07jun2009
É esta a mulher que dança pela vida comigo, duas individualidades que se harmonizam mas não se anulam em estúpidas noções de controle: amamos o outro e não a posse do outro
A MULHER LIVRE E EU
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É ela quem eu quero, a dona dessa boca. A boca docemente familiar que amanhece de mansinho na minha quando desperto de mais uma madrugada de sonho e suor. Porém, bem mais que a boca, é o beijo da liberdade dessa mulher que me refresca a vida.
É ela quem eu desejo, a dona desse corpo. O corpo que me sugere as mais poéticas indecências e me convida a desvendar os segredos que eu já sei de cor, e quando estou lá, puff, de repente já não sei mais, e então me perco por seus montes e planícies e cavernas, e ao fim de tudo me contorço e urro e explodo no mais puro prazer de me perder. Porém, bem mais que no corpo, é na liberdade dessa mulher que a vida se desnuda para mim.
É da presença dela que eu preciso, ela que me traz a certeza de que não seguirei só. É de sua voz que carecem meus ouvidos, a voz que me embala a alma de blues e me faz convidá-la, vamos dançar, meu amor? É o meu olhar no seu que vejo quando nada mais vejo no breu das incertezas. Mas, sobretudo, é a liberdade dessa mulher que me clareia o caminho.
Ela é livre porque, apesar de ter nascido imersa numa cultura, um dia entendeu que não deveria limitar-se às regras, e assim modelou seu ser com o que de melhor encontrou pelo mundo. Evidente que esse não limitar-se às convenções fará dela uma eterna transgressora a incomodar os que só admitem o mundo pelas lentes de sua cultura e religião, mas esse é o preço da alma liberta, ela sabe. E eu faço questão de pagar junto dela.
Houve um tempo em que ela entendia seu corpo como algo contra o qual deve lutar todos os dias – até que percebeu que sua verdadeira beleza não vem de cosméticos, mas de sua alma harmonizada com os ritmos naturais da vida. Hoje ela não precisa gastar para ficar chique e bonita, pois a elegância da simplicidade há muito a fez sua modelo exclusiva. Sim, a mulher livre possui vaidades, mas ela não é boba, sabe que os criadores de moda não almejam a sua felicidade, mas a sua escravidão. E quanto a vestir-se para fazer inveja a outras mulheres, bem, ela sabe que mais tarde quem rasgará sua roupa sou eu.
Os mistérios de si, ela vai buscá-los, pois jamais seremos livres sem nos livrarmos do que por dentro nos paralisa e nos faz sabotar a própria vida. Ser livre é ampliar a cada dia a real noção de si, isso ela há muito compreendeu, e é por esse motivo que os que se libertam não se enganam mais como antes e, por serem verdadeiros, mais verdadeiras são suas relações.
E por bem saber o que ela é ou não é, essa mulher nada tem a provar a ninguém. Se interpretam erroneamente seu jeito espontâneo, ela ri do que dela pensam. Se seus desejos transcendem os velhos modelos sexuais, ela festeja e os divide generosa com eles ou elas, e em nome de seu sagrado prazer ela é a cadela devassa, a santa dadivosa da luxúria, a puta mais linda e desvairada que há.
A liberdade dessa mulher reluz no seu jeito de ser, e por não estar apegada a poder e dinheiro ela é a mais rica e poderosa de todas. E justamente por saber que a velhice é o segredo final da sabedoria é que a vida todo dia vem banhá-la de alegria e vesti-la com esse jeitinho de menina encantador.
É esta a mulher que dança pela vida comigo, duas individualidades que se harmonizam mas não se anulam em estúpidas noções de controle: amamos o outro e não a posse do outro. Estamos juntos porque finalmente encontramos a liberdade que acolhe e incentiva a nossa própria, e até nos permite dividir com o mundo o nosso amor. E por não sofrer temendo perder quem na verdade nunca possuímos, mais vivemos e gozamos o melhor amor que temos para nos dar.
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Ricardo Kelmer 2009 – blogdokelmer.com
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MAIS SOBRE LIBERDADE E O FEMININO SELVAGEM
A mulher selvagem – Ela anda enjaulada, é verdade. Mas continua viva na alma das mulheres
Em busca da mulher selvagem – Era por ela que eu sempre me apaixonava, essa mulher que era quem ela mesma desejava ser e não a mulher que a família, religião e sociedade impunham que ela fosse
Amor em liberdade – O que você ama no outro? A pessoa em si? Ou o fato dela ser sua propriedade? E como pode saber que ela é só sua?
