa! Bjos achocolatados, escritor!
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Quando repenso a questão da religiosidade como
fenômeno no mundo, tenho a impressão de esbarrar
na mesmice fanática das inter-relações de como os
seres abordam suas ideologias , e isso me incomoda no
sentido de não conseguir trocar , sentir, intuir o
fenomeno destituido dessa droga que aliena e entorpece
chamada PODER ,,, o caos existencial é menos grave
do que a nausea dos adeptos ou não,,, mas sustentados nos cordões da arrogância da plenitude do sagrado ,que
ancora a verdade absoluta e intimidadora sempre .
A possibilidade de discutir política, sexo, esporte,
tanto quanto religião, droga ou filosofia até parece
distante de um processo de busca e troca , ás vezes
o discurso ou as falas vibram na inquisição ou ditadura do ser … o sentimento humanitário não
pode ser catequizado ou evangelizado nos padrões
da conduta social ; mas emergente de uma prática
genuína que nos liberte com o prazer de sentir
e existir a partir do diverso-divino-profano .
Amigo Ricardo ,,, singular e humano é esse
espaço tão expressivo onde nos percebemos nas
mais diversas falas, sem crachas ou crucifixos .
Isso é bom !
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Ahhhhh ,,inclusive tem algo que eu sempre senti ,,,
mas prá você sou livre prá dizer é claro :
Sempre achei a figura do homem-jesus na cruz
muito sedutora envolto com aquele pano que esconde
os mitérios do mundo, fascinante relação da paixão
com nosso inconsciente , será coletivo isso ?
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