As fogueiras de Beltane – As fogueiras estão acesas, a filha da Deusa está pronta. O casamento sagrado vai começar
Medo de mulher – A mulher é um imenso mistério, que o homem jamais alcançará
Alma una – Eu faço amor com a Terra / Sou a amante eterna / Do fogo, da água e do ar / Sou irmã de tudo que vive / Ninfa que brinca com a vida / Alma una com tudo que há
Quem tem medo do desejo feminino? (1) – A maternidade, a castidade e a mansidão de Nossa Senhora como bom exemplo, e a força, a independência e a liberdade sexual da puta como exemplo contrário, a ser jamais seguido.
Os apuros do homem feminista – Minha busca por relações igualitárias foi dificultada também porque muitas mulheres, mesmo oprimidas, preferiam relações baseadas no velho modelo machista
Marchando com as vadias – Se ser vadia é ser livre para exercer a própria sexualidade, então todas as mulheres precisam urgentemente assumir sua vadiagem, para o seu próprio bem e o de suas filhas
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LIVROS
Vocês Terráqueas – Seduções e perdições do feminino
Ricardo Kelmer – Contos e crônicas
Ciganas, lolitas, santas, prostitutas, espiãs, sacerdotisas pagãs, entidades do além, mulheres selvagens – em todas as personagens, o reflexo do olhar masculino fascinado, amedrontado, seduzido… Em cada história, o brilho numinoso dos arquétipos femininos que fazem da mulher um ícone eterno de beleza, sensualidade, mistério… e inspiração.
Mulheres que correm com os lobos – Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem (Clarissa Pinkola Estés – Editora Rocco, 1994)
A prostituta sagrada – A face eterna do feminino (Nancy Qualls-Corbert – Editora Paulus, 1990)
As brumas de Avalon (Marion Zimmer Bradley – Editora Imago, 1979)
O feminino e o sagrado – Mulheres na jornada do herói (Beatriz Del Picchia e Cristina Balieiro – Editora Ágora, 2010) – É ainda mais interessante ver o relato das mulheres pois elas sempre foram, mais que os homens, historicamente reprimidas na busca pela essência mais legítima de suas vidas
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Basta enviar e-mail pra rkelmer@gmail.com com seu nome e cidade e dizendo como conheceu o Blog do Kelmer (saiba mais)
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01- Oi Ricardo, belo texto, lembra o livro, “As mulheres que correm com os lobos”, que é da Clarissa Estes, uma junguiana e contadora de histórias. Conhece? Muito bom (tanto olivro qt seu texto). Bj. Raquel Brasil, Fortaleza-CE – jun2009
02- Uau, acho que nunca li nada tao romantico vindo do Ricardo Kelmer, sera que meu amigo esta finalmente se entregando ao “amor” ou eh so ficcao mesmo? Ana Lúcia Castelo, Nova York-EUA – jun2009
03- Olá Kelmer, Bela crônica. Um ato apologético à criatura camaleônica da mulher, que promove digamos uma “troca de seios” à medida de nossa necessidade. Teve um momento do texto que me identifiquei com a parte boa introjetada de nossa realeza, a liberdade que vagueia pelos campos floridos do desejo saciado, sem qualquer laivo de anseio e voracidade; apenas o acalanto de um prazer purificado da necessidade de evacuar angústias e ansiedades. Gostei bastante. Aproveito para re-convidá-lo para uma entrevista em meu programa cultural na internet. Se você quiser marcar em julho, temos como. Um grande abraço e parabéns pela sensibilidade. Felipe Moreno, São Paulo-SP – jun2009
04- não sei nem como publicar isso no blog, mas se vc puder fazê-lo, faça, de qq forma eu já tinha encaminhado pra quase toda a minha lista e o pessoal está adorando…. Bj. Raquel Brasil, Fortaleza-CE – jun2009
05- Rapaz, onde é q a gente encontra uma “muié” dessas aí, mermão? Essa muié aí parece aquelas das antigas estampas Eucalol (é o novo!): erráticas, inatingíveis e, mesmo, inexistentes — sobretudo pra “rapazes velhos” como nós q já passamos dos quarenta, embora não pareça… Valeu! Wander Nunes Frota, Fortaleza-CE – jun2009
06- Oi, tio prof! Soou meio preconceituoso esse “todas as outras”, achei meio esnobe, sei lá. Paula Izabela, Juazeiro do Norte-CE – jun2009
07- nossa…. me identifiquei! hahahaha beeijo. Dani Cecchi, Rio de janeiro-RJ – jun2009
08- “A mulher livre sou eu!” É isso mesmo, Kelmer. E são poucos os que reconhecem a essência que há por trás das que pagam o insustentável preço da liberdade! Parabéns pelo texto. Meire Viana, Fortaleza-CE – jun2009
09- mto bom! bela leitura para o dia dos namorados… Beth Vidigal, São Paulo-SP – jun2009
10- amei,sou uma mulher livre tb… bjs e obrigada . Marysol Rosso, Cocal do Sul-SC – jun2009
11- Simplesmente lindooo!!!Muita sensibililidade e conhecimento da alma feminina!!!Parabéns! Adorei! Obrigada Ricardo. Abraço. Fernanda Bessa, Fortaleza-CE – jun2009
12- nossa que linda essa crônica adoreii!!!!!!! bjs. Fernanda Quinderé, Fortaleza-CE – jun2009
13- muito lindo… é que tu escreve de um jeito muito especial… contagia a alma. beijo grande. e nosso gamão? comprei pedras novas… Gláucia Costa, Fortaleza-CE – jun2009
14- fala bixo!!! tava na amazonia, e la a net e pessima, por isso a demora! + me fala, tem outra dessa p vender?? to carecido!!! abç. César de Cesário, Campina Grande-PB – jun2009
15- Parabéns pelo texto, Ricardo. Poucos são os que leio mais de uma vez, como este. Invejo, e obviamente admiro, esta mulher, pois sou conscientemente presa aos padrões culturais/religiosos. Acho, de certa maneira, que necessito desta prisão, pois não detenho a força necessária a esta liberdade. De qualquer forma, é muito bom saber que ela é possível! Abraços. Maryvone, Fortaleza-CE – jun2009
16- Que romântico esse “a mulher livre e eu”, adorei tbm.. ainda esperando um amor assim, que encontra “a liberdade que admira, acolhe e incentiva”. Jocastra Holanda, Fortaleza-CE – set2011
17- Lindo texto. Vitória Lima, São Paulo-SP – mai2013
18- É essa mulher que procuro… Alexandre Simonete, Piracicaba-SP – jul2013
RK- Alexandre, eu também procurei bastante essa mulher. Até que um dia a encontrei dentro de mim mesmo ao reconhecer o princípio feminino em minha alma. Desde então o feminino liberto em mim me fez um homem mais livre e acho que isso atrai mulheres mais livres ou que buscam se libertar. Alguém já disse que nossas relações nunca serão melhores que a relação que temos com nós mesmos. Seguindo essa lógica, se almejamos relações mais livres, acho que o primeiro passo é libertar a nós mesmos. (jul2013)
20- Então estou no caminho certo…Pois já reconheço o principio feminino em minha alma… Muito bom adorei. Um grd abraço ! Alexandre Simonete, Piracicaba-SP – jul2013
21- Adorei! Eu tenho essa mulher dentro de mim…..Ricardo Kelmer Do Fim Dos Tempos. Tatiane Santarosa, Cajamar-SP – jul2013
22- PERFEITO!!!! Só faltou minha digital ! Parabéns. Garcia Nataly, São Paulo-SP – nov2013
23- Eu já tinha lido antes, mas vendo essa postagem agora com comentários carregados de sensibilidade masculina sobre seu próprio feminino, não tem como não me emocionar! Para mim parece tão simples, embora seja um árduo caminho para chegar nesse ponto garotos. Lembre do conto “Quando os homens não voltam pra Casa”. Ivonesete Zete, Fortaleza-CE – nov2013
Bom,bom mesmo acho q nessa data estava precisando saber realmente essa mulher que vive em cada uma de nós.E os homens coitados dos homens.Pq eles são apenas seres pro criadores ,para nos fazer bem e as vezes mal.
parabéns Kelmer pela abertura de meus ares como mulher! Bj
Ah e ve se aparece mais em Fortaleza viu !
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> Ser procriador? Um mero ser procriador?! Putz, então é isso que somos, um bilau ereto (nem sempre, é vero) permanentemente à disposição do instinto de preservação da espécie? Tô chocado, muito chocado… Aproveito pra anunciar que nesta sexta-feira meus instintos estarão bem animadinhos, viu?
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Pôxa, que lindo!
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> Linda é a mulher livre, Lia.
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rs…Sem dúvida, mas como isto não me pertence, resta-me a emoção de ler e te parabenizar pelo lindo texto!
Bjo
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Voltando ao blog depois de um longo e tenebroso sumiço…
Definitivamente VT precisa ser reeditado para conter A MULHER LIVRE E EU – quase um complemento de A MULHER SELVAGEM. Como é que um batráquio desengonçado pode escrever tão bem? (risos) Credo, eu fico chocada com teu talento!!! Aff, nan… Isso é o que eu chamo de injusta distribuição de renda – tanto homem insensível e desinformado por aí, enquanto RK privatiza toda a percepção do feminino. Qto egoísmo, tio prof!!! ;-D
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> Mais uma vez você acerta, Izabela. De fato, “A mulher livre e eu” (2009) é uma espécie de continuação do tema do feminino selvagem que iniciei com “A mulher selvagem” (2004). Em “A mulher livre e eu”, porém, o foco se alterna entre o arquétipo do feminino selvagem e a questão do amor e da liberdade. Na verdade, nesta nova crônica o tema principal é o relacionamento regido pela liberdade de amar e não de possuir. Há outra questão: aqui o narrador fala em primeira pessoa, ele se mostra, se implica – ele tá na relação. Em “A mulher selvagem” ele apenas vê e comenta sobre a mulher selvagem, há um distanciamento de observador. Será que isso quer dizer que o feminino selvagem já não amedronta tanto este batráquio desengonçado?
Mais sobre o tema: “Amor em liberdade“
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Mais do que lindo, é mágico! Amo sua sensibilidade, o modo como você leva o texto e a vida. A mulher livre tem muita sorte de ser contada e desejada por alguem tão especial. Eu vou continuar me inspirando nessas mulheres kelméricas, livres e selvagens; e sonhando em sentir um amor tão intenso quanto esse perto de mim outra vez. Parabéns pelo texto, as palavras são apaixonadas por você e eu também. beijosss
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> Como um escritor que tem leitoras como você não escreveria com paixão?
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Puxa Ricardo, estou encantada aqui com suas crônicas, já ri de muitas, me emocionei com outras e amei de paixão algumas. Mas quando me deparei com esta aqui me deu um friozinho na barriga, ela é simplesmente sensacional. Não sei se é porque sou aquariana, e como toda aquariana, adoro liberdade e transgressão…rss. Você está de parabéns!!! Bjs.
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> Liberdade a transgressão. Você acertou a senha, Wal, pode entrar. E tire os sapatos, por favor.
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Adorei!!! Bjssssss
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> Lua, ó Lua, não deixa ninguém te pisar…
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Uau, acho que nunca li nada tao romantico vindo do Ricardo Kelmer, sera que meu amigo esta finalmente se entregando ao “amor” ou eh so ficcao mesmo?
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> Só a mulher livre saberá a resposta…
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Entendo a sua mulher como a nossa, a mulher do poeta e mesmo a mulher do homem que sabe bem da mulher (anima) companheira que nele já reside, bem antes de existência, elaé metafísica com sua universalidade pulsante.
Valeu, Kelmer, fico feliz em saber que há para sempre a verdadeira mulher, e nem Amélia ela é. São tantas…
Abs
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> É poraí, cumpade Maninho. Quem buscamos sempre mora antes dentro de nós. Entonces, eureca!, melhor nos conhecermos primeiro.
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“…e ela é o que todas as outras dizem ou buscam ser, mas só dizem e buscam, enquanto ela tranquilamente… é.” Mulher rara, de caráter duvidoso, que não se encontra facilmente por aí…todas as mulheres que são, mas as que VERDADEIRAMENTE o são, sambem-se. E como… Bj Kelmer
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> Sim, Eva, sim, essas que são sabem-se, e sambam-se, sinuosas e sensuais…
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Muitas vezes me perco em pensamentos tentando descobrir como as pessoas imaginam que sou, e hoje lendo tua crônica, descobri que sou muitas. Entenda, compreendi que somos o que somos e mais o que as pessoas imaginam que somos. E cada pessoa vai nos recriar de acordo com seu universo. Devassa pra freira, conservadora pra libertina, careta pra descolada… Tua crônica me permitiu penetrar bem no teu lado feminino e ver quanta sutileza há em você. Gosto muito do cafajeste, mas adorei o homem sensível. Pois é, foi justamente a partir dessa análise da forma como escreve e de quem você realmente é (embora talvez nem você mesmo o conheça) que descobri que sou muitas, sou várias, múltiplas, assim como você o é… Isso me acalmou pra caramba, abrandou minha inquietação por que compreendi que jamais serei pra alguém aquilo que realmente sou.
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> Muito prazer, eu sou o Ricardo Kelmer, o cafajeste sensível. Hummm, sei não. Será que vai dar certo, Ana, se eu passar a me apresentar assim?
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Excelente! Identificação à primeira leitura!
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> Ah, Dani, você não conta. Você é Musa.
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Tudo bom, Kelmo? 😀 Muito bom, esse texto; gosto de te ler assim. E Homem Livre, hein? existe? conta-nos lá! 🙂 beijos novamente com cheirinho de alecrim ***
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> O homem livre… Dá um tempo, Susanita, que primeiro tenho que vivenciar e aprender com a Anima. O Masculino Profundo é uma estação depois. Mas obrigado pelo incentivo vindo daí dalemar.
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E haja transbordamento…para enaltecer à mulher,Ricardo!E que mulher é essa que já não fisgou o Kelmer,de vez?(risos)Dessa vez vc se superou,viu! Sucesso, meu querido!
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> Fisgai-me! Fisgai-me!
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Kelmer, a tua forma de expressão tem um não-sei-quê que sempre me envolve, me encanta… e me vejo expressa em cada uma dessas muitas mulheres, da mais tímida a mais arrojada, da mais pura a mais libidinosa… de-lí-cia SER MULHER.
Bjssss
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> Uma mulher na verdade são muitas. Mas uma mulher será cada vez mais ela mesma quanto mais as muitas que elas são puderem livremente ser.
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Eu não me identifiquei mto não…adorei o texto, primoroso. Mas essa coisa de todo mundo é de todo mundo, sei não….mto utópico. Quem sabe numa próxima encarnação? Bjos flamejantes.
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> Tirando os casos de escravidão e submissão consentida, ninguém é de ninguém, Chris. Mas isso tá loooonge de significar que todo mundo é de todo mundo. Quem ama, possui? Não. Quem ama, liberta.
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Ricardo,
Linda sua crônica. Todas as mulheres deveriam lê-la, todos os homens deveriam pensar sobre ela…posso colocar no meu orkut? Claro que irei colocar seu nome no crédito. Ok?
bjss, e aguardo outras!
Carla Pompilio
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> A honra é minha, Carlinha, de ter minha crônica em teu Orkut. Obrigadooo.
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Em verdade eu sempre digo o seguinte ao me relacionar : eu estou COM você , mas eu não sou DE você ,,, toda troca é sempre mais que interativa … esse é o encanto do gosto de ser e estar … Beijos siderais !
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kelmer querido, voltei. Obrigada por mais este escrito!
2009 foi um ano de plenos abismos e chega com ele vc assim tão eu. Cada detalhe do escrito faz-me sentir segura do quanto é meritoso estar e ser… não permanecer e enlivrar-me! voar e pousar, em ensaios de voos inspirados em moscas, abelhas, libélulas, borboletas, garças e águias. Em vassouras ou avião. Assentar-me como cadela, gata, vaca, raposa, loba. Abrir-me como petalas e dormir como montanhas, seichos e diamantes… A femealidade para mim é o puro exercício das manifestacoes animais, vegetais, minerais e etéreas… como é grande… o meu amor… por vocês homens que complementam, contestam, provam, reprovam e são! beijos suelípticos!
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Kelmer, Estou adorando ler suas crônicas, essa então! amei! Parebéns, você é uma pessoa muito sensível! Beijos Dóris.
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> Com leitoras como você, Dóris, agora a responsabilidade aumenta!
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Quem ama liberta sim, quem ama quer ver feliz sim, quem ama sente um pc de coisas desconexas, tudo junto e misturado. Somos mais complexos e incoerentes qdo gostamos mto do que supõe qualquer vã filosofia. O amor não prende, não escraviza, ele não tem defeitos, qdo é legitimo e verdadeiro.Seu texto é pungente, ele faz pensar, ele toca fundo na alma e provoca sensações belas e por vezes doloridas.
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